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Curso Teologico

segunda-feira, 30 de junho de 2014

3 Perguntas Sobre o Fim dos Tempos


"Tendo Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos para lhe mostrar as construções do templo. Ele, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada. No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estais coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século. E ele lhes respondeu: Vede que ninguém vos engane. Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos. E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isto é o princípio das dores. Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros; levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos. Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo. E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim. Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda), então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes; quem estiver sobre o eirado não desça a tirar de casa alguma coisa; e quem estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa. Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado; porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais. Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados. Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grande sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos. Vede que vo-lo tenho predito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto!, não saiais. Ou: Ei-lo no interior da casa!, não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem. Onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres" (Mt 24.1-28).
Sobre os acontecimentos dos tempos finais, é recomendável ler também os versículos restantes de Mateus 24 e todo o capítulo 25. A respeito, vamos perguntar-nos:

1. A quem Jesus dirigiu, em primeiro lugar, as palavras de Mateus 24 e 25?

A parábola da figueira é uma representação simbólica da nação judaica.

A resposta é: basicamente aos judeus – e não à Igreja

  • Nessa ocasião a Igreja ainda era um mistério. Somente no Pentecoste ela foi incluída no agir de Deus e, posteriormente, revelada através de Paulo.
  • Portanto, o texto também não está falando do arrebatamento, quando Jesus virá para buscar Sua Igreja, mas trata da volta de Jesus em grande poder e glória para Seu povo Israel, após a Grande Tribulação (Mt 24.29-31). Jesus só falou do arrebatamento mais tarde, pouco antes do Getsêmani, como está registrado em João 14. Até então os discípulos, como judeus, só sabiam da era gloriosa do Messias que viria para Israel (por exemplo, Lucas 17.22-37).
  • Os discípulos a quem Jesus Se dirigiu em Mateus 24 e 25 evidentemente eram judeus. Em minha opinião, eles simbolizam o remanescente judeu fiel, que crerá no Messias no tempo da Grande Tribulação.
  • No sermão profético do Senhor Jesus no Monte das Oliveiras, Ele predisse como será a situação dos judeus no período imediatamente anterior à Sua volta.
  • Falsos profetas e falsos cristos, como são chamados em Mateus 24.5,23,26, representam um perigo para Israel. A Igreja enfrenta outros perigos, pois deve preocupar-se mais com falsos mestres, falsos apóstolos e falsos evangelistas e em discernir os espíritos (2 Co 11.13; 2 Pe 2.1; Gl 1.6-9). Filhos de Deus renascidos pelo Espírito Santo certamente não vão sucumbir às seduções de falsos cristos e cair nesses enganos.
  • O "abominável da desolação" (Mt 24.15) diz respeito claramente à terra judaica, ao templo judaico e aos sacrifícios judeus. Já o profeta Daniel falou a respeito. E Daniel não falava da Igreja, mas de "teu povo... e de tua santa cidade" (Dn 9.24).
  • A frase: "então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes" (Mt 24.16), é bem clara. Trata-se nitidamente da terra de Israel. Pois no Novo Testamento a Igreja de Jesus nunca é conclamada a fugir para os montes.
  • Igualmente o texto que fala do sábado diz respeito aos judeus, aos seus costumes e suas leis (v. 20).
  • Também a parábola da figueira (v. 32) é uma representação simbólica da nação judaica. Do mesmo modo, a expressão "esta geração" (v. 43) aplica-se a Israel.

2. A que época o Senhor se refere em Mateus 24?

A resposta à pergunta anterior nos conduz automaticamente ao tempo em que esses fatos acontecerão. Trata-se da época em que Deus começará a agir novamente com Seu povo Israel de maneira coletiva, levando o povo da Aliança ao seu destino final (v. 3), que é a vinda do seu Messias e o estabelecimento de Seu reino. O centro de todas as profecias de Mateus 24 e 25 é ocupado pelos sete anos que são os últimos da 70ª semana de Daniel (Dn 9.24-27). Devemos estar cientes de que esse período é a consumação do século, o encerramento de uma era, e não apenas o transcorrer de um tempo. O sinal do fim dos tempos é a última semana, a 70ª semana de Daniel.
Coisas espantosas e grandes sinais no céu anunciam a chegada do grande dia da ira do Senhor.
Todos os sinais que o Senhor Jesus predisse em Mateus 24, que conduzirão à Sua vinda visível (v. 30), têm seus paralelos no Apocalipse, nos capítulos de 6 a 19. Mas nessa ocasião a Igreja de Jesus já terá sido arrebatada, guardada da "hora da provação" (Ap 3.10).

Os últimos sete anos – divididos em três etapas (Mt 24.4-28)

