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domingo, 28 de junho de 2015

EI completa um ano de atrocidades e barbárie






Soldado iraquiano chora em funeral de companheiros mortos em batalha contra terroristas do Estado Islâmico (EI)(VEJA.com/Reuters)

Foi há um ano que o Estado Islâmico (EI) declarou oficialmente a criação de um califado que eliminaria fronteiras e uniria todos os territórios dominados no Iraque e Síria sob a bandeira negra do terror. Controlado pelo 'califa' Abu Bakr al-Baghdadi, responsável pelo comando do grupo jihadista desde 2010, os extremistas torturaram e executaram milhares de pessoas, destruíram relíquias de valor inestimável para a humanidade e desafiaram a capacidade logística e militar dos maiores Exércitos do mundo. Embora relatos indiquem que Baghdadi tenha se ferido gravemente em um bombardeio aéreo da coalizão internacional chefiada pelos Estados Unidos, os domínios do EI no Oriente Médio persistem e, nesta semana, os terroristas anunciaram o lançamento de uma moeda oficial.


Califado é a definição de um Estado islâmico governado por um único chefe político e religioso, o califa. Eles são considerados por seus seguidores como sucessores de Maomé e soberanos sobre todos os muçulmanos. O primeiro califado surgiu depois da morte do profeta Maomé, no ano de 632, e nos séculos que se seguiram foram criados outros no Oriente Médio e no Norte da África. O último califado foi abolido em 1924 por Kemal Ataturk, criador do Estado moderno turco, depois do colapso do Império Otomano.

No califado do EI, minorias étnicas e religiosas e muçulmanos que se negaram a compactuar com a selvageria dos terroristas foram massacrados. Como os jihadistas rejeitam a presença de qualquer outro grupo fundamentalista em seu território, organizações como a Al Qaeda também passaram a ser combatidas. Uma reportagem recente do jornal The Guardian apontou que as seguidas derrotasesvaziaram os cofres dos rivais e provocaram uma debandada de recrutas. Um relatório do Departamento de Estado americano publicado neste mês constatou: a liderança no terrorismo mundial já se encontra nas mãos do EI. Confira abaixo os principais destaques na trajetória do

califado islâmico:

Trajetória do EI após proclamação do califado





1 de 11(Foto: Reuters/VEJA)

O começo - a queda das cidades de Raqqa e Mosul

Apesar de combater desde 2013 no Oriente Médio, o Estado Islâmico (EI) ficou mundialmente conhecido ao assumir o controle completo de Mosul, ao norte do Iraque, e Raqqa, ao norte da Síria. Raqqa é vista como a capital do autoproclamado califado islâmico. Especialistas divergem com relação a data exata em que os terroristas invadiram a cidade, uma vez que o controle geral do município só foi assegurado após combates entre o EI e outras facções extremistas que lutam na guerra civil síria. A última derrota da ditadura de Bashar Assad na região ocorreu em agosto de 2014, quando os jihadistas superaram o último foco de resistência do Exército na província de Raqqa e assumiram o controle da base aérea de Tabqa, localizada a 40 quilômetros do principal reduto dos radicais.

Mosul, a segunda maior cidade do Iraque, caiu por completo nas mãos dos terroristas em 10 de junho de 2014. As Forças Armadas do país foram tomadas de surpresa com o avanço repentino dos jihadistas e abandonaram seus postos após os extremistas terem controlado o aeroporto local, prédios públicos e da imprensa e prisões. Centenas de milhares de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas após a investida
do EI contra a cidade.



2 de 11(Foto: AFP/Welayat Salahuddin)

Atrocidades contra civis apavoram o mundo

Estabelecido o califado islâmico em 29 de junho de 2014, não demoraram a surgir relatos das atrocidades cometidas pelos terroristas contra os civis que se negavam a seguir os radicais. Minorias religiosas e étnicas e muçulmanos que rechaçavam a selvageria dos jihadistas foram vítimas de decapitações, crucificações e execuções sumárias. Nem mesmo as crianças escaparam da brutalidade do EI. Relatórios produzidos por grupos de defesa dos direitos humanos mostram que terroristas estupraram até meninas de 8 anos de idade e as venderam numa espécie de “mercado negro” como escravas sexuais.



3 de 11(Foto: Social Media Website via Reuters/Reuters)

Decapitação de reféns e avanço na internet

James Foley, jornalista americano que estava desaparecido na Síria desde 2012, foi o primeiro refém ocidental executado pelo EI diante das câmeras. Vestindo um uniforme cor de laranja, Foley estava ajoelhado no deserto e responsabilizava o presidente Barack Obama por sua morte. Um radical encapuzado, vestido de preto e fluente em inglês, foi o responsável por decapitar o refém. Posteriormente, o carrasco ganhou o apelido de ‘John’ e foi identificado comoMohammed Emwazi, um rapaz nascido no Kuwait e criado na Grã-Bretanha. Emwazi se tornou uma das figuras de maior apelo propagandístico do EI e decapitou outros reféns americanos, britânicos e japoneses em vídeos divulgados pelo grupo na internet.

Obama é arrastado para o pântano do combate ao EI

A política externa nunca foi o forte da administração de Barack Obama. O presidente, visto como “fraco e hesitante” nos Estados Unidos, foi obrigado a dar uma resposta à população americana após a decapitação do jornalista James Foley. O país já vinha bombardeando o Iraque quando o Obama convocou um pronunciamento para anunciar uma coalizão internacional que focaria nos ataques ao EI. O plano incluía a autorização para bombardeios aéreos na Síria, o treinamento e fornecimento de equipamentos para rebeldes sírios e o envio de consultores americanos para o Iraque. O deslocamento de militares para combate em terra foi rechaçado por Washington. Mais de 10.000 mil terroristas foram mortos pela coalizão em nove meses, mas poucos avanços substanciais foram conquistados até aqui.

