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Curso Teologico

Seitas e Heresias.



Igreja Voz da Verdade: Uma Seita Unicista



IGREJA VOZ DA VERDADE

INTRODUÇÃO
A Igreja Voz da Verdade é uma igreja unicista. Esse grupo religioso ficou conhecido no meio evangélico por causa do conjunto de mesmo nome. O Pastor e vocalista Carlos A Moysés costuma distribuir em seus shows, um CD cujo título é O Mistério de Deus – Cristo. Nele o referido pastor faz apologia das doutrinas unicistas, que sustenta haver uma única pessoa que se manifestou ora como Pai, ora como o Filho e como Espírito Santo cujo nome seria Jesus. Prega ainda o batismo somente em nome de Jesus.
I – História da Igreja  Voz da Verdade
Dados do site oficial diz que esta igreja foi fundada oficialmente em 1978 em Santo André – São Paulo – por Fued Moysés. Ele se converteu no cinema, durante uma sessão do filme Quo Vadis. Fued conta que Jesus lhe tocou a face, saindo da tela de projeção em carne e osso, e, naquele momento, ter-lhe-ia dado a incumbência de pregar o Evangelho, mas infelizmente o pastor de origem árabe, recebeu a influência de missionários unicistas americanos, que fundaram a Igreja Pentecostal Unida no Brasil. Conta o pastor Carlos Moysés, que quando seu pai começou a pregar  a doutrina unicista, perdeu metade dos membros da igreja.
Os jovens gostam ou gostavam muito desse conjunto, por causa de seu estilo, que se ajusta ou ajustava bem ao espírito juvenil.
Há três grupos religiosos que com muita facilidade ainda têm acesso a púlpitos de muitas igrejas genuinamente evangélicas e conseguem se camuflar no meio do povo de Deus. Eles não são ortodoxos, ou seja, são contra o Cristianismo histórico, revelado na Bíblia e, por isso, representam uma ameaça à unidade e a doutrina da Igreja. São eles: a Igreja Local de Witness Lee, a Igreja Voz da Verdade e a Igreja Adventista.
1 – onde está o problema?
Antes de tudo é preciso escoimar a acusação por vezes perpetuada de que nós estamos perseguindo o tal conjunto e sua igreja. Longe disso, tão somente queremos alertar aqueles que buscam com sinceridade a verdade do evangelho a discernir melhor entre heresia e ortodoxia. Mas há quem afirme que se trata de uma questão meramente secundária, isso de ambas as partes. Outros entendem que o problema não é grave, dizendo que o Espírito Santo não está preocupado com sistemas teológicos como trinitarismo, nem com o unicismo. Respeitamos tais opiniões, todavia afirmar tal coisa é o mesmo que dizer que o Espírito Santo não está preocupado com a verdade, sendo que ambas as correntes: trinitarismo e unicismo se excluem mutuamente. Por isso, apresentaremos a raiz do problema, para que cada cristão possa discernir e compreender a questão. Antes, porém, convém analisar as raízes históricas da teologia unicista.
II –Antecedentes histórico
1 – Desenvolvimento Histórico da Heresia
No segundo século da era cristã, a Igreja saiu ilesa contra o gnosticismo (doutrina que negava o Jesus homem). Diziam que Ele teve um corpo docético – fantasma – e por isso não sofreu.
Perguntas que surgiram:
Se Jesus é Deus absoluto como fica o monoteísmo judaico—cristão?
Se o Logos é subordinado ao Pai, isso não compromete a divindade de Jesus?
Para tentar responder a estas questões surgiram algumas tendências heréticas, tais como:
Monarquianismo – expressão derivada da exclamação: “Monarchiam tenemus.  “conservamos a monarquia” ( Tertuliano, Adv. Praxeam 3). Apresentava duas correntes: os dinâmicos e os modais.
Dinâmicos – diziam que Deus deu força e poder (dynamis ) a Jesus, adotando-o como Filho. Negando assim a divindade absoluta de Jesus, e também a Trindade – era o prenúncio do arianismo, que negava a eternidade de Jesus.
Modais – ensinavam que as três Pessoas da divindade se manifestavam por vários modos, daí o nome modalista.Desenvolveram a ideia de que o Pai nasceu e o Pai sofreu, sendo eles jocosamente classificados por Cipriano depatripassionistas..
2 – história do unicismo moderno (o retorno da velha heresia sabeliana)
Essa doutrina surgiu em uma reunião pentecostal das igrejas Assembléias de Deus realizada em abril de 1913, em Arroyo Seco, nos arredores de Los Angeles, na Califórnia, numa cerimônia de batismo. O preletor, R. E. McAlister, disse que os apóstolos batizavam em nome do Senhor Jesus e não em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e quando as pessoas ouviram isso ficaram atônitas. McAlister foi notificado que seu ensino possuía elementos heréticos. Ele tentou esclarecer sua prédica, mas ela já havia produzido efeito. Um de seus ouvintes era John Sheppe que após aquela mensagem, passou uma noite em oração, refletindo a mensagem de McAlister e concluiu que Deus havia revelado o batismo verdadeiro que seria somente em nome de Jesus. Também Franck J. Ewart, australiano, adotou essa doutrina e em 15 de abril de 1914 levantou uma tenda em Belvedere, ainda nos arredores de Los Angeles, e passou a pregar sobre a fórmula batismal de Atos 2.38. Comparando com Mt 28.19, chegou à conclusão de que o nome de Deus seria então somente o nome Jesus.
É verdade que o batismo somente no nome de Jesus era praticado por pastores pentecostais como Howard Goss e Andrew Urshan, mas foi somente com Franck J. Ewart que o batismo em nome de Jesus desenvolveu teor teológico próprio. Assim, em 15 de abril de 1914, Franck J. Ewart e Glenn Cook se batizaram mutuamente com a nova fórmula. Esse movimento começou então a crescer em cima dessa polêmica e ficou conhecido por vários nomes como: Nova Questão, movimento Somente Jesus, o Nome de Jesus, Apostólico, ou Pentecostalismo Unicista.
A essência da doutrina unicista é a centralização no nome de Jesus. Os teólogos unicistas entendem que a expressão em nome, de Mateus 28.19 referindo ao Pai, Filho e Espírito Santo são apenas nomes singulares de Jesus. Assim, o que parecia ser apenas uma polêmica referente à fórmula batismal resultou na negação da doutrina da Trindade. Os unicistas não aceitam a pluralidade de pessoas na unidade Divina, qualquer referência à idéia de Trindade eles interpretam como sendo várias manifestações de Deus ou de Jesus. Logo não são contra a Trindade pelo fato de não crer que Jesus seja Deus, mas ironicamente pelo fato de crer que Deus é só Jesus.
3 – Principais grupos unicistas modernos
-Igreja Evangélica Voz da Verdade (IEVV);
-Igreja Só Jesus;
-Igreja Local (Witness Lee)
-Adeptos do Nome Yehoshua e Suas Variantes;
-Tabernáculo da Fé.
-A Voz da Pedra Angular (Willian Soto Santiago)
-Ministério Internacional Creciendo en Gracia
-Igreja Cristo Vive (do apostolo Miguel Ângelo)
-Pentecostal Novo Nascimento em Cristo e outras…

