Powered By Blogger

Translate

Postagens mais visitadas

Postagem em destaque

Curso Teologico

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Simão Zelote - Os Zelotes eram os patriotas de Israel, lutadores pela pátria, que desejavam a imediata libertação política e religiosa de Israel


 


Simão, dito Simão, o Zelote ou Simão, o Cananeu, foi um dos discípulos de Jesus Cristo que fazia parte do grupo dos doze apóstolos. É referido como o Cananeu de acordo com o Livro de Mateus e como o Zelote no Livro de Lucas e em Atos dos Apóstolos.Tambem conhecido como o Ouvido de Deus. Para também  distingui-lo de Pedro, que também se chamava Simão, os evangelistas Mateus e Marcos lhe deram o sobrenome de Zelote (Lc 6:15) ou Cananeu. A palavra grega Cananeu e a palavra Zelote, derivada do aramaico, significam a mesma coisa: "zeloso". Supõe-se por esse apelido que Simão pertencia à seita judaica  conhecida como Zelotes. Os Zelotes formavam um grupo de pessoas que queria conseguir a independência política dos judeus. Os Zelotes eram os patriotas de Israel, lutadores pela pátria, que desejavam a imediata libertação política e religiosa de Israel. Alguns estudiosos acreditam que Cananeu deriva de Caná, a terra de Israel. Ser Zelote era ser membro de um grupo religioso extremamente zeloso por duas instituições consideradas sagradas para os judeus: o templo e a Lei. O nome Zelote vem de um termo hebraico - kanai que significa ser zeloso por, ou ser ciumento por Deus. Esse grupo surgiu por volta do ano 6 d.C. e foi liderado por Judas, o Galileu. Eles pretendiam, inicialmente, defender os bens dos judeus que estavam sendo confiscados injustamente por soldados romanos.
.
Em seguida, acharam que haviam sido escolhidos por Deus para a importante missão de exterminar os ímpios. Na verdade, sempre existiram em Israel pessoas extremamente zelosas pelas coisas de Deus. Quando digo extremamente zelosas estou falando de pessoas que são capazes de matar, de forma impiedosa, para defender os princípios nos quais crêem, como os xiitas e outros grupos radicais do islamismo atual. A nação de Israel ficou sob o domínio do governo romano durante o tempo de Cristo e havia grupos de judeus que se juntavam, expondo-se a perda de vida e de fortunas, para se libertarem da opressão romana.Era um homem capaz, de bons ancestrais; e vivia com a sua família em Cafarnaum. Tinha vinte e oito anos quando se uniu aos apóstolos. Era um agitador feérico e também um homem que falava muito sem pensar. Tinha sido mercador em Cafarnaum, antes de voltar toda a sua atenção para a organização patriótica dos zelotes.Simão era natural de Caná da Galileia, conhecido pessoalmente do Senhor e de sua mãe, porque o povoado de Caná não estava muito distante de Nazaré. Diz à tradição que Jesus o chamou ao mesmo tempo em que chamou André e Pedro, Tiago e João, Judas Iscariotes e Tadeu (Mt 4.18-22). "Ele escolheu também André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador;"(Marcos 3,18). A tradição também diz que quando Simão participava do casamento de Judas Tadeu, o Senhor Jesus, a sua mãe e os seus discípulos que também tinham sido convidados presenciou o primeiro milagre.
Como havia terminado o vinho para os convidados, o Senhor transformou água em vinho (Jo 2:1-11). Impressionado por este milagre, passou a crer no Senhor Jesus Cristo como o verdadeiro Deus. A partir dai seguiu-o com fervor, sujeitando a abandonar sua antiga causa que achava boa por outra causa muito maior. Essa causa maior obviamente era pregar o Reino de Deus e expor-se a perda de tudo para que os homens fossem livres da opressão do mal. Desde então recebeu o nome de o “Zelote” ou o “Zeloso”, pois, tamanho fervor e entusiasmo que tinha pelo amor a Cristo.
 A Simão zelote foi dado o encargo das diversões e do descanso do grupo apostólico; e ele era um organizador muito eficiente das diversões e das atividades de recreação dos doze. Segundo Marcos 3:13-15, Jesus pessoalmente o escolheu junto com os outros apóstolos primeiro para ficarem com Ele e então fossem adiante e pregassem. Sabemos então que lhe foi dado o poder e a ordem para curar os enfermos, levantar os mortos, expulsar demônios, etc. A força de Simão estava na sua inspirada lealdade. Quando os apóstolos encontravam um homem ou mulher debatendo-se de indecisão quanto à própria entrada no Reino, eles o mandavam para Simão. Em geral levava apenas quinze minutos para que esse advogado entusiasta da salvação pela fé em Deus dissipasse as dúvidas e removesse toda indecisão; e logo se via uma nova alma nascida na “liberdade da fé e no júbilo da salvação”. 
