- Na sequência do estudo sobre
o ministério de Elias, veremos o grande desafio lançado pelo profeta Elias e
que levou o povo de Israel a reconhecer que só o Senhor era Deus.
- Elias somente pôde ser o
instrumento de Deus para a demonstração de quem tinha a verdadeira deidade,
depois de ter ele próprio experimentado esta soberania divina.
– ELIAS APRESENTA-SE A ACABE
- Três anos e seis meses
depois que havia proferido a palavra profética anunciadora da longa seca, o
profeta Elias recebe a ordem de Deus para que se mostrasse a Acabe, porque era
chegado o tempo de dar chuva sobre a terra (I Rs.18:1).
- Agora que Elias havia experimentado a soberania divina sobre a natureza, sobre todas as nações e sobre a vida
humana, o profeta estava em condições de, novamente, se manifestar ao rei Acabe
e a todo o Israel, pois havia sido aprovado pelo Senhor.
- No momento em que Elias se
vai apresentar a Acabe, a fome era extrema na terra e o rei, inclusive, estava
tendo grandes dificuldades para alimentar os seus animais, a ponto de estar
procurando, juntamente com seu mordomo Obadias, fontes de água e erva para este
fim ( I Rs.18:5,6).
- A fome já tinha chegado
também ao palácio do rei e Acabe sentia na pele que Baal não era capaz de
fornecer alimentação aos animais, apesar de o rei ser um adorador daquela falsa
divindade.
- Obadias era um homem temente
a Deus, por isso: a) preocupou-se em sustentar cem profetas do Senhor com pão e
água; b) agiu em favor dos homens de Deus quando Jezabel quis destruí-los,
mesmo correndo risco de vida; c) respeitou e honrou o profeta Elias quando este
foi ao seu encontro; d) servia ao rei com dedicação, buscando sempre ter um bom
testemunho.
- Acabe era um homem ímpio,
por isso: a) preocupava-se mais com seus cavalos e mulas do que com os seus
súditos;
b) era homem ameaçador e um
instrumento de morte; c) infamava e caluniava o profeta Elias, chamando-o de
“perturbador de Israel”; d) não se preocupava em servir com excelência ao seu
povo, pensava apenas em si.
- Elias encontra-se com
Obadias e manda que o levasse à presença de Acabe.
- No encontro com
Obadias, Elias fica sabendo que fora protegido da perseguição e da morte
durante o período da estiagem, pois Jezabel matara profetas do Senhor enquanto
Acabe buscara o profeta em todos os lugares do mundo.
- O encontro de Elias e de
Acabe mostra-nos, uma vez mais, a diferença de quem serve a Deus e de quem não
O serve:
a) o rei mostra todo seu ódio
e rancor, ao chamar o profeta de “perturbador de Israel” (I Rs.18:17);
b) o profeta denuncia o pecado
do rei e mostra quem estava a perturbar Israel (I Rs.18:18).
- Elias lança o desafio do
ajuntamento de todo o povo e dos profetas de Baal e de Asera no monte Carmelo,
lugar antigo de adoração a Baal (I Rs.18:19,20).
- Acabe aceita o desafio,
achando que o ajuntamento do povo e dos profetas com Elias em local destinado a
adoração a Baal era tudo quanto queria para terminar a “perturbação”.
– ELIAS E OS PROFETAS DE BAAL
E DE ASERA
- Reunido o povo, Elias faz
uma denúncia ao povo, condenando a sua vacilação(I Rs.18:21).
- Todo o poder demonstrado por
Deus durante o período da seca teve por objetivo fazer o povo se desprender de
Baal e desconfiar daquele ídolo.
- A vacilação:
a) é resultado do abandono
de Deus e de Sua lei.
n) produz paralisia
espiritual e desagrada ao Senhor.
- Reunido o povo, Elias faz o
desafio da resposta com fogo. Quem fosse o verdadeiro Deus deveria responder
com fogo ao sacrifício de um bezerro.
- Elias mandou que fossem
tomados dois bezerros, pois não se pode usar do mesmo bezerro que fosse
oferecido a Baal para depois ser oferecido a Deus. Deus exige exclusividade.
- O povo considerou boa aquela
palavra e aceitou o desafio. Temos aqui uma demonstração de que o povo de
Israel era um povo que se deixava levar por sinais (cf. Lc.11:16,29; I
Co.1:22), comportamento que não deve ser a conduta de quem serve a Deus, que
deve viver por fé e não por vista (II Co.5:7).
- Após três anos e seis meses
em que o Senhor mostrou Sua soberania sobre a natureza, desmentido as crendices
a respeito de Baal, o povo ainda precisava de um sinal. A fé não se alicerça em
sinais, embora seja fortalecida e corroborada por sinais, mas deve ser uma
confiança no que Deus diz, no que Deus revelou através da Sua Palavra.