4 – Os Quatro Erros
São basicamente  quatro os 
 erros principais que polemiza a teologia da igreja ivv, são eles:                 1 – A natureza de Deus (A Doutrina da Trindade);
2 – A natureza de Cristo;
3 – A fórmula batismal e;
4 – O significado do batismo.
iii – a natureza de deus (a doutrina da trindade)
1 – o que o ministério voz da verdade prega e crê (ivv)
O Ministério Voz da Verdade crê que existe UM SÓ DEUS,e não TRÊS DEUSES. Um só Deus ,se manifestando de várias formas: como PAI,criador do mundo,como FILHO,veio resgatar o homem do pecado e como ESPÍRITO SANTO está atuando hoje em nossas vidas.(site oficial)
2- Análise das Crenças Unicistas da Igreja Voz da Verdade
Para nós, trinitaristas, Jesus é uma pessoa muito amada a quem tributamos honra, glória e louvor (Ap 5.11-13). Nestes versículos bíblicos, Jesus, o Cordeiro, recebe com Deus, o Pai, adoração de todos os anjos do céu.
Demais disso, não cremos tampouco em três deuses, isto se chama triteísmo. Este falso conceito de Deus divide a substância divina conseqüentemente em três Seres separados. Por outro lado, a crença ortodoxa na Trindade nunca admite isso, pois as escrituras falam de um só Deus e não três.
Inquestionavelmente, aceitamos que Jesus é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, com apoio de Cl 2.9, que diz: Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Duas naturezas – a divina …e o Verbo era Deus (Jo 1.1); e a humana …e o Verbo se fez carne (Jo 1.14) em uma só pessoa.
Paralelamente, afirmamos com 1 João 5.20, que Jesus é o verdadeiro Deus: E sabemos que já o Filho de Deus é vindo e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna (destaque nosso). Mas a IVV não crê assim, como lemos na sua declaração de fé citada: colocam o Pai e o Filho como personificações e não como personalidades distintas na Trindade.
3 – a bíblia – um livro cristocêntrico
Que a Bíblia fala de uma pessoa central e que a Bíblia é um livro cristocêntrico, não há dúvidas. Que há um só Deus e que o primeiro mandamento proíbe a existência de outros deuses, nenhum cristão genuíno nega Não terás outros deuses diante de mim (Dt 5.7).
No entanto, Deus é uma palavra polissêmica que se emprega para o Pai (Ef 1.3), para o Filho (1 Jo 5.20) e para o Espírito Santo (At 5.3-4). Tanto é que Deus em Gn 1.1 se aplica à Trindade, pluralidade em unidade. No princípio criou Deus (Elohim) o céu e a terra. A palavra Elohim aparece cerca de 2.500 vezes nas Escrituras hebraicas. Isso é repetido em Gn 1.26 quando o verbo façamos e o pronome nossa aparecem no plural indicando uma pluralidade na unidade. Pluralidade de pessoas e unidade de natureza.
Que outra maneira haveria de explicar-se o emprego dessa palavra senão para indicar a pluralidade de pessoas nesse único Deus?
Acresce de importância quando se sabe que existe uma palavra Eloah para referir-se a Deus de modo singular. O uso de Elohim, com referência à Trindade, se torna mais acentuado pelo fato de que a palavra se usa algumas vezes em concordância com verbos e pronomes no plural, enfatizando-se a forma plural da palavra.
alguns exemplos:
Gênesis 1.26: E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança…
Nota: O uso do verbo façamos e do pronome nossa é revelador do sentido de que Elohim serve para indicar a pluralidade de pessoas. Sabemos que o nome Elohim por si só não prova a unidade composta, no entanto o contexto apóia a unidade composta de Deus (Gn 1.26; 3.22; 11.7).
Gênesis 3.22: Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente.
Nota: O uso do pronome plural nós indica pluralidade de pessoas.
Gênesis 11.7: Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro.
Nota: Enquanto o substantivo Deus está no singular, os verbos desçamos e confundamos flexionam-se na primeira pessoa do plural indicando pluralidade de pessoas na unidade.
De modo algum podemos dizer que há uma só pessoa na divindade, os fatos quando claramente analisados não comportam tal ideia.
4 – contra a trindade
O senhor Antonio Carlos Prieto Martins, no artigo Manifestações de Deus e não de Pessoas Distintas no site oficial do Conjunto Voz da Verdade declara:
O principal motivo da doutrina romana é confundir os crentes salvos em Cristo Jesus, os quais possuem um contato íntimo com Deus e sabe muito bem quem é Deus, e de nada é confundido. Essa doutrina de que existem 3 Pessoas distintas é tão contraditória, que quem tenta explicá-la, acaba se confundindo e diminuindo o poder de Deus.
Vocês não creem na Trindade?
Resposta:  “Não cremos neste conceito de TRINDADE onde apresentam 3 pessoas distintas,separadas,pois neste conceito Jesus fica menor e sabemos que Jesus não é o filho eterno.” “Este conceito de trindade coloca Jesus em segundo lugar,tirando a glória Dele.”(site oficial)
Resposta Apologética:
Se estas palavras partissem de uma Testemunha de Jeová entenderíamos a falta de critério usado na abordagem da questão, mas partindo do site de um conjunto que se diz comungar com as igrejas evangélicas, isto é tanto inadmissível como perigoso.
A doutrina da Trindade já existia muito antes de aparecer a Igreja Católica. O termo foi cunhado já no início do II século em sua forma grega, primeiramente por Teófilo; e em sua forma latina, por Tertuliano.O Concílio de Nicéia em 325 a.D. reconheceu a deidade absoluta de Jesus, contestando a doutrina de Ário, que ensinava ser Jesus uma criatura de Deus.
É preciso ainda diferenciar tecnicamente entre Trindade Ontológica e Trindade Econômica para não cairmos no mesmo erro da citação acima de que Este conceito de trindade coloca Jesus em segundo lugar,tirando a glória Dele.
Por Trindade Ontológica queremos dizer que a divindade co-existiu por toda a eternidade tendo a mesma substância, poder e glória iguais. Já a Trindade Econômica é como esse mesmo Deus Triúno se manifestou na história do mundo, em específico na salvação do homem. Há como uma divisão de tarefas para cada membro da Trindade: primeiro o Pai planejou, segundo o Filho executou esse plano de redenção deixando a última parte ao Espírito Santo, o qual aplica a regeneração e a santificação desta obra no coração do salvo. Daí a seqüência: 1º – Pai, 2º – Filho e 3º – Espírito Santo. Erra barbaramente quem pensa que esta seqüência prova algum tipo de desigualdade entre os membros da Trindade. É puramente uma questão funcional e não de natureza.
5 – Uso de Palavras Não-bíblicas
Freqüentemente os unicistas desafiam para provar que se mostre na Bíblia a palavra Trindade, alegando que essa palavra não se encontra na Bíblia.
Resposta Apologética:
Primeiramente, a argumentação de que a palavra Trindade não é encontrada na Bíblia é algo de pouca monta, já que a doutrina da Trindade é evidente através das Escrituras Sagradas. Não devemos supor, que pelo fato de o nome do senhor Carlos Moysés não estar escrito em sua casa, que não deve morar lá nenhum Carlos Moysés. Mas é justamente isso que fazem os unicistas da IVV. A esse respeito declarou Myer Pearlman: É verdade que a palavra Trindade não aparece no Novo Testamento; é uma expressão teológica, que surgiu no segundo século para descrever a divindade. Mas o planeta Júpiter existiu antes de receber este nome; e a doutrina da Trindade encontrava-se na Bíblia antes que fosse tecnicamente chamada Trindade (“Conhecendo as Doutrinas da Bíblia.” Myer Pearlmen. Ed. Vida,1977, p. 51). Essa analogia de Myer Pearlmen é suficiente para refutarmos a argumentação de que a palavra Trindade não aparece na Bíblia, já que o fato da palavra não aparecer na Bíblia não significa que essa doutrina não seja bíblica.
Em segundo lugar, é importante lembrar que os unicistas também utilizam palavras que não se encontram na Bíblia. Palavras como manifestações, modos do Pai, Filho e Espírito Santo, não se encontram na Bíblia. Seus livros estão cheios de expressões como Paternidade de Cristo, o Deus homem etc. Inclusive a expressão A Voz da Verdade não se encontra na Bíblia.
6  – O Significado de Pai e Filho na Divindade
Os unicistas afirmam que se a doutrina da Trindade for aceita isto conduz a uma absurda conclusão de Jesus ter dois pais divinos, pois a Bíblia afirma que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo (Lc 1.35) e ainda foi chamado Filho de Deus. Como poderia Jesus ser chamado Filho de Deus e ao mesmo tempo ser gerado pelo Espírito Santo?
…se o Pai fosse uma pessoa distinta e o Espírito Santo outra pessoa,quem seria o Pai do homem Jesus? (site oficial)
Como poderia, perguntam, a segunda pessoa da Trindade ser gerada pela terceira Pessoa da Trindade?
Resposta Apologética:
Esse argumento é igual ao usado pelos mórmons quando falam da Trindade. No entanto, os mórmons admitem uma mãe celestial e que o Pai celestial desceu do céu com um corpo de carne e ossos e gerou de Maria a Jesus, retornando ao céu. Quando a Bíblia fala sobre o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo (Ef 1.2-3) e Jesus como Filho de Deus não está expressando que Deus foi literalmente o progenitor de Jesus, ou de Jesus como sendo de literalprogênie de Deus Pai. Tal conceito leva a admitir que Deus tem características sexuais humanas. Essa admissão é encontrada em mitologias pagãs, mas completamente estranha à revelação bíblica.
Quando nós, com base nas Escrituras, chamamos a Deus de Pai e Jesus de o Filho estamos falando simbolicamente e não literalmente. Estamos dizendo que o relacionamento amoroso que existe entre Deus Pai e Jesus é semelhante ao amor de um pai para com o seu filho, mas sem as características que existem no relacionamento entre pai e filho, fisicamente falando. Quando entendemos isso, não vemos problemas em afirmar que aquele que criou o corpo humano de Jesus foi o Espírito Santo (Jo 1.14), muito embora o Pai e o Espírito Santo sejam pessoas distintas na divindade.
7 – a questão das expressões: sociedade, sócios ou semelhantes
O Conjunto Voz da Verdade declara: Observação: A Bíblia nos alerta quanto à quantidade variada de deuses. Portanto, é na própria Bíblia onde encontramos a afirmação que não há trindade ou variedade de deuses… pois jamais o Senhor permitiria sociedade em sua divindade.
Resposta Apologética:
Cremos na existência de um só Deus eternamente subsistente em três Pessoas: O Pai, o Filho e o Espírito Santo (Gn 1.26 comparado com Mt 28.19). Não somos triteístas. Somos monoteístas (Is 43.10; 44.6 comparado com Ap 1.17; 48.12).
Outra observação importante que devemos fazer é que estranhamente este argumento utilizado pela Igreja  Voz da Verdade é o mesmo usado no islamismo. Assim como o Pr. Carlos Alberto Moysés declara várias vezes que Deus não tem sócios, sociedade ou semelhantes, Maomé no sétimo século declarava também. Ambos confundem a unidade composta de Deus, e por não entenderem a pluralidade de pessoas na unidade divina, concluem precipitadamente que se trata de uma sociedade ou sócios.
A Igreja Voz da Verdade declara:
Dizemos que são manifestações de UM DEUS SÓ,somente não cremos que sejam 3 Pessoas distintas (separadas) cada um com a sua personalidade,como é pregado, pois sendo assim seriam 3 Deuses e não UM.E sabemos que DEUS É UM. Vou escrever novamente para que não haja dúvidas: Deus é o PAI,O MESMO DEUS É O FILHO,O MESMO DEUS ESTÁ HOJE CONOSCO COMO ESPÍRITO SANTO.( Site oficial – Suely Moysés Cufone)
Resposta Apologética:
Primeiramente, o Espírito Santo procede do Pai e não é o Pai. Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim (Jo 15.26). Se Jesus é tanto o Pai como é o Filho então porque Jesus apelou para o Pai como sua testemunha: E, se na verdade julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, mas eu e o Pai que me enviou. E na vossa lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai que me enviou (Jo 8.16-18)?
Essa defesa de Jesus perante seus adversários só teria validade se o Pai fosse uma pessoa diferente da do Filho e não o próprio Filho. Será que as palavras perderam o sentido? Se não perderam vemos então duas pessoas: o Pai, dando testemunho de Jesus. Não podemos perder de vista também o fato de que em João 5.32 está escrito:“Há outro que testifica de mim…” Aqui o termo empregado para outro foi allos que denota, mais uma vez, uma pessoa diferente daquela que está falando. Segundo o Greek English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature, significa outro da mesma raça (citado na Teologia Sistemática, Stanley M. Orton – CPAD Pág. 682) . O “Dicionário Vine” declara  O termo allos denota uma diferença numérica e denota “outro do mesmo tipo”(pág. 839). Este termo é o mesmo que aparece em João 5.7-43 para falar de outra pessoa distinta e não de meras manifestações.(conf. Concordância Fiel do Novo Testamento Vol. I, Grego-Português, pág. 35).
Segundo, Jesus não é o Pai, pois ensinou a orar: Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome (Mt 6.9). Jesus estava na terra e o Pai estava no céu. E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo (Mt 3.16-17). Perguntamos: quem falava do céu, enquanto Jesus saía das águas?
7 – Pode deus ser mais de uma pessoa?
Observemos a confissão de fé judaica que reza: “Shema,Israel:Adonai Elohenu Adonai Echad
Embora o texto áureo do monoteísmo: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor (Dt 6.4), diga que Jeová é “único” ou “um”, esta unidade, entretanto, não é absoluta. A palavra único no original “echad” está no construto, revelando  uma unidade composta. Semelhantemente, a palavra (echad) aparece com a mesma idéia de pluralidade em Gênesis 2.24 onde diz que Adão e Eva …serão ambos uma só carne (cf. 11.1-6; Ez. 37.17I Co. 6.16-17). Ninguém jamais pensou em fabricar uma imagem de Adão com duas máscaras!  A IVV deveria saber que a palavra com idéia de unidade absoluta é yachid, usada em Gênesis 22.2 onde diz “Toma agora o teu filho o teuúnico filho…” e também Provérbios 4:3 Jeremias 6;26, e não yachad usada no texto em lide.
Ainda levando em consideração o fato de os judeus em seus confrontos com os cristãos não saberem responder a estes sobre a Trindade, resolveram em seu “Princípios de Fé” trocar a palavra “echad” por “yachid”, mostrando uma flagrante contradição com o texto hebraico original. (As Seitas Perante a Bíblia – pág. 59-61, César Vidal Manzanares, ed. São Paulo – 1994)
Junta-se a este testemunho uma citação de Zoar, um dos clássicos da literatura judaica:
“Escuta, ó Israel: Yavé nosso Deus, Yavé é uno. Porque haverá de mencionar o nome de Deus nesse versículo? O primeiro Javé é o pai de cima, o segundo é a descendência de Jessé, o messias que virá da família de Jessé passando por David. O terceiro é o caminho que está debaixo, isto é, o Espírito Santo que nos mostra o caminho, e estes três são um”. (ibdem)