1. Os versículos 4-8 descrevem, segundo meu entendimento, a primeira metade da 70ª semana de Daniel. O versículo 8 diz claramente: "porém tudo isto é o princípio das dores". As dores não dizem respeito a uma época qualquer, elas definem especificamente o tempo da Tribulação, comparado na Bíblia "às dores de parto de uma mulher grávida" (1 Ts 5.3; veja também Jr 30.5-7). O princípio das dores são os primeiros três anos e meio da 70ª semana. Assim como existem etapas iniciais e finais nas dores que antecedem um parto, também esses últimos 7 anos dividem-se em duas etapas de três anos e meio. Há um paralelismo e uma concordância quase literal entre Mateus 24.4-8 e Apocalipse 6, onde o Senhor abre os selos de juízo:
  • Falsos cristos (Mt 24.5) – primeiro selo: um falso cristo (Ap 6.1-2).
  • Guerras (Mt 24.6-7) – segundo selo: a paz será tirada da terra (Ap 6.3-4).
  • Fomes (Mt 24.7) – terceiro selo: um cavaleiro montado em um cavalo preto com uma balança em suas mãos (Ap 6.5-6).
  • Terremotos (Mt 24.7), epidemias (Lc 21.11) – quarto selo: um cavaleiro montado em um cavalo amarelo, chamado "Morte" (Ap 6.7-8).
2. Nos versículos 9-28 temos a descrição da Grande Tribulação, ou seja, a segunda metade (três anos e meio) da 70ª semana de Daniel.
  • Nesse tempo muitos morrerão como mártires (Mt 24.9) – quinto selo (Ap 6.9-11).
  • Coisas espantosas e grandes sinais no céu anunciam a chegada do grande dia da ira do Senhor (Lc 21.11) – sexto selo (Ap 6.12-17).
  • Em Israel, muitos trairão uns aos outros (Mt 24.10, veja também Mt 10.21).
  • O engano e a impiedade se alastrarão, o amor esfriará, significando que muitos apostatarão de sua fé (Mt 24.11-12, veja 2 Ts 2.10-11). Quem perseverar até o fim verá a volta do Senhor e entrará no Milênio (Mt 24.13).
  • O Evangelho do Reino será pregado por todo o mundo (v. 14). Ele não deve ser confundido com o Evangelho da graça, anunciado atualmente. O Evangelho do Reino é a mensagem que será transmitida no tempo da Tribulação pelo remanescente e pelos 144.000 selados do povo de Israel, chamando a atenção para a volta de Jesus, que então virá para estabelecer Seu Reino (compare Apocalipse 7 com Mateus 10.16-23).
3. Mateus 24.15 refere-se à metade da 70ª semana de Daniel, o começo dos últimos três anos e meio de tribulação.
A "abominação desoladora" não teve seu cumprimento na destruição do templo em 70 d.C., pois refere-se à afirmação de Daniel, que aponta claramente para o fim dos tempos (Dn 12.1,4,7,9,11).
  • A profecia da "abominação desoladora" de Daniel teve um pré-cumprimento aproximadamente em 150 a.C., na pessoa de Antíoco Epifânio. Daniel 11.31 fala a respeito.
  • A "abominação desoladora" cumpriu-se parcialmente em 70 d.C. através dos romanos, que destruíram o templo.
  • Mas "abominável da desolação" de que Jesus fala em Mateus 24.15 será estabelecido apenas pelo anticristo, vindo a ter seu cumprimento pleno e definitivo na metade dos últimos sete anos (como profetizado em Daniel 12). Essa profecia de Daniel é claramente para o tempo do fim (vv. 4,9), referindo-se a um tempo de tão grande angústia como jamais houve antes (v. 1), que durará "um tempo, dois tempos e metade de um tempo". É dessa Grande Tribulação, desse período de imenso sofrimento e angústia, que Jesus fala em Mateus 24.21 (veja Jr 30.7).
Nos versículos a seguir, de 16 a 28, o Senhor Jesus explica como o remanescente dos judeus deve comportar-se durante a Grande Tribulação:
  • Eles devem fugir (veja Ap 12.6).
  • Esses dias serão abreviados para três anos e meio, para que os escolhidos sejam salvos.
  • Falsos cristos e falsos profetas farão milagres e sinais (veja Ap 13.13-14).
  • Mas então, finalmente, diante dos olhos de todos, o Senhor virá "como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente". Esses dias da ira de Deus (Lc 21.22), ou melhor, esses dias da ira de Deus e do Cordeiro (Ap 6.17), são descritos assim:"Onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres" (Mt 24.28). O "cadáver" representa o judaísmo apóstata, afastado de Deus, e o sistema mundial sob a regência do anticristo, no qual reinará a morte e o "hades". Os "abutres" simbolizam o juízo de Deus.
Terremotos, tempestades, inundações e doenças imprevisíveis, além de outros fenômenos e catástrofes da natureza, aumentam dramaticamente.
Como já foi mencionado, não creio que em Mateus 24.15 o Senhor Jesus esteja referindo-se à destruição do templo em 70 d.C., mas penso que Ele está falando do tempo do fim. Ele menciona a destruição do templo e de Jerusalém em Lucas 21, fazendo então a ligação com os tempos finais. Aliás, este é o sentido dos quatro Evangelhos: apresentar ênfases diferenciadas dos relatos. Os Evangelhos tratam da profecia como também nós devemos fazê-lo, manejando bem a palavra da verdade (2 Tm 2.15).
Em Lucas 21.20 e 24 o Senhor diz:"Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que está próxima a sua devastação. Cairão ao fio da espada e serão levados cativos para todas as nações; e, até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles." Isso cumpriu-se em 70 d.C.
Mas Mateus 24 menciona algo que não aparece no Evangelho de Lucas, pois cumprir-se-á apenas nos tempos do fim: "o abominável da desolação" (v. 15).
No Evangelho de Lucas, que trata primeiro da destruição do templo em 70 d.C., está escrito:"...haverá grande aflição na terra" (Lc 21.23) (não está escrito: "grande tribulação"). Mas em Mateus 24, que em primeira linha fala dos tempos do fim, lemos sobre uma "grande tribulação" "como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais" (v. 21). A expressão "grande tribulação" diferencia nitidamente a angústia de 70 d.C. da "grande tribulação" no final dos tempos.
Jesus Cristo não é apenas a esperança para o futuro do mundo, mas a esperança para toda pessoa, para cada um que invocar Seu Nome!

3. Qual é a mensagem desse texto bíblico para nós hoje?

Essa passagem tem forte significado para os crentes de hoje, pois sabemos que os impressionantes acontecimentos da Grande Tribulação lançam suas sombras diante de si e que, por essa razão, o arrebatamento da Igreja deve estar muito próximo.
  • Nosso mundo está muito inquieto. Há conflitos em muitos países e torna-se mais e mais evidente a possibilidade de guerras devastadoras em futuro próximo. Mais de 400.000 cientistas estão atualmente ocupados em melhorar sistemas bélicos ou em desenvolver novos armamentos.
  • Grande parte da humanidade passa fome.
  • Terremotos, tempestades, inundações e doenças imprevisíveis, além de outros fenômenos e catástrofes da natureza, aumentam dramaticamente em progressão geométrica, como as dores de parto da que está para dar à luz.
  • Grande parte dos cristãos é perseguida. Muitos chegam a falar de uma "escalada" nas perseguições nos últimos anos.
  • Também a sedução e o engano através de falsas religiões é comparável a uma avalanche. O clamor pelo "homem forte" torna-se mais audível. Qualquer coisa passa a ser anunciada como "deus" ou "salvador" – e as pessoas agarram-se ansiosas a essas ofertas enganosas. Ao mesmo tempo acontece uma apostasia nunca vista, um crescente afastamento da Bíblia e do Deus vivo.
As dores da Grande Tribulação anunciarão a vinda do Filho do Homem. Não nos encontramos diante do fim do mundo, mas nos aproximamos do fim de nossa era (Mt 24.3). O Filho de Deus não nos trará o fim, mas um novo começo. Jesus Cristo não é apenas a esperança para o futuro do mundo, mas a esperança para toda pessoa, para cada um que invocar Seu Nome! (Norbert Lieth )

A Verdadeira Adoração - Conforme o Salmo 50


“Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás” (Sl 50.15).

Muitos conhecem essa passagem popular do Salmo 50, mas seu contexto na Bíblia merece ser levado em consideração. O tema central do Salmo 50 é a adoração verdadeira a Deus, o legítimo louvor ao Senhor, o louvor que Lhe é agradável.

A verdadeira adoração na Criação

Adoração verdadeira começa com a Criação: “Fala o Poderoso, o Senhor Deus, e chama a terra desde o Levante até o Poente” (v.1). A real finalidade da Criação é louvar a Deus. É o que nos diz o Salmo 19.1: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos”.

A verdadeira adoração revela a grandeza e a glória de Deus

“Desde Sião, excelência de formosura, resplandece Deus. Vem o nosso Deus e não guarda silêncio; perante ele arde um fogo devorador, ao seu redor esbraveja grande tormenta” (vv.2-3).
“Conheço todas as aves dos montes, e são meus todos os animais que pululam no campo” (Salmo 50.11).
A verdadeira adoração sempre inclui e exprime a grandeza e a glória de Deus. Isso pode ser observado nas ocasiões em que Deus revelou-se aos homens de forma direta, em uma teofania. Quando o Senhor encontrou-se com Moisés, lemos: “Moisés escondeu o rosto, porque temeu olhar para Deus” (Êx 3.6). Isaías clama: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Is 6.5). Elias “envolveu o rosto no seu manto” (1 Rs 19.13). Paulo caiu por terra e“tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça?” (At 9.6, Almeida Revista e Corrigida). Vemos, portanto, que a adoração verdadeira sempre tem a Deus como objeto, o que condiciona Seus adoradores a um legítimo temor diante da Sua santidade e a um estilo de vida santificado.

