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Curso Teologico

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

ESTILOS DE APRENDIZADOS

Amélia Lemos Oliveira
Fomos criados por Deus de forma singular, cada um de nós tem uma forma singular de apreender os elementos do mundo e de tudo o que nos rodeia. Sendo assim, durante a nossa vida intra-uterina e em todo nosso viver, somos e agimos de acordo com o que nos é apresentado, temos sensações e percepções que são próprias a cada um de nós, desenvolvemos formas de aprender específicas, o que nos caracteriza e nos diferencia dos demais. Sendo assim, o papel do professor é atentar para estas diferenças e verificar, juntamente a seus alunos, quais são as melhores formas de cada um deles assimilarem as informações transmitidas em sala de aula.
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Quando estamos ministrando aulas, nosso papel é alcançar pessoas, corações, mentes, vontades, bem como  provocar mudanças, sensações, novas atitudes perante a vida e nova visão de mundo. Dessa forma, deve o professor conhecer os seus alunos e atentar para suas diferenças para que os mesmos sejam alcançados e assumam novas posições no cotidiano, a partir do ensino que lhes foi ministrado. Se estivermos ensinando e tudo prosseguir da forma que está, é porque o nosso ensino não está fazendo diferença nas suas vidas.Pensando em tudo isso, fica-nos as indagações:
► De que forma estamos contribuindo para que a vida espiritual de nossos alunos tenha progresso?
► Estamos, durante as nossas aulas, reservando momentos para nossos alunos  refletirem acerca de suas vidas?
►  Procuramos investir nosso tempo na procura de melhores recursos didáticos para alcançá-los?
►  Ou nos acomodamos em nossa posição de professores que apenas transmitem conteúdos e não se comprometem com os resultados do que ensinam?
Nossa função, enquanto educadores cristãos,  é alcançar a cada um que o Senhor nos confiou para ensinar. Fomos criados por Deus com características únicas, identidades pessoais, estilos diferentes. Em suma, cada um de nós é único. Não se pode admitir que uma pessoa tenha menos condições de aprender que a outra. A diferença está na forma que a sua necessidade de aprender foi atendida. Daí a necessidade do professor conhecer melhor os seus alunos e utilizar diversos métodos para atendê-los em suas diferenças. Assim terá melhores possibilidades de comunicação ( a ação de tornar comum) e procurar encontrar nas diferenças, na diversidade, os elementos que podem unir alunos e professores, através da adaptação às experiências de cada um, enriquecimento dos recursos didáticos a serem utilizados em nosso ensino:
“Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé.”
(Rm 12. 4-6 – ARC)
Conforme pudemos verificar, no texto bíblico,  a Igreja do Senhor Jesus é um corpo que têm diferentes órgãos, com diferentes funções e características, que trabalham em conjunto para o perfeito funcionamento desta máquina que Deus criou. Dessa forma, as diferenças individuais são imprescindíveis para o enriquecimento da sala de aula e do progresso do trabalho na igreja. As diferenças presentes em nossos alunos contribuem para aprimorar a nossa prática pedagógica, capacitando-nos para compreender o outro e valorizá-lo em sua singularidade.
A nossa função é conceder oportunidades aos nossos alunos se  valorizarem e deixarem de supor que têm menos condições de aprender, salvar a auto-imagem daqueles que sentiam-se incompetentes para compreender a Palavra de Deus, tornar o ensino acessível às mentes e corações, permitir que os alunos desenvolvam seus próprios talentos e dons para exercerem na casa do Senhor:
“Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários. E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra. Porque os que em nós são mais honestos não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela: para que não haja divisão no corpo,  mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros.”
 (I Co 12. 22-25 – ARC)