- Elias mandou que os profetas
de Baal oferecessem seu sacrifício primeiro, porque eram mais numerosos, em
mais uma eloquente demonstração de confiança em Deus.
- Os profetas de Baal
prepararam o seu bezerro, puseram-no sobre a lenha e, desde a manhã até o meio
dia, começaram a invocar a Baal. Entretanto, Baal nada lhes respondeu, mesmo
diante do “espetáculo” que acompanhava a invocação com saltos, gritos e
retalhamento com “derramamento de sangue humano”.
- O povo vacilante que estava
no monte Carmelo não se deixou envolver pelos saltos e pulos dos profetas de
Baal. Estavam esperando vir fogo do céu para consumir o sacrifício, pois sabiam
que o Deus verdadeiro assim responderia à invocação.
- Chegando o meio-dia, Elias
começou a zombar dos profetas. Esta zombaria foi didática, para mostrar ao povo
de Israel quais são os atributos do verdadeiro Deus.
- Chegada a hora da oferta de
manjares, a hora da oração ( At.3:1), Elias chamou a atenção do povo e foi
oferecer o seu sacrifício.
- Elias esperou o momento
certo para o oferecimento do sacrifício, que era a hora da oração, a hora
estabelecida pelo Senhor, mais um gesto didático para mostrar ao povo que se
deve obedecer ao Senhor.
- Antes de mais nada, Elias,
ao chegar perante o altar, reparou o altar que estava quebrado (I Rs.18:30) -
“Em altar quebrado, não se oferece sacrifício a Deus”.
- Nesta reparação, o profeta
Elias tomou doze pedras, conforme o número das tribos de Israel, e, com aquelas
pedras, edificou o altar do Senhor (I Rs.18:31,32). Outra atitude didática a
fim de restaurar a identidade do povo israelita.
- Após ter reparado o altar,
edificando-o com doze pedras representativas das doze tribos de Israel, o
profeta Elias fez um rego em redor do altar.
- Esta atitude mostra que, nas
coisas de Deus, não há qualquer confusão ou dúvida. Elias livrou-se de qualquer
suspeita.
- Depois de fazer o rego, que
ainda estava seco, o profeta armou a lenha, dividiu o bezerro em pedaços e o
pôs sobre a lenha, tudo conforme o ritual estabelecido na lei de Moisés, tudo
conforme a vontade de Deus.
- Em seguida, o profeta mandou
que se derramasse água sobre o altar, tanto sobre o bezerro quanto sobre a
lenha, quatro cântaros de água, e por três vezes, de modo que o rego, onde
cabia cerca de 14 a 28 litros, ficou cheio de água, a fim de que não houvesse
qualquer dúvida a respeito da operação divina.
- O poder e a glória de Deus
só se manifestam quando estamos “encharcados de água”, ou seja, quando há a
plenitude da Palavra de Deus (Ef.5:26).
- Os sinais e maravilhas
existem para confirmar a Palavra (Mc.16:20. Os apóstolos faziam muitos sinais e
maravilhas (At.5:12) porque nunca se descuidavam do ministério da Palavra e da
oração (At.6:2,4).
- Na hora da oração, Elias
orou. Não foi uma oração longa, não foi um clamor alto, não teve salto, não
teve estrepolias, nem qualquer invencionice, mas tinha um tríplice propósito, a
saber:
a) fazer com que Deus
confirmasse que tudo o que ocorrera tinha sido da Sua vontade, que o
profeta fora apenas um instrumento;
b) mostrar aos profetas e
seguidores de Baal e de Asera que Deus era o Deus único e verdadeiro, que Baal
não era deus e nada podia fazer em relação à natureza;
c) mostrar ao povo de Israel
Deus estava pronto a perdoar-lhes, que era possível ainda a conversão a Deus.
Deus não tinha rejeitado o Seu povo.
- Após esta oração simples e
objetiva, caiu fogo do Senhor e consumiu o holocausto, a lenha, as pedras, o pó
e ainda lambeu a água que estava no rego (I Rs.18:38).
- Quando fazemos como Elias, a
glória de Deus também se manifesta, “o fogo do Senhor também cai”. Basta que
haja santificação, obediência, conformidade com os mandamentos divinos,
plenitude da Palavra de Deus e oração sincera e objetiva.
- Após esta manifestação de
poder e de glória, o profeta, então, determinou que o povo lançasse mão dos
profetas de Baal e de Asera, não permitindo que nenhum escapasse e mandou
levá-los até o ribeiro de Quisom, onde os matou (I Rs.18:40).- Os
profetas de Baal e de Asera eram falsos profetas, profetas que tinham levado o
povo a se desviar espiritualmente, a seguir outros deuses e que deviam ser
mortos (Dt.13:2,5), para retirar o mal do povo.
1 comentários:
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