A adoração falsa

É justamente a falta de uma vida adequada do Seu povo que leva o Senhor a lamentar profundamente e a anunciar o juízo, como lemos no Salmo 50: “Intima os céus lá em cima e a terra, para julgar o seu povo. ‘Congregai os meus santos, os que comigo fizeram aliança por meio de sacrifícios’. Os céus anunciam a sua justiça, porque é o próprio Deus que julga” (vv.4-6).
Deus toma os céus e a terra por testemunhas e lembra ao Seu povo a aliança que firmou com ele, mas vê-se obrigado a acusar Israel, falando em julgamento. É uma acusação contra os rituais exteriores e vazios, ao culto sem conteúdo. Fazendo a aplicação aos nossos dias, Deus lamenta um cristianismo sem Cristo!
“Escuta, povo meu, e eu falarei; ó Israel, e eu testemunharei contra ti. Eu sou Deus, o teu Deus. Não te repreendo pelos teus sacrifícios, nem pelos teus holocaustos continuamente perante mim. De tua casa não aceitarei novilhos, nem bodes, dos teus apriscos. Pois são meus todos os animais do bosque e as alimárias aos milhares sobre as montanhas. Conheço todas as aves dos montes, e são meus todos os animais que pululam no campo. Se eu tivesse fome, não to diria, pois o mundo é meu e quanto nele se contém. Acaso, como eu carne de touros? Ou bebo sangue de cabritos?” (vv.7-13).
Deus volta-se contra a forma de culto apenas exterior, contra uma adoração sem conteúdo bíblico. Hoje, em muitas igrejas a adoração transformou-se em show, em ativismo piedoso sem ligação com o próprio Senhor. Em Israel, na época em que foi escrito o Salmo 50, acontecia o mesmo, e essa realidade está retratada por Isaías em seu lamento: “O Senhor disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu” (Is 29.13).

Adoração verdadeira é uma questão do coração

Em meio a esse formalismo no culto ao Senhor, Ele conclama Seu povo: “Oferece a Deus sacrifícios de ações de graças e cumpre os teus votos para com o Altíssimo” (v.14).Comprometa-se com Deus! Aí, sim, a maravilhosa e conhecida promessa do Salmo 50 repousará sobre os que adoram a Deus: “Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás”.

Uma falsa concepção de Deus

Hoje, em muitas igrejas a adoração transformou-se em show, em ativismo piedoso sem ligação com o próprio Senhor.
Deus repreende a trágica rebelião de Seu povo: “Mas ao ímpio diz Deus: De que te serve repetires os meus preceitos e teres nos lábios a minha aliança, uma vez que aborreces a disciplina e rejeitas as minhas palavras? Se vês um ladrão, tu te comprazes nele e aos adúlteros te associas. Soltas a boca para o mal, e a tua língua trama enganos. Sentas-te para falar contra teu irmão e difamas o filho de tua mãe” (vv.16-20).
Rebaixamos Deus ao mesmo nível em que nos encontramos. Muitos cristãos, quando exortados por seu comportamento errado, têm pronta a resposta: “Eu acho que estou certo, não vejo problemas com isso”. Mas, ao mesmo tempo em que se defendem, admiram-se que Deus não os ouve, agindo igual a Israel no passado. Deus, porém, não pode ouvi-los! Deixaram de considerar que Deus condicionou Suas promessas a certos requisitos.
“Tens feito estas coisas, e eu me calei; pensavas que eu era teu igual; mas eu te argüirei e porei tudo à tua vista” (v.21). Chamamo-nos de cristãos mesmo tendo fabricado um Deus que não corresponde ao Deus da Bíblia, um Deus que espelha nossa própria imaginação e reflete nossos desejos pessoais. Portanto, não devemos nos admirar quando Deus se cala! A causa não está nEle; está em nós. “Considerai, pois, nisto, vós que vos esqueceis de Deus, para que não vos despedace, sem haver quem vos livre” (v.22). Apesar de todo o ativismo religioso, Israel esqueceu-se de Deus. Talvez nós também O esquecemos muitas vezes. Por isso, Ele se cala. Assim, não podemos ouvir Sua voz.

A verdadeira adoração está alinhada com a Palavra de Deus

O Salmo 50 também nos apresenta a solução do problema do silêncio divino. Esta se encontra em nos conscientizarmos do que é a verdadeira adoração a Deus, que é um retorno àquilo que está descrito no versículo 23: “O que me oferece sacrifício de ações de graças, esse me glorificará; e ao que prepara o seu caminho, dar-lhe-ei que veja a salvação de Deus”.
As ações de graças que agradam a Deus começam quando direcionamos nossos caminhos a partir da verdade revelada por Ele em Sua Palavra, quando passamos a viver conforme a Bíblia.
As ações de graças que agradam a Deus começam quando direcionamos nossos caminhos a partir da verdade revelada por Ele em Sua Palavra, quando passamos a viver conforme a Bíblia. Adoração verdadeira diz: “Pai, não a minha, mas a Tua vontade seja feita. Eu Te agradeço, independentemente dos caminhos pelos quais Tu me conduzes. Muito obrigado por Teus pensamentos serem pensamentos de paz a meu respeito, mesmo que eu não conheça o caminho por onde me levas. Agradeço por me guiares e por teres garantido me levar ao alvo”.

Três princípios da verdadeira adoração

Mateus 8.1-8 exemplifica uma oração que agrada ao Senhor. Esses versículos relatam dois milagres da graça de Deus: “Ora, descendo ele do monte, grandes multidões o seguiram. E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-o, dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me. E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da sua lepra” (vv.1-3).
“Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, apresentou-se-lhe um centurião, implorando: Senhor, o meu criado jaz em casa, de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente. Jesus lhe disse: Eu irei curá-lo. Mas o centurião respondeu: Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado” (vv.5-8).
Aqui encontramos três princípios da oração legítima. A fé declara: “Senhor, Tu podes!” O temor a Deus complementa: “Se Tu quiseres”. E a humildade acrescenta: “Não sou digno!”

A verdadeira adoração diz “sim” aos caminhos de Deus

Deus quer que oremos. E Ele quer atender nossas orações. Mas isso requer obediência à Sua Palavra e um estilo de vida santificado.
Quando buscamos o Senhor, não devemos esquecer que, independente da forma com que o Senhor nos responde, o Nome do Senhor deve ser exaltado acima e antes de tudo. Sabemos muito bem que o Senhor faz milagres ainda hoje. Mas Deus nem sempre responde nossas orações da forma que gostaríamos. Essa situação é descrita em Atos 12. Tanto Tiago (vv.1-2) como Pedro (vv.3ss.) estavam na prisão. Os irmãos haviam orado intensamente pelos dois. Ambos sabiam estar sob a proteção e o abrigo do Senhor. Para um deles, Tiago, Deus disse:“Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.21). Tiago foi decapitado. Ao outro, Pedro, foi dada a incumbência: “Vá para a vinha, pois a colheita está madura!” E Pedro saiu milagrosamente da prisão para ir trabalhar na seara do Mestre. As duas possibilidades são caminhos de Deus! Será que concordamos sempre quando Deus nos dirige, seja da forma que for?

