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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Estados Unidos confirmam primeiro caso de ebola diagnosticado no país

Paciente seria um homem do Texas que teria sido infectado na Libéria

O governo americano afirmou na tarde desta terça-feira que foi confirmado o primeiro caso de ebola diagnosticado nos Estados Unidos.

O paciente seria um homem do Texas infectado na Libéria, que teria apresentado os sintomas já em território americano.

Mais de 3 mil pessoas já morreram ao contraírem o vírus do ebola no oeste da África, segundo as últimas estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Alguns médicos e outros profissionais da saúde americanos foram infectados na região e se recuperaram após serem transferidos para os Estados Unidos para tratamento.

A confirmação do diagnóstico anunciado nesta terça foi feita pelo Centro de Controle de Doenças (CDC), órgão do governo americano ligado ao Ministério da Saúde.

Os números indicam que mais 6,5 mil pessoas podem estar infectadas nos três países mais afetados da região: Libéria, Guiné e Serra Leoa.

O surto é considerado uma "ameaça à segurança global" pela ONU. Alguns estudos avaliam que o vírus pode contagiar mais de 20 mil pessoas até novembro.

Conheça a Ello, nova rede social que quer destronar o Facebook

Foto: Repdoução
Ello promete fim dos anúncios em redes sociais, mas poderá cobrar por funções

"Simples, charmosa e sem publicidade". Assim a nova rede social Ello se define e desperta furor na internet.

Quem quiser participar precisa entrar em contato com a empresa por email e esperar uma resposta com o convite para criar sua conta.

O interesse tem sido tão grande que, em dado momento, o site recebeu 31 mil pedidos por hora, segundo seus fundadores, e chegou a sair do ar.

Atualmente, se você enviar um email à Ello, poderá receber uma mensagem de desculpas:

"A Ello é muito popular no momento e estamos recebendo muitos emails. Somos humanos e estamos trabalhando para responder o mais rápido possível".

Tamanha demanda fez com que alguns códigos que dão acessos a convites para a rede social fossem vendidos em sites de leilão na internet por centenas de dólares.

No entanto, mesmo diante deste sucesso, analistas questionam o futuro da rede social, já que outros sites do gênero que fizeram sucesso não cobravam pelo uso, enquanto que a Ello vende certas funções por "alguns dólares".
'Anti-Facebook'Paul Bundnitz, criador da Ello, é dono de uma loja de bicicletas em Vermont

O site foi inicialmente pensado para ser uma rede de 90 amigos do fundador Paul Budnitz, dono de uma loja de bicicletas no estado de Vermont, no nordeste dos Estados Unidos.

Mas Budnitz resolveu abrir o site para mais gente no dia 7 de agosto.

Muitos chamam a Ello de "anti-Facebook", já que a plataforma promete uma vida sem publicidade e sem venda de dados dos usuários para outras empresas.

Budnitz afirma estar lisongeado com isso, mas discorda: "Não consideramos o Facebook um competidor. Eles são uma plataforma e, nós, uma rede".

Ele afirma que a ideia é fazer dinheiro por meio da cobrança de algumas funções do site - e não com anúncios e informações dos usuários, como faz o Facebook.

No entanto, especialistas afirmam que a empresa pode ter problemas com esta ideia de micropagamentos e que o design minimalista, não muito amigável à primeira vista, pode gerar resistência em potenciais novos usuários.

"Outras mídias sociais, como Whatsapp, Instagram ou Pinterest, fazem sucesso por que não exigem pagamentos", alerta James McQuivey, analista de tecnologia da consultoria Forrester.

"Você não vai convidar um amigo para fazer parte de uma rede social na qual ele precisa pagar para aceitar seu convite", complementa, lembrando que não necessariamente as pessoas têm uma visão negativa dos anúncios em redes sociais, como supõem os fundadores da Ello.
ManifestoEmpresa chegou a receber 31 mil pedidos de convites de adesão por hora

Em seu manifesto, os fundadores da Ello estabelecem diferenças claras entre o que propõem e o que entregam as redes sociais atuais.

"O dono da rede social da qual você faz parte são os anunciantes", diz o texto.

"Cremos que uma rede social pode ser uma ferramenta para dar poder às pessoas. Não uma ferramenta para enganar, coagir e manipular (...). Você não é um produto".

E, assim, colhem apoios, especilamente entre os que concordam com esta ideia de que usuários são o real produto em redes como Facebook, que vendem informações e não remuneram o usuário por isso.

Mas, enquanto a política de adesão ao site está restrita a convites, há dúvidas sobre como os usuários vão perceber as diferenças desta nova rede para as demais.

"A Ello promete que não haverá publicidade e que não tratará o usuário como produto. Em breve, veremos como será isso", pondera a escritora e produtora americana Rose Eveleth.

"Mas, enquanto for uma empresa em busca de lucro, ela ainda assim tratará os usuário como um produto de alguma forma, mas não da maneira como estamos acostumados a ver",

Dez preocupações sobre Hong Kong que tiram sono de líderes chineses

Manifestantes em Hong Kong
Manifestantes são contra medida que limita liberdade nas eleições de Hong Kong


Os protestos que tomaram as ruas de Hong Kong nos últimos cinco dias colocam dilemas para o governo central chinês, que deverá tomar decisões sobre as futuras eleições desta província nesta semana, a mesma em que se celebra o 65º aniversário da Revolução Comunista de 1º de outubro de 1949.

