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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

SETE PASSOS PARA RECEBER O BATISMO DO ESPÍRITO SANTO


Jesus era cem por cento Deus e cem por cento homem, Ele veio ao mundo, não como Deus, mas como homem. Em tudo Jesus foi igual a nós, teve frio, calor, sentiu fome, sede, cansaço, etc. Jesus é o nosso exemplo, tudo aquilo, que Ele recebeu de Deus, é para nós recebermos, tudo aquilo que Ele fez, é para nós fazermos também.
Lucas 3:21, 22 - "E aconteceu que, como todo o povo se batizava, sendo batizado também Jesus, orando ele, o céu se abriu; E o Espírito Santo desceu sobre ele, em forma corpórea, como uma pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és o meu filho amado, em ti me tenho comprazido."
Jesus nunca fez milagre algum, antes de ter sido revestido com o poder do Espírito Santo. Ao contrário do que alguns cristãos pensam, o batismo no Espírito Santo veio equipar Jesus para o ministério que o esperava.
Ele curou os cegos, mudos, surdos, paralíticos, etc., depois de ter sido cheio do Espírito Santo.
Mais tarde Ele próprio disse: João 14:12 - "Na verdade, na verdade vos digo, aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas; porque eu vou para meu Pai."
Porquê faríamos as mesmas obras que Jesus fez?
Porque Jesus nos enviaria o Espírito Santo, o mesmo Espírito Santo que estava com Ele.
Hoje podemos fazer as mesmas obras que Jesus fez, porque o Espírito Santo já nos foi dado.
Isto não é presunção, é só fazer aquilo que Jesus nos mandou fazer, como crentes.
João 14:15 - "Se me amardes, guardareis os meus mandamentos"
Se nós realmente amarmos a Jesus, então temos de fazer aquilo que Ele mandou.
Momentos antes de Jesus subir ao céu, Ele deu as suas últimas instruções aos seus discípulos (quando uma pessoa está numa despedida, aquilo que ela diz é sem dúvida o mais importante).
Atos 1:4, 5, 8 - "E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém com em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra.
Tal como Jesus iniciou o seu ministério depois do Batismo no Espírito Santo, Ele determinou aos discípulos da altura, que esperassem o mesmo revestimento de poder, para então depois, irem por Jerusalém, Judeia, Samaria e até aos confins da terra, pregando o evangelho.
Eles foram, e continuaram a obra que Jesus começou, no poder de Deus. Como poderíamos nós hoje continuar a mesma obra, sem o poder de Deus?
Seria impossível. Mas as boas notícias, é que Jesus equipou-nos para a obra que nos mandou fazer, com o batismo no Espírito Santo.
Certa pessoa afirmava: "Pastor, mas eu já recebi o Espírito Santo, quando recebi Jesus, portanto, não preciso de mais nada..."
Antes de Jesus ter morrido e ressuscitado, nenhum dos seus discípulos tinham ainda nascido, de novo, porque a obra da redenção não estava ainda consumada.
João 20:22 - " E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo."
Quando Jesus ressuscitou, Ele consumou o plano de redenção, e no momento em que os discípulos o viram, e creram NELE, então nasceram de Novo, foram feitos novas criaturas, receberam o Espírito Santo neles, que nos convenceu de que Jesus é o Senhor, o Filho de Deus, o único caminho.
João 20:31 - "...para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome."
Aproximadamente cinqüenta dias depois, os mesmos discípulos, estavam sendo cheios do Espírito Santo. O Espírito Santo veio sobre eles.
Há duas manifestações do Espírito Santo diferentes uma da outra:
1- Quando o Espírito Santo convence o pecador, de que Jesus é o Senhor, o Filho de Deus. Neste momento a pessoa recebe o Espírito Santo "NELE" isto é: nasce de novo, é feito um Filho de Deus
2- A segunda manifestação, é quando o Espírito Santo vem "SOBRE" a pessoa, ela é revestida e cheia do poder de Deus, para ser uma testemunha eficaz de Jesus. Foi isto que aconteceu no Dia de Pentecostes.
Atos 2:1-4 - "E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas, por eles, línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem."
Isto transformou radicalmente a vida dos discípulos, dias antes eles tinham fugido com medo, mas agora cheios do poder de Deus, eles enfrentam Jerusalém inteira, e anunciam a Jesus que antes tinham negado.
Batismo no Espírito Santo é uma promessa de Deus, para todos aqueles que crêem.

