LIÇÃO 06 – JONAS – A MISERICÓRDIA DIVINA
TEXTO ÁUREO "E DEUS viu as obras deles, como
se converteram do seu mau caminho; e DEUS se arrependeu do mal que tinha dito
lhes faria e não o fez" (Jn 3.10). --
VERDADE PRÁTICA O relato de Jonas
ensina-nos o quanto DEUS ama e está pronto a perdoar os que se – JONAS, A MISERICÓRDIA DIVINA
- Na sequência do estudo dos profetas
menores, estudaremos hoje o livro de Jonas.
- O livro de Jonas é um retrato da
misericórdia divina, primeiro em relação ao profeta, depois, aos ninivitas,
mostrando que Deus não tem prazer na morte do ímpio.
O LIVRO DE JONAS
- "Yonah" (יןנה) -
“pombo”.
- Jonas era filho do profeta Amitai,
da cidade de Gate-Hefer (II Rs.14:25), d da tribo de Zebulom, no reino do
Norte, o reino de Israel.
- Jonas profetizou no reino do norte
(Israel), tendo, inclusive, predito o restabelecimento dos termos de Israel
desde a entrada de Hamate (Síria) até o mar da planície, o que sucedeu no
reinado de Jeroboão II.
- Edward Reese e Frank Klassen
entendem que o livro de Jonas está situado cronologicamente entre a primeira
parte do livro de Oseias e o livro de Amós, já no reinado de Jeroboão II.
- O livro de Jonas, em vez de conter
predições, é um livro biográfico, em que Jonas relata o que aconteceu tanto com
ele quanto com a cidade de Nínive, capital da Assíria. O livro tem 4 capítulos
e pode ser dividido em três partes, a saber:
1.
1ª parte
- chamada e desobediência de Jonas - Jn.1;
2.
2ª parte
- arrependimento de Jonas - Jn.2;
3.
3ª parte
- pregação de Jonas e seus efeitos - Jn.3-4.
– CHAMADA E DESOBEDIÊNCIA DE JONAS
- O livro de Jonas começa com uma
ordem de Deus para que o profeta fosse até a grande cidade de Nínive e clamasse
contra ela, porque a sua malícia havia subido até o Senhor (Jn.1:1,2).
- Os assírios ficaram conhecidos na
história por sua grande crueldade e eram os principais inimigos de Israel nos
dias de Jonas. Israel era o próximo alvo do expansionismo assírio.
- Compreende-se a reação do profeta
diante da ordem divina de não atender à ordem divina, pois:
a) Jonas se notabilizara por
profetizar o bem para Israel;
b) Jonas sabia que Deus era
misericordioso e poderia perdoar os ninivitas, o que seria um mal para Israel;
c) Jonas era profeta e, como tal,
achava que somente poderia trazer mensagens para Israel, o povo escolhido de
Deus, nunca a gentios.
- Embora compreensível, o pensamento
de Jonas era inadmissível. Deus é o Senhor de todas as coisas, faz como quer e
cabe a nós, Seus servos, obedecer-Lhe tão somente.
- Como profeta, ou seja, porta-voz de
Deus, cabia a Jonas tão somente ir a Nínive e proferir a mensagem divina.
- O profeta, diante da ordem divina,
procurou “fugir de diante da face do Senhor”. Desceu até Jope e achou um navio
que ia para Társis, o mais longínquo lugar conhecido da época.
- Jonas deliberadamente se rebelava
contra o Senhor, numa atitude que era, num certo sentido, mais grave que a dos
próprios assírios a quem ele não queria pregar.
- A malícia dos assírios, embora
tivesse subido até o Senhor, não promovera qualquer reação divina a não ser a
ordem ao profeta para que anunciasse o juízo divino.
- A desobediência do profeta trouxe,
de imediato, já no início da viagem, uma grande tempestade que pôs em risco
todos os tripulantes e passageiros do navio.
- A tempestade aumentava e tudo o que
era feito era inútil para garantir a segurança do navio.
- Jonas, no entanto, diante de
tamanho alvoroço, desceu aos lugares do porão e se deitou, e dormia um profundo
sono. Precisou ser despertado pelo mestre do navio, que o conclamou a orar.
- Deus usou aquele mestre do navio
como um “mensageiro” para retirar Jonas do estado de letargia espiritual.
- A indiferença com a sorte do
próximo é uma das características de quem está a desobedecer a Deus.
- Jonas, mesmo diante da fala do
mestre do navio, manteve-se inerte, sem qualquer reação.
- No desespero, os marinheiros
resolveram lançar sortes para saber por que causa lhes havia sobrevindo aquele
mal. As sortes caíram sobre Jonas.
- Os marinheiros confrontaram então o
profeta e este confessou ser hebreu, servo de Deus e que estava a fugir da face
do Senhor (Jn.1:8-11).
- A confissão é o primeiro passo para
que alcancemos o perdão dos nossos pecados. O propósito divino em
permitir que as sortes caíssem sobre Jonas tinha um objetivo: levar não só
Jonas ao arrependimento e conversão, mas até os marinheiros.
