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Curso Teologico

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

LIÇÃO Nº 11 – INVEJA, UM GRAVE PECADO. A inveja é um pecado que decorre de não renunciarmos a nós mesmos e de querermos nos pôr em lugar de Deus.



Inveja, um grave pecado .A inveja, do hebraico qinah,  Do grego phthonos,
 E do latim invidere,
     Pode ser entendida como uma tristeza, um ressentimento pela prosperidade e felicidade do próximo.
     O invejo não deseja o lugar ou os bens do outro (cobiça), mas que o outro não seja bem sucedido em suas realizações e na vida.
 INTRODUÇÃO
- Na sequência do trimestre, entramos agora no quinto e penúltimo bloco do trimestre, quando estudaremos os “dramas de relacionamento”, as aflições decorrentes de um mau relacionamento com o próximo. - O primeiro dos “dramas de relacionamento” que estudaremos é a inveja, um grave pecado que tem acompanhado a humanidade desde os seus primórdios.
I – O PECADO FERIU OS RELACIONAMENTOS HUMANOS
A inveja, do hebraico qinah, do grego phthonos, e do latim invidere, pode ser entendida como uma tristeza, um ressentimento pela prosperidade e felicidade do próximo. O invejo não deseja o lugar ou os bens do outro (cobiça), mas que o outro não seja bem sucedido em suas realizações e na vida.
 Conforme Champlin:  -  A inveja é uma das maiores demonstrações de mesquinharia humana, causada pela queda no pecado. Os invejosos chegam a fazer campanhas de perseguição contra suas vítimas, as quais, na maioria das vezes, não têm qualquer culpa por haverem despertados tal sentimento nos invejosos. Geralmente os malsucedidos têm inveja dos bem-sucedidos. Essa é uma tentativa distorcida para compensar pelo fracasso, glorificando ao próprio “eu” e procurando enxovalhar a pessoa invejada. Está baseada, portanto, na mais pura carnalidade. Muitas vítimas da inveja já descobriram que a melhor maneira de evitar o invejoso é fugir dele. Uma pessoa bem-sucedida não pode abandonar o seu sucesso, somente para satisfazer o invejoso, tornando-se um fracassado como ele [...]. A inveja tem sido motivo para muitas histórias pervertidas, para muitos dramas humanos.
Observemos a maneira como na Bíblia o tema “inveja” é tratado:
    - A inveja é algo que não devemos ter em relação aos homens iníquos, perversos, violentos, pecadores, malignos, malfeitores (Sl 37.1; 72.2-3; Pv 3.31; 23.17): A aparente felicidade e prosperidade dos homens que não temem a Deus não deve despertar em nós tão pernicioso sentimento. É preciso que consideremos o fim deles (Sl 73.17-20).
    - A inveja promove a competição entre os homens (Ec 4.4): As nossas habilidades, talentos, realizações e trabalhos não devem ser produzidos pela inveja, pelo desejo de superar o outro, de ofuscá-lo ou ridicularizá-lo.
    - A inveja é um pecado característico do mundo pagão/gentio sem Deus (Rm 1.29): Ao escrever aos romanos ele declara que o homem sem Deus está cheio de inveja (gr. mestous phthonou, μεστους φθονου).
    - A inveja é uma das obras da carne (Gl 5.21): A inveja (gr. phthonoi, φθονοι) é uma obra da carne (gr. erga tes sarkos, εργα της σαρκος, Gl 5:19). Para Barclay, a carne é “a natureza humana conforme se tornou através do pecado”
    - A inveja é o motivo pelo qual alguns proclamam a Cristo (Fp 1.15): Era “por inveja e rivalidade” (gr. dia phthomon kai erin, δια φθονον και εριν), 
    -Inveja Aqui é  (Neste caso Fp 1.15): Era “por inveja e rivalidade” (gr. dia phthomon kai erin, δια φθονον και εριν), que alguns tentavam ofender e atrapalhar a prosperidade do ministério de Paulo.
    - A inveja é resultado de mentes contenciosas e entorpecidas por heresias, que usam a piedade com fonte de lucro (1 Tm 6.3-5): O entorpecimento, a obsessão, o desejo egoísta dos falsos mestres fazem nascer inveja (gr. givetai phthonos, γινεται φθονος, v. 4).
    --Clemente de Roma, um dos Pais da Igreja, ao escrever a sua Primeira Carta aos Coríntios, adverte acerca dos males da inveja, e afirma ter sido ela a causa do assassinato de Abel (fratricídio), por seu irmão Caim (Gn 4.3-8; 1 Jo 3.11-12), do ódio dos irmãos de José (Gn 37.3-4), da sedição de Arão e Miriã (Nm 12.1-16), da rebelião de Corá, Datã e Abirão (Nm 16.1-3), da perseguição de Saul sobre Davi (1 Sm 18.6-12). A inveja pode ter gerado a armação feita pelos presidentes e sátrapas contra Daniel (Dn 6.1-13). Foi a inveja que desencadeou o plano dos líderes judaicos para matar Jesus (Mt 27.18; Jo 11.47-53).
II – A INVEJA: UM PECADO QUE GERA OUTROS PECADOS
Os sete pecados capitais  - O termo "capital" deriva do latim caput, que significa cabeça, líder ou chefe, o que quer dizer que as sete infrações são as "líderes" de todas as outras.(gula, luxúria, avareza, ira, soberba, preguiça e inveja.)
    A inveja foi também incluída na lista dos sete pecados capitais. Os sete pecados capitais foram formalizados no século VI, quando o papa Gregório Magno, tomando por base as cartas de Paulo, definiu como sendo sete os principais vícios de conduta: - A inveja é um mal que está presente na vida em família, na vida em sociedade
    -Oremos a Deus, e assim como fez Davi (Sl 139.23-24) peçamos que Ele nos sonde, e veja se em nosso íntimo há algum caminho mal, dentre os quais, o caminho da inveja, para que trilhemos o caminho da alegria e do gozo pela felicidade e pelo sucesso no nosso próximo (Rm 12.15a).
III – COMO EVITAR A INVEJA o primeiro antídoto para que não deixemos que a inveja nos domine.