O que deve se passar pela cabeça do presidente chinês, Xi Jinping, diante destas manifestações?

Estudantes e partidários do movimento Occupy Central lideram uma nova onda de reivindicações contra uma medida que limita a liberdade de escolha na eleições do governo de Hong Kong, previstas para 2017.

Desde que a ex-colônia britânica foi devolvida à China, em 1997, ela goza de certos direitos, como autonomia administrativa, liberdade de expressão e eleições locais.

Mas os candidatos ainda precisam contar com a aprovação do Partido Comunista em Pequim.

A seguir, a BBC Brasil apresenta algumas preocupações que estão tirando o sono dos líderes chineses.

1. 'Esta situação foi causada por nós'

Pequim foi inflexível na manutenção das regras que determinam seu direito a indicar os candidatos nas eleições para governador da província de Hong Kong, apesar das advertências de que não deveria fazê-lo. Mas o presidente Xi Jinping deixou claro que prefere assumir o risco de reprimir manifestantes a arriscar o surgimento de um líder local legítimo.
2. 'Temos de vencer esta batalha'

Nos dois anos desde que chegou ao topo do Partido Comunista, Xi Jinping centralizou o poder, mas, por outro lado, algumas de suas bandeiras e sua campanha à presidência lhe renderam inimigos dentro da burocracia chinesa. Eles estão esperando pacientemente que Xi cometa um erro – como uma resposta equivocada à crise política com Hong Kong. Por isso, o presidente acredita que não pode se dar ao luxo de ceder aos manifestantes e sair derrotado da disputa.Para editora da BBC, reivindicações fornecem 'propósito' ao movimento estudantil
3. Mais uma vez, estudantes idealistas são nosso calcanhar de Aquiles

Para Pequim, o comportamento dos acadêmicos de meia idade que lideram o movimento Occupy Central é fácil de prever e de responder. O que assusta o Partido Comunista chinês são os estudantes universitários que engrossam os protestos pedindo uma mudança no sistema político, ameaçando manter as manifestações até que sejam ouvidos. As reivindicações por uma reforma eleitoral fornecem ao movimento estudantil um sentido de dever e um propósito, com uma urgência que se sobrepõe às preocupações mais banais com as aulas e as perspectivas de carreira.
4. 'A cauda não pode derrubar o dragão'

Enquanto os protestos crescem em Hong Kong, a China procura bloquear as informações que chegam ao seu território continental. Pequim não quer que as ideias "revolucionárias" dos 7,2 milhões de habitantes de Hong Kong influenciem o 1,3 bilhão de chineses do outro lado do oceano. Na China continental, mensagens de cunho político contra o governo são reprimidas em minutos, mas em Hong Kong – que se beneficia da fórmula "um país, dois sistemas" – a autonomia e a liberdade de expressão permitem o direito à livre manifestação. O dilema de Pequim está entre reprimir duramente os manifestantes de Hong Kong e, assim, levar à mobilização de mais jovens ou jogar com sutileza e correr o risco de dar espaço para o surgimento de novas lideranças democráticas.
5. 'Onde está a senha para decifrar as aspirações dos manifestantes?'

Para o governo chinês, a escolha entre um dos dois caminhos – enfrentamento ou encantamento – é difícil. Para os jovens, porém, ela é simples. O regime tentará de todas as formas convencer os residentes de Hong Kong a não engrossar os protestos nas ruas, retratando-os como uma ameaça à integridade e à segurança econômica. Porém, para alcançar isto, Pequim teria de abrandar a repressão aos protestos, dar espaço aos manifestantes e demonstrar sua "mão branda", o que não é fácil.
6. 'Qual é a capacidade de repressão da polícia de Hong Kong?'

A polícia de Hong Kong conta com 500 celas, o que é um problema para Pequim. Embora as manifestações tenham sido declaradas ilegais, e a polícia tenha autorização para prender quem estiver na rua protestando, é certo que todos os manifestantes não caberiam nas delegacias da ilha se fossem presos. O cansaço, o gás de pimenta e a ameaça de prisão podem ser suficientes para dissuadir os manifestantes, mas a adesão de novos participantes aos atos pode colocar em marcha um mecanismo de retroalimentação e fortalecer sua atitude desafiadora.Cansaço e repressão podem enfraquecer protestos, mas resposta de Pequim pode energizá-los
7. 'Como se atrevem a usar a máscara de Deng Xiaoping?'

