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Curso Teologico

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 Visitação Hospitalar para Voluntários.

OBJETIVOS:
Atender a deficiência e a necessidade de mais pessoas no ministério de visitação na Capelania Voluntaria de nossa Igreja em Juazeiro, proporcionar uma formação conceitual, espiritual, emocional e técnica para o trabalho de visitação aos pacientes e seus familiares que enfrentam crises em função da doença.  Estabelecer em nossa cidade a primeira Capelania Hospitalar com voluntários da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Juazeiro.
Público Alvo:  Membros e congregados maiores de 18 anos, que desejam participar e se preparar para esse ministério de visitação a enfermos hospitalizados e no domicilio e desejam ser voluntários do quadro de reservada   de Capelania com ênfase a realização de visitação nos Hospitais e no domicilio. 
Profissionais que ministrarão as aulas 
  Capelão.   Jose Carlos Barros Pinheiro.
-Tratara sobre as questões pertinentes a atividades do Capelão no contexto da assistência espiritual aos enfermos e seus familiares, conceitos e Regras gerais. etc.
 Enfermeira.
-Tratara sobre as Normas e procedimentos dentro do hospital e os requisitos para adentra as enfermarias. etc.
 Assistente Social.
-Tratara sobre os Encaminhamentos, Rotinas e cuidados que os visitantes deve observar durante as visitas dentro das enfermaria e demais alas do Hospital. etc.
Justificativa.  Esses profissionais constituem um elo importante para o serviço da capelania hospitalar, por isso é de suma importância para nós neste Breve Curso de Visitação a contribuição destes profissionais.
METODO DO CURSO:
O curso terá aulas teóricas, com apostilha e discussão da matéria. No final do curso teremos todas as aulas em uma só apostila.  Cada palestrante terá o seu horário dentro da programação.
Legislação Capelania
2. INTRODUÇÃO
A Constituição Federal de 1988 prevê em seu art. 5º, inciso VII que «é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva. A lei 6.923, de 29/6/1981, alterada pela lei 7.672, de 23/9/1988, organizou o Serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas. A partir desta legislação temos definido que:
3. 1) O Serviço de Assistência Religiosa tem por finalidade prestar assistência religiosa e espiritual aos militares, aos civis das organizações militares e às suas famílias, bem como atender a encargos relacionados com as atividades de educação moral realizadas nas Forças Armadas (Lei 6.923, art. 2º)
4. 2) O Serviço de Assistência Religiosa será constituído de Capelães Militares, selecionados entre sacerdotes, ministros religiosos ou pastores, pertencentes a qualquer religião que não atente contra a disciplina, a moral e as leis em vigor (Lei 6.923, art. 4º
5. 3) Cada Ministério Militar atentará para que, no posto inicial de Capelão Militar, seja mantida a devida proporcionalidade entre os Capelães das diversas regiões e as religiões professadas na respectiva Força (Lei 6.923, art. 10).
6. LEI FEDERAL LEI FEDERAL Nº 9.982, DE 14 DE JULHO DE 2000 Dispõe sobre a prestação de assistência religiosa nas entidades hospitalares públicas e privadas, bem como nos estabelecimentos prisionais civis e militares
7. O P R E S I D E N T E D A R E P Ú B L I C A - Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: LEGISLAÇÃO CAPELANIA
8. Art. 1o Aos religiosos de todas as confissões assegura-se o acesso aos hospitais da rede pública ou privada, bem como aos estabelecimentos prisionais civis ou militares, para dar atendimento religioso aos internados, desde que em comum acordo com estes, ou com seus familiares no caso de doentes que já não mais estejam no gozo de suas faculdades mentais.
9. Art. 2o Os religiosos chamados a prestar assistência nas entidades definidas no art. 1o deverão, em suas atividades, acatar as determinações legais e normas internas de cada instituição hospitalar ou penal, a fim de não pôr em risco as condições do paciente ou a segurança do ambiente hospitalar ou prisional.
10. Art. 3o (Vetado) Art. 4o O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias. Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
11. Brasília, 14 de julho de 2000; 179o da Independência e 112o da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO José Gregori, Geraldo Magela da Cruz Quintão, José Serra LEGISLAÇÃO
12. ATIVIDADES DA CAPELANIA Art. 2º. Constituem, dentre outros, serviços de assistência religiosa: I – trabalho de evangelização e pastoral; II – aconselhamento; III – orações; IV – ministério de comunhão
13. CONCLUSÃO Para exercer adequadamente a função de Capelão, o mesmo deve estar ciente das legalidades e obrigações da mesma. Assim, o trabalho será desenvolvido com mais verdade e organização.