A inveja origina-se no exato instante em que deixamos de ver os bens de Deus em relação a nós,
    -deixamos de perceber a misericórdia e a graça divinas em relação à nossa pessoa. Ter consciência de nossa inutilidade, de nossa natureza pecaminosa e da nossa dependência exclusiva da bondade de Deus para continuarmos a sobreviver (Lm.3:22) é
 Para evitar este “mau olhar” ao próximo, devemos, antes de mais nada, olharmos para nós mesmos,
    -  Olhar para a nossa real condição diante de Deus e, deste modo, seremos eternamente gratos ao Senhor pelo fato de Ele ter nos amados apesar de sermos quem somos. Precisamos ter sempre em mente que somos menos do que nada (Is.40:17; 41:24).
Precisamos ter a mesma consciência que Jó adquiriu já no final de sua terrível provação (Jó 42:1-6).
    - As dificuldades que enfrentamos, as frustrações que experimentamos não é para que passemos a invejar o sucesso dos outros, querer ter para nós aquilo que não estamos a alcançar, mas, antes de tudo, para que saibamos que nada merecemos e que devemos reconhecer que tudo quanto recebemos da parte do Senhor é fruto da Sua graça e misericórdia.
    -Por isso, ao olharmos o sucesso dos outros, temos de olhar para nós mesmos e perceber que sempre temos muito mais do que merecemos. Com esta consciência, jamais seremos atingidos pelo vírus da inveja.

 O Outro modo pelo qual podemos evitar a inveja é nos esmerando no temor a Deus.
    -O proverbista aconselha a que não invejemos os outros e que isto se dá quando tememos a Deus durante todo o dia.
    - Temor a Deus é obediência ao Senhor, é reverência, respeito, é dar a devida dignidade a Ele. Portanto, quando nos propomos, diariamente, a observar os mandamentos divinos, a reconhecer a Sua soberania em nossas vidas, buscando sempre fazer a Sua vontade, também evitamos ser inoculados pelo vírus da inveja.
 Outro fator que nos impede de ter inveja é a nossa conformidade com a sã doutrina,
    -Que não deixa de ser mais uma faceta da santificação, já que a Palavra de Deus é um dos mais importantes meios de santificação do cristão (Jo.17:17)
    -Quando temos a Deus como alvo de nossas vidas, quando a nossa comida é fazer a vontade do Senhor, a exemplo de Jesus (Jo.4:34), satisfazemo-nos em estar realizando a vontade divina em nossas vidas.
    -Quando temos esta mentalidade, quando buscamos agradar a Deus, negando a nós mesmos, não temos motivo algum para sermos invejosos. Quando negamos a nós mesmos e seguimos a Cristo, o nosso “eu” é anulado
    - e a inveja advém, precisamente, da supremacia do “eu”, de tornar o nosso ego como algo a ser satisfeito. Não foi por outra razão que o Senhor Jesus pôs como um requisito para segui-l’O o negar-se a si mesmo (Mc. 8:34; Lc.9:23
    -Senhor, para que assim as aflições que a inveja provoca sejam superadas.
    Não tema os invejosos. Querendo ou não, gostando ou não, aqueles que não vivem conforme a reta justiça contemplarão o cumprimento das promessas do Senhor em nossas vidas, para a manifestação e o louvor de sua glória:
IV – A PRÁTICA DA MALDADE COMO CONSEQUÊNCIA DA INVEJA