Os manifestantes reclamam o legado do patriarca chinês, peça-chave nas negociações com o Reino Unido que resultaram na devolução de Hong Kong para a China em 1997. Mas o líder morreu antes disso. A escolha de Deng Xiaoping como ícone dos protestos é no mínimo curiosa: foi ele quem ordenou uma repressão que entrou na história, o massacre na Praça da Paz Celestial em Pequim em 1989. Por outro lado, foi ele também quem instituiu a fórmula de "um país, dois sistemas", que garante mais liberdades a Hong Kong. Segundo os estudantes, Xiaoping achava que a China se tornaria uma sociedade mais liberal, com uma brecha ideológica menor. Porém, o país caminhou no sentido oposto, o do fortalecimento do partido único no controle do país.
8. 'A culpa é dos estrangeiros'

Representantes do governo chinês afirmaram nos últimos dias que os democratas de Hong Kong estão sendo insuflados por estrangeiros que querem prejudicar a estabilidade e a prosperidade da ilha e, por consequência, da China continental. Um dos jornais favoráveis ao governo divulgou, por exemplo, que o líder estudantil Joshua Wong tem vínculos com os Estados Unidos. Porém, essas acusações são frágeis em substância, e a maior ameaça externa não parece estar em indivíduos estrangeiros – e sim nas ideias que vêm do exterior.
9. 'Não chegamos até aqui recuando'

Sabe-se que o presidente chinês atribuiu em algumas ocasiões a queda da União Soviética à falta de pulso dos seus líderes. Depois que chegou ao poder, Xi Jinping criou a ideia de que ele é um novo patriarca, um líder forte e intransigente que pode fazer jus às preocupações chinesas.Protestos são dilema para presidente chinês, Xi Jinping
10. 'Este será um aniverário peculiar da Revolução Chinesa'

Na preparação para o 65º aniversário da Revolução de 1949, no dia 1º de outubro, um novo quadro de Mao Tse Tung foi erguido na praça Tiannamen, na capital chinesa. Quando Mao conclamou as massas a se levantarem, foi ovacionado pelas multidões. Agora, Xi Jinping lidera um país distinto: mais rico e poderoso. Precisa redefinir o "sonho chinês" para inspirar os habitantes tanto da China continental quanto de Hong Kong.

Mãe de brasileiro jihadista perde controle e é retirada de tribunal

Associated Press

Rosana Rodrigues chora do lado de fora do tribunal que julga Brian de Mulder à revelia
A brasileira Rosana Rodrigues, mãe do combatente belga Brian de Mulder, que desde janeiro de 2013 luta na Síria junto ao grupo autodenominado Estado Islâmico, acusou o líder da organização islamista Sharia4Belgium de ter destruído a vida de sua família ao final do primeiro dia do julgamento do grupo por recrutamento de combatentes estrangeiros, na segunda-feira.
"Você arruinou nossas vidas", gritou Rosana, muito alterada, em direção a Fouad Belkacem, antes de ser retirada da sala de audiência pela polícia.
"Tudo o que desejo para o senhor Belkacem é que ele vá para o inferno. Se acontecer alguma coisa com Brian, vou perseguir ele (Belkacem) até a morte", disse à imprensa do lado de fora do Palácio de Justiça da Antuérpia, onde acontece o julgamento.
O homem não compareceu ao tribunal na terça-feira, segundo dia do julgamento.
As audiências serão reiniciadas no dia 8 de outubro com as argumentações de defesa. As sentenças serão pronunciadas no mesmo dia.
'Pai espiritual'
Rosana com foto de Brian (BBC)
Filho de Rosana se uniu a grupo terrorista
Belkacem, 32 anos, de nacionalidade belgo-marroquina, é o principal acusado no que está sendo chamado de "o megaprocesso do jihad" e pode ser condenado a até 15 anos de prisão.
A lista de acusados inclui 46 nomes, entre eles De Mulder, para quem o Ministério Público pede cinco anos de prisão por participação em atividades de uma organização terrorista e por publicar ameaças de ataques terroristas à Bélgica, ao ministro da Defesa, Pieter De Crem, e ao líder político holandês Geert Wilders.
A maioria dos acusados, como De Mulder, está sendo julgada em sua ausência, já que continuam na Síria ou faleceram.
Em entrevista à BBC Brasil, Rosana disse acreditar que o filho será inocentado e afirmou que "não há nenhuma prova contra ele".
Para o Ministério Público, Belkacem era o "líder incontestável" da Sharia4Belgium e o responsável pelo recrutamento e doutrinamento religioso e ideológico de novos membros, os conduzindo à jihad na Síria.
Esse papel foi confirmado por alguns dos acusados presentes no processo, jovens que estiveram na Síria combatendo junto ao Estado Islâmico ou à Frente Al Nusra, uma facção da Al Qaeda.
Jejoen Bontinck, 19 anos, que voltou à Bélgica no ano passado, depois de oito meses lutando ao lado dos extremistas na Síria, assegurou ao tribunal que a influência de Belkacem foi decisiva para ele ir à guerra.
"Ela era meu pai espiritual. Suas lições agiam como uma seringa. Estava completamente absorvido pela organização e suas idéias. Nunca teria partido à Síria sem isso", disse.
Uma testemunha que pediu anonimato, pai de três jovens que também se uniram ao combate ao lado dos extremistas, afirmou que seus filhos sofreram uma "lavagem cerebral" por parte da Sharia4Belgium.