ELOHIM
A palavra hebraica Elohim que se encontra em Gn 1:1, 16,26 e em muitos outros é a forma plural de Eloah. Muitos têm alegado que essa palavra expressa apenas um plural majestático, mas não há um consenso entre os estudiosos e mesmo entre os rabinos judaicos, pois eles não entendendo perfeitamente essa palavra e tentando preservar o monoteísmo judaico, deram o nome de plural de majestade, entretanto um dos maiores rabinos de Israel, Shimeon Ben Joachi pronunciou a respeito dessa palavra o seguinte:
“ Observai o mistério da palavra Eloim;encerra três graus,três partes;cada uma destas partes é distinta,e é uma por si mesma, e não obstante são inseparáveis uma da outra; estão unidas juntamente e formam um só todo ” (“Como Responder às Testemunhas de Jeová” Vol. I, Esequias Soares da Silva, editora Candeia)
IV –Natureza x  Personalidade
Que uma pessoa sem muito conhecimento bíblico confunda natureza com personalidade é desculpável. Mas é lamentável que um pastor que sai em defesa de suas convicções doutrinárias ignore esses princípios elementares do significado dessas palavras. Tal circunstância leva confusão aos grupos evangélicos de todo o Brasil, onde o Conjunto Voz da Verdade é muito apreciado.
Qual a diferença entre natureza e personalidade?
Natureza: é a essência ou condição própria de um ser. O Pai é uma pessoa espiritual e sua natureza é absolutamente divina. Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos (1 Pe 1.3).
Personalidade: é individualidade consciente. Personalidade indica um ser que tem inteligência, vontade própria e sensibilidade, tal é a  Persona Deitatis. O Pai é
uma pessoa espiritual, com vontade própria (1 Co 12.11), inteligência (1 Co 2.10); e sensibilidade (Ef 4.30), assim também é o Filho e o Espírito Santo.
1 – Pai – Personalidade ou Natureza Divina?
O Voz da Verdade Declara:
Quando falamos Pai é a divindade e quando falamos Jesus é o Filho?
Sim,quando Filipe perguntou a Jesus mostra-nos o Pai,é o que nos basta.Jesus falou:
HÁ TANTO TEMPO ESTOU CONVOSCO E NÃO ME TENDES CONHECIDO,AS OBRAS QUE EU FAÇO NÃO FAÇO POR MIM MESMO MAS O” PAI QUE ESTÁ EM MIM “É QUEM AS FAZ.
Resposta Apologética:
Em nenhum momento a Bíblia aponta esta sutil diferença criada pelos unicistas da IVV. Aliás, quando são pressionados a responderem para quem Jesus orava, saem pela tangente com a resposta de que a carne estava orando ao espírito, o que é absolutamente irracional do ponto de vista bíblico. A Bíblia nunca faz confusão quanto a identidade e natureza do Pai e do Filho. O nome Jesus não tem anda a ver com a natureza de Filho. Raciocinemos: Se o nome de Deus Pai é Jesus, então por que o próprio Jesus disse que teria um novo nome. Demais disso diz ainda que escreveria o nome do seu Deus na nova Jerusalém. Então Deus e Jesus tem nomes diferentes, conseqüentemente duas pessoas distintas.
2 – Filho – Personalidade ou Natureza Humana?
A Natureza de Jesus Vista pela IVV
É lógico a parte humana chamava-se “FILHO” “O anjo disse a Maria: …o ente santo que há de nascer “SERÁ “chamado FILHO DE DEUS. Será chamado , não era Filho antes. O ministério de “Filho”veio com o seu nascimento aqui na Terra.” (site oficial)
Resposta Apologética:
Como é possível que pessoas tão despreparadas venham argumentar sobre aquilo que desconhecem? O nome Jesus foi dado quando o Filho de Deus se fez carne. E dará à luz um filho e chamará o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados (Mt 1.21) Jesus é o nome humano do Filho de Deus dado pelo anjo Gabriel a Maria: E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus (Lc 1.31).
Para eles, o Filho, como pessoa espiritual, nunca existiu. Jesus, como Filho de Deus, passou a existir só depois do seu nascimento em Belém de Judá, pois Filho é apenas a natureza humana de Jesus.
Esse ensinamento é tão grave, tão herético que em 1 João 2.22 lemos: Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho.
3 – Espírito Santo – Pessoa Própria ou O Pai?
“Deus que é Espírito,foi chamado de Pai e veio ao mundo como homem morrer pelos nossos pecados. Foi revelado seu nome aos homens: JESUS.” “Não existem 2 Espíritos,ou seja o Espírito do Pai que é Deus e o Espírito Santo. A Bíblia é bem clara UM SÓ ESPÍRITO.É este Espírito Santo que está atuando no nosso meio,hoje. (site oficial)  
Resposta Apologética:
A Bíblia mostra a personalidade do Espírito Santo e não que o Espírito Santo é o Pai. Sua personalidade é demonstrada pelos atributos de pessoa que possui: a) inteligência (1 Co 2.10); vontade própria (1 Co 12.11) e sensibilidade ou emoção (Ef 4.30). Pode-se afirmar que uma pessoa é alguém que, quando fala, diz: EU; quando alguém se dirige a ela, diz: TU; e quando se fala dela se diz: ELA. Isso se vê do Espírito Santo em:
E eu (Jesus) rogarei ao Pai, e ele vos dará outro[allos] Consolador (o Espírito Santo), para que fique convosco para sempre. Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai (Ele) enviará em meu nome (Eu), esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará (Ele) lembrar de tudo quanto (eu, Jesus) vos tenho dito (Jo 14.16-26).
E, pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o Espírito: Eis que três homens te buscam. Levanta-te pois, desce, e vai com eles, não duvidando; porque eu vos enviei (At 10.19-20). Além disso, o Espírito Santo exerce atividades pessoais, tais como: b) Ele ensina e faz lembrar os crentes (Jo 14.26); c) Ele testifica de Cristo (Jo 15.26); d) Ele guia em toda a verdade (Jo 16.13); e) Ele glorifica a Jesus (Jo 16.14); f) Ele intercede pelos santos (Rm 8.26).
4  – A Quem Foi Paga a Nossa Redenção
A quem Cristo pagou o resgate? Se for negada a doutrina ortodoxa da Trindade (negando-se uma distinção entre as Pessoas da Deidade, conforme quer o modalismo), Cristo teria de pagar o resgate ou à raça humana ou a Satanás. Posto que a humanidade está morta em transgressões e em pecados (Ef 2.1), nenhum ser humano teria o direito de exigir que o Cristo lhe pagasse resgate. Sobraria, portanto, Satanás. Nós, porém, nada devemos a Satanás. E a idéia de Satanás exigir resgate pela humanidade é blasfêmia, por causa das implicações. Ao contrário: o resgate foi pago ao Deus Trino e Uno para satisfazer as plenas reivindicações da justiça divina contra o pecador caído: E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave (Ef 5.2) (destaque nosso).
Embora mereçamos o castigo decorrente da justiça de Deus (Rm 6.23), somos justificados pela graça mediante a fé em Jesus Cristo, somente: E é o que alguns têm sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus (1 Co 6.11). Fica claro que a doutrina essencial da expiação vicária, na qual Cristo carregou nossos pecados na sua morte, depende do conceito trinitariano. O unicismo subverte o conceito bíblico da morte penal e vicária de Cristo como satisfação da justiça de Deus e, em última análise, anula a obra da cruz (“Teologia Sistemática”, Stanley M. Horton. CPAD, 1999, p. 180).
5 – Argumentos de fácil refutação
Basicamente os textos bíblicos utilizados pelos grupos que defendem a idéia de que Jesus Cristo é o Pai e o Espírito Santo ao mesmo tempo, são:
1 – Eu e o Pai somos um (Jo 10.30).
2 – Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe?
3 -Quem me  – vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? 
(Jo 14.9)
4 – E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo (Jo 20.22).
5 – Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade (2 Co 3.17).
  1. Eu e o Pai somos um (Jo 10.30).
Resposta Apologética:
O artigo “Um” no grego, nesse versículo, está no neutro, hen, e não no masculino, heis, e mostra assim duas pessoas numa só Deidade. Além disso, o verbo está no plural “somos” e não no singular “sou”, não pode, portanto, Pai e Filho serem a mesma pessoa.
Jesus não está dizendo que é a mesma pessoa do Pai, mas que Ele e o Pai, são duas pessoas distintas, em unidade divina. Portanto, João 10.30 deve ser entendido como uma declaração de Jesus da sua unicidade de natureza essencial com Deus, isto é, que Ele é essencialmente igual a Deus
  1. Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? (Jo 14.9).
Resposta Apologética:
Encontramos aqui uma reiteração da mesma substância da declaração do versículo 7 deste capítulo: Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto. Ver o Pai não consiste em meramente contemplar a sua presença corporal, mas em conhecê-lo. Fica subentendido que não ver o Pai, na pessoa de Jesus, é o mesmo que não conhecê-lo. O Filho é o único expositor do Pai aos homens (Mt 11.27; Jo 12.44-45; Cl 1.15; Hb 1.3; 1 Tm 6.16). O versículo seguinte destrói completamente os argumentos modalistas: “As palavras que eu vos digo, não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras”. Por ventura se eu orasse: “Senhor, permita que as pessoas te vejam em mim”, iria você pensar que eu e Deus somos a mesma pessoa? Claro que não!. Jesus tampouco estava tentando incutir em Filipe que Ele e o Pai eram a mesma pessoa, mas que tão somente Deus poderia ser visto mais facilmente em Jesus pelas obras realizadas através Dele.
  1. E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo (Jo 20.22).
Resposta Apologética:
O Senhor Jesus faz aqui uma doação preliminar do Espírito Santo, que era o símbolo da promessa e a garantia de que seria concretizada a vinda do Espírito Santo, quando o Senhor Jesus fosse glorificado (Jo 7.39). Essa vinda, em seu total poder, não poderia anteceder de forma alguma a ascensão de Jesus e a sua glorificação (Jo 16.7). Porém o Senhor Jesus quis mostrar que essa pessoa divina viria (Jo 14.16-26), por isso concedeu aos seus discípulos algo simbólico do poder que haveriam de receber mais tarde em plena medida (Atos 2).
  1. Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade (2 Co 3.17).
Resposta Apologética:
Neste versículo, a expressão Senhor se refere a Cristo, identificando o Espírito Santo com a mesma natureza e divindade de Jesus, e não que Ele seja a mesma pessoa. Basta observar que no versículo seguinte, o apóstolo separa as pessoas: Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor (2 Co 3.18).
6 – Algumas Provas Bíblicas de Que Jesus Não é o Pai:
Em todo o tempo em que Jesus esteve na terra, o Pai esteve no céu: Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus (Mt 5.16). Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus (Mt 5.48).
Jesus disse que confessaria os homens que O confessassem, diante do Pai: Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus (Mt 10.32-33).
O Senhor Jesus Cristo está hoje à destra do Pai: E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra ele. Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus; E disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus (At 7.54-56).
Deus Pai é Pai de Jesus e não Jesus é Pai de si mesmo: Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor, Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo (Ef 1.3). Graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, seja convosco na verdade e amor (2 Jo 3).
Jesus entregou o seu espírito a seu Pai e não a si próprio: E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou (Lc 23.46).
Jesus conhecia o Pai, mas não era o Pai: Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas (Jo 10.15).
7 – Algumas Provas Bíblicas de Que o Espírito Santo Não É Jesus:
O Espírito Santo é um outro Consolador, procedente do Pai e do Filho: E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre (Jo 14.16). Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim (Jo 15.26).
O Filho pode ser blasfemado e o pecador culpado disso encontra perdão. Mas, se o Espírito Santo for blasfemado, essa pessoa não encontra perdão. Isto prova haver duas Pessoas: Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro (Mt 12.31-32).
O Espírito Santo não veio falar de si mesmo ou glorificar a si mesmo, mas sim para glorificar a Jesus: Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar (Jo 16.13-14).
A descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes foi a prova de que Jesus havia chegado ao céu, onde se assentou à destra de Deus Pai: E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado (Jo 7.39). De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis(At 2.33).
Jesus afirmou, mesmo depois da ressurreição, que Ele não era espírito. Portanto, Ele não podia ser nem o Pai (Jo 4.24) nem o Espírito Santo (Jo 14.16-17-26; 15.26;16.7-15), pois esses são seres espirituais: Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho (Lc 24.39).
Distinção muito clara é feita entre as três Pessoas da Trindade: Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizandoas em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mt 28.19). A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. Amém (2 Co 13.14).
vi – considerações finais
As igrejas evangélicas unicistas são antitrinitaristas. No entanto, devemos apontar que seu antitrinitarismo não é igual à posição adotada pelos unitaristas (Testemunhas de Jeová). Pois os unicistas não nutrem idéias preconceituosas contra a divindade de Jesus, como é o caso do unitarismo. Ironicamente os unicistas são antitrinitaristas pelo fato de acharem que a divindade é exclusivamente a pessoa de Jesus, não compreende a unidade composta de Deus.
Outra observação que devemos fazer é que os antitrinitaristas, na maioria das vezes, rejeitam a doutrina bíblica da Trindade, por não compreenderem a pluralidade de pessoas na deidade, já que para eles é impossível conceber a pluralidade de pessoas com o monoteísmo de Deuteronômio 6.4. Assim, acreditam eles que a doutrina da Trindade não passa de um triteísmo mascarado, logo politeísmo, contrário ao monoteísmo.
Entendemos a dedicação e os muitos esforços humanos dos unicistas, em especial seu raciocínio para descrever e explicar Aquele que é essencialmente inexplicável ou como dizem os trinitarianos: A doutrina da Trindade é mistério – Verdadeiramente tu és o Deus misterioso, o Deus de Israel, o Salvador (Is 45.17 – Versão Atualizada).
Finalmente, o   autor evangélico Robert M. Browman Jr., declara com muita propriedade e profundo senso de responsabilidade: Existe a escolha, portanto, entre crer no Deus verdadeiro conforme Ele se revelou, com mistérios e tudo, ou crer num Deus que é relativamente fácil de ser compreendido, mas que tem pouca semelhança com o Deus verdadeiro, Os trinitários estão dispostos a conviver com um Deus a quem não conseguem compreender plenamente, já que adoramos a Deus conforme Ele se tem revelado.
Dados colhidos do site oficial do Conjunto Voz da Verdade http://www.vozdaverdade.com.br, do ministério Voz da Verdade.








