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segunda-feira, 21 de julho de 2014

A igreja faz a sua parte e Deus trabalhará pelo seu Reino.

                                           
 Perfil de uma igreja missionária

Lucas encerra o capítulo dois de Atos do Apóstolos com a seguinte informação: “E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”(At 2.47b). Qual era o segredo dessa igreja que Deus acrescentava pessoas salvas todos dias? Não havia segredo ou fórmulas mágicas, mas obediências as ordens de Cristo. A igreja missionária de Atos tinha um perfil muito definido e exposto no final do capítulo dois. Veja as características dessa igreja (vv 42-47):

a) Havia ensino- “E perseveravam na doutrina dos apóstolos”.
A igreja primitiva se preocupava em ensinar as doutrinas cristãs a sua comunidade. A Bíblia de Jerusalém traduz esse texto assim: “Eles mostraram-se assíduos ao ensinamento dos apóstolos”(BJ). Havia dedicação por parte dos primitivos cristãos ao ensino da Palavra, pois sabiam que só poderiam evangelizar se tivessem o que transmitir. Muitos são aqueles que pensam que ensino, teologia, seminário e estudos bíblicos é perca de tempo mediante a necessidade missionária, mas nenhuma igreja verdadeiramente missionária, relaxa no exame da Escrituras. O que adianta evangelizar um evangelho misturado com heresias ou pequenas distorções bíblicas? Para transmitir o evangelho é preciso preparo bíblico, não se pode esquecer da advertência de Charles Spurgeon: “Os homens, para serem verdadeiramente ganhos, precisam ser ganhos pela verdade.”

b) Havia comunhão- “E perseveravam... na comunhão”.
A comunhão é essencial para uma igreja evangelizadora. A palavra grega koinomia significa comunhão, compartilhamento, uniformidade, associação próxima, parceria, participação, uma sociedade, um companheirismo. Mediante a comunhão, haverá uma igreja forte o suficiente para sustentar uma obra evangelizadora; pois igreja sem comum acordo, será marcada por rixas, intrigas, confusões, e a preocupação pelas almas fica em segundo plano.
A comunhão não é somente a união de cristãos, mas é a união de Cristo com o seu corpo (membros em comunhão); assim como João escreveu: “o que vimos (a vida manifesta: Cristo) e ouvimos, isso vos anunciamos para que tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo”(1 Jo 1.3). “Segundo os primitivos cristãos, a verdadeira comunhão com Deus, a comunhão vertical, só seria possível mediante a comunhão com os demais irmãos da comunidade onde se vive a f锹.

c) Havia celebração- “E perseveravam... no partir do pão”.
A comunhão era manifesta por meio de celebração da Ceia do Senhor e de festas ligadas, como a festa do amor (Ágape). O partir do pão significava, na cultura hebraica, companheirismo e consideração, era um laço de intimidade. E nesse espírito é que a igreja primitiva celebrava a Ceia e suas festas, não para satisfazer o egoísmo e a glutonaria, como em Corinto(1 Co 11. 17-34), mas mostravam uma simplicidade e alegria mediante a divisão da comida.

d) Havia devoção- “E perseveravam... nas orações”.
A oração e as missões são inseparáveis. A igreja primitiva sempre se levantava em oração mediante os perigos que a cercavam. Em Atos 4. 24-31, mostra um exemplo de oração ligada a evangelização; os discípulos pediram que o Senhor desse ousadia na pregação e confirmasse a mensagem com milagres e Deus respondeu. A igreja que se dedica a orar, terá uma evangelização mais eficaz, pois falará de Deus, com a ajuda de Deus.

e) Havia reverência- “Em cada alma havia temor”.
Temor não é medo ou terror, mas uma disposição para a submissão. Em jerusalém pesava um grande temor sobre os seus habitantes, mediante os sinais e prodígios que saiam da igreja. Esse fato ajudou na evangelização, pois a igreja de Jerusalém tinha reputação e respeito perante a sociedade. Grande virtude é uma igreja que causa um impacto positivo sobre a sociedade.

f) Havia milagres- “E muitos maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos”.
Milagre não leva a conversão de ninguém, mas serve para confirmar o evangelho pregado. O milagre não é a peça principal, mas é a confirmação do evangelho de Cristo, que mostra que além de restaurar a saúde física, pode salvar o homem de seus delitos e pecados. O milagre acompanha a caminhada evangelizadora, pois a salvação é o maior milagre.

g) Havia solidariedade- “Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade”.
Além de solidariedade, havia liberalidade, pois entregavam os bens em prol da obra. Quando a igreja é cheia de comunhão e solidariedade, a obra recebe mais recursos para o seu desenvolvimento. Uma comunidade cheia de egoísmo, nunca sairá do ponto zero na obra missionária. Essa solidariedade “trata-se de benevolência espontânea e voluntária como resultado da verdadeira compreensão do amor de Deus. Comunidade forçada é comunismo”².

h) Havia congregação e simplicidade- “E perseveravam unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração”.
Uma igreja missionária valoriza a sua congregação, em um compromisso com a obra local. Há no meio desse povo, uma simplicidade e alegria no momento da comunhão.

Conclusão

Com toda essas características, a igreja realmente louvava a Deus e caia na graça do povo. Deus acrescentava a cada dia os salvos, pois é o Senhor que dá o crescimento, como disse Paulo: “Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento”(1 Co 3.6), ou seja, a igreja faz a sua parte e Deus trabalhará pelo seu Reino.

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