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| Capelão.Carlos Pinheiro. |
Fazendo visita a quem está hospitalizado
Como qualquer outro tipo de visitação para se entrar em hospital é preciso preparar-se espiritualmente. Você não está fazendo isto em seu nome apenas, mas em nome de sua igreja, de seu pastor e de muitas outras pessoas que se relacionam com ela. Mas acima de tudo, você está ali em nome de Deus, levando uma palavra de conforto, de ânimo e de esperança a quem se encontra enfermo, trabalhando ou mesmo aguardando notícias sobre um ente querido que podem ser boas ou tristes.
Se procurarmos, encontraremos razões suficientes para sabermos que palavras humanas somente não terão o fortalecimento e a sabedoria que em momentos como este podem traduzir-se numa expressão de atenção ou numa palavra mansa e reconfortante. Aquilo que vem como resultado de profunda dependência da capacitação dada pelo Espírito do Senhor.
Walter C. Jackson lembra-nos ainda que é preciso termos informações sobre a pessoa a quem estaremos visitando. Qual é o seu nome correto, endereço do hospital, quarto em que está, horários e informações sobre seu estado. São dados que podem ser recebidos de familiares, enfermeiros ou pessoas que estejam tomando conta do paciente, tendo-se sempre o cuidado de confirmá-las com a própria pessoa ou familiares quando recebidas de terceiros.
Ao se chegar a um hospital, o primeiro lugar a onde precisa se dirigir, é ao balcão de informações ou recepção a fim de confirmarmos se as informações que se tem quanto a leito ou enfermaria estão corretos. A cortesia e simpatia com as pessoas que nos recebem são fundamentais. Muitas vezes, o cansaço e desgaste de horas de trabalho deixam-nas menos propensas a um atendimento cortês e atencioso. Tratar-lhes da melhor maneira possível e expressar um muito obrigado, você foi muito atencioso(a) pode transmitir a apreciação pelo que eles fazem e nem sempre são reconhecidos.
É neste balcão de informações ou recepção que precisamos nos apresentar e sabermos se aquele é o melhor horário que uma visita seja feita. Existem horários de alimentação, exames, repouso ou outras atividades a que a pessoa precisa se submeter como paciente, que podem tornar inconveniente a sua chegada. Por isso, é preciso estar preparado para se ouvir uma resposta negativa quanto à intenção de ser recebido naquela hora. Neste caso, pode-se perguntar sobre qual será o melhor momento para isto.
Quando se trata de um paciente em estado grave, tanto ele quanto sua família precisam da atenção daquele que visita. Em muitos casos quando o pastor pode estar presente é a pessoa mais indicada. Nem sempre pelo que poderia dizer, mas pela sua simples presença e por transmitir o carinho de todos.
Quando se visita uma emergência pode-se encontrar todo tipo de situação: alguém que teve um ataque cardíaco ou sofreu um acidente (não importando o tipo), pode gerar situações de nervosismo e tensão. Nestas horas nunca se sabe qual será a reação das pessoas, assim a melhor atitude é a de nunca criticar ou criar situações de maior embaraço mas sim, aceitar as reações e ajudar da maneira que for possível. Não existem fórmulas quanto ao que deve ser dito, mas certamente também nestas horas o Espírito Santo estará dando aquelas palavras de ânimo e consolo que podem tocar os corações.
Pacientes que estão para ser submetidos a uma intervenção cirúrgica tem mais facilidades para expressar seus sentimentos de medo, de insegurança quanto ao futuro, das incertezas que lhes cercam não somente nesta hora mas na sua vida, de maneira geral. Se aquele que visita sabe expressar compreensão e simpatia, encontrará aí uma excelente oportunidade para falar daquele que pode transformar nossos medos, inseguranças em segurança e certeza de vida eterna.
A visita a um hospital não é um culto. Não devem ser feitas em grandes grupos, no máximo de dois em dois. Ao invés de cantar hinos ou fazer pregação, uma conversa pessoal, amiga, respeitando os demais pacientes no seu direito de silêncio e tranqüilidade, pode ser a melhor maneira de demonstrar-lhes que nos importamos com elas, que Deus as ama e pode agir em suas vidas também nestes momentos.
Nunca se deve demorar demais. Apenas o necessário ou o que a situação do paciente permite. Quando é dia de visita normal, geralmente há pessoas da família também desejosos de passar tempo com aquele a quem amam e isto deve ser respeitado. Nestas horas uma palavra breve ou uma oração, ou outras vezes um simples toque na mão serão o suficiente para demonstrar-lhes o cuidado que desejamos expressar-lhes.
Quando se manifesta a necessidade de além do conforto e tranqüilidade, de um encontro ou reencontro com Deus, é possível então conduzir a conversa de modo evangelístico levando a pessoa a tomar sua decisão por Jesus Cristo. Não se deve forçar a situação, criando um ambiente de desconforto ou constrangimento com muitas perguntas como se fosse um questionário ou induzindo a pessoa a dizer aquilo que queremos ouvir. Nem ainda, procurando adivinhar o que a pessoa está sentindo (com frases do tipo: “eu sei como se sente… mas é assim mesmo.”).








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