DIREITOS DOS PACIENTES
Lei 8.142/90, NOB 01/96 (Norma Operacional Básica do Sistema de Saúde); NOAS 01/2001
a) a sua integridade física;
b) a sua privacidade;
c) a sua individualidade;
 d) o respeito aos seus valores éticos e culturais;
e) o sigilo de toda e qualquer informação pessoal; e
f) a segurança do procedimento
Ser acompanhado, se assim o desejar, nas consultas, exames e no momento da internação por uma pessoa por ele indicada.
 Se maior de sessenta anos, durante o período da internação, de acordo com o que dispõe o Estatuto dos Idosos
Ser acompanhado nas consultas, exames e durante a internação se for menor de idade, de acordo com o que dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Ter asseguradas durante a hospitalização a sua segurança e a dos seus pertences que forem considerados indispensáveis pela instituição.
Receber ou recusar assistência moral, psicológica, social ou religiosa.
Optar pelo local de morte.

 CAPELANIA HOSPITALAR
INTRODUÇÃO.
Levando o amor de Cristo aos enfermos e necessitados, Atuar nos hospitais levando o amor de Deus, Seu consolo e alívio num momento de dor. Esta é a principal missão da Capelania Hospitalar, que, através de gestos de solidariedade e compaixão, tem levado a Palavra de Deus não só aos pacientes, mas também aos seus familiares, sem esquecer ainda dos profissionais de saúde, tantas vezes vivendo situações de estresse ou mesmo passando por momentos difíceis. Os capelães respeitam a religião de cada paciente sem impor nada, apenas levando a Palavra àqueles que desejarem.
O que faz um capelão?
O capelão, integrante da equipe multidisciplinar de saúde, é uma pessoa capacitada e sensível às necessidades humanas, dispondo-se a dar ouvidos, confortar e encorajar, ajudando o enfermo a lutar pela vida com esperança em Deus e na medicina. Oferece aconselhamento espiritual e apoio emocional tanto ao paciente e seus familiares, como aos profissionais da saúde. É importante elo com a comunidade local.

REAÇÕES DO ENFERMO PERANTE A DOENÇA

Diante da enfermidade a pessoa se vê tolhida de sua liberdade de ser ela mesma, não pode desempenhar suas atividades e sente-se ameaçada quanto a seu viver ou futuro. A reação diante de tudo isso é uma atitude psicológica chamada de MECANISMO DE DEFESA, classificada como inconsciente.

