Ao lado do advogado, Márcio Thomaz Bastos (à direita), Cachoeira manteve silêncio em audiência da CPI (Foto: Lia de Paula/Agência Senado)
Acusado de chefiar máfia dos jogos ilegais foi preso em fevereiro pela Polícia Federa
O desembargador Tourinho Neto, do Tribunal
Regional Federal (TRF) da 1ª Região, revogou nesta sexta-feira (15) a prisão do
bicheiro Carlos Cachoeira. A decisão de Tourinho Neto vale para a Operação
Monte Carlo, deflagrada pela Polícia Federal em 29 de fevereiro.
Cachoeira, porém, permanecerá preso por força de
uma outra decisão, referente à Operação Saint-Michel, da Polícia Civil do
Distrito Federal e que apura irregularidades em licitação do governo de
Brasília para a contratação de empresas de bilhetagem eletrônica.
O advogado de Cachoeira, Márcio Thomaz Bastos,
disse a ÉPOCA que tentará soltar seu cliente com base na decisão de hoje. “As
duas decisões (de prisão) estão interligadas. Amanhã (sábado), vou apresentar à
Justiça do Distrito Federal argumentos para tentar soltá-lo”, afirmou.
Cachoeira está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
Segundo investigações da PF e do Ministério
Público Federal, Cachoeira é líder de uma quadrilha especializada em explorar
máquinas caça-níqueis em cinco Estados. Ele é acusado ainda de corrupção,
tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
Uma CPI em andamento no Congresso leva o nome de
Cachoeira, e investiga as relações do contraventor com agentes públicos e
privados. Convocado para depor em 22 de maio, ele fez uso do direito
constitucional de permanecer em silêncio.
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