- Na sua confissão, Jonas acabou por
pregar para os marinheiros e estes se converteram.
- Jonas, interpelado pelos
marinheiros, diz para ser lançado ao mar, confiando na misericórdia
divina. Assim que Jonas foi lançado ao mar, a fúria cessou.
- A misericórdia divina manifesta-se
e o Senhor preparou um grande peixe para que tragasse o profeta.
- Nem os marinheiros nem o profeta
haviam sido mortos.
– O ARREPENDIMENTO DE JONAS
- Jonas precisava saber que Deus é
misericordioso e, por isso, não recebemos aquilo que merecemos.
- O livro de Jonas revela-nos este
lado misericordioso de Deus para além dos limites de Israel e de Judá.
- Jonas, tendo percebido a
misericórdia divina, no exato instante em que é engolido pelo grande peixe e
mantido vivo, arrependeu-se de seu pecado, que já fora confessado diante dos
marinheiros.
- Jonas faz uma oração ao Senhor, a
única oração de um pecador que é ouvida por Deus, qual seja, a oração em que se
reconhece o pecado e se pede perdão pela sua prática.
- Jonas clamou ao Senhor na sua
angústia e “do ventre do inferno” gritou, tendo tido a convicção de que o
Senhor lhe respondeu e ouviu a sua voz.
- Jonas foi levado a experimentar o
verdadeiro caráter de Deus como também mostrou toda a sua confiança em Deus ao
agradecer, ainda no ventre do grande peixe, pelo livramento que estava a
suplicar.
– PREGAÇÃO DE JONAS E SEUS EFEITOS
- Jogado de volta na terra de Israel,
o Senhor dá, novamente, a ordem ao profeta que, para provar o seu
arrependimento, deveria mudar a sua atitude anterior, atendendo agora à ordem
divina.
- A misericórdia do Senhor somente é
alcançada pelo homem quando há arrependimento, i.e., “mudança de atitude”,
“mudança de ação”.
20º SLIDE- Jonas entrou na grande
cidade de Nínive, de três dias de caminho, pregando a mensagem que lhe fora
dada por Deus: “Ainda quarenta dias e Nínive será subvertida” (Jn.3:4).
- Deus ama o pecador, mas aborrece o
pecado.
- “Os homens de Nínive creram em
Deus; e proclamaram um jejum, e vestiram-se de caso, desde o maior até ao
menor” (Jn.2:5).
- Assim como os marinheiros, os
ninivitas entenderam que Deus é Senhor e que tudo está sob o Seu controle e
que, diante do juízo determinado, não haveria outra coisa a fazer senão
recorrer à misericórdia deste Deus, a fim de que não recebessem o que mereciam.
- O rei da Assíria foi o primeiro a
crer na mensagem.
- Além do rei, os grandes de seu
reino também foram tocados pela mensagem pregada por Jonas, de tal modo que
saiu um mandado para que todos se humilhassem, pedindo a misericórdia de Deus
(Jn.3:7-9).
- Os assírios reconheceram que eram
maus e violentos e pediram perdão.
- Ao contemplar o arrependimento e
conversão de Nínive, Deus Se arrependeu do mal que faria àquela cidade e não o
fez (Jn.3:10).
- “Arrependimento de Deus” –
expressão que mostra que Deus não muda e que, por causa de Sua imutabilidade,
altera a sentença diante da modificação do comportamento do homem.
- O mesmo ocorre ainda hoje. Quem
crer na mensagem do Evangelho, será salvo; quem não crer, será condenado
(Mc.16:16).
- Jonas logo intuiu que Deus não
destruiria a cidade. Isto desgostou extremamente o profeta, que ficou
ressentido (Jn.4:1).
- Jonas, no seu ressentimento, pediu
até a morte para Deus, mas o Senhor considerou tal ressentimento
irrazoável (Jn.3:4).
- O Senhor, então, fez nascer uma
aboboreira para fazer sombra a Jonas, que aguardava a destruição da cidade, mas
a fez seca em um dia.
- Sem a aboboreira, Deus mandou um
vento calmoso, oriental, que feriu a cabeça de Jonas e o profeta, diante deste
grande incômodo, quis, uma vez mais, morrer, já que sentiu falta da aboboreira.
- O Senhor, então, mostrou a Jonas
que, se o profeta teve compaixão de uma aboboreira, Deus tinha muito mais razão
de se compadecer dos ninivitas.
- Temos agido desta maneira, ou damos
mais valor às aboboreiras do que às almas perdidas que estão celeremente
caminhando para o inferno?
CONCLUSÃO
Ao
estudar o livro de Jonas, percebemos que fora escrito com o propósito de
lembrar o alto valor da pregação missionária.Deus não quer que ninguém se perca,
mas deseja que todos venham ao arrependimento (2Pe 3. 9). E que apesar das
imperfeições do pregador, a mensagem de Deus alcançou o resultado desejado e
sua imensa compaixão pelos homens foi demonstrada eficazmente.
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