Eis algumas reações dessa natureza:
- REGRESSÃO – O paciente se torna dependente dos outros, sem autonomia, adotando atitudes infantis, exagerando desproporcionalmente a gravidade do seu caso; reclama sem fundamento e constantemente do atendimento e da alimentação; queixa-se que os parentes ou conhecidos não o visitam.
- FORMAÇÃO REATIVA – Os impulsos e as emoções censuradas como impróprias assumem uma forma de expressão contrária, aceitável para o consciente. No caso de doenças longas ou piora gradativa, o paciente afirma que está sendo perseguido pelos funcionários do hospital, adotando uma atitude defensiva e agressiva, pois estes representam sofrimento para ele.
Pragueja, xinga, acusa os familiares de falta de interesse, que os médicos são irresponsáveis.
- NEGAÇÃO – Ao tomar conhecimento do diagnóstico, o paciente se recusa a aceitar que esse problema de saúde é dele. A negação funciona como uma proteção contra a angústia. Ele acha que o resultado está errado, que outro médico deve ser procurado e continua tentando viver como se a enfermidade não existisse, evitando falar sobre o assunto. A negação pode ocorrer em crentes que adotam uma atitude triunfalista ao afirmarem: “Em nome de Jesus já estou curado, Deus não permitirá que eu seja operado”.
REAÇÕES DOS FAMILIARES DO ENFERMO:
A família acaba sendo afetada e as reações negativas podem ser a de estresse psíquico, ocorrendo desgaste físico e até depressão. A família se organiza nas suas funções, ocorrendo sobrecarga para alguns membros familiares e até a omissão de cuidados. A vida sócio-econômica também pode mudar radicalmente devido as perdas. Os familiares prejudicam o tratamento se forem excessivamente desconfiados em relação à equipe do hospital, com muitos questionamentos ou palpites. Alguns familiares se sentem culpados ou transferem a culpa ao paciente. Também podem se sentir vítimas do destino, castigo de Deus ou retaliação do inimigo. O enfermo muitas vezes precisa se esforçar para acalmar a família. Conforme a enfermidade, alguns familiares entram em crise de desespero, tirando a tranqüilidade do paciente.
QUALIFICAÇÕES PARA VISITAÇÃO:
Vários requisitos necessários do visitador:
- Ter sabedoria e humildade para saber que você não é melhor do que ninguém;
- Cultivar uma personalidade amável, agradável, cativante;
- Ter habilidade de comunicar-se;
- Ter humor estável;
- Ter respeito as opiniões religiosas divergentes;
- Ter discernimento e sensibilidade na conversação;
- Saber guardar as confidências dos pacientes;
- Saber usar a linguagem e forma de abordagem a cada pessoa;
- Dar tempo e atenção ao paciente visitado;
- Ter sensibilidade para com discrição, sentir quando é o momento mais oportuno para visitar;
- Saber evitar a intimidade e não invadir a privacidade alheia;
- Saber ouvir.
PRINCÍPIOS A SEREM OBSERVADOS NA VISITAÇÃO A ENFERMOS:
- Bater à porta.
- Pedir licença ou cumprimentar só verbalmente (a menos que o paciente estenda a mão).
- Se apresentar como pastor(a); obreiro(a).
- Se oferecer para orar (respeitar as negativas) pedindo o favor de abaixar o volume do rádio ou TV.
- Convidar as pessoas do ambiente pra ouvirem a leitura bíblica e oração.
- Caso o enfermo estiver no banho, fazendo curativos ou algum exame, RETORNE POSTERIORMENTE.
- Se a enfermeira estiver atendendo o paciente ou o médico estiver presente no quarto, RETORNAR POSTERIORMENTE.
- Se o paciente está com algum mal-estar (vômito, dor, confuso), abreviar a visita.
- Às vezes o paciente faz as seguintes solicitações: para ajeitá-lo no leito, pede água ou algum alimento, solicita medicação. TODAS essas solicitações devem ser atendidas pelo serviço de enfermagem. Por isso, responda ao paciente que ele deve fazer esse pedido a enfermeira, ou em alguns casos (queda do paciente, escapou o soro) avisar o ocorrido no posto de enfermagem.
- Em alguns casos quando o paciente apresenta um quadro de contaminação, é colocado um cartaz de alerta e de instruções na porta do quarto. Na dúvida, perguntar no posto de enfermagem e que deve fazer para entrar no quarto (utilizar máscara, luva, etc).
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
O objetivo da visita NÃO É doutrinação, mas atender à necessidade do paciente; a visita deve ter um propósito: conforto, consolo para quem sofre. Muitas vezes, a tentação de “pregar” e apresentar o seu discurso faz com que muitos se esqueçam de que estão num hospital, desvirtuando, assim, todo o propósito da visita;
- Quando tiver dúvidas sobre a situação do paciente, procure a enfermeira.
- Ter discernimento para dosar o tempo da visita;
- Não demonstre “pena” do paciente;- Mostre seu interesse pelo paciente, mas sem exageros;
- Preste atenção naquilo que o paciente está falando, verificando quais são suas preocupações;
- Não conduza a sua conversa de tal maneira que exija do paciente grande concentração e esforço mental para acompanhar (ele pode estar sob o efeito de medicamentos);
Ao paciente que acha que não será curado, encoraje. Mas, faça-o com prudência, sem promessas infundadas;
- Não fale sobre assuntos pavorosos;
- Nunca pratique atos exclusivos de auxiliar de enfermagem, tais como: dar água ou qualquer alimento, ou locomover o paciente, mesmo que seja a pedido dele;
- Nunca discuta sobre a medicação com os pacientes;
- Mantenha os segredos profissionais (num leito de hospital o paciente fala muita coisa de si mesmo e de sua vida pessoal);
- Nunca comente nos corredores do hospital, ou fora deles, o tipo de conversa ou encaminhamento de sua entrevista mantida com o paciente;
- A ética deve ser rigorosamente observada. Tome muito cuidado!
- Não cochiche ! Pacientes apresentam alto nível de desconfiança;
- Aproveite a oportunidade como se fosse a única. Na medida do possível, o ministério junto ao enfermo, dentro de um hospital deve ser completo, numa “dose única”;
- Evite a intimidade excessiva, não invadindo a privacidade alheia (tanto do paciente quanto do seu acompanhante);