Notas de classificação das seitas

1. Seitas cristãs ou pseudo-cristãs (Testemunhas de Jeová, Mórmons, Luz do Mundo,  Amizade Cristã, Igreja do Bom Pastor, etc...). Algumas destas comunidades assumem muitas características de uma seita na prática e costumam aderir radicalmente a seu pastor.
a) Adotam uma interpretação particular da Bíblia como única norma de vida. Seu texto se converte em arma de ataque e de defesa frente a estranhos. Costumam Memorizar "versículos-chave" para tanto. Não se preocupam muito com o contexto das citações e nem com a verdade histórica de suas afirmações.
b) Costumam desenvolver uma mentalidade de natureza fundamentalista. Seu fervor religioso nasce como reação a um mundo complexo e hostil que ameaça certos princípios qualificados como "intocáveis". Excluem o uso da razão de sua compreensão bíblica e caem facilmente na irracionalidade total. Sua argumentação freqüentemente espelha medo e incerteza, já que desconhecem o diálogo e seu apego ao ditado pela seita raia o absurdo.
c) Proporcionam um ambiente de "poucos fiéis do povo escolhido". Segundo tal, o mundo os persegue porque somente eles têm permanecido fiéis ao que Deus quer. Isto provoca uma profunda suspeita frente ao mundo externo à seita, estabelecem relações entre membros e não-membros e criam a idéia de que a salvação dos homens será possível apenas dentro dos  estreitos limites da seita.
d) O líder ou fundador da seita é normalmente  elevado ao nível de "profeta", de "ungido de Deus" ou de visionário. Facilmente exerce um poder absoluto sobre as consciências dos membros que vêem nele um laço direto com Deus. O 'Irmão Samuel', Apóstolo da Luz do Mundo, e Gordon Hinkley, Profeta dos Mórmons são exemplos típicos.
f) A seita faz o possível para ocupar todo o tempo livre dos seus membros. Abarrota-lhes de

reuniões, serviços, estudos e outras atividades que fazem com que a vida diária do adepto gire em torno da seita. Costumam proibir categoricamente qualquer contato com literatura ou programas não gerados pela mesma seita.

g) Sem exceção, as seitas cristãs e pseudo-cristãs ditam um código moral estreito que afetam todos os aspectos da vida de seus membros. A forma de vestir, a escolha dos esposos, a abstinência do fumo, da dança, da música... Tudo isso serve para separar do mundo os membros, dar-lhes uma identidade externa inconfundível, criar neles uma mentalidade de superioridade moral e reforçar em suas mentes a legitimidade da seita, já  que lhes tira muito de seus maus hábitos anteriores. As Testemunhas de Jeová e Luz do Mundo são exemplos exagerados disso.
h) Muitas seitas criam uma forte expectativa em seus membros quanto ao fim do mundo e a segunda vinda de Cristo. Esta postura de milenarismo ou adventismo resulta em um fanatismo dificilmente compreensível para aqueles que não compartilham da visão do fim iminente.
i) Os grupos de espiritualidade pentecostal (a Luz do Mundo, os Nazarenos, etc...) dão muita importância aos sinais exteriores do "poder do Espírito" como o fala r em línguas, o transe místico, as visões, as choradeiras, etc... A seita exerce uma sugestão poderosa sobre os seus para que se produzam estas manifestações de forma contínua nas reuniões dos adeptos.
j) A seita obriga  seus membros a uma ação direta de proselitismo de porta em porta, nas estações de metrô, pelas ruas, etc... como forma de ganhar novos adeptos e de fortalecer a convicção dos membros. Freqüentemente controlam os resultados do proselitismo de forma pública dentro da comunidade, o que serve de pressão aos membros menos inclinados a estar molestando estranhos com suas crenças particulares.
2. Seitas de espiritualidade oriental (os Hare Krishna, a Meditação Transcendental, o Brahma Kumaris, a Missão da Luz Divina, os seguidores de Osho, os practicantes de zen, de yoga e de tai-chi, etc...)
a) Estas seitas promovem  nos seus uma adesão religiosa à figura do guru ou mensageiro divino que se apresenta como único caminho para a realização.
b) Imprimem um rigoroso ascetismo e receitam longas horas de meditação ou exercícios tipo yoga que proporcionam um estado alterado de consciência no seus. São estes estados, combinados com a fragilidade emocional e psicológica do adepto, que fazem palpável e aceitável a idéia de um estado espiritual superior.
c) A dependência psicológica total dos adeptos à pessoa do guru faz com que entreguem seus bens materiais a seita em um gesto de abandono pouco sã. Hão ocorrido casos escandalosos de abuso sexual e ruína psicológica e emocional em alguns grupos (vg. os seguidores de Osho).
d) Há uma insistência em idéias absurdas como a reencarnação, a projeção astral, a leitura das

áureas corporais, etc...que faz o adepto crer que possui dotes espirituais sobrenaturais que na realidade não existem .

e) Algumas das seitas obrigam seus membros a pedir esmolas ou a vender  quinquilharias na rua para sustentar a seita. Normalmente são obrigados a romper todo laço de comunicação com seus familiares e como seu estilo anterior de vida.
3. Seitas gnósticas e ocultistas (a Grande Fraternidade Universal, a Sociedade Teosófica, a Nova Acrópolis, etc...)
a) Estos grupos costumam se apresentar através de conferências e publicações sobre temas esotéricos. Seus conferencistas sempre se apresentam com credenciais de cientistas, experts, doutores, etc... quando normalmente são uns charlatães profissionais.
b) Fundamentam-se na idéia de que um grupo seleto de indivíduos possui a chave secreta do conhecimento universal. Estes "privilegiados" se revestem de títulos, de símbolos, de palavras estranhas, e de ritos de iniciação que pressupõem  um entendimento superior. No fundo, o absurdo e o irracional de suas pretensões se encobrem em um ambiente deliberadamente misterioso e obscuro para dar a  impressão de algo sobrenatural.
c) Misturam-se elementos maçônicos, orientais e ocultistas nestes grupos. Seus adeptos costumam ser soberbos e raros.
4. Seitas utópicas (a Igreja da Cientologia, Danamhur, os Meninos de Deus, a Igreja Universal e Triunfante, Findhorn, Esalen, etc...)
a) O único que estas seitas possuem em comum é a convicção de que encontraram o caminho de uma vida perfeita, seja por meio da liberdade absoluta, do amor perfeito, da superação pessoal, ou que quer que seja. Protegem suas comunidades com bastante zelo e  a controlam internamente por una rede de espiões  e de provas de lealdade que pesam fortemente nas consciências dos seus adeptos.
b) São muitos proselitistas e costumam projetar uma imagem muito favorável de seu fundador ou líder. Promovem suas obras escritas como tesouro para a libertação definitiva de humanidade.
c) Grande parte destas seitas se movem exclusivamente pelo desejo de lucro pessoal sem que lhes importem muito a veracidade de suas afirmações ou o dano que ocasionam a seus membros.

d) Os adeptos destes grupos costumam ser estranhos, obcecados por uma ou duas idéias chave de suas seitas, extremamente defensivas frente a ataques ou críticas e sumamente ambiciosas. Os membros da Cientologia, por exemplo, andam com um olhar perdido, um sorriso artificial, de plástico, uma visão muito superficial da realidade, reagem violentamente frente a qualquer crítica, e provocam o desequilíbrio mental e emocional.