Sete passos para receber esta promessa:
1- Deus já deu o Espírito Santo no dia de Pentecostes. Desde esse dia o Espírito Santo está aqui na Terra. Cabe a nós receber.

2- Batismo no Espírito Santo, é para todo aquele que crê, e que já recebeu Jesus como seu Senhor e Salvador.
Atos 2:38, 39 - "E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em Nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe; a tantos quantos Deus, nosso Senhor chamar."

3- É Bíblico receber o Espírito Santo por imposição de mãos.
Atos 8:17 - "Então lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo."

4- Uma evidência do Batismo no Espírito Santo, é o falar em outras línguas, embora o Espírito Santo dê as palavras, cabe a si falar.
Atos 19:6 - "E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam."

5- Deite fora os ensinamentos errados, e não tenha medo de receber qualquer coisa falsa. Deus não pode mentir, nem enganá-lo. Ele disse: que se você lhe pedir o Espírito Santo é isso que recebe.
Lucas 11:11-13 - "E qual o pai entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai Celestial o Espírito Santo aqueles que lho pedirem?"

6-Agora vai receber o Espírito Santo, faça ou repita a oração: "Jesus eu creio no meu coração, baseando-me nas Escrituras, que o Dom do Espírito Santo é para mim. Assim como recebi a salvação eterna pela Fé, é também pela Fé que eu recebo agora o batismo no Espírito Santo com evidência de falar em novas línguas. Amém" Agora respire fundo várias vezes, e devagar, pelo que o Espírito Santo o vai encher.

7- Agora louve a Deus na sua nova linguagem. Não diga um só palavra na sua língua. O Espírito Santo dá-lhe as palavras - parece que a língua quer dizer qualquer coisa. Sem medo, e com confiança eleve a sua voz e deixe sair esses sons sobrenaturais, sejam eles quais forem. Isto é Fé.
Continue a dizer essas palavras sobrenaturais, até que tenha a certeza dentro de si que recebeu a linguagem clara.
Para melhor compreensão sobre este assunto aconselho-o a ouvir várias vezes a cassete sobre "O Batismo no Espírito, Santo" e "Para que serve falar em línguas" que temos á sua inteira disposição.
Lembre-se que não é o Espírito Santo que fala apenas concede a fala, coloca as palavras; é a pessoa que tem de as dizer.

Se ao princípio a linguagem não fluir, não esmoreça não duvide que recebeu o Dom do Espírito Santo. O diabo pode vir com a idéia de que tudo é uma farsa, mas lembre-se que ele é um mentiroso, o pai das mentiras. 

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

REGRAS DE OURO PARA UMA BOA VOZ




1-Mantenha-se sempre hidratado, bebendo pelo menos, dois litros de água por dia; suas pregas vocais estarão em ótimas condições de vibração quando sua urina estiver transparente.

2-Mantenha uma dieta balanceada, pois a fala requer um suporte energético. Evite o excesso de gordura e alimentos condimentados, o que lentifica o processo digestivo, limita a excursão respiratória e reduz a energia disponível para a fala. Além disso, se voltar muito tarde para casa e ainda não tiver se alimentado, ingira apenas alimentos leves e de fácil digestão.

3-Faça exercícios regularmente.

4-Durma bem, pois o descanso é um grande aliado para uma boa voz.

5-Aprenda a ouvir sua voz e reconhecer as características básicas de sua boa emissão. Aprenda a reconhecer suas sensações de esforço vocal e tensões desnecessárias, a fim de tratá-las.

6-Use roupas confortáveis, que não sejam apertadas, principalmente na garganta, peito, cintura e abdômen.

7-Quando for falar em público, estude o suficiente, adore o assunto para sentir-se seguro, assim fazendo, você vai reduzir a interferência de aspectos emocionais negativos como o medo e a ansiedade ante o público.

8-Quando estiver gripado, ou com alguma alteração vocal, procure falar menos.