Deus ouve a adoração verdadeira

Deus quer que oremos. E Ele quer atender nossas orações. Mas isso requer obediência à Sua Palavra e um estilo de vida santificado. Sabendo que Ele escuta e responde, podemos deixar a decisão da resposta com Ele, na certeza de que está sempre certo, independentemente da solução que nos proporcionar. A esse respeito, Deus diz: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais” (Jr 29.11).
Samuel Rindlisbacher

sábado, 28 de junho de 2014

O Arrebatamento - Consolem-se, Jesus Virá!


Há tanto tempo se diz: “O Senhor virá em breve!” Ele realmente está próximo? Ou será que estamos enganados?
Certamente você já se perguntou: “Quando Jesus virá?”. Meu filho também tinha essa dúvida. Ele chegou às suas próprias conclusões e me disse: “Sabe, papai, eu penso que Jesus não virá mais”. Eu quis saber por que ele pensava assim. Ele explicou: “Há tanto tempo você fica dizendo que Jesus está voltando, eu já tenho oito anos e Ele ainda não chegou! Acho que Ele não vem mais, porque já espero há tanto tempo!” Tentei explicar que essa esperança já existe há dois mil anos e o que significa tê-la sempre no coração.
Com muita freqüência recebemos cartas e telefonemas com exatamente a mesma pergunta: “Você dizem há tanto tempo que Jesus está às portas. Isso é ou não é verdade?”.

O que a Palavra de Deus tem a nos dizer nessa questão?

O apóstolo Paulo escreveu em 1 Tessalonicenses 4.13-5.4: “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras. Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu vos escreva; pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite. Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão. Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa”.
A igreja de Tessalônica era uma igreja jovem. Atos 17 relata sua fundação. Paulo pregou por três semanas na sinagoga dessa cidade. Talvez mais tarde tenha passado algum tempo ali, mas não pode ter sido um tempo longo, já que teve de fugir dali. Judeus e muitos gregos se converteram a Cristo: “E alguns deles creram, e ajuntaram-se com Paulo e Silas; e também uma grande multidão de gregos religiosos, e não poucas mulheres principais” (At 17.4, ACF). Mas houve um levante em Tessalônica, alguns cristãos foram lançados na prisão e, no final, Paulo e Silas foram obrigados a deixar a cidade (v.10). Portanto, Paulo não teve muito tempo para pregar ali, e continuou sua jornada indo para Beréia. “Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim” (At 17.11).
Apesar da perseguição, uma igreja surgiu em Tessalônica. “Os judeus, porém, movidos de inveja, trazendo consigo alguns homens maus dentre a malandragem, ajuntando a turba, alvoroçaram a cidade...” (At 17.5). A cidade toda ficou alvoroçada! Provavelmente muitos nem sabiam a verdadeira razão dos tumultos. Desde seu princípio, a igreja de Tessalônica deve ter sofrido perseguição, como podemos ler em 1 e 2 Tessalonicenses. Apesar dessa pressão, a igreja continuou sendo um exemplo, como Paulo testemunhou: “Com efeito, vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, posto que por meio demuita tribulação, com alegria do Espírito Santo, de sorte que vos tornastes o modelo para todos os crentes na Macedônia e na Acaia” (1 Ts 1.6-7).
“Depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17).
Por experiência própria, Paulo sabia o que era perseguição e estava preocupado com essa igreja tão jovem. Ele estava ciente das conseqüências que a perseguição pode acarretar. Paulo desejava visitar os tessalonicenses, mas Satanás o impediu:“Ora, irmãos, nós, orfanados, por breve tempo, de vossa presença, não, porém, do coração, com tanto mais empenho diligenciamos, com grande desejo, ir ver-vos pessoalmente. Por isso, quisemos ir até vós (pelo menos eu, Paulo, não somente uma vez, mas duas); contudo, Satanás nos barrou o caminho” (1 Ts 2.17-18). Por isso enviou apressadamente Timóteo a Tessalônica: “e enviamos nosso irmão Timóteo, ministro de Deus no evangelho de Cristo, para, em benefício da vossa fé, confirmar-vos e exortar-vos, a fim de que ninguém se inquiete com estas tribulações. Porque vós mesmos sabeis que estamos designados para isto” (1 Ts 3.2-3). Hoje em dia, aqui no mundo livre, nem sabemos mais o que significa ser perseguido por causa da fé em Jesus Cristo. Mas deveríamos tentar entender a situação dos tessalonicenses para avaliar corretamente o que Paulo tentava fazer por eles ao engrandecer tanto a esperança da volta de Jesus diante de seus olhos espirituais.
Apesar da perseguição e do sofrimento que a igreja teve de passar desde seu primeiro dia de existência, Timóteo voltou muito animado de Tessalônica: “Agora, porém, com o regresso de Timóteo, vindo do vosso meio, trazendo-nos boas notícias da vossa fé e do vosso amor, e, ainda, que sempre guardais grata lembrança de nós...” (1 Ts 3.6).
Mesmo que Paulo não tenha ficado muito tempo em Tessalônica, essa era uma igreja muito bem ensinada. Provavelmente tinha fome pela Palavra de Deus, de forma que Paulo teve condições de passar-lhe muitos ensinamentos. Os tessalonicenses sabiam acerca do Dia do Senhor. Sabiam que o Senhor voltaria. E viviam na expectativa desse evento. Em 2 Tessalonicenses, que traz mais informações sobre o Dia do Senhor, Paulo diz: “Não vos recordais de que, ainda convosco, eu costumava dizer-vos estas coisas?” (2 Ts 2.5).Portanto, quando Paulo esteve em Tessalônica, já falara sobre o Dia do Senhor. – Em muitas igrejas nem se fala mais nisso! É um assunto aparentemente difícil e delicado... Mas para Paulo, falar da volta de Cristo era parte integrante de sua mensagem, inclusive para uma igreja em formação. Essa é a grande esperança que todos nós temos: Jesus virá, Jesus voltará!