- Respeite a liberdade do paciente quando ele não quiser (ou não estiver preparado para) falar sobre seus problemas;
- Nunca tente ministrar o enfermo quando ele está sendo atendido pelo médico ou pela enfermeira, ou quando estiver em horários de refeições, ou quando a situação impossibilite (familiares, telefonando ou algo importante que ele está assistindo na TV);
- ð Não faça promessas de qualquer espécie (cura, conseguir medicação, maior atenção dos profissionais de saúde, transferências, conseguir entrevista com o diretor). O próprio hospital tem meios de solucionar essas solicitações;
- Em caso de possessão demoníaca, elas precisam ser discernidas;
- Preste atenção nos cartazes afixados na porta do quarto, pois eles orientam por qual motivo você não pode entrar naquele momento ou quais os cuidados você deve tomar ao entrar no quarto. Talvez seja proibida a entrada por causa de curativo, troca de bolsa em pacientes renais, proibição de visita por ordem médica. O paciente pode estar isolado por causa de problemas de contágio e o cartaz estará orientando se for necessário utilizar mascaram jaleco, luvas ou evitar tocar no paciente. Também pode estar tomando banho;
- Evitar apertar a mão do paciente, a não ser que a iniciativa seja dele;
- Nunca sentar-se na cama do paciente, evitando assim contaminar o doente ou ser contaminado por ele. Quando o paciente está em cirurgia, os lençóis ficam enrolados, não devendo NINGUÉM sentar ali;
- Procurar estar numa posição em que o paciente veja você;- Cuidado se a sua voz for estridente;
- Se for insultado, reaja com espírito cristão;- Em suas conversas, orações, leituras de textos, fale em tom normal. Evite a forma discursiva e com voz estridente, a não ser que seja em ambiente amplo.
- Observar se o paciente está com mal-estar (náuseas ou dor), procurando abreviar ao máximo a visita.
ATITUDES ADOTADAS PERANTE O PACIENTE E O CORPO CLÍNICO:
Para o paciente, o médico é a pessoa mais importante no hospital, em quem ele deposita a sua confiança. É a visita que ele deseja ansiosamente; portanto, quando chegar o médico, procure encerrar o assunto ou oração ou retirar-se discretamente. Evite dar palpites sobre o tratamento do paciente ou sobre a conduta do médico. Procure trabalhar em harmonia com o pessoal da enfermagem, pois os pacientes dependem deles.
APLICAÇÃO BÍBLICA:
Sabemos que a enfermidade é proveniente da raça humana em pecado. Em muitas situações a enfermidade surge por culpa direta do próprio indivíduo que não cuida do seu corpo como deveria, ou por causa da violência urbana. Mesmo que o indivíduo seja culpado de sua situação, devemos levar-lhe uma mensagem que Jesus deseja lhe dar saúde total, tanto no corpo como na alma, pois Ele disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância“ (João 10:10).
A mensagem que se deve trazer ao enfermo é a mensagem bíblica de esperança e consolo. Essa mensagem é verbal através da leitura bíblica, oração e aconselhamento. Também, através de expressão corporal, tais como expressão de carinho, sorriso e demonstração de empatia.
Encontraremos na Bíblia textos relacionados às mais diversas necessidades do ser humano. São esses textos que devem ser apresentados aos pacientes na esperança de despertamento de fé nas promessas de vida.
Eis alguns assuntos relacionados ao estado de espírito dos pacientes:
- Aflição – Salmos 34:19 – 86:1 – 119:107 – João 14:1,27
- Angústia – Naum 1:7 – Salmo 4:1 – 18:6 – 60:11 – 119:50
- Ansiedade – Salmos 46:10 – Mateus 6:31-34 – Filipenses 4:6-7 – I Pedro 1:7
- Cansaço – Mateus 11:28-30
- Choro – Salmos 30:2-5 – Apocalipse 21:4
- Desânimo – Salmos 42:11 – Provérbios 18:14 – Filipenses 4:13 – Hebreus 12:3
- Deus se compadece – Isaías 38:18 – Lamentações 3:22-26 – 2 Coríntios 1:3-5
- Direção divina – Salmos 37:5 – João 3:27- Dor – Salmos 41:3 – Isaías 43:4,5
- Fraqueza – Deuteronômio 32:39 – Salmos 31:24 – Isaías 12:2 – 41:10 – Oséias 6:1 – 2 Coríntios 12:7-10
- Impaciência – Salmos 27:13-14 – 37:8
- Medo – Salmos 34:4- Morte – Ezequiel 18:32 – Salmos 68:20 – Hebreus 2:14-15
- Oração – Salmo 5:1-3 – 66:20 – Lucas 11:9-13
- Pobreza – Salmos 40:17 – 70:5
- Preocupações – Salmos 55:22
- Raiva – Salmos 37:8 – I Tessalonicenses 5:16-18.
- Sofrimento – Salmos 22:11 – 34:6 – 57:1 – 2 Coríntios 16:18 – Hebreus 12:4-13
- Solidão – Salmos 16:1
- Presença divina – Deuteronômio 31:8
O Paciente, seus sentimentos e suas necessidades
1. Fundamentação Bíblica-Teologica do Enfermo e a Enfermidade.
A maneira como vê a enfermidade tem grande influencia na maneira como você ira tratar o paciente que visita, por isso, é necessário temos uma visão clara dos que a Bíblia nos diz sobre a enfermidade.
A doença é uma questão que a Bíblia menciona em muitos textos. A doença de Naamã, Nabucodonosor, o filho de Davi, Jó, Paulo, Timóteo, a sogra de Pedro, e vários outros e descrito tanto no Velho como no Novo Testamento. Quando Jesus veio pessoalmente à terra, seu interesse pelos doentes se destacou tanto que praticamente um quinto dos evangelhos é dedicado ao tema da cura, e o Livro de Atos registra como a primeira igreja cuidou dos enfermos.
A Bíblia nos fornece sofre a enfermidade pelo menos quatro conclusões que podem ser úteis nas visitas hospitalares.
1.1. A Enfermidade faz parte da Vida.
Poucas pessoas, se é que existe alguém atravessam a vida sem experimentar periodicamente pelos menos uma doença. Parece provável que a doença tenha entrado na raça humana como resultado da Quedam, e desta essa época os homens ficaram sabendo o que é não ter saúde. A Bíblia nos menciona várias enfermidade como alcoolismo, cegueira, tumores, inflamações, febre, hemorragia, surdez, mudez, insanidade, lepra, paralisia e várias outras enfermidade. Fica claro de cada uma delas causa tensão psicológica e física, e todas são mencionadas de modo a insinuar que a doença faz parte da vida neste mundo.

