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segunda-feira, 14 de maio de 2018

Ao menos 41 palestinos morreram em confrontos com as forças israelenses durante protestos nesta segunda-feira (14) ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza


Ao menos 41 palestinos morreram em confrontos com as forças israelenses durante protestos nesta segunda-feira (14) ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza, segundo autoridades palestinas e do movimento Hamas.
As autoridades palestinas disseram que pelo menos 500 manifestantes ficaram feridos, 35 deles por disparos de armas de fogo.
As Forças Armadas israelenses acusaram o movimento Hamas, que controla Gaza, de instigar os palestinos a tentar violar a fronteira de Israel, e disseram que soldados israelenses usaram munição real para detê-los.
Os palestinos protestam contra a inauguração da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém, marcada para esta segunda-feira. O presidente Donald Trump e sua filha, Ivanka, devem comparecer ao evento.
Milhares de palestinos se reuniram nesta segunda em diversos pontos próximos à fronteira e pequenos grupos se aproximaram da cerca de segurança vigiada por soldados israelenses.
Os pequenos grupos tentaram avançar contra a barreira e lançaram pedras na direção dos soldados, que responderam com tiros.
O movimento Hamas, que controla a Faixa de Gaza, tem convocado desde o dia 30 de março os palestinos a protestarem pela chamada “Grande Marcha do Retorno”, que reivindica o direito dos refugiados a voltar aos seus lares.
As mortes mais recentes elevaram o saldo de vítimas palestinas a 80 desde que os protestos começaram em 30 de março. Não há registro de baixas em Israel.
Caminhões e ônibus estão em vários pontos de Gaza e outras cidades para buscar os moradores e levá-los às fronteiras com Israel, onde também foram convocadas manifestações para amanhã. Além disso, a partir de alto-falantes, as mesquitas convocam a população para participar e se unir aos protestos, pedindo 1 milhão de pessoas nas ruas.
O Exército israelense está em estado alerta e reforçou o contingente nas imediações da cidade palestina, com aumento no número de soldados de combate, unidades especiais, forças de inteligência e atiradores de elite. O órgão também lançou panfletos de aviões informando que não haverá tolerância com danos no muro de segurança da fronteira.
Para amanhã também foram convocadas manifestações por ocasião da Nakba (Catástrofe, em árabe), como os palestinos denominam a criação do Estado de Israel, que completa 70 anos hoje.
Os palestinos, que querem seu próprio Estado com uma capital em Jerusalém Oriental, ficaram revoltados com a decisão de Trump de reconhecer Jerusalém como capital israelense.
Outras grandes potências receiam que a medida dos Estados Unidos inflame protestos de palestinos na Cisjordânia, que Israel ocupou durante a Guerra dos Seis Dias de 1967.
(Com Reuters e EFE)

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