Hordas de estrangeiros se unem às fileiras terroristas

O EI despertou os piores temores de governos ocidentais. Um relatório divulgado em maio mostrou que 17.000 estrangeiros deixaram 90 países para combater nas fileiras do grupo terrorista na Síria e Iraque. Entre eles está Brian de Mulder, filho da brasileira Ozana Rodrigues que deixou a Bélgica para se unir aos jihadistas. Autoridades de diferentes países ampliaram o alerta contra o terrorismo em território nacional e intensificaram operações internas para impedir que jovens radicalizados deixem suas casas para lutar no Oriente Médio. Além de evitar o fortalecimento das colunas extremistas, a iniciativa tem o objetivo de impedir o retorno de radicais que poderiam cometer ataques em seus países de origem.

Primeiras derrotas

Com a logística fornecida pela comunidade internacional, tropas curdas conquistaram importantes vitórias contra o EI. Em janeiro, os jihadistas sofreram um expressivo revés após serem expulsos da cidade de Kobani, localizada na região fronteiriça entre a Síria e a Turquia. O comando dos extremistas também se tornou alvo de ataques aéreos e, segundo relatos do jornal The Guardian, feriram gravemente o chefe da organização, Abu Bakr al-Baghdadi. Fontes dizem que ele teria ficado paraplégico após o comboio em que ele viajava ser atingido por um míssil. O vice de Baghdadi, Abu Alaa Afri, foi morto em um ataque aéreo efetuado em maio.

Piloto jordaniano é queimado vivo

Sequestrado no final de dezembro, o piloto jordaniano Moaz Kasasbeh foi brutalmente assassinado em um vídeo divulgado pelo EI no início deste ano. Em retaliação aos ataques aéreos que a Jordânia vinha efetuando contra as posições do grupo, os terroristas trancaram Kasasbeh dentro de uma jaula e o queimaram vivo. As imagens foram divulgadas integralmente na internet pelos radicais. Até então, todos os vídeos da organização extremista com reféns mostravam decapitações.

Califado mantém ritmo expansionista

Os avanços das tropas curdas não diminuíram a ousadia dos terroristas do EI. Pelo contrário. O grupo extremista tomou o controle da cidade de Ramadi, capital da província de Anbar – a maior do Iraque -, e da histórica Palmira, localizada na Síria e considerada a joia arqueológica do Oriente Médio. Conhecida pelo conjunto de ruínas do Império Romano datado de 2.000 anos atrás, Palmira é Patrimônio da Humanidade pela Unesco desde 1980. O EI também cruzou fronteiras e se aproveitou do caos políticos em países como o Iêmen e a Líbia. No país africano, o grupo mantém células de apoio e gravou vídeos com a decapitação de cristãos em duas ocasiões. Outras alianças estratégicas foram firmadas com os jihadistas do Boko Haram, na Nigéria, e com pequenas divisões extremistas da Chechênia.

Destruição de antiguidades

O avanço do EI não representa somente uma grave crise humanitária. Os jihadistas fanáticos consideram uma blasfêmia toda representação de culturas pré-islâmicas e destroem relíquias de valor inestimável para a humanidade. Os radicais explodiram o templo do profeta Jonas, em Mosul, detonaram a cidade história de Nimrod, cujas ruínas do século XIII a.C remetem ao Império Assírio, e destruíram estátuas e artefatos de museus no Iraque. Os radicais também explodiram dois templos de Palmira e ameaçam destruir todas as antigas ruínas romanas da cidade.
EI afoga, carboniza e decapita prisioneiros

Com a proximidade do primeiro aniversário do califado islâmico, o EI voltou a causar repulsa no mundo ao publicar um vídeo em que prisioneiros são carbonizados, afogados e decapitados. As atrocidades foram cometidas na província iraquiana de Nínive, ao norte do país. Os fanáticos islâmicos separaram os prisioneiros em três grupos para aplicar as brutais sentenças de morte. Quatro homens foram presos dentro de um carro e morreram carbonizados após um extremista disparar um morteiro contra o automóvel. Outros cinco reféns foram trancados em uma jaula e foram submersos no que parece ser uma piscina - câmeras foram colocadas no interior da estrutura para registrar o afogamento das vítimas. Mais sete prisioneiros tiveram as cabeças decepadas por um colar de explosivos amarrado pelos terroristas em volta dos pescoços dos reféns.

Terror sem perspectiva de chegar ao fim

Vários são os motivos que impedem um combate mais efetivo o califado do EI. A fragilidade do Exército iraquiano, a impossibilidade de cooperação com a ditadura síria de Bashar Assad e o distanciamento que a comunidade internacional deseja ter do conflito após a custosa guerra do Iraque são alguns dos fatores. Neste cenário, é impossível fazer qualquer previsão para o fim do reino de terror. Jihadistas já postam em fóruns imagens da moeda oficial que o EI tem cunhado para circular nos territórios dominados no Oriente Médio. Revistas produzidas pelos órgãos de propaganda dos terroristas podem ser encontradas à venda até no Amazon. E atrocidades sem precedentes seguem ocorrendo com poucas perspectivas de que os extremistas serão punidos pelos seus crimes.
EI completa um ano de atrocidades e barbárie(Da redação)

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