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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Brasileiro e mais 45 pessoas são jugado na Bélgica, por se juntar à jihad na Síria

Reuters
Jejoen Bontinck, membro do Sharia 4 Belgium e um dos acusados, chega a tribunal na Antuérpia
A Justiça da Bélgica abre nesta segunda-feira o primeiro julgamento de um grupo acusado de doutrinar jovens e recruta-los para participar da guerra na Síria.
A lista de acusados no que está sendo chamado de "o megaprocesso do jihad" inclui 46 nomes, entre eles Brian de Mulder, o jovem belga de origem brasileira que desde janeiro de 2013 engrossa as filas do autodenominado "Estado Islâmico" na Síria.
No entanto, só oito dos acusados estão presentes. Os demais continuam na Síria ou faleceram.
"Este é o maior processo por terrorismo já realizado na Bélgica", disse Veerle De Vries, porta-voz da polícia de Antuérpia, segunda maior cidade do país, onde acontece o julgamento.
O ponto comum entre os acusados é a organização extremista Sharia4Belgium, que prega a instauração da lei islâmica no país europeu e é considerada pelas autoridades locais como principal fileira de recrutamento de combatentes belgas para a Síria.
Foi depois de começar a freqüentar as reuniões do grupo, em 2010, que De Mulder se converteu ao islã e se radicalizou rapidamente, afirmou sua mãe, Rosana Rodrigues, em entrevista concedida à BBC Brasil em julho de 2013.

Doutrinamento

Foto: BBC
A mãe Rosana com foto do filho Brian de Mulder, acusado no processo
As autoridades belgas começaram a investigar a implicação de Sharia4Belgium no conflito sírio em fevereiro de 2012, após alertas de pais sobre diversos jovens que deixaram o país para se envolver no combate.
Desde então, o número de belgas que integram grupos extremistas como a Frente Al Nusra ou o autodenominado "Estado Islâmico na Síria ou no Iraque" passou de 80 para 400. O número de europeus no conflito chegou a 3 mil, contra apenas 500 há um ano, segundo a União Europeia.
As autoridades da Antuérpia acreditam possuir elementos suficientes para classificar o Sharia4Belgium como grupo terrorista e condenar seus membros por diversos crimes.
Jejoen Bontinck, 19 anos, presente no processo, é uma peça central da acusação. Ele voltou à Bélgica no ano passado, depois de oito meses lutando ao lado dos extremistas na Síria.
Detido e interrogado pela polícia federal belga, o jovem se apresentou como vítima da organização, afirmou que foi sequestrado por seus antigos companheiros de luta quando decidiu abandonar o conflito sírio e forneceu várias informações sobre o recrutamento e encaminhamento de estrangeiros às fileiras jihadistas.
Jejoen Bontinck (Arquivo pessoal)
Jejoen Bontinck, um dos 46 acusados, foi peça-chave para investigações sobre o grupo
O principal acusado é Fouad Belkacem, 32 anos, líder e antigo porta-voz da organização, detido em Bruxelas desde abril de 2013 por incitação ao ódio.
Ele e outros 15 podem ser condenados a até 15 anos de prisão e perder a cidadania belga por comandar um grupo terrorista responsável por recrutar jovens e submetê-los a um "doutrinamento religioso e ideológico".
Os demais, entre eles Bontinck e De Mulder, são acusados de participar de atividades de uma organização terrorista e estão sujeitos a penas de até 5 anos de prisão.
De Mulder também é acusado de publicar ameaças de ataques terroristas à Bélgica, ao ministro da Defesa, Pieter De Crem, e ao líder político holandês Geert Wilders.
O processo, previsto para durar dois dias, acontece sob forte segurança.
As autoridades belgas estão efetuando controles de identidades e recomendaram aos cidadãos evitar circular pela região do Palácio de Justiça de Antuérpia.

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