1.2. Os Cristãos são responsáveis pelo cuidado dos enfermos.
Através de suas palavras e atos, Jesus ensinou que doença, embora comum, é também indesejável. Ele passou grande parte do seu tempo curando os enfermos, encorajaram outros a fazerem o mesmo e mostrou a importância do cuidado cheio de amor daqueles que são necessitados e doentes. Mesmo dar a alguém um gole de água era considerado digno de elogios e Jesus indicou que ajudar um doente era o mesmo que ministrar a Ele, Jesus[1].

1.3. A Enfermidade não é necessariamente um sinal de pecado ou manifestação de falta de fé.
Quando Jó perdeu sua família, bens e saúde, três amigos vieram visitar com a boa intenção de consolar, apesar da boa vontade, foram ineficaz, argumentou que todos esses problemas eram resultados do pecado. Jó descobriu, porém, que a doença nem sempre é resultado do pecado do indivíduo - cuja verdade Jesus ensinou claramente[2]. Toda doença tem origem, em análise final, na queda da humanidade no pecado, mas os casos individuais de doença não são necessariamente resultantes dos pecados da pessoa doente - embora haja ocasiões em que o pecado e a doença têm realmente relação[3].
Ao examinar as curas do Novo Testamento temos os seguintes esclarecimentos com respeito à enfermidade:
Algumas vezes as pessoas melhoravam por crerem pessoalmente que Cristo operaria a cura, por exemplo: A mulher com o fluxo de sangue é um bom exemplo[4].
Houve vezes, no entanto, em que uma pessoa além do paciente teve fé: Vários pais procuraram Jesus, por exemplo, e falaram de seus filhos doentes, sendo estes curados[5].
Em outra ocasião, no Jardim do Getsêmani, a orelha de um servo foi curada embora ninguém tivesse fé, além de Jesus.
Em contraste, vemos Paulo, homem de grande fé em Cristo cujo “espinho na carne nunca foi tirado”.
Outros ainda não tiveram fé e não foram curados[6].
Com base nesses exemplos fica bastante evidente que a doença não é necessariamente um sinal de pecado ou manifestação de falta de fé.
A Bíblia não apóia os cristãos que afirmam que os doentes estão fora da vontade de Deus ou lhes falta fé. Deus jamais prometeu curar todas as nossas moléstias nesta vida e é tanto incorreto como cruel ensinar que a saúde instantânea sempre virá para aqueles cuja fé é forte.
1.4. A Enfermidade faz surgir questões difíceis e cruciais sobre o sofrimento.
C.S. Lewis no seu livro, Problema do Sofrimento, resumiu duas questões básicas que enfrentam todos os que sofrem e que são geralmente levantadas nas visitas: Se Deus é bom, porque ele permite o sofrimento? Se ele é Todo-Poderoso, porque não suspende o sofrimento?
Volumes inteiros têm sido escritos para responder a essas perguntas e o visitador cristão poderia beneficiar-se com a leitura de alguns deles[7].
1.5. A Enfermidade diante dos problemas éticos.
Hoje existe uma questão polêmica. É o problema da eutanásia junto com o direito de morrer com dignidade. Esta problemática levanta questões tais como: O que é vida? Vale a pena viver com tanto sofrimento? Qual é o valor de prolongar uma vida que vai morrer mesmo? Quem tem direito para um tratamento médico? Como crentes precisamos de nos envolver nestas questões para defender e resgatar os princípios e valores bíblicos.