Recrutamento

Reuters
Jejoen Bontinck, membro do Sharia4Belgium e um dos acusados, chega ao tribunal na Antuérpia
A organização, que prega a instauração da lei islâmica na Bélgica, foi fundada em 2010 por Belkacem e dissolvida oficialmente dois anos mais tarde por pressão da Polícia, mas mantém até hoje atividades na internet.
As autoridades locais a consideram como principal fileira de recrutamento de combatentes belgas para a Síria.
Segundo o Ministério Público, as atividades do grupo consistem na difusão de ideologia através de Internet e redes sociais, recrutamento e doutrinamento de jovens e treinamentos físicos para cometer ações violentas e participar da luta armada na Síria.
Seus membros eram convocados a cinco "sessões ideológicas ou físicas" por semana, e quem faltasse era submetido a sanções, que não foram especificadas.
Em entrevista concedida à BBC Brasil em julho de 2013, Rosana Rodrigues contou que mudou de cidade para tentar impedir o filho de frequentar essas reuniões, mas outros membros da Sharia4Belgium iam buscá-lo em casa.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

10 perguntas para entender o conflito entre israelenses e palestinos

Tanque israelense próximo à fronteira da Faixa de Gaza (foto: Epa)
Um mês após o início da guerra na Faixa de Gaza, israelenses e palestinos vivem período de trégua
Israel anunciou a retomada dos ataques aéreos a Gaza, após militantes palestinos terem disparados foguetes contra o território israelense após o final de um período de 72 horas de cessar-fogo, encerrado na manhã desta sexta-feira.
O Exército israelense classificou os ataques como "inaceitáveis, intoleráveis e míopes". O grupo militante palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, havia rejeitado a extensão do cessar-fogo, alegando que Israel não atendeu suas demandas.
O atual conflito na Faixa de Gaza já dura um mês, sem perspectivas de um acordo de longo prazo que coloque fim à violência que já matou mais de 1.900 pessoas, a maioria civis.
As cicatrizes do confronto são visíveis, principalmente na Faixa de Gaza. De acordo com a ONU, cerca de 373 mil crianças irão necessitar de apoio psicossocial. Aproximadamente 485 mil pessoas foram deslocadas para abrigos de emergência ou casas de outras famílias palestinas.
Além disso, 1,5 milhão de pessoas que não vivem em abrigos estão sem acesso a água potável.
Mas para compreender o conflito israelense-palestino é preciso olhar além dos números.
A BBC responde a dez perguntas básicas para entender por que esse antigo conflito entre israelenses e palestinos é tão complexo e polarizado.