Como Identificar Seitas Perigosas


Como podemos saber se uma organização religiosa, política ou de outro tipo é uma seita perigosa? As seitas usam as seguintes táticas:

1. Recrutamento
  • Engano: A identidade e os verdadeiros objetivos do grupo não são revelados antecipadamente. Os líderes dizem aos membros para esconderem informação acerca do grupo, para que pessoas 'de fora' não saibam muito acerca deles.
  • Chantagem Emocional: As seitas oferecem amizade e aceitação instantânea. Os que recrutam novos adeptos não aceitam uma resposta negativa sem terem antes feito a pessoa sentir-se culpada ou ingrata. Se dissermos sim, a culpa e o sentido da obrigação serão usados cada vez mais para enfraquecer as nossas defesas.
  • Exploração de Crises Emocionais: São exploradas situações como um relacionamento quebrado, um falecimento na família, a perda do emprego, uma mudança recente, a solidão e a depressão.
  • Invenção de Crise: O mundo à nossa volta e crentes de outras religiões são vistos numa perspectiva negra, ou o fim do mundo é iminente, etc. Dizem-nos que temos de fazer parte do grupo para sermos salvos ou curados.
  • Respostas: O grupo tem respostas simplistas para todas as nossas perguntas acerca da vida. As respostas deles são as únicas.
2. Programação
  • Estudo Intenso: A ênfase é posta nos escritos e doutrinas do grupo. A Bíblia, se usada, é citada de forma seletiva e fora do contexto.
  • Avisos: Os novos membros são avisados de que Satanás fará os familiares e amigos deles falar mal do grupo. Dentro de pouco tempo, os recrutas só confiam em outros membros do grupo.
  • Culpa e Medo: Os grupos enfatizam a natureza pecaminosa do indivíduo e a necessidade de purificar a velha personalidade.
  • Controlo da Rotina, Fadiga: O estudo e o trabalho para o grupo são obrigatórios, roubando quase todo o tempo do novo membro, tornando-o demasiado ocupado para refletir ou para ouvir a opinião de outros. A família, os amigos, o emprego e os passatempos são postos de lado, isolando-o ainda mais.
  • Ataque ao Pensamento Independente: O pensamento crítico é desencorajado e interpretado como orgulho e pecado. É encorajada a aceitação cega.
  • Comissão Divina: O(s) líder(es) alegam ter recebido novas revelações de Deus e afirmam ser os únicos porta-vozes de Deus para a humanidade neste tempo.
  • Mentalidade a Preto-e-Branco: Todas as questões têm respostas simples e requer-se do novo adepto uma obediência inquestionável às ordens do grupo. Uma mentalidade do tipo "nós contra eles" fortalece a identidade do grupo. Todas as pessoas que não pertencem ao grupo são encaradas como fracos ou enganados.
3. Retenção
  • Questionamento de Motivos: Quando é apresentada evidência sólida contra o grupo, os membros são ensinados a questionar os motivos da pessoa que apresenta a evidência. Aquilo que pode ser verificado é ignorado e aceita-se aquilo que não pode ser verificado.
  • Controlo da Informação: O grupo controla aquilo que o membro pode ver ou ouvir. É proibido o contato com ex-membros e com qualquer pessoa que critique o grupo.
  • Isolamento e Alienação: O grupo substitui a família e é-lhe dito que não precisa de mais ninguém (nem mesmo a família) além do grupo. Talvez o novo adepto receba instruções para desistir da escola, abandonar o lar, o desporto, etc.
  • Coerção: A desobediência, incluindo até mesmo desacordos insignificantes com a doutrina do grupo, terá como resultado o ostracismo e a expulsão.
  • Fobias: O medo do mundo e das outras pessoas é aumentado, tal como o medo do diabo e o medo do mal. Ensina-se aos membros que lhes acontecerá algo muito mau se eles deixarem o grupo. Não existe nenhuma maneira honrosa de sair do grupo.
  • Empenho: Ser membro e trabalhar para o grupo é essencial para a salvação. Por muito que o adepto se esforce, nunca é suficiente.
4. Resultados
  • Dependência: O adepto fica com uma dependência infantil do grupo.
  • Desordens Pessoais: Depressão, desorientação, ansiedade, stress, comportamento neurótico ou psicótico e até mesmo tendências suicidas.
  • Capacidade Diminuída: O adepto perde a capacidade de pensar de forma clara e crítica. Contradições lógicas nas doutrinas têm pouco ou nenhum efeito sobre ele.
  • Relacionamentos Cortados: A família e os amigos são postos de lado.
  • Exploração: O adepto é explorado financeira, psíquica e/ou mentalmente. Pode ser manipulado para dar tudo o que possui ao grupo, abandonar a escola ou emprego para poder passar muitas horas a vender literatura ou outros itens, fornecer mão-de-obra barata para o grupo, etc.
Como as Seitas Controlam a Mente dos Adeptos


Fonte: www.geocities.com/osarsif


Nos últimos trinta anos a expressão 'lavagem ao cérebro' tem-se tornado muito comum. Em 1961 Robert J. Lifton escreveu o livro Thought Reform and the Psychology of Totalism (Reforma do Pensamento e a Psicologia do Totalitarismo), depois de ter estudado os efeitos do controlo da mente de prisioneiros de guerra americanos na China comunista. Lifton enumera oito aspectos principais que podem ser usados para determinar se um certo grupo é uma seita destrutiva. Todas as religiões autoritárias deviam ser submetidas a este teste para determinarmos exatamente quão destrutiva é a influência que elas têm sobre os seus adeptos. Que cada um julgue por si mesmo.

1. Controlo do Meio

As seitas usam várias técnicas para controlar o meio das pessoas que recrutam, mas usam quase sempre uma forma de isolamento. Os adeptos podem ser fisicamente separados da sociedade ou pode-se-lhes ordenar, sob pena de punição, que se mantenham afastados dos meios de comunicação social, especialmente se estes os levarem a pensar criticamente. Todos os livros, filmes ou testemunhos de ex-membros do grupo (ou de qualquer outra pessoa que critique o grupo) têm de ser evitados.
A organização 'mãe' arquiva cuidadosamente informações acerca de cada recruta. Todos são vigiados, para que não se afastem nem se adiantem em relação às posições da organização. Isto permite que a organização pareça omnisciente aos adeptos, pois sabe tudo sobre todos.

2. Manipulação Mística

Nas seitas religiosas, Deus está sempre presente nas atividades da organização. Se uma pessoa sai da seita, quaisquer acidentes ou outros infortúnios que lhe aconteçam são interpretados como uma punição de Deus. A seita diz que os anjos estão sempre a velar pelos fiéis e circulam histórias que dizem que Deus está realmente a fazer coisas maravilhosas entre eles, porque eles são "a verdade". Desta forma, a organização reveste-se de uma certa "mística" que atrai o novo adepto.
3. Exigência de Pureza
O mundo é descrito a preto-e-branco, não há necessidade de se fazerem decisões baseadas numa consciência treinada. A conduta da pessoa é modelada de acordo com a ideologia do grupo, conforme esta é ensinada na sua literatura. Pessoas e organizações são descritas como boas ou más, dependendo do seu relacionamento com a seita.
Usam-se sentimentos de culpa e vergonha para controlar indivíduos, mesmo depois de eles saírem da seita. Eles têm grande dificuldade em compreender as complexidades da moral humana, pois polarizam tudo em bem e mal e adotam uma posição simplista. Tudo aquilo que é classificado como mau tem de ser evitado e a pureza só pode ser atingida se o adepto se envolver profundamente na ideologia da seita.
4. O Culto da Confissão
Pecados sérios (segundo os critérios da organização) têm de ser confessados imediatamente. Os membros da seita que forem apanhados a fazer alguma coisa contrária às regras têm de ser denunciados imediatamente.
Existe muitas vezes uma tendência para ter prazer na degradação de si mesmo através da confissão. Isto acontece quando todos têm de confessar regularmente os seus pecados na presença de outros, criando assim uma certa unidade dentro do grupo. Isto também permite que os líderes exerçam a sua autoridade sobre os mais fracos, usando os "pecados" deles como um chicote para controlá-los.
5. O "Conhecimento Sagrado"
A ideologia da seita torna-se na moral definitiva para estruturar a existência humana. A ideologia é demasiado "sagrada" para se duvidar dela e requer-se que o adepto tenha reverência pelos líderes. A seita alega que a sua ideologia tem uma lógica infalível, fazendo parecer que é a verdade absoluta, sem contradições. Um sistema assim é atrativo e oferece segurança.
6. Linguagem Elaborada
Lifton explica que as seitas usam de forma abundante "clichês para acabar com o pensamento", expressões ou palavras que são forjadas para acabar a conversa ou a controvérsia. Todos conhecemos os clichês "capitalista" e "imperialista", usados por manifestantes anti-guerra nos anos sessenta. Estes clichês memorizam-se facilmente e têm efeito imediato. Chamam-se a "linguagem do não-pensamento" pois terminam a discussão, dispensando quaisquer considerações adicionais.
Entre as Testemunhas de Jeová, por exemplo, expressões como "a verdade", "a sociedade", "a organização", "o novo sistema", "a nova ordem", "os apóstatas" e "as pessoas do mundo" contêm em si mesmas um julgamento dos outros, não é necessário pensar mais neles.
7. Doutrina Acima das Pessoas
A experiência humana é subordinada à doutrina, independentemente de quão profunda ou contraditória tal experiência seja. A história da seita é alterada para se ajustar à lógica doutrinal. O indivíduo só tem valor na medida em que se conforma aos modelos preestabelecidos pela seita. As percepções do senso comum são desconsideradas, se forem hostis à ideologia da seita.
8. Dispensados da Existência
A seita decide quem tem o "direito" de existir e quem não tem. Eles decidem quem morrerá na batalha final do bem contra o mal. Os líderes é que decidem quais são os livros de história exatos e quais são os tendenciosos. As famílias podem ser destruídas e os estranhos podem ser enganados pois não merecem existir!




ADVENTISMO



NINGUÉM VOS JULGUE PELOS SÁBADOS!

Por Natanael Rinaldi

Mandaram-me, pelo correio, um livrete com o título “Qual o verdadeiro dia de repouso?”. De autoria de Williams Costa Jr. e Alejandro Bullón, ambos pastores adventistas, a obra é distribuída pelo curso “Está Escrito”, da referida seita. O texto é composto de perguntas e respostas. 

Acredito que esse material me foi enviado por alguém que conhece a minha posição com relação aos ensinos adventistas sobre a guarda do sábado, posição essa exposta ao longo dos anos aqui mesmo em Defesa da Fé, e também em programas de rádios e seminários, entre outros eventos. Tanto é assim que fui até mesmo citado pelos autores no livrete, o que me motivou ainda mais a me pronunciar. Aproveito a oportunidade também para responder, de uma só vez, às cartas e aos telefonemas, que não são poucos, que chegam, por parte dos adventistas, ao ICP. Dessa forma, eles me criticam e instigam a replicar seus argumentos sabatistas ardilosos e polêmicos. Alguns desses argumentos são, de certa forma, infantis, como se vê na página 12 do livro em referência. Vejamos:

– Wiams, você fala inglês, como se diz domingo em inglês? – pergunta Bullón.

