O assessor sênior da Casa Branca, Jared Kushner, e outros funcionários do governo estão se dirigindo ao Oriente Médio no final deste mês para informar diplomatas em pelo menos cinco países sobre a seção econômica de uma proposta dos EUA para a paz entre Israel e os palestinos.

O assessor da Casa Branca Jared Kushner participa de uma reunião com o presidente Donald Trump e pastores hispânicos na Sala Roosevelt da Casa Branca em Washington, sexta-feira, 25 de janeiro de 2019. (AP Photo / Susan Walsh)

Washington - O assessor sênior da Casa Branca, Jared Kushner, e outros funcionários do governo estão se dirigindo ao Oriente Médio no final deste mês para informar diplomatas em pelo menos cinco países sobre a seção econômica de uma proposta dos EUA para a paz entre Israel e os palestinos.

Kushner, que é genro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá a companhia do enviado norte-americano Jason Greenblatt, enviado dos EUA ao Irã Brian Hook e outros funcionários do governo que trabalharam na parte econômica do plano.

As paradas são confirmadas em Omã, Bahrein, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar. Outras paradas poderiam ser adicionadas à viagem, de acordo com um funcionário da Casa Branca.

Além disso, Kushner deve participar na próxima quinta-feira em Varsóvia, em uma discussão para acabar com o conflito israelo-palestino, de acordo com um alto funcionário da Casa Branca.O plano inclui uma proposta de desenvolvimento econômico para os palestinos que prevê grandes obras de infraestrutura e industriais, particularmente em Gaza. Para que o plano seja bem-sucedido ou até mesmo passar pelo ponto de partida, será preciso pelo menos uma adesão inicial de Israel e dos palestinos, bem como dos estados árabes do Golfo, que, segundo as autoridades, serão solicitados a financiar substancialmente a porção econômica.

O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir (R), fala com Jason Greenblatt, assistente do presidente dos EUA e representante especial para negociações internacionais, durante a Cúpula Árabe no balneário jordaniano de Sweimeh, no dia 29 de março de 2017. (AFP Photo / Khalil Mazraawi)

Durante a discussão com Borge Brende, presidente do Fórum Econômico Mundial, ele deve dar uma atualização sobre o esforço de paz e o que o governo espera realizar nas próximas semanas e meses.

Em Varsóvia, Kushner participará de uma reunião que o secretário de Estado, Mike Pompeo, disse que se concentrará na estabilidade do Oriente Médio e nos esforços para impedir que o Irã seja uma influência desestabilizadora na região.

Os funcionários não foram autorizados a divulgar publicamente detalhes da viagem e falaram apenas sob condição de anonimato.

Trump há muito prometeu tentar alcançar o chamado "acordo do século" para acabar com o longo conflito israelense-palestino, mas seus esforços descarrilaram desde sua decisão de transferir a embaixada dos EUA para Jerusalém.

A Autoridade Palestina condenou a medida, declarou que os EUA não são mais um corretor honesto nas negociações e rejeitou qualquer plano que a Casa Branca possa apresentar, com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, chamando-a de "bofetada do século".

Os palestinos se recusaram a se reunir com os EUA para discutir as propostas de paz desde dezembro de 2017, quando Trump anunciou a mudança e declarou que reconheceria Jerusalém como a capital de Israel.

Os EUA acabaram com milhões de dólares em ajuda à agência de refugiados da ONU para os palestinos e cortaram o financiamento para a AP devido à recusa de Abbas em entrar em negociações e aos pagamentos de Ramallah aos condenados por terrorismo e suas famílias.

O lançamento do plano também teria sido atrasado pelas eleições de Israel, que serão realizadas em 9 de abril.