Uma questão em aberto

Timóteo levou consigo algumas perguntas que preocupavam os crentes de Tessalônica. Uma delas era: “O que será dos crentes que já faleceram?” Muitos já haviam falecido em Tessalônica, seja por doenças, perseguições ou de velhice. E agora a igreja ficava se perguntando com uma certa ansiedade se esses crentes falecidos teriam algum prejuízo por terem partido desta terra antes dos outros irmãos. Estariam juntos quando Jesus voltasse? Os tessalonicenses viviam em amor fraternal (1 Ts 4.9), e por amor se preocupavam com seus irmãos na fé. A segunda questão que os inquietava era: “O Dia do Senhor já chegou?” Por que eles pensavam isso? Já que tinham sido ensinados sobre o Dia do Senhor e a volta de Jesus e enfrentavam angústia, achavam que esse Dia já poderia ter chegado. Essa era uma das razões. Por outro lado, entrava gente na jovem igreja propagando falsas doutrinas. Na Segunda Carta aos Tessalonicenses (escrita logo depois da primeira, sendo na verdade um complemento dela), Paulo escreve: “Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor” (2 Ts 2.1-2). Vemos que havia gente afirmando que o Dia do Senhor já estava se desenrolando em seus dias. Alguns chegavam a apresentar cartas falsas para sublinhar essa afirmação. Isso confundia os tessalonicenses, pois acreditavam que as cartas eram de Paulo. Ele os havia instruído de uma certa forma, e agora supostas cartas suas diziam o contrário. A isso somava-se a perseguição, e eles ficaram inquietos e cheios de questionamentos. São justamente essas perguntas que Paulo trata de responder ao escrever as duas cartas aos tessalonicenses.

Preocupação de pastor

Paulo escreveu sua primeira carta aos tessalonicenses como pastor preocupado com sua igreja: “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem,para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança” (1 Ts 4.13). Em 1 Tessalonicenses 4.13-18 ele responde à pergunta acerca do paradeiro dos crentes que já morreram. Essa resposta deveria servir de alento e fortalecimento aos tessalonicenses:“Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras”.
Paulo faz uso – como já fazia Jesus – da expressão “os que dormem” ao falar dos falecidos em Cristo. Eles não estão mortos da forma que o mundo entende a morte, mas encontram-se adormecidos. Como podemos entender esse sono? Atos 7 relata sobre o apedrejamento de Estêvão: “E apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu” (At 7.59-60). Mais uma vez vemos o uso da palavra “adormecer”. Mas o próprio Estêvão diz: “recebe o meu espírito!” No momento em que o crente morre, está na presença de Deus. O que Jesus prometeu ao malfeitor crucificado a Seu lado? “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). O espírito passa imediatamente à presença de Deus. O corpo não, pois está morto. A ressurreição do corpo ocorre mais tarde. Quando o crente morre, seu corpo adormece. Nós, cristãos, temos uma esperança. Qual é essa esperança?

A esperança dos crentes

“Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança” (1 Ts 4.13).
Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem” (1 Ts 4.14). Paulo retorna à base da conversão: “se cremos que Jesus morreu...” Você crê que Jesus morreu em seu lugar? Filipenses 2.7-8 testemunha que Jesus “a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se esvaziou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz”.Muitas vezes a ênfase é colocada nos sofrimentos físicos de Jesus. De fato, o que Jesus sofreu em Seu corpo foi terrível. Mas quando foi pregado na cruz, Seu sofrimento ia muito além do mero sofrimento físico. Na cruz Ele clamou “em alta voz”: “Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46). Ele estava no lugar mais solitário do mundo. Nesse momento, Jesus tomou nossos pecados sobre si, de forma que o Pai não podia mais ter comunhão com Seu Filho. E nesse momento Jesus pagou o que nós merecíamos.
Paulo continua escrevendo em 1 Tessalonicenses 4.14 que Jesus “morreu e ressuscitou”.Quando viajamos a Israel e visitamos o Sepulcro do Jardim (deixemos de lado a questão se este é ou não o autêntico túmulo de Jesus), vemos uma placa onde está escrito: “Ele não está aqui! Ele ressuscitou!” O sepulcro está vazio! Sem ressurreição Jesus teria sido um grande profeta ou um bom exemplo para muita gente, mas não seria nosso Salvador. Ele morreu por nós, Ele ressuscitou por nós. “Sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará convosco” (2 Co 4.14).). Temos esta segurança: Já que Jesus foi ressuscitado por Deus o Pai, temos a prova e a garantia de que tudo está pago. Sua ressurreição é a prova de nossa salvação – e de nossa própria ressurreição!

A importância da ressurreição

Infelizmente, em certas igrejas cristãs a ressurreição de Cristo é vista como lenda e não como um fato histórico. Paulo, porém, escreve: “Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos” (1 Co 15.20-21). E acrescenta o seu próprio testemunho para reforçar a importância da ressurreição: “Se, como homem, lutei em Éfeso com feras, que me aproveita isso? Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã morreremos” (1 Co 15.32). Se Cristo não ressurgiu dentre os mortos, toda a nossa fé é vã.

E o Arrebatamento?

A partir de 1 Tessalonicenses 4.15 Paulo passa a tratar do Arrebatamento da Igreja e diz:“vos declaramos, por palavra do Senhor...” Ele sublinha de forma muito enfática que o que dirá a seguir será Palavra do Senhor. Em 1 Coríntios 15.51 ele diz que o Arrebatamento é um mistério. Mistério é algo não revelado até então. O Arrebatamento é um mistério. Não sabemos quando ele se dará. É e continuará sendo um mistério até acontecer.
Infelizmente, em certas igrejas cristãs a ressurreição de Cristo é vista como lenda e não como um fato histórico. Paulo, porém, escreve: “Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos” (1 Co 15.20-21).
Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem” (1 Ts 4.15). Prestemos atenção especial às palavras “nós, os vivos, os que ficarmos...”. Ele não sabia quando se daria o Arrebatamento, mas esperava por ele. Paulo estabeleceu uma regra geral: Jesus voltará! E todos nós, os vivos, devemos estar preparados. Paulo inclui a si mesmo na regra. – Todos nós esperamos que Jesus virá em nosso tempo de vida, o quanto antes melhor! Mas Deus tem a Sua hora. Não haverá diferença se morrermos hoje e o Senhor voltar apenas daqui a três anos. Para aqueles que vivem e para aqueles que já faleceram tudo será igual na ressurreição.
Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Ts 4.16).

Deus tem um tempo para tudo

Somente Deus sabe quando ocorrerá o Arrebatamento. Ele mesmo dará a ordem. E então soará a voz do arcanjo. A Bíblia menciona só um arcanjo, Miguel (Judas 9). Gabriel também é um anjo importante, mas não é chamado de arcanjo. A trombeta de Deus ressoará. Em 1 Coríntios 15.52 essa mesma trombeta é chamada de última trombeta. Existem diversas teorias acerca do que seria essa trombeta. Primeiramente, constatamos que é uma “trombeta de Deus”. É uma trombeta especial. E é a última trombeta. Isso pode ser entendido de diversas formas. Mas não creio que tenha relação com a última das sete trombetas de Apocalipse 11. No tempo em que Paulo escreveu 1 Tessalonicenses e 1 Coríntios, o Apocalipse ainda não tinha sido escrito. Paulo já havia falecido há muito tempo quando João escreveu esse livro. A última trombeta do Apocalipse é uma trombeta de juízo. 1 Tessalonicenses e 1 Coríntios dizem respeito à Igreja e não à época de juízo que virá sobre a terra. Podemos entender a última trombeta em paralelo com Êxodo 19. Ali o povo de Israel estava diante do monte Sinai. Os israelitas não podiam tocar o monte, que era santo pela presença de Deus. “Ao amanhecer do terceiro dia, houve trovões, e relâmpagos, e uma espessa nuvem sobre o monte, e mui forte clangor de trombeta, de maneira que todo o povo que estava no arraial se estremeceu. E Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de Deus; e puseram-se ao pé do monte. Todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; a sua fumaça subiu como fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia grandemente. E o clangor da trombeta ia aumentando cada vez mais; Moisés falava, e Deus lhe respondia no trovão” (Êx 19.16-19). Essas trombetas conclamavam o povo de Israel a virem a Deus. A última trombeta talvez seja isso: Deus chamando Seu povo.