    - Por fim, cabe-nos, dentro da proposta da presente lição, verificarmos os “filhotes da inveja”, ou seja, a prática da maldade como consequência do domínio da inveja nos corações dos homens.
    - Já vimos que a inveja é um pecado que gera outros pecados, que jamais vem desacompanhada e o nosso comentarista quis elencar todos os “filhotes da inveja” como sendo a prática da maldade.
    - Com efeito, por se nutrir um sentimento de desgosto pela felicidade de outrem, o invejoso acaba sendo levado à prática da maldade, ou seja, à prática de atitudes que propiciem o mal para o próximo, que o faça sair daquela situação de êxito e de sucesso que deram motivo ao desgosto do invejoso.
    - O próprio Caim reconheceu que o homicídio de seu irmão Abel, fruto da inveja, havia sido uma maldade (Gn.4:13), sendo aqui utilizada a palavra hebraica “ ‘avon” (עןו ), que tem como variante a palavra “ ‘avvone” (עןוז ), que se encontra em passagens como Sl.51:5, onde é traduzida por “iniquidade” na Versão Almeida Revista e Corrigida.

Tem-se, pois, que a “maldade” aqui nada mais é que o pecado. A inveja é uma porta de entrada para outros pecados
    - E, por isso, como já dissemos supra, é ele considerado um “pecado capital”, ou seja, a “cabeça” de outros pecados que sempre acompanham a inveja.
    - Ao descrever a situação espiritual da humanidade antediluviana, o texto sagrado nos diz que “a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos era só má continuamente” (Gn.6:5).
    -  A prática do mal era a conduta dos homens antediluvianos e, num estado tal, que o Senhor resolveu mandar o dilúvio sobre a face da Terra para destruir toda a humanidade.
A prática do mal, a maldade é, pois, algo que Deus não suporta,
    -Que exige da parte do Senhor a execução de juízos, motivo pelo qual jamais alguém que queira agradar a Deus pode ser alguém que faça o mal a outrem. Praticar o mal é aborrecer a Deus, é deliberadamente se afastar do Senhor e, em virtude disto, cair sob a Sua ira (Ex.20:5; Dt.5:9; Sl.5:5; Is.13:11; Jr.14:10).
    - O Senhor está ao lado daquele que não pratica a maldade (Nm.23:21).
 Para termos comunhão com Deus, é necessário que sejamos purificados de nossa maldade (Is.1:16).
    - A maldade é característica daqueles que não conhecem a Deus (Rm.1:29), cujos corpos são instrumentos da maldade para a maldade (Rm.6:19).
    -Quem tem comunhão com Deus, faz festa com os asmos da sinceridade e da verdade, não com o fermento da maldade e da malícia (I Co.5:8), motivo por que, para podermos ter vida espiritual e crescimento contínuo, é imperioso que deixemos toda a malícia, todo o engano (I Pe.2:1).
 A prática do mal por parte daqueles que dizem servir a Deus é motivo de grande reprovação por parte do Senhor.
    -O profeta Isaías foi bem claro ao mostrar que esta atitude de se praticar o mal e vir, depois, à presença do Senhor, como um “bom religioso” é algo abominável a Deus (Is.1:10-16). Deus abomina os que se apressam a fazer o mal (Pv.6:16-19)
    - Não se pode, nos relacionamentos com o próximo, fazer o mal ao outro, mas, sim, devemos sempre vencer o mal com o bem (Rm.12:17,21).
    -  Devemos ser imitadores de Cristo, que passou por esta terra fazendo bem, e neste fazer bem denunciou que Deus era com Ele (At.10:38).
    - Muitos procuram se iludir, dizendo que o mal que praticam nada mais é que ser um “instrumento de Deus” para punição dos ímpios e dos desobedientes. Tal pensamento não  tem  qualquer respaldo bíblico,
    - Pois a vingança é prerrogativa exclusiva do Senhor, que Ele não dá a ninguém (Dt.32:35; Sl.94:1; Is.61:2; Rm.12:19).
 Jamais devemos praticar o mal, jamais devemos prejudicar a quem quer que seja.