– Sunday – responde Costa Júnior.

– E o que quer dizer Sunday? – Bullón novamente.

– O dia do sol. E não é somente em inglês, em alemão também. Eu não falo alemão, mas em algumas línguas o domingo significa o dia do sol – finaliza Costa.

Qualquer criança que estuda inglês sabe que a palavra para sábado nessa língua é saturday. Se perguntarmos a essa mesma criança qual o significado do termo saturday ela responderá “o dia de Saturno”. Quem era Saturno? Um deus pagão, do qual vem o vocábulo saturnais, que indica uma festa realizada com licenciosidade e baixeza moral.

Mas o adventista dá valor apenas ao argumento sobre a palavra sunday, mesmo sabendo que todos os dias da semana eram conhecidos por nomes de deuses ou planetas: o Sol (domingo), a Lua (segunda-feira), Marte (terça-feira), Mercúrio (quarta-feira), Júpiter (quinta-feira), Vênus (sexta-feira) e Saturno (sábado).

Para um líder espiritual de uma igreja que se vangloria por conhecer profundamente a Bíblia (o que não é verdade, pois os adventistas baseiam seus ensinos nas visões e revelações de Ellen Gould White), esse argumento infantil tem validade.

Embora os adventistas queiram ser reconhecidos como evangélicos, na verdade são sabatólatras. São sucessores dos fariseus dos dias de Jesus, que levaram o Mestre à morte por causa de duas acusações. A primeira delas era porque o Salvador não guardava o sábado. A segunda, porque Jesus se declarava Filho de Deus, com natureza igual à de Deus. Isso era caso gravíssimo para os judeus. Imperdoável mesmo! Por isso, pois, os judeus “Ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus”(Jo 5.17-18).

Através de um exame, ainda que superficial, do livro “Qual o verdadeiro dia de repouso?”, percebe-se facilmente que faltou seriedade intelectual aos seus autores. Não é possível que alguém se proponha a defender o sábado como sendo o verdadeiro dia de repouso e, propositadamente, ao citar as Escrituras como prova da sua validade, omita a palavra sábado (no plural, sábados) de Colossenses 2.16. Pois é justamente dessa forma que o senhor Bullón age. Vejamos o diálogo entre ele e o pastor Costa Júnior:

Pastor COSTA JÚNIOR – (referindo-se aos crentes que costumam dizer)... “eu sou cristão, sou seguidor de Jesus e guardo o domingo. E uma das razões pelas quais eu guardo o domingo é porque Jesus foi perfeito. Ele cumpriu a Lei e Ele pregou a Lei na cruz. Pastor Bullón, há necessidade de continuar guardando a Lei, apesar de Jesus ter feito seu sacrifício na cruz?”

Pastor BULLÓN – “Muitos cristãos acham que depois da morte de Cristo já não se deve guardar mais o sábado porque Cristo cravou na cruz os mandamentos de Deus. Em primeiro lugar, não há base bíblica dizendo que Jesus cravou os mandamentos de Deus. Jesus cravou na cruz todas as festas do povo de Israel, que apontavam para a sua vinda, como o sacrifício do cordeiro e a circuncisão. Muitas das festas, cerimônias e leis cerimoniais do povo de Israel tinham como objetivo anunciar que Jesus viria para morrer na cruz do Calvário pelos nossos pecados. Agora, uma vez que Jesus veio, para que sair sacrificando cordeirinhos se o Cordeiro de Deus já fora sacrificado? A circuncisão, as festas, as luas novas, as festas religiosas de Israel, tudo isto chegou ao fim porque, isto sim, Jesus cravou na cruz do Calvário” (p. 4).

Todos sabemos que a honestidade é fundamental quando se trata de refutar doutrinas bíblicas. Pergunto: por que foi omitida propositadamente a palavra “sábados” de Colossenses 2.16? Vimos que os autores falaram das festas, das luas novas, mas omitiram a palavra “sábados”. Por que fizeram isso?

Vejamos o que de fato foi cravado na cruz (o que é reconhecido pelos próprios adventistas): “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da luz nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo” (Cl 2.16-17). Como podemos ver, à luz da Palavra de Deus, não foram apenas os dias de festas, as luas novas cravados na cruz, mas também os sábados. E devemos saber que esses sábados não são os sábados anuais, porque os chamados sábados anuais ou cerimoniais são identificados no texto em pauta pela expressão dias de festas.

Razões que indicam que os sábados de Cl 2.16 são semanais

Diante da clareza de Cl 2.16-17, os adventistas do sétimo dia costumam refutar essa posição alegando que a palavra sábados não se refere ao sábado semanal, mas aos cerimoniais ou anuais, conforme mencionados em Lv 23.1-39.

Essa afirmação, no entanto, não é correta, e por três razões:

A - Os sábados anuais ou cerimoniais eram chamados de festas, e eles já estão incluídos na frase dias de festa, em Cl 2.16. Esses dias de festa ou sábados anuais eram designados como tais. A saber:

1 Festa da Páscoa - Lv 23.5,7;
2 Festa dos Asmos - Lv 23.8;
3 Festa de Pentecostes - Lv 23.15-16;
4 Festa das Trombetas - Lv 23.23-25;
5 Festa da Expiação - Lv 23.26,32;
6 Festa dos Tabernáculos - 1º dia de festa;
7 Festa dos Tabernáculos - último dia de festa - Lv 23.34,36.

Em Levíticos 23.37, lemos: “Estas são as solenidades do SENHOR, que apregoareis para santas convocações...”. Na seqüência do texto, mas precisamente no v. 38, os sábados são, propositadamente, excluídos. Vejamos: “Estas ofertas são além dos sábados do Senhor, além dos vossos dons, além de todos os vossos votos, e além de todas as vossas ofertas voluntárias que dareis ao Senhor”.

Assim, os chamados sábados anuais estão incluídos nos dias de festas, o que mostra, distintamente, que os sábados semanais, conforme indicados por Paulo em Cl 2.16, não constam dessa relação: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da luz nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo”.

B - A fórmula dias de festa, luas novas e sábados serve para indicar os dias sagrados anuais, mensais e semanais:

1º Exemplo:

– Em Números 28 encontramos os holocaustos para os sábados (semanais), para as luas novas (mensais) e para os dias de festa (anuais) nos seguintes versículos: “... no dia de sábado dois cordeiros de um ano, sem mancha... Holocausto é do sábado em cada semana...” (vv. 9,10). “E as suas libações serão a metade dum him de vinho para um bezerro... este é o holocausto da lua nova de cada mês, segundo os meses do ano” (v. 14). “Porém no mês primeiro, aos catorze dias do mês, é a páscoa do Senhor; e aos quinze dias do mesmo mês haverá festa; sete dias se comerão pães asmos” (vv. 16,17).

2º Exemplo:

– Em 1 Crônicas 23.31, lemos: “E para cada oferecimento dos holocautos do Senhos, nos sábados, nas luas novas e nas solenidades por conta, segundo o seu costume, continuamente”. O significado de cada período: “nos sábados” (cada semana), “nas luas novas” (cada mês) e “nas solenidades” (cada ano).

3º Exemplo:

– Em 2 Crônicas 2.4 está escrito: “Eis que estou para edificar uma casa ao nome do Senhor meu Deus, para lhe consagrar, para queimar perante ele incenso aromático, e para o pão contínuo da proposição, e para os holocaustos da manhã e da tarde, nos sábados e nas luas novas e nas festividades do Senhor nosso Deus...”. O significado de cada período: “da manhã e da tarde” (cada dia), “nos sábados” (cada semana), “nas luas novas” (cada mês) e “nas festividades” (cada ano).

4º Exemplo:

– Em 2 Crônicas 8.13, registra-se: “E isto segundo o dever de cada dia, oferecendo segundo o preceito de Moisés, nos sábados e nas luas novas, e nas solenidades, três vezes no ano”. O significado dos períodos: “nos sábados” (cada semana), “nas luas novas” (cada mês) e “nas solenidades” (cada ano).

5º Exemplo:

– Em 2 Crônicas 31.3, lemos o seguinte: “Também estabeleceu a parte da fazenda do rei para os holocaustos, para os holocaustos da manhã e da tarde, e para os holocaustos dos sábados, e das luas novas, e das solenidades, como está escrito na lei do Senhor”. O significado dos períodos: “da manhã e da tarde” (cada dia), “nos sábados” (cada semana), “nas luas novas” (cada mês) e “das solenidades” (cada ano).

6º Exemplo:

– Em Ezequiel 45.17, lemos: “E estarão a cargo do príncipe os holocaustos, e as ofertas de manjares, e as libações nas festas e nas luas novas, e nos sábados, em todas as solenidades da casa de Israel”. Significado dos períodos: “nas festas” (cada ano), “nas luas novas” (cada mês) e “nos sábados” (cada semana).

7º Exemplo:

– Em Oséias 2.11 está escrito: “E farei cessar todo o seu gozo, a suas festas, as suas luas novas, e os seus sábados, e todas as suas festividades. E, finalmente, temos Cl 2.16-17: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da luz nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo”. O significado dos períodos desses dois textos é o mesmo dos anteriores.

C- As palavras sábado, sábados e dia de sábado (no singular ou no plural) ocorrem sessenta vezes no Novo Testamento. Mas os adventistas do sétimo dia reconhecem que apenas 59 dos casos se referem ao sábado semanal. Negam justamente o texto de Cl 2.16. Dizem eles: “Os termos sábado, sábados e dia de sábado ocorrem sessenta vezes no Novo Testamento e em cada caso, exceto um, refere-se ao sétimo dia. Colossenses 2.16,17 faz referência aos sábados anuais relacionados com as três festas anuais observadas por Israel antes do primeiro advento de Cristo” (Estudos bíblicos, p. 378, CPB). 

Se perguntarmos aos adventistas qual o sentido da palavra sábados em qualquer passagem do Novo Testamento em que ela aparece, a resposta será sempre a mesma: sábado semanal. A única exceção é Colossenses 2.16. Por quê? Porque teriam de reconhecer a procedência da nossa declaração de que, segundo essa referência bíblica, o sábado semanal deixou de ser uma obrigação para os cristãos.

Repetindo: se dermos à palavra sábados, em Cl 2.16, o sentido semanal teremos em favor da nossa interpretação 59 referências reconhecidas por eles. Mas, ao darem à palavra sábados, em Cl 2.16, o sentido de sábados anuais ou cerimoniais, eles não têm nenhuma referência que apoie sua interpretação. Por isso argumentam dessa forma. Caso contrário, teriam de reconhecer que o sábado foi abolido na cruz: “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4).

“Meus sábados e seus sábados”

Os adventistas do sétimo dia dizem que a expressão meus sábados indica a distinção entre os sábados semanais e os sábados cerimoniais. Mas isso não é bíblico. As duas expressões são utilizadas para indicar os mesmos sábados - os semanais. São de Deus - meus sábados - porque foram dados por Ele. E são dos judeus - seus sábados - porque foram dados para eles.