Deus desce dos céus

O texto bíblico diz: “e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Ts 4.16). “depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17).
Vejamos a seqüência:
  1. Haverá a palavra de ordem
  2. a voz do arcanjo se fará ouvir
  3. a trombeta ressoará
  4. Deus descerá dos céus
  5. “os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro”
  6. depois “nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles” e
  7. “assim, estaremos para sempre com o Senhor”.
Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras” (v.18).. Essas palavras deveriam servir de estímulo à igreja em Tessalônica. Vivendo ou morrendo, todo cristão tem a mesma esperança: Jesus virá, Ele virá para Sua Igreja.

Sobre tempos e épocas

Os tessalonicenses também queriam saber quando tudo isso iria acontecer. Paulo escreveu acerca de um mistério, em que ele mesmo se incluía. Ele partia do princípio de que Jesus poderia voltar já naquele tempo, em seus dias. Acerca dos “tempos e épocas”, porém, ele escreveu: “Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu vos escreva” (1 Ts 5.1). Por que isso não era necessário? Primeiro, porque os tessalonicenses já estavam prevenidos: “Pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite” (v.2). Se queremos falar sobre o Dia do Senhor precisamos considerar o que está escrito em 2 Tessalonicenses. Nessa carta Paulo aprofunda mais essa temática e explica o que precisa acontecer até que venha o Dia do Senhor.
Muitos já se perguntaram acerca dos “tempos e épocas”. A questão não é nova. “Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou para sua exclusiva autoridade” (At 1.6-7). Conhecer “tempos e épocas” não é assunto nosso. Uma coisa é bem certa: ninguém sabe a data. Quem estipula dia e hora contradiz o Senhor Jesus.
Conhecer “tempos e épocas” não é assunto nosso. Uma coisa é bem certa: ninguém sabe a data.
Seitas cristãs já surgiram baseadas em especulações acerca das coisas futuras. Por exemplo, a volta de Jesus foi anunciada para um dia de março de 1844. Muitos se prepararam. Quanto mais a data se aproximava, mais gente vendia ou doava seus bens – o Senhor viria com certeza, pensavam eles. Mas o Senhor não veio. Aí foi preciso fabricar rapidamente uma solução para o impasse. A data foi transferida para 22 de outubro de 1844. Mas nem nessa segunda vez Jesus Cristo voltou, e muitos cristãos perderam sua fé. Isso deu origem a mais outras seitas cristãs, como os adventistas. Eles explicaram que Jesus não teria vindo porque o sábado não estava sendo celebrado. Outra idéia foi que o Senhor veio apenas em espírito.
Imagine por um momento que eu poderia afirmar com certeza quando o Senhor virá. Imagine se eu pudesse fixar a data certa e ainda comprovar o que digo. O que você faria com essa informação? Provavelmente mudaria completamente a sua vida. Deixaria de fazer muitas coisas que pratica. Pararia de gastar seu tempo em coisas inúteis...

Se soubéssemos

Se de fato soubéssemos que o Senhor virá, por exemplo, daqui a um ano, tentaríamos resolver todas as desavenças que existem entre nós. Evangelizaríamos rapidamente nossos vizinhos. Pois se Jesus virá, tanto faz o que eles vão pensar de nós. Se temos em mente que o Senhor virá podemos direcionar nossa vida para esse evento e muitas coisas mudam na nossa vida.
Coloque suas coisas em ordem como se o Senhor viesse ainda hoje. Ele pode vir logo, hoje ou amanhã. Toda a sua vida deveria estar voltada para esse grande acontecimento: o Senhor virá! Providenciemos para que não seja tarde demais para muitas coisas que ainda devemos fazer ou deixar de lado. Uma coisa é certa: não sabemos o dia nem a hora. Mas a Bíblia nos fornece a grande moldura onde se encaixa esse grandioso evento: o palco está sendo preparado diante dos nossos olhos. A vinda de Jesus está hoje mais próxima do que nunca.
Pedro testifica: “Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração” (2 Pe 1.19). Fazemos bem em atentar à palavra profética. Precisamos reconhecer o tempo em que vivemos. A profecia bíblica se cumpre diante dos nossos olhos. E é justamente esse cumprimento que deveria nos acordar. O povo de Israel está voltando para sua terra, um povo que esteve ausente de sua pátria por dois mil anos. Deus retoma Seu plano com Israel. Isso significa que Seu plano com a Igreja em breve estará encerrado. Rico ou pobre, saudável ou doente, tenha um bom testemunho diante dos homens. Mantenha somente Jesus diante dos olhos do seu coração, pois Ele certamente virá. Ele virá em breve!

ARTIGO - Há tempos, especialistas em hebraico são unânimes em transliterar palavras que começam com a letra hebraica yod (a letra inicial de Yehoshuah), ora com "i" (ou "y"), no caso de substantivos comuns, ora com "j", no caso de nomes próprios. Uma rápida consulta a qualquer léxico, analítico ou gramática de hebraico bíblico confirma esta afirmação.