9-Nunca se automedique; não tome remédios sugeridos por leigos, nem chás ou infusões de efeito desconhecido. Também não repita receitas médicas utilizadas numa certa ocasião, mesmo que tenha dado resultado positivo. Procure ajuda especializada.

10-Entregue todas as ansiedades e temores a Deus, assim você poderá obter melhor equilíbrio vocal.

Flávia  favinh@bol.com.br    Fonaudiologia - Universidade Federal de Alfenas – MG



Brilho da igreja primitiva

Se confrontarmos os fatores que ilumi­navam e davam projeção à igreja primitiva com a mesma classificação de fatores de nossos dias, descobriremos a causa predo­minante do brilho inconfundível da igreja dos primeiros dias do cristianismo.
Na igreja primitiva, os cristãos eram cuidadosamente instruídos acerca do ca­minho, em contraste com o abandono em que vivem os neo-convertidos nas igrejas de nosso tempo.
Naqueles dias, os neófitos aprendiam como dar razão de sua fé; um príncipe ou um nobre não conhecia melhor a doutrina cristã do que o homem do povo ou o maríti­mo que se convertera numa de suas viagens em um porto qualquer. O conheci­mento de uns era o conhecimento de todos.
Na igreja primitiva, a admissão como membro era mais difícil do que hoje: o can­didato devia ser realmente convertido e ti­nha de demonstrar seu desejo de pertencer à igreja, através de uma série de fatos que faziam recuar os medrosos e todos os inca­pazes de fazerem brilhar a luz de Cristo. A admissão era precedida de exames que exi­giam renúncia à vida passada: requeriam provas de que a nova vida era vivida no Espírito de Cristo. Enquanto o pretenden­te não estivesse desligado dos laços que o prendiam ao mundo e seus aliados, quer dizer, ao Diabo e à carne, não estava apto para o Reino: sua luz não honraria a igreja, não podia ser membro do corpo de Cristo.
Na igreja primitiva o batismo nas águas só era concedido àqueles que o mundo considerava "mortos" para si, por terem sido achados por Cristo, e iluminados pela graça; enquanto o candidato ao batismo estivesse "vivo" para os homens, não con­seguiria descer às águas. O batismo era o testemunho público de renúncia e morte ao pecado e significava o desejo de viver em novidade de vida.
Qualquer que fosse batizado, conhecia o significado desse ato, pois antes de o rea­lizar, passara pela experiência do novo nascimento; estava pronto a abdicar todas as vantagens, por amor a Cristo; estava disposto a brilhar por amor ao Evangelho.
Na igreja primitiva a admissão de obreiros não era obra de homens nem da vontade humana. O escolhido era aponta­do por Deus. Se alguém se apresentasse à igreja, a fim de ser eleito para algum cargo, certamente seria reprovado, senão houves­se provas de ter sido chamado pelo Espíri­to Santo (At 13.1).
Quando olhamos para o passado e de­paramos com esse clarão inextinguível que foi o testemunho da Igreja de Cristo, senti­mos desejo de clamar, clamar, clamar até conseguir despertar as igrejas de nossos dias e dizer-lhes que voltem a viver nos passos de Jesus, que voltem a buscar o bri­lho e o testemunho inconfundível de povo adquirido.
Entre outros motivos que congregavam os cristãos da igreja primitiva, um havia que exercia grande influência na vida da comunidade: eles reuniam-se com o fim de partirem o pão, na celebração da Ceia do Senhor. Era esse um ato de alta reverência e um motivo de amor fraternal que envol­via a esperança da volta de Cristo. Na ce­lebração da Ceia, não faltava a exortação mútua, em que era mencionada a vinda de Jesus. A promessa dos anjos, quando Jesus subiu ao Céu, de que Ele voltaria para os seus, era tato recente: era um elo de espe­rança que unia todos os corações.
Uma igreja cujo alvo tenha uma defini­ção e um motivo tão elevado como é o pro­pósito de honrar a Deus, é uma igreja cujo brilho os inimigos não conseguem apagar, porque o testemunho da fé não se extingue com calúnias ou perseguições.
A igreja existiu e viveu nos dias distan­tes do primeiro século, porque a vida social de então reclamava esse organismo vivo, para manifestar sua gratidão a Deus e ao mesmo tempo receber o Pão do Céu; seus membros, como elementos vivos, reque­riam ambiente fraterno no qual pudessem cultivar a comunhão uns com os outros e participar da mesma revelação divina.
A igreja era o lugar desejado pela alma sequiosa; ali podiam sentir com toda a in­tensidade a proclamação da revelação di­vina, e dos assuntos concernentes à salva­ção; ali a alma recebia o conforto e a inspi­ração das verdades eternas reveladas na Palavra de Deus.
Quem dava relevo e brilho à igreja não era a inteligência ou a cultura dos homens que Deus usava para anunciarem suas ver­dades; a capacidade intelectual desses ho­mens era quase nula; suas palavras não ti­nham o verbo fascinante dos oradores gre­gos. O fulgor da igreja brotava das verda­des recebidas de Deus e fielmente anunciadas aos homens, como sendo obra do Céu, e não trabalho humano. A única luz que brilhava na igreja era a luz do Espírito Santo, porque o combustível que ardia era tão-somente a revelação da graça a orien­tar todas as vontades.
Em nossos dias há maior número de igrejas do que nos dias dos apóstolos; há igrejas maiores, templos mais vistosos e mais amplos. Entretanto, a grande ques­tão é saber se há, hoje, igrejas com o mes­mo reflexo da verdade e da revelação de Deus, como havia então.
Já demonstramos qual era o brilho da igreja primitiva; a luz que lhe deu tanto fulgor é a mesma luz prometida à Igreja e aos cristãos de todas as idades. Se as igre­jas e as comunidades cristãs de nossos dias vibrarem dos mesmos desejos e sentimen­tos que operavam na igreja e nos corações dos santos de então, é lógico que o mesmo clarão de fé despertará os homens do sécu­lo vinte a aceitarem a salvação.
Se as igrejas, hoje, orarem com o mes­mo fervor do Pentecoste, a mesma revela­ção que atraiu as multidões a ouvirem a mensagem do Evangelho, atrairá também os famintos espirituais que vagueiam sem rumo.  .
Se a igreja e os cristãos do tempo pre­sente aceitam o mesmo nome que distin­guiu a igreja e os cristãos primitivos, é claro que estão na obrigação de crer nas mes­mas verdades, observar os mesmos princí­pios e deixar que a mesma luz as ilumine e lhes dê vida.

