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terça-feira, 1 de maio de 2018

Judeus originaram hábitos do Interior do Sertão Nordestino



Como os judeus estão ...espalhados por todo o mundo, muitos dos seus costumes foram incorporados por pessoas de outras culturas. Aqui no Brasil e, principalmente, no interior nordestino não foi diferente. Quando os holandeses foram expulsos de Pernambuco, em 1654, a maioria judaica precisou fugir da inquisição da Igreja Católica. Porém, uma minoria que não conseguiu embarcar para outros países acabou indo para o Interior e se estabeleceu às margens do Rio São Francisco. Lá, deixaram como herança a culinária, a religião e os hábitos, que hoje são ditos como típicos de pessoas mais idosas. 

Por viverem como cristãos-novos e não quererem deixar de lado seus costumes, era necessário disfarçar hábitos de sua religião para evitar transtornos com a Igreja. Então, por ter vivido muito tempo em meio à população que ainda se adaptava ao Sertão nordestino, no século 17, os hábitos judaicos foram sendo incorporados pela comunidade. Um dos exemplos é o fato do judeu não comer carne de animal com sangue, daí, segundo a tradição, pode ter surgido a carne-de-sol. O sal e o sol, além de meios para conservar a carne por mais tempo (já que não havia geladeira), serviam para eliminar vestígios de sangue na carne. Além disso, a carne de porco, que não é comida por judeus, até hoje sofre resistência por alguns interioranos.


Outro costume também pode ter vindo da tradição judaica: não varrer a casa da entrada da porta para dentro. A crença judaica prevê que se deve varrer a casa em direção à rua, para limpar as más energias do lar. Mais um costume antigo é amarrar uma fita vermelha no braço da criança recém-nascida ou usar galhos de arruda para espantar maus-olhados. Outros dois hábitos que podem ser vistos no Interior, que têm relação com o Judaísmo e ainda hoje se ouve falar, remete à religião. 


“Quando morria gente em casa, as pessoas costumavam derramar todos os potes com água. Porque diziam que o ‘anjo da morte’ limpava sua espada nas águas que havia no lar. Outro fato curioso era cobrir os espelhos da casa quando se morria um parente da família. Pois, segundo a tradição, o falecido ainda passa sete dias entre os vivos e, poderia, ao se olhar no espelho, não se ver”, explicou o historiador e pesquisador Nuno Brito.
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Foto : Túmulo no sertão do Rio Grande do Norte, enterrado direto na terra, com pedras   


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