2. O Paciente e outros problemas associados à enfermidade
Uma enfermidade pode acontecer por uma variedade de causas. Algumas doenças surgem por meio de um vírus; por falta de higiene; por causa de defeitos genéticos; por causa de um acidente; por falta de uma alimentação correta ou adequada; ou velhice. Mas uma enfermidade envolve mais do que um problema físico. Junto com a enfermidade pode acontecer problemas emocionais, psicológicos, ou espirituais. Quem trabalha com os enfermos deve saber lidar com os seguintes problemas:
2.1 A dor física
Pessoas reagem de formas diferentes quando há uma dor. Com certas doenças há pessoas que sofrem muita dor enquanto outras pessoas não sentem nada. A diferença pode se atribuída para as experiências com dor, os valores culturais sobre a dor, ou até uma crença religiosa. Certas pessoas acham que quando alguém reagiu com a dor, isto representa uma fraqueza. Outras acreditam que Deus permite a dor e assim a dor deve ser aceita. Há, ainda, indivíduos onde a dor está relacionada com a ansiedade. Pessoas que trabalham com os enfermos devem saber lidar com o problema da dor.
O visitante deve reconhecer a aceitar essas diferenças individuais. Elas influenciam as emoções da pessoa doente, as reações e o prognóstico de recuperação.
2.2. As emoções do paciente
Não é fácil ficar doente especialmente quando nossas rotinas são interrompidas, quando não compreendemos o que está errado com nossos corpos, ou não sabemos quando ou se iremos sarar. Quando ficamos doentes o bastante para procurar ajuda médica, devemos nos submeter ao cuidado de estranhos, alguns dos quais são mais indiferentes ou científicos do que compassivos e sensíveis. Tudo isto aumenta nossa sensação de desânimo em face da doença.
O Dr. James Strain, no seu livro Psychological Care of the Medically III, nos sugere que os doentes, especialmente os hospitalizados, experimentam sete categorias de tensão psicológica:
1. Tensão da ameaça à nossa Integridade
Os enfermos são submetidos para uma série de experiências onde eles não têm controle sobre as circunstâncias.
O paciente tem que obedecer um médico, ouvir uma enfermeira, se submeter a estrutura de um hospital ou agenda estabelecida pelo tratamento médico, aceitar ordens para dormir, receber orientações para tomar medicamentos, ser instruído sobre o que deve ou não deve comer, etc. Um enfermo volta a ser uma "criança" e isto não é fácil.
2. Tensão do Medo de Estranhos
Os pacientes têm medo de que suas vidas e seus corpos tenham que ser colocados nas mãos de estranhos com quem talvez não tenham qualquer laço pessoal.
3. Tensão da Ansiedade pela Separação
A enfermidade nos separa: amigos, lar, rotina costumeira, trabalho. Durante a internação no hospital ficamos separados das pessoas e das coisas que nos são familiares, no momento em que mais precisamos delas.
4. Tensão do Medo de Perder a Aceitação.
A doença e os ferimentos podem deixar as pessoas fisicamente deformadas, obrigando a moderar suas atividades e tornar dependentes de outros. Tudo isto pode ameaçar a sua auto-estima e levar a temer que devido a essas mudanças as pessoas não irão mais amá-los ou respeitá-los.
5. Tensão do Medo de Perder o Controle.
Perder o controle de força física, agilidade mental, controle dos intestinos e bexiga, controle dos membros da fala, ou a capacidade de dominar as suas emoções é uma ameaça para os pacientes. E estas ameaças se tornam maiores quando o pacientes está exposto em um leito de hospital.
6. Tensão do Medo de expor ou perder partes do Corpo.
As pessoas doentes precisam expor as partes do corpo que doem e submeter-se ao exame visitual e toque por parte da pessoa do médico. Isto pode ser embaraçoso e por vezes ameaçador, especialmente quando se torna aparente que uma parte de nosso corpo este doente, tem que ser operada ou mesmo removida.
7. Tensão da Culpa e Medo do Castigo.
A doença ou acidentes levam muitas vezes a pessoa a pensar que seu sofrimento possa ser um castigo por pecados ou faltas cometidas no passado. Como vimos, esta era a opinião dos amigos de Jó e tem sido aceita por milhares de pessoa deste então. Deitados na cama e se perguntando “Por que?” essas pessoas podem se deixar vencer pela culpa, especialmente se não houver restabelecimento.
Apesar de essas tensões serem comuns aos enfermos, temos que saber que existem diferenças no modo das pessoas reagirem. Algumas sentem ainda outras emoções:
Deprimidas com a doença.
Desanimadas com o tratamento
Frustradas com a vida.
Iradas com médicos e com Deus.
Culpadas por não cuidarem da saúde.
Confusas com o prognóstico.