O brilho da igreja primitiva pode e deve ser a luz das igrejas atuais.

domingo, 6 de outubro de 2013

Cícero Canuto de Lima: herdeiro da doutrina sueca


Cicero Canuto de Lima, mais que um líder, foi uma legenda dentro das Assembleias de Deus no Brasil. Ao lado de Paulo Leivas Macalão, é um dos nomes mais emblemáticos da denominação. Tal como o pastor Macalão, é impossível contar a história das ADs sem se referir ao saudoso obreiro. Mas como muitos pioneiros das ADs, muito se fala em Cícero Canuto de Lima, porém pouco se sabe sobre ele de fato. Quem foi esse senhor e líder? 


Segundo fontes oficiais, Cícero nasceu em Mossoró/RN no dia 19 de janeiro de 1893. Converteu-se ao pentecostalismo em 1918 na cidade de Timboteua, Pará. Em 1923 foi separado ao ministério pastoral por Gunnar Vingren. Cooperou nas igrejas do Pará, mas logo seguiu para João Pessoa capital da Paraíba (na época a capital do Estado da PB se chamava Cidade da Paraíba). Por 15 anos liderou essa igreja, rumando para o sul em 1939 onde cooperou na AD em São Cristóvão, até que em 1946, depois de pastorear a AD em Santos, assumiu a AD Missão em SP. Em SP foram 34 anos de pastorado, o qual cessou somente em 1980 ao ser sucedido por José Wellington Bezerra da Costa.

Fora algumas informações mais edificantes (como em toda biografia oficial), como a sua experiência de conversão, perseguições religiosas e o Batismo com o Espírito Santo, pouco se comenta sobre sua personalidade, ou sobre seu método de trabalho. Mas como todo grande líder e homem que foi, Cícero teve suas ambiguidades e decifrá-lo ainda é um desafio para os estudiosos das ADs.

