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sexta-feira, 28 de março de 2014

A Europa conseguiria viver sem o gás russo?

Usina de gás na Alemanha (AFP)
A Europa obtém a maioria de seu gás e petróleo da Rússia e isso virou um problema para o continente
A Europa consome 70% do petróleo e 65% do gás exportado pela Rússia, país que se tornou uma dor de cabeça para o líderes do continente desde o início da crise na península da Crimeia, na Ucrânia.
A região aprovou em um referendo sua anexação à Federação Russa - que, por meio de um tratado assinado pelo seu presidente, Vladimir Putin, aceitou incorporar a região autônoma, até então parte do território ucraniano.

Em teoria, a Rússia poderia retaliar com a interrupção completa do fornecimento de gás e petróleo aos países do bloco europeu, mesmo que isso signifique perder 54% das receitas com exportações do país.Isso levou a Europa e os Estados Unidos a aplicarem sanções comerciais e econômicas ao governo de Putin, e entre elas está a redução da importação de recursos energéticos.

Hoje, estas exportações financiam pouco menos da metade de todo o orçamento anual federal russo.
Mesmo que essa medida seja improvável, a crise já levou a Europa a buscar alternativas à Rússia. A BBC Mundo lista algumas delas:

Gás de xisto dos Estados Unidos

Em sua passagem por Bruxelas, na última quarta-feira, o presidente americano, Barack Obama, ofereceu ao continente um tratado comercial que permita a exportação de gás de xisto para substituir o gás fornecido pela Rússia.

Obama pede retirada de tropas russas

O presidente americano, Barack Obama, fez um apelo para que a Rússia retire suas tropas de áreas próximas à fronteira com a Ucrânia.
"Pode ser apenas algo para intimidar os ucranianos, ou a Rússia pode ter outros planos", afirmou Obama entrevista concedida à emissora CBS News na quinta-feira.
O pedido vem após uma conferência da ONU considerar ilegais o referendo realizado na Crimeia, em que a anexação da península pela Rússia foi aprovada, e o tratado assinado pelo presidente Vladimir Putin, que incorpora a região à Federação Russa.
Nesta sexta-feira, Putin disse a militares reunidos no Kremlin que os eventos recentes na Crimeia são um "grande teste" para as Forças Armadas russas e que seu profissionalismo ajudou a assegurar a paz na península.
Obama, por sua vez, fez um alerta a Putin durante a entrevista dizendo que o presidente russo "não deve retomar práticas que eram muito comuns durante a Guerra Fria".
Estima-se que os EUA se tornarão, em 2020, o principal produtor de gás de xisto do mundo e, assim, poderia exportar esses recursos ao continente sem dificuldades.
Mesmo assim, Obama advertiu: "A Europa tem que usar melhor seus recursos naturais para não depender de ninguém".
Um dos problemas com essa alternativa é a técnica de produção deste tipo de gás e petróleo, conhecida como "fracking", que é condenada por ambientalistas por usar produtos químicos para sua extração das rochas, o que poderia afetar o subsolo.
Em janeiro, a Comissão Europeia recomendou, por meio de uma resolução, que os países-membros do bloco legislem sobre a questão.
Na Europa, mas de fora do bloco, o Reino Unido parece já ter tomado sua decisão. Na última quinta-feira, o primeiro-ministro britânico David Cameron disse que "a extração de gás de xisto deve se tornar o ponto número um da agenda energética" do país, mas esclareceu que a ilha não depende do gás russo.

Gás e petróleo da Argélia e do Catar

Usina de gás na Argélia (AFP/Getty)
O gás produzindo na Argélia tem a vantagem de não ser alvo de protestos de ambientalistas
Os dois países tinham, até agora, um papel importante no mapa energético europeu, mas não eram seus protagonistas.
Hoje, a Argélia é o terceiro maior fornecedor de gás para a Europa. Na Espanha, 36% do consumo é abastecido pelo país africano.
Além disso, a Argélia tem uma vantagem: o produto do país é conhecido como gás natural líquido, ou GNL, que não sofre a resistência ambiental do combustível obtido por meio do "fracking".
O Catar está na mesma posição vantajosa, porque é o maior produtor mundial de GNL e hoje é um importante parceiro da Europa. Mas o Catar tem um sério empecilho: um de seus principais gasodutos passa pela Síria e foi afetado pela guerra no país árabe.
"O problema de depender de países de fora do continente é que não temos influência sobre sua situação política, que muitas vezes é volátil, como é o caso atual da Síria, Argélia e de outros países do Oriente Médio", afirmou Jacopo Moccia, diretor de assuntos políticos da Associação Europeia de Energia Eólica (EWEA).

Energia eólica

Usinas eólicas (Getty)
A Europa quer obter 30% de sua energia a partir do vento até 2030
Segundo dados da EWEA, espera-se que até 2030 cerca de 30% da energia consumida no continente venha do vento.
Mas há um problema: a energia eólica só serve, até o momento, para ser transformada em energia elétrica.
"Somos uma tecnologia barata, madura e competitiva na Europa", disse à Moccia. "Ainda assim, é fundamental que se deixe de importar combustíveis fósseis como gás e petróleo para desenvolver ainda mais essa fonte de energia."
Hoje, 8% da eletricidade da Europa vem da energia eólica, mas isso varia bastante no continente: enquanto a Dinamarca obtém 30% da sua energia elétrica desta forma, Malta não a usa.
"Os países precisam diversificar suas fontes de energia. Essa crise é uma oportunidade para isso", agregou Moccia.

Energia nuclear

Nuclear plant in France (AFP/Getty)
Um terço da energia consumida na Europa vem de usinas nucleares
A Rússia é o principal produtor de urânio enriquecido, que é fundamental na produção de energia nuclear, e também o principal fornecedor desta matéria-prima para a Europa, onde hoje 132 reatores nucleares produzem um terço da energia do continente.
A Rússia já fez uma ameaça quanto a isso. "Tendo em vista as medidas tomadas contra o governo russo, os contratos atuais poderiam ser cancelados", afirmou o presidente da empresa estatal nuclear russa Rosatom, Sergei Kiriyenko.
Além disso, após o desastre nuclear de Fukushima, no Japão, em 2011, cidadãos de diversos países europeus protestaram pedindo o fechamento de reatores. A Alemanha, por exemplo, fechou diversas centrais nucleares.

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