1. Como o conflito começou?

O movimento sionista, que procurava criar um Estado para os judeus, ganhou força no início do século 20, incentivado pelo antissemitismo sofrido por judeus na Europa.
A região da Palestina, entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo, considerada sagrada para muçulmanos, judeus e católicos, pertencia ao Império Otomano naquele tempo e era ocupada, principalmente, por muçulmanos e outras comunidades árabes. Mas uma forte imigração judaica, alimentada por aspirações sionistas, começou a gerar resistência entre as comunidades locais.
Após a desintegração do Império Otomano na Primeira Guerra Mundial, o Reino Unido recebeu um mandato da Liga das Nações para administrar o território da Palestina.
Mas, antes e durante a guerra, os britânicos fizeram várias promessas para os árabes e os judeus que não se cumpririam, entre outras razões, porque eles já tinham dividido o Oriente Médio com a França. Isso provocou um clima de tensão entre árabes e nacionalistas sionistas que acabou em confrontos entre grupos paramilitares judeus e árabes.
Após a Segunda Guerra Mundial e depois do Holocausto, aumentou a pressão pelo estabelecimento de um Estado judeu. O plano original previa a partilha do território controlado pelos britânicos entre judeus e palestinos.
Após a fundação de Israel, em 14 de maio de 1948, a tensão deixou de ser local para se tornar questão regional. No dia seguinte, Egito, Jordânia, Síria e Iraque invadiram o território. Foi a primeira guerra árabe-israelense, também conhecida pelos judeus como a guerra de independência ou de libertação. Depois da guerra, o território originalmente planejado pela Organização das Nações Unidas para um Estado árabe foi reduzido pela metade.
Para os palestinos, começava ali a nakba, palavra em árabe para "destruição" ou "catástrofe": 750 mil palestinos fugiram para países vizinhos ou foram expulsos pelas tropas israelenses.
Mas 1948 não seria o último ano de confronto entre os dois povos. Em 1956, Israel enfrentou o Egito em uma crise motivada pelo Canal de Suez, mas o conflito foi definido fora do campo de batalha, com a confirmação pela ONU da soberania do Egito sobre o canal, após forte pressão internacional sobre Israel, França e Grã-Bretanha.
Em 1967, veio a batalha que mudaria definitivamente o cenário na região - a Guerra dos Seis Dias. Foi uma vitória esmagadora para Israel contra uma coalizão árabe. Após o conflito, Israel ocupou a Faixa de Gaza e a Península do Sinai, do Egito; a Cisjordânia (incluindo Jerusalém Oriental) da Jordânia; e as Colinas de Golã, da Síria. Meio milhão de palestinos fugiram.
Israel e seus vizinhos voltaram a se enfrentar em 1973. A Guerra do Yom Kippur colocou Egito e Síria contra Israel numa tentativa dos árabes de recuperar os territórios ocupados em 1967.
Em 1979, o Egito se tornou o primeiro país árabe a chegar à paz com Israel, que desocupou a Península do Sinai. A Jordânia chegaria a um acordo de paz em 1994.
2. Por que Israel foi fundado no Oriente Médio?
A religião judaica diz que a área em que Israel foi fundado é a terra prometida por Deus ao primeiro patriarca, Abraão, e seus descendentes.
A região foi invadida pelos antigos assírios, babilônios, persas, macedônios e romanos. Roma foi o império que nomeou a região como Palestina e, sete décadas depois de Cristo, expulsou os judeus de suas terras depois de lutar contra os movimentos nacionalistas que buscavam independência.
Com o surgimento do Islã, no século 7 d.C., a Palestina foi ocupada pelos árabes e depois conquistada pelas cruzadas europeias. Em 1516, estabeleceu-se o domínio turco, que durou até a Primeira Guerra Mundial, quando o mandato britânico foi imposto.
A Comissão Especial das Nações Unidas para a Palestina disse em seu relatório à Assembleia Geral em 3 de setembro de 1947 que as razões para estabelecer um Estado judeu no Oriente Médio eram baseados em "argumentos com base em fontes bíblicas e históricas", na Declaração de Balfour de 1917 - em que o governo britânico se pôs favorável a um "lar nacional" para os judeus na Palestina - e no mandato britânico na Palestina.
Reconheceu-se a ligação histórica do povo judeu com a Palestina e as bases para a constituição de um Estado judeu na região.
Após o Holocausto nazista contra milhões de judeus na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, cresceu a pressão internacional para o reconhecimento de um Estado judeu.
Sem conseguir resolver a polarização entre o nacionalismo árabe e o sionismo, o governo britânico levou a questão à ONU.
Em 29 de novembro de 1947, a Assembleia Geral aprovou um plano de partilha da Palestina, que recomendou a criação de um Estado árabe independente e um Estado judeu e um regime especial para Jerusalém.
O plano foi aceito pelos israelenses mas não pelos árabes, que o viam como uma perda de seu território. Por isso, nunca foi implementado.
Um dia antes do fim do mandato britânico da Palestina, em 14 de maio de 1948, a Agência Judaica para Israel, representante dos judeus durante o mandato, declarou a independência do Estado de Israel.
No dia seguinte, Israel solicitou a adesão à ONU, condição que alcançou um ano depois. Hoje, 83% dos membros da ONU reconhecem Israel (160 de 192).
3. Por que há dois territórios palestinos?
Relatório da Comissão Especial das Nações Unidas para a Palestina à Assembleia Geral, em 1947, recomendou que o Estado árabe incluiria a área oeste da região da Galileia, a região montanhosa de Samaria e Judeia com a exclusão da cidade de Jerusalém e a planície costeira de Isdud até a fronteira com o Egito.
Mas a divisão do território foi definida pela linha de armistício de 1949, estabelecida após a primeira guerra árabe-israelense.
Os dois territórios palestinos são a Cisjordânia (incluindo Jerusalém Oriental) e a Faixa de Gaza. A distância entre eles é de cerca de 45 km de distância. A área é de 5.970 km2 e 365 km2, respectivamente.
Originalmente ocupada por Israel, que ainda mantém o controle de sua fronteira, Gaza foi ocupada pelo Exército israelense na guerra de 1967 e foi desocupada apenas em 2005. O país, no entanto, mantém um bloqueio por ar, mar e terra que restringe a circulação de mercadorias, serviços e pessoas.
Gaza é atualmente controlada pelo Hamas, o principal grupo islâmico palestino que nunca reconheceu os acordos assinados entre Israel e outras facções palestinas.
A Cisjordânia é governada pela Autoridade Nacional Palestina, governo palestino reconhecido internacionalmente, cujo principal grupo, o Fatah, é laico.

4. Israelenses e palestinos nunca se aproximaram da paz?

Após a criação do Estado de Israel e o deslocamento de milhares de pessoas que perderam suas casas, o movimento nacionalista palestino começou a se reagrupar na Cisjordânia e em Gaza, controlados pela Jordânia e Egito, respectivamente, e nos campos de refugiados criados em outros países árabes.
Pouco antes da guerra de 1967, organizações palestinas como o Fatah, liderado por Yasser Arafat, formaram a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e lançaram operações contra Israel, primeiro a partir da Jordânia e, depois, do Líbano. Os ataques também incluíram alvos israelenses em solo europeu.
Em 1987, teve-se início o primeiro levante palestino contra a ocupação israelense. A violência se arrastou por anos e deixou centenas de mortos. Um dos efeitos da intifada foi a assinatura, entre a OLP e Israel em 1993, dos acordos de paz de Oslo, nos quais a organização palestina renunciou à "violência e ao terrorismo" e reconheceu o "direito" de Israel "de existir em paz e segurança", um reconhecimento que o Hamas nunca aceitou.
Após os acordos assinados em Oslo, foi criada a Autoridade Nacional Palestina, que representa os palestinos nos fóruns internacionais. O presidente é eleito por voto direto. Ele, por sua vez, escolhe um primeiro-ministro e os membros de seu gabinete. Suas autoridades civis e de segurança controlam áreas urbanas (zona A, segundo Oslo). Somente representantes civis - e não militares - governam áreas rurais (área B).
Jerusalém Oriental, considerada a capital histórica de palestinos, não está incluída neste acordo e é uma das questões mais polêmicas entre as partes.
Mas, em 2000, a violência voltou a se intensificar na região, e teve início a segunda intifada palestina. Desde então, israelenses e palestinos vivem num estado de tensão e conflito permanentes.