1. O Nome Yehoshuah
Na língua original do Antigo Testamento, o Hebraico, o nome (Yehoshua), ou sua abreviação Yeshua, é a forma masculina do substantivo yeshu'ah, que quer dizer salvação.
"Yehoshuah" (evwhy) é Josué em hebraico , que significa "Yavé é salvação". Josué era chamado de Oshea ben Num "Oséias filho de Num" (Nm 13.8; Dt 32.44). "Oshea" significa "salvação". Moisés mudou seu nome para Yehoshuah ben Num (Nwn Nb evwhy) "Josué filho de Num" (Nm 13.16).
Mas, após o cativeiro babilônico, o nome "Yehoshuah" foi abreviado para a forma "Yeshua"
2. Qual a forma correta - Yehoshuah, Yahoshuah ou Yeshua ?
De antemão queremos deixar claro que a história e a ciência arqueológica (ciência que estuda o passado através de objetos antigos) comprova que o nome do Messias não é "Yaohushuah", "Yehoshua", mas sim, "Yeshua", como veremos.
Yeshua tornou-se a forma mais comum do nome após o exílio babilônico. Já no texto bíblico, por exemplo em Neemias 8.17, o nome de Josué aparece abreviado como Yeshua em vez de Yehôshuah.
Quanto à raiz, Yeshua é de origem aramaica, mas foi absorvida pela língua hebraica. Por conseguinte, na língua hebraica o Nome do Messias é Yeshua ewvy (é interessante que Yeshuá [com h no final] em hebraico significa "salvação". Isto pode ser visto claramente em qualquer exemplar do "Antigo Testamento" em hebraico nas seguintes passagens: Nechemyah (Neemias) 7:7; 10:9, etc.
Provas Arqueológicas:
A forma abreviada Yeshua é abundantemente atestada nos ossuários judaicos do 1º século d.C., encontrado nos arredores de Jerusalém, e em Leontópolis e Tel el-Yehudieh, no Egito.
Também O nome YESHUA aparece num documento do uádi Murrabbat; ele aparece na linha 4. Cf. Inscriptions Reveal, Museu de Israel, Jerusalém, nº 100, 1972, nº 193.
Esse nome aparece abundantemente na literatura judaica desde o 3° século a.C. até à época de Cristo e dos apóstolos. O historiador judeu mais famoso de todos os tempos, Flávio Josefo (35-100 A.D.), e que por sinal viveu na época dos apóstolos, por exemplo, faz referência a pelo menos 19 personagens judeus que em sua época tinham o nome Yeshuah.
No Talmude Babilônico lemos a acusação dos judeus contra Jesus: "Na véspera da Páscoa eles penduraram Yeshu [...] ia ser apedrejado por prática de magia e por enganar Israel e fazê-lo se desviar [...] e eles o penduraram na véspera da Páscoa." (Talmude Babilônico, Sanhedrim 43a)
Tudo isso parece indicar que, nos dias de Jesus, a forma mais usada e popular do nome seria Yeshuah, e que este teria sido o nome de Jesus, em vez da forma mais arcaica Yehoshuah. O texto do Novo Testamento parece indicar isso também, especialmente através do jogo de palavras que aparece nos textos da anunciação e dos cânticos registrados por Lucas, no seu evangelho.
Queremos deixar claro que o anjo falou a Maria em hebraico; o hebraico é uma língua que se caracteriza por "trocadilhos". Já com o próprio nome do Messias, constatamos isto:
"Ve hí iolédet ben vecaráta et shmô YESHUA, ki HU YOSHÍA et amô" - "E ela (Miriam) conceberá um filho e chamará seu nome YESHUA, porque ELE SALVARÁ (yoshía ) o seu povo" (Matityáhu - Mateus 1:21).
Se o anjo Gabriel anunciou a Maria que o nome do Redentor, que estava para nascer seria Yeshuah (Lc 1:31), que quer dizer "Salvação", esse nome então forçosamente vai aparecer repetidas vezes nos cânticos registrados nos primeiros capítulos de Lucas. Assim, por exemplo, quando Zacarias canta em Lucas 1:68-79, nos versos 76-77 ele teria pronunciado o nome de Jesus ao dizer: "Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor, preparando-Lhe os caminhos, para dar ao Seu povo o conhecimento de Yeshua` ('Salvação'), no redimí-lo dos seus pecados". Simeão, também, ao tomar Jesus nos braços, teria dito: "Agora, Senhor, despedes em paz teu servo, segundo Tua palavra, porque meus olhos já viram o Teu Yeshua` ('Salvação'), o qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios, e para glória do Teu povo de Israel" (Lc 2:29-32).
O uso de uma forma mais abreviada de um nome em vez de sua forma mais longa e antiga é um fenômeno comum na maioria das línguas. Em português, por exemplo, se pode encontrar muito mais pessoas com o nome Manuel, uma forma abreviada, do que com o original mais longo Emanuel. Em inglês, por exemplo, se encontra mais Betty do que Elizabeth.
Vale lembrar que o erudito F. Delitzch, profundo conhecedor da língua hebraica, mantém a forma Jeshua e não Yehôshuah em sua tradução do Novo Testamento.
Na Bíblia aparecem diversos personagens com esse nome. Entretanto, as formas nas quais eles aparecem são variadas, conforme a lista abaixo demonstra:
Yeshua
* chefe de uma tribo de sacerdotes (1Cr 24:11);
* um levita no reinado de Ezequias (2Cr 31:15);
* um sumo sacerdote (Ed 2:2);
* um dos que vieram de Babilônia com Zorobabel (Ed 2:6);
* chefe de uma família levítica (Ed 2:36);
* um levita filho de Azanias (Ne 10:9);
* outro levita, filho de Cadmiel (Ne 12:24);
* o pai de Ezer, um dos que trabalharam no muro (Ne 3:19);
* um lugar onde habitaram alguns dos filhos de Judá depois de voltarem do cativeiro (Ne 11:26).
Yehôshuah
*líder dos hebreus depois de Moisés (autor do livro que leva o seu nome). Seu nome original era Oséias (Nm 13:16);
*um bete-semita, em cujo campo parou o carro com a arca (1Sm 6:14);
*um governador de uma cidade, no reinado de Josias (2Rs 23:8);
*ou Jesua, um sumo sacerdote no governo de Zorobabel (Ed 2:2; 3:2,8; Ag 1:1,12,14).
A conclusão que chegamos é que o nome coreto do Messias é a forma mais curta Yeshuah e não Yehoshuah como quer o Movimento do Nome Sagrado.
O nome Iesous
Qual a origem do nome Iesosus?
Não tem cabimento a afirmativa de que o nome Jesus é de origem grega e não hebraica. Esse nome, transliterado para o grego como Iesous, é hebraico e vem de Yeshua" (as aspas representam a letra ayin = h). A forma plena da palavra é Yehoshua", que, como vimos, a partir do Cativeiro, passou a dar lugar, geralmente, à forma abreviada Yeshua". Até o começo do segundo século d.C. Iesous (Yeshua") era um nome muito comum entre os judeus. Na Septuaginta, versão do Antigo Testamento que os judeus fizeram entre os anos 285 e 150 a.C., do hebraico para o grego, o nome Iesous aparece para referir-se tanto a Josué (quatro indivíduos) como aos oito Jesua mencionados em Esdras e Neemias.
O Nome do Messias no Original Hebraico e sua Transliteração
evwhy = Yehôshuah
Foi abreviado para: ewvy = Yeshuah
Y = I
E = E
SH = S
U = OU
AH = US
O som de "sh" da letra hebraica (shin) é sempre transliterado em grego por um sigma s (a nossa letra "s"). Assim, por exemplo, o hebraico (Moshê) é transliterado em grego por (Moysés), de onde vem a forma latina Moisés. O sigma v no final do nome Iesous é uma característica natural de certos nomes masculinos em grego (indicando o caso nominativo, a forma básica do nome; o mesmo ocorre com o nome Moisés mwshv).
Obs: "sh" faz som de "x".
Obs: Os sigmas v e s são equivalentes, porém, o primeiro só é usado no final das palavras, enquanto o último pode ser usado no começo e no meio.
Yehoshua" termina com o som de ah. Observe-se, primeiro, que o final desta palavra não é ah (qamets seguido de he), mas a" (pathach seguido de ayin; as aspas (") representam o ayin) O a que precede o ayin é um pathach furtivo: Yehoshua". (ver Gramática Hebraica, Guilherme Kerr, # 18.7).
Obs: o h em ah não tem som.
Ademais, Jesus não se deriva de Yehoshua", mas da forma abreviada Yeshua", como explicado anteriormente (ver, por exemplo, Ed 2.36).
Prova Histórica de que o Messias era chamado de Iesous no 1º século da era cristã.
Uma fortíssima prova a qual podemos invocar aqui vem da pena do mais famoso historiador judaico - Flávio Josefo.
Josefo foi contemporâneo de Cristo viveu até 98 d.C. É considerado um dos melhores historiadores antigos. Falava o hebraico, o latim e o grego. Como Historiador conhecia muito bem a história e os deuses dos povos pagãos como deixa bem claro em sua obra "História do Hebreus". Suas obras sobre o povo judeu é uma preciosidade histórica da vida helênica no primeiro século. Em seu livro, "Antiguidades Judaicas", ele faz algumas referências a Jesus. Em uma delas, ele escreve:
"Por esse tempo apareceu Jesus, um homem sábio, que praticou boas obras e cujas virtudes eram reconhecidas. Muitos judeus e pessoas de outras nações tornaram-se seus discípulos. Pilatos o condenou a ser crucificado e morto. Porém, aqueles que se tornaram seus discípulos pregaram sua doutrina. Eles afirmam que Jesus apareceu a eles três dias após a sua crucificação e que está vivo. Talvez ele fosse o Messias previsto pelos maravilhosos prognósticos dos profetas" (Josefo, "Antiguidades Judaicas" XVIII,3,2).
Em outros lugares Josefo também registra a execução de João Batista (XVIII,7 ,2) e o martírio de Tiago, irmão de Jesus que era "chamado Cristo" (XX,9,1).
"...Assim reuniu um conselho de juízes, perante o qual trouxe Tiago, irmão de Jesus, que era chamado Cristo, junto com alguns outros, e, tendo-os acusado de infração à lei, entregou-os para serem apedrejados"
Perceba que Josefo escrevendo sobre o Messias e seus seguidores não o chama de Yehoshuah, mas de Iesous, pois Josefo escreveu em grego. Se o nome Iesous fosse pagão, claro que Josefo iria relatar isto neste trecho! Mas o caso é que ele sabia que o nome Iesous não era pagão e Yeshuah podia ser transliterado para Iesous. Ele definitivamente identificou o líder dos cristãos, o Messias, como Iesous ou em bom português - Jesus.
A questão do nome Jesus
Qual a verdadeira origem do nome Jesus ?
O nome português Jesus vem do latim Jesus.
Jerônimo quando traduziu a Bíblia na versão conhecida como Vulgata usou o original hebraico para traduzir o VT e uma versão chamada de Antiga Latina junto com algumas outras versões em grego para traduzir o NT. A versão Septuaginta (grega) que traduzia o nome hebraico Yeshua como Iesous serviu de base para a tradução da Antiga Latina.
A forma latina "Iesus", que aparece na Vulgata Latina de Jerônimo, não foi inventada ou criada por Jerônimo, como afirmam erroneamente os adeptos do Nome Yehôshuah, mas é simplesmente uma transliteração natural do grego para a escrita latina. Ou seja: do Grego para o Latim
I = I
E = E
S = S
OU = U
S = S
Obs: O ditongo grego ou soa como u, por isso, Iesous, foi abreviado para Iesus. Do Latim para o Português:

