Observe
bem a imagem acima. Bandeirolas, balões, quadrilhas, roupas típicas,
maquiagens caipiras. Parece apenas mais uma comemoração em tempos de
são-joão, mas não é só isso. Trata-se de um “arraiá gospel”, uma
festividade similar à mundana promovida pelas alas liberais até demais
do meio evangélico.
Todo
período de São João é assim. As bandas batem o forró pé-de-serra, as
encenações das quadrilhas ditam o ritmo os irmãozinhos e as irmãzinhas.
Tudo entre crentes. Tudo gospel. O clima é semelhante ao da fogueira, do
milho assado e do arrasta-pé.
Pelos lugares afora, existe
muita coisa adaptada, desde quadrilha gospel a banda de forró gospel
para festa junina. Em Recife (PE), o Arraiá com Jesus já virou moda. Os
organizadores chamam o evento de “o maior arraiá gospel do Brasil”. A
festa é hoje. Começa no fim da tarde e se estende até o sol raiar, às 5h
da manhã do dia seguinte. Tudo para agradar os jovens, a turma da
festa, a galera do oba-oba. Basta ver no anúncio abaixo:
Alguns
cristãos questionam se o crente pode ou não participar de certas
coisas. Existem muitas questões, polêmicas ou não, que sempre trazem
perguntas do tipo “É pecado ou não?”, “É certo participar ou não?”. A
solução para quem quer se aproveitar é adaptando tais polêmicas aos
caprichos cristãos. E o tal arraiá gospel é uma dessas guloseimas
mundanas que atiçam o apetite de muita gente evangélica.
As
pessoas que participam desses movimentos deixam de estudar mais a
Palavra, dedicar períodos de tempo para um devocional com o Pai, servir e
atender aos demais cristãos necessitados e praticar a fé no testemunho e
nas ações diárias para passar horas ensaiando nas quadrilhas gospel,
dançando forrós gospel numa madrugada inteira, gastando rios de dinheiro
em ornamentos e apetrechos típicos de festas juninas. Um desperdício
dedicado à decoração do chão macio do caminho largo que leva à perdição.
Basta
saber que as origens dessa comemoração remontam à antiguidade, quando
se prestava culto à deusa Juno, da mitologia romana. Os festejos em
homenagem a essa deusa eram denominados “junônias” (por isso o nome
“festas juninas”). Essas festas foram adaptadas pela Igreja Católica,
porque coincidiam com as comemorações do nascimento de João Batista.
Para agradar o povão, as festividades não foram extintas e, sim,
adaptadas ao calendário cristão. Como os católicos não conseguiram
superar a religiosidade das festas pagãs, preferiram dar uma aparência
religiosa a esse paganismo para não ofender a cultura e, ao mesmo tempo,
trazer mais gente para a igreja romana.
Hoje,
para atender aos gostos da turma crente, igrejas, políticos, cantores e
organizações trazem essas celebrações de raízes pagãs para dentro do
seio evangélico. Os jovens estão dançando ao som do forró enquanto o
diabo dança saltitante com suas hostes em comemoração à ausência de
Evangelho prático, de santidade, de conhecimento da Palavra e de
comunhão com Deus.
Os
arraiás desses crentes seguem a linha dos megashows gospel, dos blocos
carnavalescos gospel, das cervejas gospel e de tantas outras coisas que
foram adaptadas para conquistar os corações frios de quem não tem uma
profunda relação santa com o Senhor. Uma lástima para um povo que deve
ser separado e mostrar sua estirpe diferenciada do mundo de festas
dominadas por Satanás.
FONTE: A-BD
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