Uma coisa é certa: Macalão passou à história oficial, e ao imaginário assembleiano como o líder doutrinador e de grande conservadorismo. Porém, ao longo da vida e ministério, Paulo Leivas foi flexibilizando. Como Cícero, Macalão foi contra institutos bíblicos, congressos de jovens e era famoso por sua "proverbial rigidez" na conduta moral dos membros do seu ministério. Contudo, com o tempo, se percebe certa abertura a muitas iniciativas antes condenadas por ele mesmo, ou por outros líderes assembleianos.

Cícero, ao contrário, não teve a mesma flexibilidade de Macalão. Até o fim de sua carreira, condenou todas as mudanças, que ao seu ver desvirtuavam a igreja. Enquanto a AD ministério de Madureira já fazia congressos de jovens, tinha instituto bíblicos e círculo de oração de senhoras, a AD no Belenzinho permanecia engessada. O engessamento do ministério e sua avançada idade, ao que tudo indica, precipitaram à uma sucessão que fugiu do seu controle.

Talvez o motivo dessa inflexibilidade, fosse uma fixação, um reconhecimento contínuo, alimentado por si mesmo e por outros admiradores seus ao longo da vida, de pertencer ao "troco principal", ou seja, de ser herdeiro legitimo dos ensinamentos dos míticos missionários suecos. Assim, sentindo-se como grande fiador da "doutrina", Cícero desprezava qualquer inovação aos métodos à ele confiados pelos pioneiros.

Ao ser entrevistado pelo Mensageiro da Paz (nº6 de 1974), por ocasião do 50 anos de seu ministério, o velho pioneiro expressou seu desejo de "...continuar como comecei, na doutrina que aprendi. Nos costumes dos primeiros missionários, daqueles homens de Deus", e termina a entrevista afirmando categoricamente que "nestas bases estou trabalhando e pretendo seguir até que Deus nos permita!". Anos depois, já aposentado, sentindo-se esquecido dos irmãos, em declaração à Folha de São Paulo (18 de janeiro de 1982), o velho pioneiro, além de reclamar das mudanças realizadas por seu sucessor, ainda mantém o discurso da legitimidade: "Foi triste constatar o fato, é triste sempre quando vemos irmãos nossos separando-se do tronco principal da Igreja. Eu, hoje, represento e faço parte do tronco principal".

Soma-se a isso ainda, a escrita empregada nas matérias do Mensageiro da Paz, (principalmente dos anos 60) onde a AD do Belenzinho sempre se declara e intitula a "pioneira" e "Igreja Mãe" em oposição a outros ministérios tidos como ilegítimos e espúrios. Há sempre um tom de guerra velada contra outros ministérios da AD implantados na Pauliceia.

Porém, temos algo de contraditório em sua biografia. Apesar de se declarar do "tronco" principal, pastor da "Igreja Mãe", e herdeiro legitimo dos primeiros missionários, pastor Cícero, juntamente com outros obreiros da região Norte/Nordeste, idealizou em Natal/RN a 1ª Convenção Geral a ser realizada na mesma cidade em setembro de 1930. E é notório, que além de ser seu primeiro presidente, ele e os demais pastores nativos, contestaram os missionários suecos, pois sentiam "necessidade de terem maior liberdade na condução dos trabalhos" e deles exigiram um novo rumo para as ADs no Brasil.


Fontes:

ARAÚJO, Isael de.
 Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.


quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Assembleia de Deus de São Cristóvão (RJ): a descaracterizarão de uma igreja histórica



Templo da Assembleia de Deus Missão Apostólica da Fé: Assembleia só no nome

Na grandiosa festa de comemoração do 60º aniversário da CEADAM (Convenção Estadual da Assembleia de Deus no Amazonas), cujo tema foi "Avivamento para transformar o Planeta", vários pastores, cantores e pregadores abrilhantaram os trabalhos. A multidão de membros e obreiros de todo estado lotaram o sambódramo da capital Manaus para celebrar o evento.

Entre os preletores nas noites festivas e das reuniões convencionais, estava um jovem pregador. Com pinta de galã, elegantemente trajado, penteado impecável, eloqüente e teatral nas suas prédicas, fazia a multidão delirar com suas mensagens. Obreiros, crentes, homens e mulheres, caiam ao serem atingidos pelos "mísseis" divinos que ele lançava sobre os fieis, ou com um simples sopro crentes caíam a chão extasiadas do "poder" de Deus. Ele mesmo, empolgado com os acontecimentos ao seu redor, entre efusivas manifestações de louvor do povo ali reunido, cambaleava como se estivesse embriagado.

