Imaginemos a seguinte situação: você vinha sentindo que faltava alguma coisa em sua vida. Não sabia exatamente o que era, como definir seus sentimentos em relação a isto, nem o que fazer a respeito. Um amigo seu havia comentado que havia tido uma experiência nova e que havia mudado a vida dele. “Quem sabe isto pode funcionar para mim também?”, você pensa e decide visitar uma igreja.
Você ouve as músicas, canta o coro da igreja, o pastor prega uma mensagem e convida as pessoas que querem entregar suas vidas a Jesus e receber a salvação. O seu coração começa a palpitar mais forte. Você não sabe o que isto significa mais sabe que é uma decisão importante que precisa ser tomada. E apesar do medo, das incertezas que enchem o coração, das dúvidas que vêm repentinamente nesta hora, você atende ao convite do pastor e vai à frente.
Alguém fica ao seu lado, convida-o a conversar, anota seu nome, o seu endereço, e você sai dali com a promessa de uma vida diferente. Mas ao chegar em casa, inúmeras dúvidas enchem novamente o seu coração. “E agora?”, “Eu não sei o que fazer!”, “O que os meus amigos vão achar disto? E minha esposa ou meu esposo? Os meus filhos?”. “Ah! Como seria bom ter alguém com quem conversar, que entendesse o que eu estou sentindo neste momento. Que pudesse me explicar o significado destas mudanças que estou sentindo em mim. Eu estou muito feliz, mas ao mesmo tempo com muitas incertezas…”. Bem, se você não vem de um lar cristão e não tinha outros amigos que já haviam se encontrado com Jesus, estes foram alguns dos sentimentos, das dúvidas que invadiram o seu coração quando você aceitou a Jesus. E assim é com a maioria das pessoas que acabaram de fazer a decisão de conhecer o Salvador.
Nesta hora têm muitas coisas que querem aprender, muitas dúvidas que precisam ser esclarecidas. E, além disto, sabe que muitos dos seus antigos amigos já não vão recebe-los da mesma maneira quando disserem que mudaram alguns dos seus antigos hábitos, que não pretendem continuar freqüentando os mesmos lugares em que era normal serem encontrados.
Numa visita a estas pessoas, antes até mesmo de começarmos a ensinar-lhes a palavra de Deus, o que certamente querem e precisam fazer, a primeira coisa que elas precisam sentir é que podem ter em nós amigos. Novos amigos. Ela não está e nem vai ficar sozinha.
É preciso que saibam que podem contar conosco. Que vamos aceita-las com suas dúvidas, com seu desejo de aprender, com alguns dos seus velhos hábitos que não se mudam apenas pelo fato de terem ido à frente (é preciso dar tempo para que o Espírito Santo haja em seu coração).
O método de abordagem do Evangelismo Explosivo usa pelo menos duas perguntas a fim de diagnosticar a situação espiritual das pessoas, que servem bem para determinarmos como iniciar nosso relacionamento com um novo crente: “Se você morrer hoje, tem certeza de que irá para o céu?” e “Se você chegar ao céu, e Deus perguntar porque deve deixar você entrar, que resposta você dará a Ele?”.
Da resposta recebida para a primeira pergunta, o visitador pode saber se a pessoa tem certeza da salvação. Se ela compreendeu o significado da decisão que tomou ao responder o apelo feito: De que já tem um lugar assegurado no lar que Deus preparou para ele. Da Segunda resposta, pode-se determinar se a pessoa sabe a razão pela qual Deus deverá recebe-la para que habite neste lugar que preparou para ela.
Até que ela possa dar a resposta correta: “Sim, eu tenho certeza que se morrer hoje irei para o céu, por que eu aceitei a Jesus como o meu salvador pessoal.” E “O Senhor deve me deixar entrar no céu porque Jesus Cristo veio para morrer pelos meus pecados e eu o aceitei como meu único salvador.”, é preciso que mesmo nesta conversa, ou no aconselhamento feito logo após a manifestação dela ao apelo feito, ela seja conduzida a esta compreensão.
Precisamos saber que ela não algumas expressões que para nós são tão comuns na igreja. Pecado? Habacuque? Sofonias? Discipulado? Mordomia? O que é isto? Estes são alguns exemplos de palavras que não tem significado para eles. Somente com o tempo, ganhando intimidade com a palavra de Deus é que vão se familiarizar. Precisamos acompanhar-lhes nesta transição, mostrando-lhes que são bem-vindas na família de Deus. Esclarecer suas dúvidas à luz da palavra de Deus, numa linguagem que ela possa acompanhar, fazendo-os caminhar daqueles temas que são mais gerais para aqueles mais espirituais, caminhando com eles nesse processo de busca.
Orientá-la sobre as atividades da igreja, sobre a classe de estudos bíblicos para aqueles que estão começando agora na família de Deus.
E quando falamos em visita é preciso lembrar que esta não deve ser a única, mas tantas quantas forem necessárias a fim de integrar a pessoa. A possibilidade de continuarmos a visitá-la através da realização de estudos bíblicos deve ser discutida com ela, e se ela tem disponibilidade precisa ser aproveitada.
Permita que a pessoa fale tanto quanto possível. Procure conduzi-la dos seus problemas para novas perspectivas, fazendo-a compreender que as dificuldades existem, mas quando confiamos o Senhor é fiel e pronto em nos dar a vitória.
Dê orientação que seja fundamental para o seu crescimento espiritual. Discussão de assuntos doutrinários que não podem ser comparados àquele leite espiritual, essencial para o crescimento cristão, devem ser deixados para o tempo apropriado.
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