Vejamos a aplicação dos pronomes meus e seus na Bíblia:

A - O Templo - Is 56.7 comparado com Mt 23.38 (minha casa, vossa casa);

B - O mesmo Deus indicado por meu Deus e vosso Deus - Jo 20.17

C - Os mesmos sacrifícios e holocaustos são chamados de meus e vossos em Nm 28.2. Comparar com Dt 12.6.

Resposta às outras citações bíblicas

Pastor COSTA JÚNIOR – Pastor, qual é o fundamento bíblico, que nós temos, para o verdadeiro dia de guarda? Qual o verdadeiro dia de repouso?

Pastor BULLÓN – Teríamos de ir, para esta resposta, ao início da criação deste mundo. No capítulo 2 do livro de Gênesis, versículos de 1 a 3, diz assim: “Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera”.

Se o sábado semanal deve ser o dia de repouso, por que então Deus trabalhou nele? O texto é claro: “E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito”. Deus não terminou sua obra da criação no sexto dia e descansou no sétimo. Ele trabalhou no sétimo dia, e descansou no mesmo dia em que concluiu a obra da criação.

Ora, se se invoca o descanso de Deus para impingir-se a guarda desse dia como sendo o dia de repouso, como admitir que Deus trabalhou justamente nesse dia? E se Ele trabalhou para concluir a obra da criação, então não é pecado trabalhar nesse dia seguindo o exemplo de Deus! O senhor Bullón declara: “Você sabe que Deus não se cansa, nem se fadiga. Portanto, se Ele descansou no sábado não era porque estava cansado”. Seguindo esse raciocínio de Bullón, o registro bíblico merece correção, porque está declarando algo que não é verdade. 

Devemos ver uma coisa, se o senhor Bullón queria apenas indicar com isso que o sétimo dia deveria ser de descanso universal, surge então uma pergunta: “Todos os homens da terra têm o dia sétimo, ao mesmo tempo, como dia de repouso, inclusive o próprio Deus? Diz a Bíblia que o sábado deveria ser guardado a partir do pôr-do-sol de sexta-feira até o pôr-do-sol do sábado (Lv 23.32). Logo, os habitantes da terra teriam de guardar o mesmo período. Mas, quando são 6 horas da manhã de sábado aqui no Brasil, no Japão são 6 horas da tarde. E isto significa que, quando os guardadores do sábado aqui se levantam para guardá-lo, os seus irmãos japoneses o acabaram de guardar. E quando os brasileiros começarem a guardar o sábado, seus irmãos na Califórnia, USA, trabalharão ainda durante cinco horas antes de começarem a guardá-lo. Qual dos grupos de guardadores do sábado estarão realmente observando o período de tempo que Deus descansou ao concluir a obra da criação?

Os adventistas guardam realmente o sábado?

Dentro das exigências da lei estava a proibição de acender fogo no dia de sábado: “Não acendereis fogo em nenhuma das vossas moradas no dia do sábado” (Êx 35.3). Isso significa que é proibido acender qualquer tipo de fogo, seja um fósforo ou um fogão a gás. Implica também na proibição de andar de carro movido a combustão. Os judeus radicados no Brasil, notadamente os de São Paulo, onde se localiza a maioria deles, vão à sinagoga a pé no dia de sábado, e não de carro, respeitando as observâncias com relação a esse dia.

Caro leitor, pergunte ao primeiro adventista que lhe falar sobre a obrigatoriedade da guarda do sábado se ele acende fogo nesse dia? Observe como ele titubeia e não sabe como responder! Falta-lhe coragem para admitir que sim. Paulo declarou: “Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las. E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé” (Gl 3.10-11). Assim, os adventistas estão sob a maldição da própria lei que pretendem guardar. Pior, agem como os fariseus, que punham fardos pesados sobre os ombros do povo e eles mesmos não tocavam nem com a mão. Mas Jesus os denunciou: “Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los” (Mt 23.4). O mesmo disse Pedro: “Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo quem nem nossos pais nem nós pudemos suportar? Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também” (At 15.10,11). E Paulo reitera a impossibilidade da guarda da lei, que não era completa apenas com os dez mandamentos.

O que abrangia o livro da lei? Nada menos do que 613 mandamentos, mas os adventistas resolveram criar apenas duas leis. Uma delas denominaram como Lei Moral, os dez mandamentos, e o restante como Lei de Moisés, cancelada na cruz. Fácil, não? Baseados em quê fizeram essa distinção de leis? Tem apoio bíblico? Onde aparecem na Bíblia expressões como Lei Moral e Lei Cerimonial? Por isso confessam: “Seria útil classificarmos as leis do Velho Testamento em várias categorias: 1. Lei moral; 2. Lei Cerimonial; 3. Lei Civil, 4. Estatutos e Juízos; 5. Leis de saúde. Esta classificação é, em parte, artificial” (Lições da Escola Sabatina, Lição n. 2, p. 18, de 8-1-1980).

Pastor BULLÓN – Então, como eu posso saber, pela Bíblia, que depois da morte de Cristo, os seus discípulos ainda continuaram guardando o sábado? Muito simples: em S. Lucas, capítulo 23, a partir do versículo 50, está relatado como José de Arimatéia foi reclamar o corpo de Cristo. Cristo já estava morto. Dentre as pessoas havia algumas mulheres. “Era o dia da preparação, e começava o sábado. As mulheres que tinham vindo da Galiléia com Jesus, seguindo, viram o túmulo e como o corpo fora ali depositado. Então, se retiraram para preparar aromas e bálsamos. E, no sábado, descansaram, segundo o mandamentos” (Lc 23.54-56). Ou seja, Jesus já havia morrido, e no sábado, o primeiro sábado após a morte de Cristo, as mulheres ainda continuaram guardando o mandamento do sábado.

Ora, se os próprios sabatistas reconhecem que o nosso argumento para a guarda do primeiro dia da semana, como dia do Senhor (Ap 1.10), é decorrente da ressurreição de Jesus, ocorrida no primeiro dia da semana (Lc 24.1-3), e o texto de Lc 23.54-55 se refere ao descanso das mulheres no sábado antes da ressurreição, que valor tem o exemplo dessas piedosas mulheres judias para nós, cristãos?

Pastor BULLÓN – A Bíblia está cheia de referências de que Jesus guardou o sábado quando viveu nesta terra. E quem quer ser cristão, quer seguir a Jesus. Porque cristão é aquele que faz o que Jesus fez.

Jesus guardou o sábado porque era judeu e nasceu sob a lei (Gl 4.4), portanto obedeceu todas as leis do Antigo Concerto. Como exemplo de cidadão judeu, Ele foi circuncidado, ordenou a entrega de oferendas ao sacerdote pela purificação, guardou a festa da Páscoa, etc (Lc 2.21-24; 5.12-14; Mt 26.18,19). Mas, quando morreu, Ele inaugurou uma nova aliança e revogou a velha (Jo 19.30; Mt 27.51). “Mas, antes que a fé viesse estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo do aio” (Gl 3. 23-25).

Se o fato de Jesus ter guardado a Páscoa não prova que também devemos guardá-la, ou se o fato de Ele ter-se circuncidado não recomenda que também devemos nos circuncidar, do mesmo modo não devemos também guardar o sábado por que Ele o guardou.

A natureza dos mandamentos de Jesus

A que Jesus se referia quando falava de seus mandamentos? Os adventistas associam a palavra ‘mandamentos’ no Novo Testamento aos dez mandamentos. Mas esse modo de pensar não é correto. Jesus foi bem específico quando falou de seus mandamentos.

Vejamos a que Jesus se referia quando falava de mandamentos:

- “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis” (Jo 13.34);

- “O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” ( Jo 15.12);

- “O seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo seu mandamento” (1Jo 3.23);

- “E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também seu irmão” (1Jo 4.21);

- “E agora, senhora, rogo-te, não como escrevendo-te um novo mandamento, mas aquele mesmo que desde o princípio tivemos: que nos amemos uns aos outros” (2Jo 5).

O leitor pode perceber que em nenhum dos textos acima se fala na guarda do sábado.

O Novo Testamento não repete os dez mandamentos

Não há dúvida de que o Novo Testamento cita mandamentos do Velho Testamento. Fala de toda a Lei de Moisés, mas não repete o quarto mandamento em nenhum lugar. Façamos uma comparação dos dez mandamentos dentro do Novo Testamento:

VELHO TESTAMENTO

1º mandamento - Êx 20.2,3
2º mandamento - Êx 20.4-6
3º mandamento - Êx 20.7
4º mandamento - Êx 20.8-11
5º mandamento - Êx 20.12
6º mandamento - Êx 20.13
7º mandamento - Êx 20.14
8º mandamento - Êx 20.15
9º mandamento - Êx 20.16
10º mandamento - Êx 20.17

NOVO TESTAMENTO

1º At 14.15
2º 1Jo 5.21
3º Tg 5.12
4º Não existe
5º Ef 6.1-3
6º Rm 13.9
7º 1Co 6.9,10
8º Ef 4.28
9º Cl 3.9
10º Ef 5.3

Pastor BULLÓN – Mesmo São Paulo, que não foi discípulo de Jesus, pois São Paulo se converteu depois, ou seja, já se havia passado anos e São Paulo disse que quando chegou a Corinto foi, aos sábados, à sinagoga: “E todos os sábados discorria na sinagoga, persuadindo tanto judeus como gregos... O texto bíblico diz: “Todos os sábados discorria na sinagoga, persuadindo tanto judeus como gregos”. (A citação correta é Atos 18.4, e não Lucas 18.4, como indicado no livrete). E os gregos não guardavam o sábado, portanto Paulo não ia por causa dos judeus, ele ia porque reconhecia que o sábado era o dia do Senhor.

O sábado era o dia quando pessoas se juntavam na sinagoga para adoração dentro do culto judaico. A maioria dos participantes era judeu. Os gregos compareciam em menor número. Paulo aproveitou essas oportunidades para ensinar que Jesus era o Cristo prometido nas Escrituras do Velho Testamento, procurando ganhar aquelas pessoas para Jesus Cristo. E fez de tudo para conseguir seu objetivo: “Fiz-me como judeu para com os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (Não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. E eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele” (1Co 9.19-23).

Foi dessa forma que circuncidou Timóteo (At 16.3) e declarou que a circuncisão nada vale (Gl 5.2; 6.15); observou o Pentecostes (At 20.16); tosquiou a cabeça (At 18.18); e fez ofertas segundo a lei (At 21.20-26). Sua explicação para a observância de todas essas práticas judaicas está no desejo que tinha de ganhar os judeus e os gregos para Cristo. Será que os adventistas circuncidam pessoas como Paulo o fazia? Observam o Pentecostes? Tosquiam suas cabeças? Fazem ofertas segundo a lei? Que parcialidade dos adventistas: só se lembram do sábado! É muito sectarismo da parte deles!

Outra declaração absurda é a que diz que Paulo “não ia por causa dos judeus, ele ia porque reconhecia que o sábado era o dia do Senhor”. Interessante! Paulo escreveu treze cartas, e se considerarmos Hebreus como sendo de sua autoria, teremos quatorze. Será que Paulo se esqueceu de dizer isso em suas epístolas: que o sábado era o dia do Senhor? Quanto à observância do sábado, Paulo declarou: “Guardais dias (sábados) e meses, (luas novas), e tempos, e anos (festas anuais). Receio de vós que não haja trabalho em vão para convosco” (Gl 4.10-11). A preocupação de Paulo era com o fato de os gálatas estarem se voltando para o judaísmo.