I = J
E = E
S = S
U = U
S = S
Como se formou o nome Jesus?

1. O "S" final no nome Jesus

O s final em Jesus se explica pela necessidade de tornar esse nome declinável: como vimos os judeus substituíram o ayin final por um sigma (o "s" grego) do caso nominativo. Nos outros casos a palavra se declina assim: Iesou (genitivo), Iesoi (dativo), Iesoun (acusativo) e Iesou (vocativo). Com isso mataram-se dois coelhos com uma só cajadada: o nome ficou declinável, e o ayin final, que não tem equivalente em grego, foi substituído por um sigma (s).
Fato semelhante se deu com Judas, que reflete a forma grega Ioudas, que em hebraico é Yehudah (Judá). Outros nomes hebraicos que terminam com a gutural he tem em grego, em latim e em português no final o som s: Isaías, Jeremias, Josias, Sofonias et al. Outro exemplo é o vocábulo Mashiach, que termina com a gutural sonora cheth (ch), a qual em grego, em latim e em português deu também lugar ao som s: em Messias.
2. O "S" médio em Jesus
No vocábulo hebraico Yeshua", o grupo sh representa a consoante shin. Por não haver em grego som correspondente a essa consoante fricativa palatal, que soa como xis (por exemplo a palavra eixo), os judeus a substituíram por sigma s, também fricativa mas línguodental, que em grego, mesmo entre vogais, soa como ss. A evolução do termo de uma língua para outra é a seguinte: Yeshua" (hebraico) > Iesous (grego) > Jesus (latim) > Jesus (português).
5. De onde Surgiu a letra "J" no Nome Jesus?
Dizem os adeptos do Movimento do Nome Yehoshuah que o nome correto de nosso Salvador não pode ser "Jesus" por não existir a letra j na língua hebraica.
A única transliteração ( reduzir um sistema de escrita a outro, letra por letra) possível do nome do Messias é Yehoshuah, e não Jesus, que seria uma deturpação greco-romana, pois na língua hebraica não há correspondente para a letra "j". Portanto, o nome do Senhor, para essas pessoas, não poderia em hipótese nenhuma ser transliterado com a letra "j".
A questão da letra "J"
É verdade que o não existe no hebraico, grego e latim. Como, então, aparece essa letra em nomes bíblicos em quase todas as línguas com as quais estamos familiarizados? Porque todas as Bíblias trazem Jeremias, Jacó, Jersusalém, Judá sendo que não existia o J em hebraico?
O que aconteceu foi o seguinte: os judeus da Dispersão, empenhados em traduzir as escrituras hebraicas para o grego (a Septuaginta), não encontraram nessa língua uma consoante que correspondesse ao yodh do hebraico, e a solução foi recorrer à vogal grega iota, que corresponde ao nosso i. Então escreveram Ieremias, começando com i, e assim por diante, inclusive Iesous. No hebraico a letra y yud representa tanto o som vogal i como a consoante y. O mesmo acontecia com o latim com as letras i e u. O emprego das letras j e para representar i e u consonânticos ocorreu na época do Renascimento, foi difundido por Pierre de la Ramée, também conhecido como Petrus Ramus. Foi filósofo francês, reformador da lógica aristotélica, aderiu à reforma protestante em 1561. Morto no massacre que se seguiu à noite de são Bartolomeu. Escreveu instituições dialéticas (1543) e Contra Aristóteles (1543).
A expressão "letra Ramista", ficou sendo uma designação comum dada às consoantes j e v, em homenagem a ele, que primeiro as distinguiu das vogais i e u em textos franceses.
(©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.)
Por isso lemos Jerusalém, e não Yerushalayim; Jeremias, e não Yeremiahu; Jonas, e não Yonah; Joaquim, e não Yehoiacin; e assim por diante.
Há tempos, especialistas em hebraico são unânimes em transliterar palavras que começam com a letra hebraica yod (a letra inicial de Yehoshuah), ora com "i" (ou "y"), no caso de substantivos comuns, ora com "j", no caso de nomes próprios. Uma rápida consulta a qualquer léxico, analítico ou gramática de hebraico bíblico confirma esta afirmação.

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