"A ministração da unção com óleo sobre os enfermos é uma doutrina do Novo Testamento ensinada e incentivada como prática de fé para os crentes: 'Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor' (Tg 5.14).
A unção sobre os enfermos era um ritual comum nos tempos bíblicos do Novo Testamento. Os discípulos usavam a unção com óleo desde os dias do ministério terreno de Jesus: 'e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam' (Mc 6.13).
A ênfase, entretanto, não está no azeite, mas, sim, na oração da fé, que salva o doente.
A única unção estabelecida como prática na igreja foi a unção com óleo, ministrada somente sobre os enfermos.
Essa é uma prática exercida nos moldes do Novo Testamento, sendo, portanto, efetuada somente pelos que exercem a liderança da igreja. Entre nós, é praticada por presbíteros, evangelistas e pastores." (Declaração de Fé das Assembleias de Deus no Brasil)
As palavras gregas que foram traduzidas no contexto da cura divina, como astheneia (Mt 10.18; Lc 4.40; Jo 5.3; At 5.15; Tg 5.14), arrôstous (Mt 14.14; Mc 6.13; 16.18) e kamnô (Tg 5.15), estão sempre associadas nestes contextos a um estado de incapacidade, disfunção ou fraqueza de ordem física e orgânica.
Não se sustenta assim a ideia de ungir com óleo os casos de doenças ou distúrbios de ordem mental, tais como o déficit de atenção, a hiperatividade, os transtornos de aprendizagem, a loucura, as manias, as alucinações, as neuroses e psicoses de forma geral, as doenças ou distúrbios de ordem emocional, tais como a depressão, a ansiedade, o pânico, o medo, etc., nem os males espirituais, tais como a opressão e possessão demoníaca. Para tais casos a oração (sem a unção com óleo) é recomendada, e no caso da possessão demoníaca, a expulsão dos demônios em nome de Jesus.
A unção com óleo (Tg 5.14-15), seguida da oração, está associada à manifestação ou estado de incapacidade, disfunção ou fraqueza de ordem física/orgânica. É por esta razão que ela se aplica no corpo do doente, seguida de oração, como um ato de fé, para que o Senhor o levante.
Nos casos das somatizações (manifestações de incapacidade, disfunções ou fraqueza no corpo de males de origem emocional e espiritual), nem sempre discerníveis num primeiro momento, não vemos biblicamente problema em ungir com óleo o doente, seguido da oração da fé (Tg 5.15). Contudo, ao se ter discernimento das reais causas, deve-se seguir as orientações bíblicas.
Com base em Tiago 5.14-15, e nas publicações oficiais das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), não unjo com óleo:
- Pessoas cujas enfermidades não se manifestem no corpo (independentemente da origem);
- Pessoas que querem uma benção (sem ser a cura divina);
- Pessoas endemoniadas;
- Pessoas mortas;
- Ofertantes e dizimistas (a não ser que estejam doentes e queiram a unção);
- Coisas (carro, moto, casa, alianças, etc);
- Animais
- A mim mesmo
Não unjo com óleo ninguém, nem nada, fora daquilo que Tiago em sua epístola prescreve.
Assim ensino, assim pratico.
Não é necessário que o doente ao pedir a unção com óleo especifique a doença, formalidades mecânicas, nem algum espetáculo litúrgico, mas simplicidade.
O necessário é que qualquer pessoa ao pedir a unção com óleo saiba que ela só deve ser pedida em caso de enfermidades manifestas no corpo.
Para isso a congregação deve ser ensinada, evitando-se assim algumas práticas que não encontram fundamentação bíblica para a igreja.
Um pastor ou obreiro, em qualquer questão bíblica e doutrinária não deve ensinar meias verdades à congregação, para com base nisso se beneficiar de alguma forma, ou agradar aos seus ouvintes.
A verdade precisa ser ensinada em amor, para que haja um crescimento saudável da igreja local
artigo do Pastor. Altair Germano.
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