O pregador, cuja performance foi brevemente descrita nas linhas acima é o Apóstolo Jessé Maurício da Assembleia de Deus Missão Apostólica da Fé, igreja com sede na cidade do Rio de Janeiro. Com um templo amplo e espaçoso, a denominação apresenta em seu grande púlpito entre tantos objetos, um grande candelabro (símbolo da nação judaica), um globo representando a terra e vários banners demonstrando os propósitos da comunidade que ali se reuni. Tudo nessa Assembleia de Deus, a começar pela titulação eclesiástica de seu líder, pela teatralidade de sua liturgia, ou pela decoração chamativa do interior de seu templo, faz parecer que estamos diante de mais uma denominação neopentecostal.

Seria mais uma "emergente" entre tantas outras, cujo exotismo de seus cultos e ministério visa uma clientela maior de membros e ouvintes (e contribuintes também). Porém todos esses pormenores chamam a atenção por um único detalhe, o qual daria um certo ar de igreja pentecostal clássica a essa denominação: o nome  Assembleia de Deus.

Na verdade, essa igreja, a qual em nada lembra uma Assembleia de Deus; a não ser pelo nome, é um dos ministérios mais antigos, e um dos mais relevantes para a história das Assembleias de Deus no Brasil. Conhecida até o ano de 2006 como Assembleia de Deus de São Cristóvão, essa igreja foi a pioneira das Assembleias de Deus no estado do Rio de Janeiro, e responsável pelo surgimento de muitas outras pelo país.

Organizada por Gunnar Vingren em 1924, a Assembleia de Deus de São Cristóvão deu origem ao ministério de Madureira (Paulo Macalão foi um dos primeiros crentes e secretário dessa igreja), Penha (hoje Assembleia de Deus Vitória em Cristo), Lapa e Leblon, entre tantas outras. André Bernardino, pioneiro do trabalho assembleiano em Santa Catarina, converteu-se e cooperou em São Cristóvão antes de retornar a Itajaí, e ali organizar a igreja em 1931.

Os principais missionários suecos no Brasil como Gunnar Vingren, Samuel Nyström, Nils Kastberg, Otto Nelson, e Nels Nelson dirigiram essa igreja. Pastores pioneiros como Francisco Pereira do Nascimento, Alcebiades Pereira Vasconcelos, José Pimentel de Carvalho e o grande nome do jornalismo assembleiano Emílio Conde contribuíram para o crescimento desse ministério. O Mensageiro da Paz e a CPAD iniciaram seus trabalhos e impressões nas dependências de São Cristóvão. O primeiro Curso de Aperfeiçoamento de Professores da Escola Dominical (CAPED) foi realizado nessa igreja. Enfim, essa igreja como nenhuma outra contribuiu para modelar e expandir o pentecostalismo no país. As Assembleias de Deus no Brasil tem uma dívida histórica para com São Cristóvão.

Mas o que aconteceu com esse ministério? Como uma igreja líder, pioneira e referência para tantas outras, ficou irreconhecível em sua liturgia e pregação? O que aconteceu para que hoje ela não esteja mais filiada a Convenção Geral, ou sequer ser mencionada nos periódicos da CPAD, principalmente o MP?

A resposta não é fácil de dar, mas algumas pistas podem esclarecer os fatos. Um dos motivos ao que tudo indica, são as divergências que nos últimos anos tem se agravado entre a liderança assembleiana. Há vinte anos, o pastor presidente do ministério do Belenzinho em São Paulo José W. Bezerra da Costa, lidera juntamente com uma oligarquia de pastores de algumas convenções assembleianas espalhadas pelo Brasil, a CGADB. São vinte anos de absoluta hegemonia, sem alternância na condução da instituição e dos negócios da CPAD. As igrejas e ministérios do estado do Rio de Janeiro (principalmente a capital), que há alguns anos atrás tinham tanta importância na CGADB, gradativamente foram perdendo espaço e poder dentro da Convenção Geral. Percebe-se que o eixo de influência e poder eclesiástico em nível nacional das igrejas do Rio, as quais anteriormente eram centro e referência para todo o Brasil, foi se deslocando em meados da década de 1980 para São Paulo, mais precisamente o Belenzinho.

