Beira_Rio_Cais_Juazeiro_BA |
Um dos fatos marcantes relacionados com a expansão dos currais de gado da Casa da Torre através dos sertões da Bahia e das terras ao norte do São Francisco foi a abertura de uma estrada que passou a ligar a metrópole de então aos principais centros do Nordeste.
Juázeiro, pela sua posição geográfica, teria constituído
uma das portas de entrada para o Piauí e Maranhão, sendo, ao mesmo tempo, etapa
obrigatória para os que, procedentes daquelas regiões e de outros pontos,
procuravam o Recôncavo Baiano. Capistrano de Abreu incluiu o caminho de
Juazeiro entre os menos antigos, vendo nele mais uma "via de vazão que de
penetração".
Tem-se como certo, no entanto, que no lugar denominado
Juazeiro Velho, à margem direita do São Francisco, ponto de travessia da
referida estrada e pouso de viajantes e tropeiros, estabeleceu-se, em 1706,
missão de franciscanos que aldearam índios Rodelas existentes na região.
Em 1710, com o propósito de se firmarem em definitivo,
os franciscanos construíram um convento e erigiram uma igreja consagrada à
invocação de Nossa Senhora das Grotas, em local que pode ser identificado como
a atual rua Entrada do Horto, na zona suburbana Pôr essa época Juazeiro
apresentava as primeiras características de núcleo colonizado, dedicando-se
seus habitantes ao cultivo da cana-de-açúcar e a criação de gado.
No início do século passado era grande a importância de
Juazeiro. Aires de Casal refere- se ao arraial como "uma das passagens
mais freqüentadas da Bahia para Piauí”.
Spix e Martius admiraram-se da intensidade do trânsito
de gado, naquela localidade, com destino ao Recôncavo, na média anual de 20.000
cabeças. O povoado teria então umas 50 casas e uns 200 habitantes.
Elevado a julgado, em 1766, sob a jurisdição da Câmara de Jacobina,
somente em 9 de maio de 1833 foi criada a Vila de Juazeiro, constituindo-se
como sede do Município. Pela Lei provincial n.° 1814, de 15 de julho de 1878,
adquiriu foros de cidade.
Teodoro Sampaio, que ali esteve em 1879, recolheu
excelente impressão de algumas construções, em que via certo gosto
arquitetônico - a nova igreja matriz e o teatro - ,bem como das ruas extensas e
do comércio animado da cidade. Chegou mesmo a afirmar que Juazeiro lhe parecera
uma "pequena corte" em pleno sertão e considerou-a o foco mais poderoso
da civilização e riqueza daquela parte do Brasil.
Nessa época sua população já se elevava a mais ou menos
3.000 habitantes e sua influência comercial estendia-se desde Cabrobó, até
Januária, alcançando também os sertões do Piauí e Goiás.
O ano de 1894 é assinalado como marco decisivo pare o
futuro da cidade. É alcançada pelos trilhos da Viação Federal Leste Brasileiro
que a ligam à capital do Estado.
O desenvolvimento de Juazeiro tem sido constante.
Desfruta destacada posição econômica entre os municípios do Médio São
Francisco, posição esta que conserva há mais de um século.
A comarca de Juazeiro foi criada pela Lei n.° 650, de 14
de dezembro de 1857. O Decreto Estadual n.° 175, de 2 de julho de 1949,
elevou-a a terceira entrância.
Segundo o quadro administrativo do País vigente a 1.° de julho de
1957, Juazeiro é constituído dos distritos de Juazeiro, Carnaíba do Sertão,
Itamotinga, Junco, Juremal e Massaroca.
Distrito criado com a denominação de Juazeiro, pela lei provincial
nº 114, de 26-03-1840.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Juazeiro, entre os
anos de 1766 e 1768 ou em 09-05-1833.
Pela lei provincial nº 470, de 25-04-1853, foram criados os
distritos de Caraibinhas, Curaçá Pequeno e Salitre e anexados ao município de
Juazeiro.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Juazeiro, pela lei
provincial nº 1814, de 15-07-1878.
Em divisão
administrativa referente ao ano de 1911, ao ano de 1911, o município é
constituído de 4 distritos: Juazeiro, Caraibinha (ex-Caraibinha), Curaçá
Pequeno e Salitre.
Pela lei municipal nº 67, de 31-08-1920, aprovada pela lei estadual
nº 1717, de 31-07- 1924 o distrito de Curaçá Pequeno tomou o nome de Pedra
Branca.
Pela lei municipal nº9, de 31-08-1920, aprovada pela lei estadual nº
1717, de 31-07-1924, é criado o distrito de Junco (ex-localidade de Arraial de
Campo dos Cavalos) o distrito de Curaçá Pequeno tomou o nome de Pedra Branca.
Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, o
município aparece constituído de 6 distritos: Juazeiro, Caraibinha, Junco,
Pedra Branca (ex-Curaçá Pequeno), Rancharia e Salitre.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é
constituído de 4 distritos: Juazeiro, Caraibinha, Junco e Pedra Branca.
Em divisões
territoriais datadas de 3-1-XII-1936 e 31-XII-1937, o município aparece
constituído de 5 distritos: Juazeiro, Caraibinha, Junco, Massaroca e Pedra
Branca.
Pelo decreto
estadual nº 11089, de 30-11-1938, o distrito de Caraibinhas tomou a denominação
de Jurema.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é
constituído de 5 distritos: Juazeiro, Itamotinga, Junco, Jurema e Massaroca.
Pelo decreto-lei estadual nº 141, de 31-12-1943, retificado pelo
decreto estadual nº 12978, de
01-06-1944, o distrito de Jurema tomou a denominação de Juremal.
Assim permanecendo em divisão territorial
datada de 1-VII-1950.
Pela
lei estadual nº 628, 30-12-1953, é criado o distrito de Carnaíba do Sertão (ex-
povoado de Carnaiba) e anexado ao município de Juazeiro.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é
constituído de 6 distritos: Juazeiro, Carnaíba do Sertão, Itamotinga, Junco,
Juremal (ex-Juremal) e Massaroca.
Assim permanecendo em divisão territorial
datada de 1-I-1979.
Pela
lei estadual nº 4038, de 14-05-1982, é criado o distrito de Abóbora
(ex-povoado) e anexado ao município de Juazeiro.
Pela lei estadual nº 4046, de 14-05-1982, é criado o distrito de
Pinhões (ex-povoado) e anexado ao município de
Juazeiro.
Em divisão
territorial datada de 1988, o município é constituído de 8 distritos: Juazeiro,
Abóbora, Carnaíba do Sertão, Itamotinga, Junco, Juremal, Massaroca e Pinhões.
Assim permanecendo em divisão territorial
datada de 2007.
Fonte. https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/bahia/juazeiro.pdf
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