Há muitas pessoas na igreja para as quais não atentamos, nem damos o devido valor. É por isto que o texto bíblico acima nos exorta acerca desta necessidade: de conceder honra uns aos outros. Muitos alunos não são  o alvo de nossas aulas, atendemos apenas a uma porção deles, deixando alguns à margem do que estamos tratando, simplesmente por desconhecer o estilo de aprendizagem, as vias de acesso ao conhecimento, os canais de assimilação individuais. Precisamos valorizar esta diversidade e nos aprimorar na explanação do conteúdo. Era assim que Jesus fazia. Utilizava as ilustrações, as parábolas para esclarecer temas de complexa assimilação. Assim, o menos douto tinha plenas condições de compreender o ensino, haja vista que estava centrado nas experiências, no cotidiano.
É preciso estar alerta para uma questão: nossas aulas não podem estar centradas em testemunhos pessoais, mas na Bíblia. Os testemunhos, experiências, casos são apenas ilustrações periódicas do que estamos a ensinar. O centro de nosso ensino é a Bíblia. As ilustrações são apenas um complemento. Ajustemos o nosso estilo de ensinar para que os alunos aprendam. Há professores que se preocupam tanto com as ilustrações de suas aulas que se esquecem de utilizar o texto bíblico. Cuidado! Precisamos evitar os extremos!
Temos diversas expectativas quando alguém nos concede uma classe, esperamos que estes alunos aprendam da mesma forma que nós assimilamos as informações. Ledo engano. Precisamos de sensibilidade e direcionamento do Espírito Santo para alcançar as mentes de nossos alunos. Nosso autoconceito, modo de viver, empreendimentos  e contribuição à sociedade estão relacionados à nossa forma de aprender, nossas habilidades específicas. Por isto, devemos trabalhar com  quem o Senhor colocou em nossas mãos e não ter expectativas frustradas por basear nosso trabalho em ilusões. Devemos atender o nosso aluno da forma como realmente é, não como esperavámos que fosse. Nossa função é falar com nossos alunos e não falar a eles. Daí  a frustração de muitos professores que demonstram insatisfação nos resultados de seu ensino, pois os corações de seus alunos estão muito longe deles. Quando alcançamos pessoas, conquistamos seus corações e sua disposição, despertamos o desejo de aprender e o compromisso com a Palavra de Deus.
De que forma se dá o processo natural de um aprendizado eficaz?
1.    Deve-se iniciar com o que os aprendizes já conhecem, apresentam interesse e sentem necessidade. Cada um traz consigo suas experiências e expectativas. Para elas, devemos estar atentos. Não se inicia uma aula com base no vazio, mas no que já existe, no que é significativo.
2.    Fazer uma conexão com a vida real para que ocorram novas aprendizagens relacionadas ao tema tratado. Somente assim, haverá assimilação.
3.    É o momento da aplicação do conteúdo, verificação de sua verdadeira ocorrência na vida real.
4.    Havendo apreensão das informações, os temas tratados podem ser utilizados de forma criativa no dia-a-dia dos alunos,  contribuindo para mudar as suas vidas fora do espaço da igreja.
Marlene  LeFever define os estilos de aprendizagem como o ”meio pelo qual a pessoa vê ou percebe melhor as idéias e, então, transforma-as e leva a efeito o que observou. Cada estilo de aprendizagem é tão singular quanto a assinatura da pessoa. Quando alguém precisa assimilar algo difícil, aprende mais rápido e fica mais contente em fazê-lo se vê seu estilo reforçado pelo modo como o professor ensina.” (Estilos de aprendizagem, p. 14)
O estilo de aprendizagem não está relacionado a QI (quociente de inteligência), condições sócio-econômicas ou  formação intelectual. Sua importância está nas habilidades naturais que cada um possui para assimilar novas informações. Se uma pessoa for ensinada fora de seu estilo, poderá ser considerada “incompetente”, “incapaz” ou “desinteressada”. Portanto, o problema não está exatamente na pessoa, mas na forma como é  trabalhada. Durante muito tempo, se acreditou que os alunos teriam que assimilar tudo o que o professor falasse. Falsa suposição. Precisamos considerar a criatividade peculiar de cada um.
Há quatro padrões mentais para assimilação de informações, nos quais todos nos encaixamos. Mas há um desses estilos nos quais cada um de nós nos enquadramos melhor. Uma aula bem planejada pode ser organizada em torno dos quatro tipos de aprendizes. Podemos iniciar de forma interativa, seguir de modo analítico, encaminhar-nos para o pragmático e encerrar com o dinâmico. Nessa ordem lógica, os alunos corresponderão melhor ao nosso ensino porque os seus pontos fortes são valorizados.

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