SUPERINTENDÊNCIA
DAS EBD'S DA ASSEMBLEIA DE DEUS EM CASA NOVA /BA –
AGEU, O COMPROMISSO DO POVO DA ALIANÇA.
PLANO DE AULA Nº 11
INTRODUÇÃO - Na
sequência do estudo dos profetas menores, estudaremos o livro de Ageu, o décimo
livro no cânon do Antigo Testamento, o primeiro profeta pós-exílico.
- No livro de Ageu,
vemos que somente os comprometidos com Deus herdarão a vida eterna.
O LIVRO DE AGEU -
Ageu é o primeiro profeta literário que Deus levanta após o retorno do
cativeiro da Babilônia.
- Seu ministério
marca a continuidade do compromisso de Deus para com o Seu povo, além de
reativar a promessa messiânica.
- Ageu, em hebraico
é "Haggai" (חגי),
que quer dizer "festivo" ou "festividade".
- Ageu foi
levantado por Deus num período de grande perigo espiritual para o povo judeu.
Após o alegre e esperançoso retorno do cativeiro, a nação enfrentava uma dura
realidade: dificuldades econômico-financeiras e hostilidade dos povos vizinhos
que inclusive os impedira de reconstruir o templo de Jerusalém.
- Pouco se sabe
sobre a vida de Ageu, pois a Bíblia é omissa a este respeito.
- O livro de Ageu é
o mais pormenorizado das Escrituras em termos de datas, visto que as suas
quatro mensagens são precisamente datadas no texto sagrado. Segundo Edward
Reese e Frank Klassen, as quatro mensagens do profeta em 1º de setembro de 521
a.C., 24 de setembro de 521 a.C. e 24 de dezembro de 521 a.C.
·
O livro de Ageu, que tem dois capítulos, pode ser dividido em quatro
partes, a saber: a)1ª parte - primeira mensagem do profeta - Ag.1. b) 2ª parte
- segunda mensagem do profeta - Ag.2:1-9; c) 3ª parte - terceira mensagem do
profeta - Ag.2:10-19; d) 4ª parte - quarta mensagem do profeta -
Ag.2:20-23
A PRIMEIRA MENSAGEM
DO PROFETA AGEU
- Diante da ordem
real de embargo da obra do templo, os judeus, então, desistiram de
reconstruí-lo e passaram a cuidar dos seus afazeres, descuidando completamente
das coisas de Deus.
- A mensagem dos
profetas pós-exílicos muda de foco, pois o problema do povo deixa de ser a
idolatria para ser a indiferença e o comodismo espirituais.
- Diante das
dificuldades sentidas na reconstrução do Templo, os judeus logo se acomodaram,
esqueceram-se das promessas de Deus, da sua razão de ser como “propriedade
peculiar de Deus dentre os povos”, do papel que deveriam assumir de “reino
sacerdotal e povo santo” (Ex.19:5,6).
- Chegaram à
conclusão de que “não veio ainda o tempo, o tempo em que a casa do Senhor deve
ser edificada” (Ag.1:2).
- A conduta de
indiferença é tão pecaminosa quanto a de idolatria, tanto que o Senhor começou
a agir, passando a trazer quebras nas colheitas, fazendo com que o povo
começasse a sofrer uma grave crise econômica, exatamente como dissera que faria
toda vez que o povo deixasse de servi-l’O (Dt.28:20,38-40).
- A fim de evitar a
corrupção do povo, o Senhor, então, levantou Ageu, o primeiro profeta
pós-exílico, cuja primeira mensagem foi exatamente esta: tudo o que estava a
acontecer em termos de prejuízos e de comprometimento da própria sobrevivência
material do povo era em decorrência da indiferença espiritual e do comodismo
que fizeram com que o povo desistisse de reconstruir o templo de Jerusalém
(Ag.1:3-6,9-11).
- Tudo isso se dava
porque os judeus não aplicavam os seus corações nos seus caminhos (Ag.1:7). Não
tinham amor pelo Senhor.
- O profeta Ageu
diz que era hora de os judeus subirem o monte, trazerem madeira e edificarem a
casa e isto seria agradável ao Senhor, que, com tal atitude, seria glorificado
(Ag.1:8).
- A mensagem de
Ageu encontrou guarida nos corações de Zorobabel, o governador de Judá e do
sumo sacerdote Josué, bem como de todo o povo, gerando temor, ou seja,
reverência, respeito, consideração e obediência (Ag.1:12).
- Quando o Senhor
viu que o povo teve temor, mandou que Ageu complementasse a sua mensagem, a fim
de lhes dizer que o Senhor estava com eles (Ag.1:13).
- Diante desta
garantia divina de que o Senhor estaria com eles, foi retomada a reconstrução
do templo, no vigésimo quarto dia do sexto mês, no segundo ano do rei Dario I,
ou seja, vinte e quatro dias depois do pronunciamento do profeta, ou seja,
segundo Edward Reese e Frank Klassen, no dia 24 de setembro de 521 a.C.
A SEGUNDA MENSAGEM
DO PROFETA AGEU
- No sétimo mês, ao
vigésimo primeiro do mês, ou seja, 26 dias depois do reinício da reconstrução
do Templo, o Senhor traz uma nova mensagem ao profeta Ageu.