A grande fraqueza de Simão estava no lado materialista da sua mente. De judeu nacionalista que era, ele não poderia tão rapidamente transformar-se em um internacionalista de mente espiritualizada. Quatro anos foi um tempo curto demais para que se fizesse tal transformação intelectual e emocional, mas Jesus sempre se manteve paciente com ele. O Mestre mantinha muitas conversas com Simão, mas nunca teve êxito pleno em fazer um internacionalista, desse ardente judeu nacionalista. Jesus freqüentemente dizia a Simão que era oportuno querer ver melhoradas as ordens social, econômica e política; todavia sempre acrescentava: “Esse assunto nada tem a ver com o Reino do céu. Devemos dedicar-nos a fazer a vontade do Pai. A nossa obra é sermos embaixadores de um governo espiritual do alto; e não devemos ocupar-nos de imediato com nada que não seja representarmos a vontade e o caráter do Pai divino, que está à frente do governo de cujas credenciais somos portadores”. Era difícil para Simão compreender, mas gradativamente ele começou a captar algo do sentido dos ensinamentos do Mestre Depois da dispersão das perseguições de Jerusalém, Simão pôs-se temporariamente de retiro. Ele ficara de fato prostrado. Como um nacionalista patriota, ele se havia capitulado em deferência aos ensinamentos de Jesus; e agora estava perdido. Estava em desespero, mas em poucos anos reanimou as próprias esperanças e saiu para proclamar o evangelho do Reino.
No dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos sob a forma de línguas de fogo, Simão recebeu o dom da palavra que lhe  capacitou a pregar o Evangelho a todas as nações. Recebendo o Espírito Santo junto aos demais, Simão saiu a pregar em diversos lugares, como os outros apóstolos, também percorrendo os caminhos da Palestina pregando o Evangelho, seguindo a tradição sinóptica de que Jesus enviava seus discípulos aos pares foi com Felipe passando pelo Egito, Mauritânia, Líbia,Numidia, Cirenia e Abjásia.Neste último, uma região localizada na costa nordeste do Mar Negro, ele iluminou com a fé em Cristo numerosos pagãos. Também esteve na Bretanha, onde converteu à luz do Evangelho muitos descrentes. Doroteo, Bispo Gaza (300 dC) e Nicéforo, Patriarca de Constantinopla, um respeitado historiador (758-829), também confirmam a presença do Apóstolo em Bretanha. Algumas tradições o colocam como grande auxiliador no estabelecimento do cristianismo no Egito, juntamente com Marcos e Filipe e na Síria. Sua pregação era bem parecida com a dos outros quatro Apóstolos que foram para o Oriente, tida por alguns como ascética e judaica, tal como aquelas preservadas na Epístola canônica de Judas. Foi para a Alexandria e, após trabalhar Nilo acima, ele penetrou no coração da África, chegando à Ásia Menor,pregando em todos os lugares o evangelho de Jesus e batizando os crentes. Pertenceu ao grupo dos Setenta Apóstolos tendo sucedido Tiago, irmão de João, como bispo de Jerusalém quando Tiago foi morto em 62 d. C. Assim trabalhou até que a velhice e a fraqueza chegassem  Segundo uma notícia de Egésipo, o apóstolo teria sofrido o martírio junto com Judas Tadeu durante o império de Trajano, contando já com a avançada idade de 120 anos. Sendo seu martírio na cruz ou, segundo outras tradições menos seguras, pela fogueira, na Armênia. Mas a tradição católica diz que Simão foi martirizado sendo cortado ao meio vivo por um serrote. Depois de morto atestam que o zelote Simão foi sepultado na cidade de Nicósia, perto de Zhiguencia.Os lugarejos indicam que este local está a uns 13 km de Sujumi, não muito distante da costa do Mar Negro. 
A bravura forjada pelos perigos da vida zelote e o espírito restaurado pela fé em Cristo produziram em Simão um ardoroso missionário que vislumbrou o mundo de seu tempo como uma imensa  oportunidade de combater o bom combate da fé (l Tm 6.12). 

0 comentários:

Artigos

Quem sou eu

Minha foto
BLOG DO Prof.. Pr. Carlos Pinheiro

Seguidores