Talvez a eleição para presidência da CGADB em 1999, tenha agravado a situação. Concorrendo contra José Wellington nesse ano, estava o pastor Túlio Barros de São Cristóvão. Os convencionais reunidos na sede do Belenzinho em São Paulo, e com toda certeza havia um número expressivo de ministros desse ministério, concedeu uma vitória esmagadora ao seu presidente. Reeleito com 71% dos votos válidos contra 28% do seu oponente, a eleição revelava ainda mais o declínio das lideranças cariocas. Em seu discurso de posse, pastor José Wellington deixa transparecer a rivalidade desse pleito quando falou aos convencionais: "Eu e o pastor Túlio não somos adversários... A eleição terminou e nossa amizade e comunhão permanecem. vamos realizar a obra de Deus". (DANIEL 2004: 610)

A eleição terminou é verdade, mas o líder máximo de São Cristóvão resolveu iniciar seu processo de ruptura com a CGADB. Um ano após sua fragorosa derrota na Convenção Geral, segundo a revista Enfoque (junho de 2008) "pastor Túlio Barros desafiou a igreja a uma nova dimensão que, segundo membros e líderes, resultou em renovação e avivamento espiritual". Esse desafio para uma "nova dimensão" foi a adoção do G12, polêmico método de crescimento e evangelização neopentecostal. Notas em alguns sites na internet comentam o fato do ministério ter perdido muitos membros de peso por esse decisão. Outros comentários  afirmam, assim como a revista Enfoque, que o crescimento foi acentuado. Mas é bem provável, pela sua tradição e história, que esse novo "desafio" não foi aceito sem enormes resistências. 

É bom deixar bem claro, e é um detalhe importante, que o genro do pastor Túlio Barros, Jonatas Câmara, é pastor presidente da igreja Assembleia de Deus em Manaus, e líder da Convenção do estado do Amazonas. Nessa igreja, ele adotou o método do G12, provocando enormes polêmicas e divisões em Manaus. Seu irmão Samuel Câmara por sua vez, na liderança da igreja de Belém, por força do ministério local não conseguiu esse feito com risco até de perder seu cargo se insistisse no projeto. Ou seja, o interesse de implantar um projeto como o G12 nas Assembleias de Deus era algo mais amplo, com referenciais no mínimo familiares. 

Outro fator importante para se identificar a ruptura, também está no fato da sucessão ministerial. Com idade avançada, como muitos outros pastores líderes de igrejas e ministérios, pastor Túlio transferiu a direção de São Cristóvão ao seu filho mais moço Jessé Maurício. Novas gerações são muito mais propensas a aderir a inovações e projetos de resultados práticos. Talvez sentido o vento das mudanças, e desejando a qualquer custo manter sua linhagem na direção da igreja, pastor Túlio entregou o ministério para o filho, pois nessas condições toda uma rede de interesses familiares também fica garantida. 

Nesse processo de adesão ao G12, outro passo foi a aceitação do chamado "Movimento de Restauração Apostólica", onde ministérios e igrejas reconhecem como apóstolos seus principais lideres. Pastor Túlio em 2004 ao ser jubilado (aposentado) das suas funções ministeriais, recebe a consagração de apóstolo, e seu filho o de bispo. Assim, pastor Ferreira se tornou o primeiro apóstolo das Assembleias de Deus no Brasil, mesmo a denominação não reconhecendo essa titulação eclesiástica. A mudança de nome para Missão Apostólica da Fé foi mais uma forma de romper com o tradicionalismo. É segundo seus lideres, um retorno as origens pentecostais, ou segundo outra opinião, uma questão de marketing.

Espera-se que de forma breve e com as informações disponíveis, o leitor possa ter um esclarecimento de como se deu a descaracterizarão dessa igreja histórica e de grande importância para o pentecostalismo brasileiro. Hoje, longe de ser uma referência, a Assembleia de Deus de São Cristóvão parece ser de um exotismo digno das mais jovens denominações neopentecostais.