5. Quais são os principais pontos de conflito?

Bill Clinton (à esq.) e Yasser Arafat (à. dir) Foto: AP
A demora na criação de um Estado palestino independente, a construção de assentamentos israelenses na Cisjordânia e a barreira construída por Israel - condenada pelo Tribunal Internacional de Haia - complicam o andamento de um processo paz.
Mas estes não são os únicos obstáculos, como ficou claro no fracasso das últimas negociações de paz sérias, em Camp David, nos Estados Unidos, em 2000, quando o então presidente Bill Clinton não conseguiu chegar a um acordo entre Arafat e o primeiro-ministro de Israel, Ehud Barak.
As diferenças que parecem irreconciliáveis são:
Jerusalém: Israel reivindica soberania sobre a cidade inteira (sagrada para judeus, muçulmanos e cristãos) e afirma que a cidade é sua capital “eterna e indivisivel”, após ocupar Jerusalém Oriental em 1967. A reivindicação não é reconhecida internacionalmente. Os palestinos querem Jerusalém Oriental como sua capital.
Fronteiras: os palestinos exigem que seu futuro Estado seja delimitado pelas fronteiras anteriores a 4 de junho de 1967, antes do início da Guerra dos Seis Dias, o que incluiria Jerusalém Oriental, o que Israel rejeita.
Assentamentos: ilegais sob a lei internacional, construídos pelo governo israelense nos territórios ocupados após a guerra de 1967. Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental há mais de meio milhão de colonos judeus.
Refugiados palestinos: os palestinos dizem que os refugiados (10,6 milhões, de acordo com a OLP, dos quais cerca de metade são registrados na ONU) têm o direito de voltar ao que é hoje Israel. Mas, para Israel, permitir o retorno destruiria sua identidade como um Estado judeu.

6. A Palestina é um país?

A ONU reconheceu a Palestina como um "Estado observador não membro" no final de 2012, deixando de ser apenas uma "entidade” observadora.
A mudança permitiu aos palestinos participar de debates da Assembleia Geral e melhorar as chances de filiação a agências da ONU e outros organismos.
Mas o voto não criou um Estado palestino. Um ano antes, os palestinos tentaram, mas não conseguiram, apoio suficiente no Conselho de Segurança.
Quase 70% dos membros da Assembleia Geral da ONU (134 de 192) reconhecem a Palestina como um Estado.

7. Por que os EUA são o principal parceiro de Israel? Quem apoia os palestinos?

A existência de um importante e poderoso lobby pró-Israel nos Estados Unidos e o fato da opinião pública ser frequentemente favorável a Israel faz ser praticamente impossível a um presidente americano retirar apoio a Israel.
De acordo com uma pesquisa encomendada pela BBC no ano passado em 22 países, os EUA foram o único país ocidental com opinião favorável a Israel, e o único país na pesquisa com uma maioria de avaliações positivas (51%).
Além disso, ambos os países são aliados militares: Israel é um dos maiores receptores de ajuda americana, grande parte destinada a subsídios para a compra de armas.
Palestinos não têm apoio aberto de nenhuma potência.
Na região, o Egito deixou de apoiar o Hamas, após a deposição pelo Exército do presidente islamita Mohamed Morsi, da Irmandade Muçulmana - historicamente associada ao Hamas. Hoje em dia o Catar é o principal país que apoia o Hamas.

8. Por que estão se enfrentando agora?

Após o colapso das negociações de paz patrocinadas pelos Estados Unidos e o anúncio, no início de junho, de um governo de união nacional entre as facções palestinas Fatah e Hamas, considerado inaceitável por Israel, iniciou-se uma nova onda de violência.
No dia 12 de junho, três jovens israelenses foram sequestrados na Cisjordânia e, dias depois, encontrados mortos. Israel culpou o Hamas e prendeu centenas de membros do grupo.
Israel reconheceu posteriormente que não poderia garantir se os responsáveis teriam sido o Hamas ou um grupo independente.
Após as prisões, o Hamas disparou foguetes contra território israelense. Israel lançou ataques aéreos em Gaza.
Em 2 de julho, um dia após o funeral dos jovens israelenses, um palestino de 16 anos foi sequestrado em Jerusalém Oriental e assassinado. Três israelenses foram acusados de queimá-lo vivo e, em Gaza, houve um aumento do disparo de foguetes contra Israel.
No dia 8 de julho, o Exército de Israel lançou uma operação contra militantes do Hamas na Faixa de Gaza.