- Mais uma vez, o
Senhor Mostra ter pleno conhecimento dos corações dos judeus e, com o intuito
de dissipar todo sentimento contrário e que pudesse levar ao desânimo, traz uma
mensagem de ânimo para o povo.
- Na segunda
mensagem, o Senhor diz que, embora os que tivessem visto a primeira casa
achassem que esta segunda era como nada comparada àquela, era para que todos se
esforçassem na sua edificação, pois a glória da segunda casa seria maior do que
a primeira (Ag.2:3-9).
- O Senhor prometia
estar com os judeus na reconstrução, como também que cumpriria os compromissos
assumidos no monte Sinai, razão pela qual não precisavam temer, mas o Senhor
faria tremer, ainda uma vez, dali um pouco, os céus, e a terra, e o mar, e a
terra seca, faria tremer todas as nações, e viria o Desejado de todas as nações
e a casa seria cheia de glória.
- Além do propósito
de debelar a dubiedade de sentimentos no meio do povo, esta segunda mensagem de
Ageu tinha, ainda, o propósito de notificar a Zorobabel, a Josué e ao povo que
não deveriam ter medo.
- Posteriormente à
mensagem de Ageu, os samaritanos foram ate Jerusalém para questionar o reinício
da reconstrução (Ed.5:3), mas, animados pela palavra do profeta, Zorobabel e
Josué, desta feita, não titubearam, disseram que estavam a cumprira ordem do
rei Ciro II (Ed.5:11), o que motivou os samaritanos a apelar para o rei Dario I
(Ed.5:6-17), o qual acabou por determinar não só que os samaritanos não
interferissem na reconstrução, como também que cooperassem com materiais para
ela (Ed.6:1-13).
- A mensagem do
profeta Ageu, também, menciona a “vinda do Desejado de todas as nações”,
passagem nas Escrituras que é muito discutida.
- Neste ponto, o
profeta Ageu não estaria mencionando o Messias, mas, sim, que viriam riquezas
de todas as nações para aquele templo, o que, realmente, ocorreu não só na
conclusão desta reconstrução, como se vê no relato de Esdras, por ordem de
Dario I, mas, também, na grande reforma iniciada por Herodes, o Grande neste
templo (Jo.2:20), que tornou o templo, uma vez, um fator de orgulho por parte
dos judeus (Mt.24:1), como que “preparando” o templo para o Senhor Jesus.
A TERCEIRA MENSAGEM
DO PROFETA AGEU
- Pouco mais de
dois meses depois, o Senhor trouxe nova mensagem ao povo por intermédio do
profeta Ageu, no vigésimo quarto dia do mês nono, o que, para Edward Reese, se
deu no dia 24 de dezembro de 521 a.C.
- Deus não queria
que houvesse apenas uma religiosidade formal, um relacionamento apenas externo
para com Deus. Deus queria que o povo fosse comprometido com Deus, que tivesse
um comportamento tal que não repetisse a superficialidade das gerações
anteriores ao cativeiro.
- Era necessário,
além da reconstrução física do templo, a assunção de um compromisso de
santidade, de um compromisso de guardar a lei e de se manter separado do
pecado.
- Para tanto,
mandou o Senhor que o profeta perguntasse aos sacerdotes sobre a santidade e,
com as respectivas respostas (Ag.2:11-13), o profeta, então, entregou a
mensagem de Deus ao povo, qual seja, a de que o povo era considerado impuro diante
do Senhor e que o Senhor só cessaria de lhes lançar as maldições previstas na
lei e eles recuperariam a sua prosperidade material se se santificassem
(Ag.2:14-19).
A QUARTA MENSAGEM
DO PROFETA AGEU
- Neste mesmo dia
vinte e quatro do mês nono, que, segundo Edward Reese, era o dia 24 de dezembro
de 521 a.C., Deus trouxe ao profeta Ageu uma segunda mensagem, que seria a sua
quarta e última mensagem, mensagem esta, desta feita, dirigida tão somente ao
príncipe Zorobabel.
- Para o
governador, o Senhor confirma a promessa messiânica: Zorobabel tinha sido
escolhido para manter a linhagem davídica, a linhagem do Messias, promessa que
se vê cumprida na genealogia de Jesus (Ag.2:20-23).
- Em Ageu, vemos,
portanto, que Deus, de Sua parte, sempre cumpre os compromissos assumidos, mas,
em contrapartida, exige que Seu povo seja um povo comprometido, compromissado
com Ele.
CONCLUSÃO - Vejamos que as
lições e profecias deste livro ainda continuam valendo para os dias de hoje, e
Deus usou Ageu para transmitir suas palavras ao povo, e este lida diretamente
com o problema. Elas seriam para tirar alguns do desânimo, da falta de vigor ou
para evitá-lo, mas não o desânimo pela vida em si, mas o desânimo espiritual.
Os dias de Ageu não diferenciam em muito aos dias de hoje, pois há tantos que
se dizem servos de Deus e não prioriza a sua vontade, mas sim, os seus próprios
desejos gananciosos e efêmeros. Que Deus nos ajude a buscarmos sempre, sempre,
primeiramente o Reino de Deus! - É esta a profunda mensagem que Ageu nos deixa
para os nossos dias. Temos tido este compromisso com Deus?
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