Pastor COSTA JÚNIOR – Existe um fundamento bíblico para nós guardarmos outro dia que não o sábado, seja qual for a razão?

Pastor BULLÓN –Existe aqui uma declaração, que eu vou ler, no livro de Hebreus, capítulo 4, versículos 4,5 e 9, que diz assim: “Porque, em certo lugar, assim disse, no tocante ao sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera. E novamente, no mesmo lugar: Não entrarão no meu descanso... Portanto, resta um repouso para o povo de Deus”. Isto quer dizer que, para a Igreja de Deus dos nossos dias, continua um dia de repouso (p. 7).

É evidente que o repouso de que se trata aqui nada tem a ver com o repouso do sétimo dia indicado no quarto mandamento, senão o repouso de uma de fé em Deus. A idéia central do texto é:

A - Deus repousou depois de haver criado o mundo;

B - Os profetas falaram de antemão de um outro dia (Sl118.24), em vez do sétimo, para comemorar o repouso maior que se seguiria a uma obra maior do que a criação;

C - A este repouso maior, Josué nunca pode guiar o seu povo;

D - Jesus, havendo terminado sua obra de redenção na cruz (Jo 19.30), repousou Ele mesmo no primeiro dia da semana (Mc 16.9), como Deus havia repousado da sua;

E - Na cruz foi abolido o sábado (Os 2.11 comparado com Cl 2.14-17);

F - Portanto, em comemoração ao glorioso repouso que se seguiu a uma obra maior de redenção, resta guardar um descanso para o povo de Deus. Esse descanso encontramos em Jesus (Mt 11.28-30);

G - Foi necessário esse argumento para mostrar ao judeu, que se gloriava no seu sábado, que o cristão tem um descanso melhor e superior ao sábado (Ap 1.10, Sl 118.22-24).

Pastor BULLÓN – Porém, na História, descobrimos que houve um imperador romano, chamado Constantino, que no ano 331 DC definitivamente tornou-se cristão, mas com uma condição: “Ele disse: eu vou me tornar cristão, mas junto comigo, eu quero trazer muitas coisas nas quais acredito. E ele guardava o domingo e, oficialmente, a partir do ano 331 passou-se a guardar o domingo como dia santo. Mas, este é um legado que vem do paganismo, de Constantino (p. 10).

Se tal absurdo fosse escrito por um adventista leigo, não teríamos dificuldades em entender a sua falta de conhecimento histórico relativo ao imperador Constantino. Mas não dá para entender uma pessoa que se intitula escritor e líder de uma igreja que se vangloria de conhecer a Bíblia jogar, através de um curso bíblico, esse absurdo na mente do povo, mediante emissoras de rádio e TV, e ainda se dá ao luxo de publicá-la em livrete e espalhá-la por todo o Brasil. Essa é uma atitude suspeita e vergonhosa. Quando foi que o imperador Constantino condicionou sua adesão ao cristianismo à exigência de trazer para o “arraial cristão” aquilo que pertencia ao paganismo? Em que parte da história isso é mencionado? Se o paganismo já guardava o domingo - como afirma o pastor Bullón - por que então o decreto de Constantino em 331 DC feito nesse sentido?

Os adventistas raciocinam do mesmo modo que as testemunhas de Jeová fazem em relação à deidade absoluta de Jesus. As testemunhas de Jeová ensinam, em seus livros, que a Doutrina da Trindade foi firmada no Concílio de Nicéia, em 325 DC, presidido por Constantino. Se o senhor Bullón admite que a instituição do primeiro dia da semana como dia do Senhor em memória da ressurreição de Cristo é de origem pagã porque Constantino decretou esse dia de guarda ao se tornar cristão, os adventistas deveriam, na verdade, ser chamados de pagãos por adotarem a doutrina da Trindade em cujo Concílio foi instituída essa doutrina? Os adventistas concordam com as testemunhas de Jeová que nos acusam de paganismo por crermos na deidade de Jesus e na doutrina da Trindade?

A instituição do primeiro dia da semana como dia do senhor

No Salmo 118:22-24, lemos: “A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se cabeça de esquina. Da parte do Senhor se fez isto: maravilhoso é aos nossos olhos. Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele”. Essa passagem foi aplicada por Jesus a si mesmo em Mt 21.42: “Disse-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, essa foi posta por cabeça do ângulo; pelo Senhor foi feito isto, e é maravilhoso aos nossos olhos?”.

Não é algo difícil darmos a interpretação correta dessa referência bíblica. A pedra rejeitada é Jesus Cristo (At 4.11,12). Ele iniciou seu ministério reivindicando ser Filho de Deus, igual a Deus (Jo 10.30-33). E, ao ser acusado de quebrar o sábado (Jo 5.16-18), foi rejeitado e crucificado (Jo 19.1-7). Isto se deu numa sexta-feira (Mc 15.42-47). Mas a morte não pôde retê-lo e, ao terceiro dia, ressurgiu dentre os mortos. Esse fato aconteceu no primeiro dia da semana: “E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios” (Mc 16.9). Outras referências são: Jo 20.1,19,20; Mt 28.18.

Diz a Bíblia sobre o dia da ressurreição de Jesus: “Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos e alegremo-nos nele”. Ao levantar seu Filho dentre os mortos, fez Deus essa coisa maravilhosa. E essa “coisa maravilhosa” se deu no primeiro dia da semana.

A expressão ‘dia do senhor’ de Apocalipse 1.10

O significado da expressão ‘dia do Senhor’ de Ap 1.10 é encontrada em algumas traduções da Bíblia, como segue:

“Eu fui arrebatado em espírito num dia de domingo...” (Tradução de Antônio Pereira de Figueiredo)

“Num domingo, caindo em êxtase, ouvi atrás de mim uma voz...” (Edições Paulinas)

“Um dia de domingo, fui arrebatado em espírito” (tradução de Mattos Soares)

“No dia do Senhor: no domingo” (anotação no rodapé da TLH)

Dizem os líderes da Igreja Adventista do Sétimo Dia, o Remanescente, no seu livro “Sonhos e visões de Jeanine Sautron”, pp. 384/85, que “Samuel Bacchiocchi (líder adventista) realiza seminários no ‘Dia do Senhor” referindo-se ao Domingo. Em seu livro FROM SABBATH TO SUNDAY (Do Sábado Para o Domingo) o ‘dia do Senhor’ é mencionado como sendo o domingo 51 vezes somente nas primeiras 160 páginas do livro.

Provas adicionais dos pais da igreja

“Aqueles que estavam presos às velhas coisas vieram a uma novidade de confiança, não mais guardando o sábado, porém vivendo de acordo com o ‘dia do Senhor’”. (Inácio, 100 A D).

“No dia chamado domingo há uma reunião num certo lugar de todos os que habitam nas cidades ou nos campos, e as memórias dos apóstolos e os escritos dos profetas são lidos” (Justino Mártir 140 A D.).

“Nós guardamos o dia oitavo com alegria, no qual também ressurgiu dos mortos e tendo aparecido ascendeu ao céu” (Barnabé, 120 A D).

“Num dia, o primeiro da semana, nós nos reunimos” (Bardesanes, 180 A D.).

Como vemos pelos testemunhos dos pais da igreja primitiva e diferentemente do que afirma o pastor Bullón (p. 9), a igreja cristã não guardava o sábado, mas o dia glorioso da ressurreição de Jesus.

É como disse o próprio Bullón: Eu acredito que muitos cristãos sinceros acreditam que porque Jesus ressuscitou no domingo, eles têm de guardar o domingo. É uma maneira bonita de homenagear a ressurreição de Cristo, e eu também fico feliz porque Jesus ressuscitou num domingo, mas já pensou se Jesus tivesse morrido e nunca tivesse ressuscitado, o que seria da cristandade? (p. 8)

Exatamente isso, pastor Bullón! O que seria da cristandade se Jesus não tivesse ressuscitado? Paulo responde a essa pergunta dizendo simplesmente que não haveria cristianismo: “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a vossa fé,... E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados” (1Co 15.14,17). Está aí a importância da ressurreição e devemos então ter presente que os dias são iguais entre si e existem dias mais importantes uns dos que outros, por causa dos fatos que eles registram. Para um cristão é mais importante o dia em que Deus terminou a criação do mundo ou o dia da ressurreição gloriosa de Jesus? A resposta só pode ser uma para um cristão genuíno: o dia da ressurreição de Jesus. Quanto a esse dia, diz o salmista: “Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos e alegremo-nos nele”.

Pastor COSTA JÚNIOR – Em primeiro lugar, eu gostaria de dizer uma coisa, que precisa ficar bem clara na nossa mente: ninguém guarda o sábado para salvar-se. Se você acha que tem de guardar o sábado para se salvar, você está perdido (p. 13)

Ou o pastor Costa está perdido ou a Sra. White. Ela declarou que a guarda do sábado é fundamental para a salvação. Textualmente ela escreveu: “Santificar o sábado ao Senhor importa em salvação eterna” (Testemunhos Seletos, vol. III, p. 22 - 2ª edição, 1956).

Um pastor que sai em público fazendo declarações sobre as crenças adventistas porventura ignora esse ensino de Ellen Gould White? Ou o conhece mas quis encobri-lo para dar a idéia que não é bem assim como os opositores declaram dos adventistas: que eles ensinam que a guarda do sábado é fundamental para a salvação? 

Mais uma pergunta: “como os benefícios da morte de Cristo, segundo EGW, no livro ‘O Grande Conflito’, podem ser aplicados a nós?”. Ela declara: “...Todos os que verdadeiramente se tenham arrependido do pecado e que pela fé hajam reclamado o sangue de Cristo, como seu sacrifício expiatório, tiveram o perdão aposto ao seu nome, nos livros do Céu; tornando-se eles participantes da justiça de Cristo, e verificando-se estar o seu caráter em harmonia com a lei de Deus, seus pecados serão riscados e eles próprios havidos por dignos da vida eterna” (p. 487).

Logo, os crentes adventistas têm pecados perdoados, mas não cancelados. O cancelamento só se dará se o seu caráter estiver em harmonia com a lei de Deus, para que sejam dignos da vida eterna. Salvação por fé (Rm 5.1) ou salvação por obras? “Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. Mas àquele que não pratica, mas crê naquele que o justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça” (Rm 4.4-5).

Porventura, isso significa que alguém deve ser julgado digno da vida eterna por estar vivendo em harmonia com a lei de Deus? Ainda EGW declara: “Nunca se deve ensinar aos que aceitam o Salvador, conquanto sincera sua conversão, que digam ou sintam que estão salvos. Isto é enganoso” (Parábolas de Jesus, p. 55, citado em 95 Teses, p. 133)




1 comentários:

Wesley disse...

Pastor Carlos... Esse Blog é uma Benção de DEUS... Me edificando muito..
Que O SENHOR te abençoe grandemente!

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