9. Como israelenses e palestinos justificam a violência?

A decisão de iniciar uma incursão terrestre em Gaza tem, segundo Israel, um objetivo: desarmar os militantes palestinos e destruir os túneis construídos pelo Hamas e outros grupos a fim de se infiltrar em Israel para realizar ataques.
Israel quer o fim do lançamento de foguetes do Hamas contra território israelense. A maioria dos foguetes não tem nenhum impacto, já que o país conta com um sistema antimísseis avançado, o Domo de Ferro.
Israel diz ter o direito de defender-se e acusa o Hamas de usar escudos humanos e realizar ataques a partir de áreas civis em Gaza. O grupo palestino nega.
O Hamas diz que lança foguetes contra Israel em legítima defesa, em retaliação à morte de partidários do grupo por Israel e dentro de seu direito de resistir à ocupação e ao bloqueio.

10. O que falta para que haja uma oportunidade de paz duradoura?

Tropas israelenses (foto: AP)
Israelenses teriam de aceitar a criação de um Estado soberano para os palestinos, o fim do bloqueio à Faixa de Gaza e o término das restrições à circulação de pessoas e mercadorias nas tres áreas que formariam o Estado palestino: Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Faixa de Gaza.
Grupos palestinos deveriam renunciar à violência e reconhecer o Estado de Israel.
Além disso, eles teriam que chegar a acordos razoáveis sobre fronteiras, assentamentos e o retorno de refugiados.
No entanto, desde 1948, ano da criação do Estado de Israel, muitas coisas mudaram, especialmente a configuração dos territórios disputados após as guerras entre árabes e israelenses.
Para Israel, estes são fatos consumados, mas os palestinos insistem que as fronteiras a serem negociadas devem ser aquelas existentes antes da guerra de 1967.
Além disso, enquanto no campo militar as coisas estão cada vez mais incontroláveis na Faixa de Gaza, há uma espécie de guerra silenciosa na Cisjordânia, com a construção de assentamentos israelenses, o que reduz, de fato, o território palestino nestas áreas.
Mas talvez a questão mais complicada pelo seu simbolismo seja Jerusalém, a capital tanto para palestinos e israelenses.
Tanto a Autoridade Palestina, que governa a Cisjordânia, quanto o grupo Hamas, em Gaza, reinvindicam a parte oriental como a capital de um futuro Estado palestino, apesar de Israel tê-la ocupado em 1967.
Um pacto definitivo nunca será possível sem resolver este ponto.
Fonte. BBC

Brasileiro e mais 45 pessoas são jugado na Bélgica, por se juntar à jihad na Síria

Reuters
Jejoen Bontinck, membro do Sharia 4 Belgium e um dos acusados, chega a tribunal na Antuérpia
A Justiça da Bélgica abre nesta segunda-feira o primeiro julgamento de um grupo acusado de doutrinar jovens e recruta-los para participar da guerra na Síria.
A lista de acusados no que está sendo chamado de "o megaprocesso do jihad" inclui 46 nomes, entre eles Brian de Mulder, o jovem belga de origem brasileira que desde janeiro de 2013 engrossa as filas do autodenominado "Estado Islâmico" na Síria.
No entanto, só oito dos acusados estão presentes. Os demais continuam na Síria ou faleceram.
"Este é o maior processo por terrorismo já realizado na Bélgica", disse Veerle De Vries, porta-voz da polícia de Antuérpia, segunda maior cidade do país, onde acontece o julgamento.
O ponto comum entre os acusados é a organização extremista Sharia4Belgium, que prega a instauração da lei islâmica no país europeu e é considerada pelas autoridades locais como principal fileira de recrutamento de combatentes belgas para a Síria.
Foi depois de começar a freqüentar as reuniões do grupo, em 2010, que De Mulder se converteu ao islã e se radicalizou rapidamente, afirmou sua mãe, Rosana Rodrigues, em entrevista concedida à BBC Brasil em julho de 2013.