3. A reação da família.
Quando uma pessoa fica enferma, sua família é afetada e, percebendo isto, o paciente se perturba. As mudanças na rotina familiar devido a doença, problemas financeiros, dificuldades em organizar as visitas ao hospital, e até a perda da oportunidade de manter relações sexuais para o casal, podem criar tensão que ocasionalmente redunda em fadiga, irritabilidade e preocupação.

Numa tentativa de se animarem mutualmente e evitarem a preocupação, o paciente e a família algumas vezes se recusam a discutir seus verdadeiros temores e sentimentos uns com os outros, e como resultado, cada um sofre sozinho.
4. Sentimento de esperança
A Dor Física, as emoções do paciente, e as reações da família, nos dão a impressão de um quadro sombrio da enfermidade. Mas em todas as fases da enfermidade, o paciente passa pelo sentimento de esperança. O ditado popular “a esperança é a última que morre”, é real no momento na doença, e quando o paciente deixa de manifestar esperança, trata-se geralmente de um sinal que a morte se aproxima. Mesmo pessoas gravemente enfermas, que têm uma idéia real sobre a sua condição, descobrem que a esperança as sustenta e encoraja especialmente em momentos difíceis.
Pesquisas médicas verificaram que os pacientes sentem-se melhor quando há pelo menos um raio de esperança. Isto não significa que devamos mentir sobre a condição do paciente. Mas, a psiquiatra Elisabeth Kubler-Ross em seu livro, Sobre a Morte e o Morrer, escreve que “partilhamos com eles a esperança de que algo imprevisto pode acontecer, que podem ter uma melhora, vindo a viver mais do que o esperado”.

O cristão tem ainda mais esperança no conhecimento de que o Deus cheio de amor, o soberano do universo, se interesse por ele tanto agora com na eternidade. Por isso, a grande missão do visitador é levar consolo e esperança aos pacientes, e o visitador cristão tem como recuperar a esperança daqueles que passa por tantas dores e sentimentos variados. ¨

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