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quarta-feira, 4 de março de 2015

Netanyahu: acordo nuclear põe o Irã mais perto da bomba Com o boicote de mais de 50 congressistas, o primeiro-ministro de Israel discursou no Congresso americano e afirmou que prefere nenhum acordo nuclear a um acordo ruim


O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursa no Congreso dos EUA(Shawn Thew/EFE)
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, discursou nessa terça-feira no Congresso dos Estados Unidos e criticou fortemente o acordo nuclear que os EUA e outras potências negociam com o Irã. Ele disse que Teerã possui "uma vasta infraestrutura nuclear", e que o acordo em discussão é um erro que pode levar o Irã a se aproximar da fabricação da bomba nuclear. A alternativa a um "mau acordo", disse ele, não era a guerra, mas sim um "bom acordo".

Netanyahu foi convidado a falar pelo presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, sem consultar a Casa Branca. O fato provocou atritos com a administração do presidente Barack Obama e mais de 50 congressistas democratas boicotaram o discurso. Susan Rice, assessora de segurança da presidência, classificou a visita do primeiro-ministro como "destrutiva" para a relação bilateral. Apesar disso, o político israelense afirmou que não teve intenção de desrespeitar Obama.

Durante seu discurso, Netanyahu falou sobre a ameaça que o regime iraniano representa não só para o seu país ou para o Oriente Médio, mas para todo o mundo. Citou alguns crimes já cometidos pelo país, tais como perseguição de jornalistas, financiamento de terroristas e execuções de prisioneiros e relembrou que já foram descobertas duas instalações nucleares no país das quais a ONU não tinha conhecimento.

Repetiu a frase já dita anteriormente por representantes do governo americano de que "nenhum acordo é melhor que um acordo ruim", e afirmou que o pacto pretendido é negativo. "Nós estamos melhor sem ele", disse. Para Netanyahu, o ideal é não permitir que o Irã tenha infraestrutura vasta e dar segurança aos países vizinhos, que atualmente se sentem ameaçados. "Todos nós devemos agir juntos para impedir a marcha de conquista, subjugação e terror do Irã", acrescentou aos parlamentares americanos.

Caio Blinder - O show de Netanyahu em Washington

Nesta segunda, o presidente americano, em uma entrevista, disse que o primeiro-ministro israelense já se enganou no passado sobre os planos nucleares do Irã, e garantiu que não tem qualquer problema pessoal com ele. "Netanyahu fez todo o tipo de declarações" - afirmou Obama -, "ele disse que este será um acordo muito ruim. Que isto permitirá ao Irã recuperar 50 bilhões de dólares. Que o Irã não respeitará o acordo. Nada disto foi verificado", concluiu. Em seu discurso de hoje, Netanyahu não comentou as declarações do presidente americano e o elogiou. "Apreciamos tudo o que o presidente Obama fez por Israel", disse o premiê. "A notável aliança entre Israel e Estados Unidos sempre esteve acima da política, e deve permanecer sempre acima da política", acrescentou o primeiro-ministro.

O discurso do primeiro-ministro feito em Washington não foi dirigido não só aos congressistas americanos, mas também à população de seu país. A menos de um mês das eleições em Israel, Netanyahu pretende deixar clara a sua posição em relação ao Irã e atrair mais votos para a reeleição da coligação que o sustenta.


Recepção - A deputada democrata Nancy Pelosi, uma das líderes do partido na Câmara, afirmou que o discurso de Netanyahu quase a levou às lágrimas. Em um comunicado, a congressista se disse "entristecida pelo insulto à inteligência dos Estados Unidos... e entristecida pelo tom condescendente" empregado pelo israelense. Segundo Pelosi, os EUA estão cientes da ameaça representada pelo Irã e têm "um compromisso inabalável com a segurança de Israel".

(Da redação)

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