Doutrinamento

Foto: BBC
A mãe Rosana com foto do filho Brian de Mulder, acusado no processo
As autoridades belgas começaram a investigar a implicação de Sharia4Belgium no conflito sírio em fevereiro de 2012, após alertas de pais sobre diversos jovens que deixaram o país para se envolver no combate.
Desde então, o número de belgas que integram grupos extremistas como a Frente Al Nusra ou o autodenominado "Estado Islâmico na Síria ou no Iraque" passou de 80 para 400. O número de europeus no conflito chegou a 3 mil, contra apenas 500 há um ano, segundo a União Europeia.
As autoridades da Antuérpia acreditam possuir elementos suficientes para classificar o Sharia4Belgium como grupo terrorista e condenar seus membros por diversos crimes.
Jejoen Bontinck, 19 anos, presente no processo, é uma peça central da acusação. Ele voltou à Bélgica no ano passado, depois de oito meses lutando ao lado dos extremistas na Síria.
Detido e interrogado pela polícia federal belga, o jovem se apresentou como vítima da organização, afirmou que foi sequestrado por seus antigos companheiros de luta quando decidiu abandonar o conflito sírio e forneceu várias informações sobre o recrutamento e encaminhamento de estrangeiros às fileiras jihadistas.
Jejoen Bontinck (Arquivo pessoal)
Jejoen Bontinck, um dos 46 acusados, foi peça-chave para investigações sobre o grupo
O principal acusado é Fouad Belkacem, 32 anos, líder e antigo porta-voz da organização, detido em Bruxelas desde abril de 2013 por incitação ao ódio.
Ele e outros 15 podem ser condenados a até 15 anos de prisão e perder a cidadania belga por comandar um grupo terrorista responsável por recrutar jovens e submetê-los a um "doutrinamento religioso e ideológico".
Os demais, entre eles Bontinck e De Mulder, são acusados de participar de atividades de uma organização terrorista e estão sujeitos a penas de até 5 anos de prisão.
De Mulder também é acusado de publicar ameaças de ataques terroristas à Bélgica, ao ministro da Defesa, Pieter De Crem, e ao líder político holandês Geert Wilders.
O processo, previsto para durar dois dias, acontece sob forte segurança.
As autoridades belgas estão efetuando controles de identidades e recomendaram aos cidadãos evitar circular pela região do Palácio de Justiça de Antuérpia.

domingo, 28 de setembro de 2014

Quem sabe Deus usará uma seringueira, pobre, mulher, mãe, evangélica para mudar a história do nosso país.


Seus pais eram analfabetos, não conseguiam sequer falar o nome que deram aquela menina! Nascida em prole de nove outras crianças em um casebre no meio da floresta!
O estado onde nascera, era dos mais pobres em relação aos demais, falavam quase um dialeto, absolutamente diferente do restante do país .
Seus pais, cansados da exploração que lhes impunham os donos da terras onde viviam, resolveram aventurar-se na cidade, abriram um bar, não deu certo . Depois de cinco meses, não tendo como sobreviver na cidade voltaram para a floresta, a situação ficou pior .
Sua família, ficou devendo para o patrão que havia pago as passagens para eles voltarem para a floresta. A menina, agora com dez anos apesar da fragilidade, começou a trabalhar na floresta, para ajudar a família pagar a dívida .
Uma mulher com uma origem destas querendo governar? É um absurdo. Não é recomendável !
Ao 14 anos a mãe faleceu. Fragilizada pelo trabalho duro na floresta, contraiu hepatite e duas das suas irmãs também adoeceram e faleceram! Ela também, quase chegou a morte, contraiu malária, leishmaniose e foi contaminada com mercúrio!
Uma mulher que passou por tantas doenças querendo governar? É um absurdo. Não é recomendável!
Dois anos depois que perdera a mãe, deixaram Bagaço, o lugar onde moravam para ir para a cidade, queria ser religiosa. Na cidade, mudou os planos, tornou se estudante universitária e dez anos depois formou-se em curso superior. Poderá sair alguma coisa boa de Bagaço?
Uma mulher que tem tanta garra para superar dificuldades querendo governar? É um absurdo. Não é recomendável!
Casou-se e teve dois filhos. O casamento terminou um ano depois que que havia se formado. Casou-se novamente, teve dois outros filhos.
Uma mulher que casou-se duas vezes querendo governar? É um absurdo. Não é recomendável!
Tornou-se politica, foi eleita e derrotada algumas vezes! Tornou-se ministra, perdeu e ganhou projetos que protegiam a área ambiental!
Uma mulher que foi eleita vereadora, deputada estadual, senadora por duas vezes consecutivas, ministra, querendo governar? É um absurdo. Não é recomendável!
Tornou-se evangélica quando era senadora. Desde então dedica-se ao trabalho político e também a servir na Igreja onde congrega com sua família. Uma mulher evangélica querendo governar? É um absurdo. Não é recomendável!
Você certamente já sabe de quem eu estou falando. Parece que um certo temor que uma mulher de origem humilde, mãe, frágil do ponto de vista da saúde, evangélica, venha a ser a presidente do Brasil.
Na Palavra de Deus há inúmeras histórias de mulheres parecidas com a história desta mulher descrita acima. Parece que Deus gosta de absurdos para mudar a história dos povos.
Debora, dona de casa, estrategista, guerreira temente a Deus mudou a história do seu povo. Ester, órfã, adotada por parentes, pobre, escrava tornou-se a rainha mais importante do povo judaico! Maria, virgem, jovenzinha, pobre, inexperiente, sem destaque social... Deus a escolheu para através dela fazer nascer Jesus e mudar a história da humanidade.
Quem sabe Deus usará uma seringueira, pobre, mulher, mãe, evangélica para mudar a história do nosso país.
“Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são.” (1Co 1.28)
Naamã Mendes é mineiro. Pastor da IPI do Brasil há 35 anos. Foi pastor da Christ  The King Presbyterian Church em Cambridge, Massachusetts (EUA), durante os últimos 11 anos. Professor na UNICESUMAR na área de ACONSELHAMENTO, onde está se doutorando nos EUA.

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