    -Temos sempre de fazer bem, inclusive aos que nos perseguem aos que são nossos inimigos (Rm.12:20).
    - Quando praticamos o mal contra alguém, em nome de uma suposta “justiça”, que é, na verdade, exercício de vingança, estamos nos pondo no lugar de Deus, o que é assaz grave. Jamais poderemos ficar impunes se cometermos tamanho sacrilégio.
A prática do mal faz com que tenhamos de pagar pelo mal praticado.

    - O Senhor é justo e jamais deixará impune aquele que pratica o mal. As Escrituras dão-nos conta de que Deus visita a maldade, ou seja, faz com que o mal praticado seja trazido àquele que o praticou (Ex.20:5; Dt.5:9; 28:20; I Rs.2:44; Sl.125:5; Jr.7:12; 14:10; 23:2; 51:24).
    -  É a “lei da ceifa”, de que falam tanto o sábio Elifaz (Jó 4:8), quanto o profeta Oseias (Os.8:7), como também o apóstolo Paulo, sendo que este último nos alerta a que nunca nos cansemos de fazer o bem (Gl.6:7-9).
    - É por isso que a “inveja” é um “não ver”, pois, ao motivar as pessoas a praticarem o mal, está, na verdade, levando as pessoas a se voltarem contra Deus,
    - a estarem, no limite, prejudicando a si mesmas, visto que quem não é por Deus, é contra Ele (Mc.9:40; Lc.9:50) e quem poderá subsistir ao Senhor?
    - Nos relacionamentos com o próximo, devemos tão somente fazer o bem, o que deve ser aprendido por nós com o Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, visto que temos uma inclinação natural para o mal.
    - Tanto assim é que ninguém precisa nos ensinar a fazer o mal, fazemo-lo instintivamente, assim que adquirimos a consciência. Devemos, porém, aprender com Aquele que, assim que adquiriu a consciência, escolheu o bem e não o mal (Is.7:15,16).
    - Esforcemo-nos, portanto, a fazer o bem, a praticar o bem, a desejar somente o bem daqueles que estão à nossa volta, do nosso próximo.
    -Na parábola do bom samaritano (Lc.10:25-37), Jesus nos ensina que o próximo é qualquer um que esteja ao nosso lado, mesmo que nos seja um ilustre desconhecido. Devemos agir como a personagem desta parábola, “fazendo o bem sem olhar a quem”, como diz conhecido dito popular.
 Deixar de fazer o bem quando o podemos é também praticar o mal,

    -pois se constitui em pecado (Tg.4:17). Será que temos nos omitido e deixando de praticar o bem que sabemos, por comodidade, preguiça ou, mesmo, por inveja?

    - Este comportamento não é agradável a Deus e devemos, pois, em nossos relacionamentos com o próximo, sempre fazer o bem.
    - O Senhor Jesus tem nos ensinado a fazer o bem. Temos nos relacionado com Ele e Ele tem nos ensinado como devemos viver sobre a face da Terra. Por que, então, deixar de fazer o bem? Porque praticarmos o mal? Que jamais venhamos a perder a nossa salvação, a vivermos eternamente sem Deus por causa da inveja e dos seus “filhotes”. Que Deus nos guarde!
CONCLUSÃO
Aprendemos nesta lição que a Bíblia identifica a inveja como sendo algo muito grave, igualando-a até a gravidade do "homicídio, da contenda, do engano e da malícia" (Rm 1.29). A Bíblia também equivale a inveja com "os maus pensamentos, a imoralidade sexual, roubo, assassinato, adultério, cobiça, maldade, falsidade, lascívia, calúnia, arrogância e insensatez." (Mc 7:21). Embora muitas pessoas tentam sugerir que a inveja não é um grande mal, a Bíblia nos diz claramente o contrário. No entanto, como luz e sal do mundo devemos agir diferente. Alegrando-se com os que se alegram e chorando com os que choram (Rm 12.15).
 

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