Observação: para construir esse texto, foram consultados os livros História de Convenção Geral das Assembleia de Deus no BrasilDicionário do Movimento Pentecostal, revista Enfoque (junho de 2008), e alguns sites na internet. Alguns comentários de criticas favoráveis ou contrárias a implantação do G12 são interessantes para se ter um ideia das complicações que uma mudança drástica de liturgia causou na igreja. Sobre o "apóstolo" Jessé Maurício,  basta consultar o YouTube e observar suas pregações teatrais, tanto em Manaus como na igreja de São Cristóvão.


Transtorno Psicossomático e seus Reflexos na Afetividade e Vida Social do Sujeito


 Tânia de Lima Gomes Coelho 
Categoria: Psicologia Clínica




O transtorno psicossomático é uma síndrome crônica caracterizada por múltiplas queixas somáticas (orgânicas) aparentemente inexplicadas. É diagnosticada com maior frequência em mulheres, mas tem crescido seu diagnóstico em homens.
Os sintomas da somatização podem aparecer com quadros dolorosos incaracterísticos, queixas cardíacas, circulatórias, distúrbios digestivos e respiratórios que não se confirmam por exames especializados, refletem alterações em qualquer sistema funcional, mas que raramente se confirmam por exames clínicos e laboratoriais (Ballone, 2011). E, por não serem medidos pelos meios convencionais de exames,podem tornar-se potencializados pela solidão e o constrangimento de, às vezes, ser até desacreditados por aqueles que convivem com o doente, pois ainda temos a cultura de que “o que não é visto ou medido, possui pouco valor”.
A cronicidade emocional pode desenvolver um quadro clínico mórbido no qual o doente, familiares e cuidadores presenciam a deterioração da qualidade de vida e da rede social na qual a pessoa está inserida, provocando um profundo impacto em suas vidas. 
Entretanto, Rogers nos ensina que os indivíduos têm a capacidade de experenciar e de se tornarem conscientes de seus desajustamentos. Que aprendizagens e experiências podem ser cuidadosamente assimiladas e reajustadas, e que as tendências em direção à saúde podem ser facilitadas por uma relação interpessoal na qual um dos membros esteja livre o bastante da incongruência (Rogers, 2009).
Tais descobertas nos revela que possuímos, de um modo geral, a capacidade de restaura-nos internamente das inúmeras e inegáveis feridas a que somos expostos.
Para Ballone (2011), como a manifestação emocional somatizada não respeita a posição sóciocultural do paciente, não guarda também relação com o nível intelectual, pois, como se sabe, a emoção é senhora e não serva da razão, o único fator capaz de atenuar as queixas é a capacidade da pessoa de expressar melhor seus sentimentos verbalmente, pois quanto maior a capacidade do indivíduo de referir seu mal-estar emocional através do discurso sobre o que sente, relatando sua angústia, sua frustração, depressão, falta de perspectiva, insegurança, negativismo, pessimismo, carência de carinho e coisas assim, menor será a chance de representar tudo isso através de palpitações, pontadas, dores, falta de ar, etc. 
Coelho (2012), afirma que, às vezes, sermos simplesmente ouvidos por outro ser humano que suporta o nosso sofrimento traz um alívio terapêutico, pois a presença de outra pessoa acolhendo o sofrimento traduz no inconsciente do sofredor uma sensação de que se o outro suporta ouvir o seu drama, então, ele mesmo deve ter em algum lugar dentro de si a capacidade de sobreviver a tudo isso.
Assim, a cura pela escuta e o silencio acompanhado da presença acolhedora do outro, são formas mais simples e poderosas de amenizar o sofrimento.



quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Pensamentos intrusivos: O que são e como superá-los?



Somos seres pensantes, conscientemente ou inconscientemente a nossa mente pode fabricar entre doze mil a sessenta mil pensamentos por dia. Muitos pensamentos são intrusivos, negativos, depreciativos, ansiosos, preocupantes. Evidentemente que todos nós temos estes tipos de pensamentos e, em alguns momentos podem fazer sentido e até serem benéficos. Mas quando são recorrentes, incisivos e em retorno temos consciência que nos afetam negativamente, lidar com eles pode ser um tormento. Muitos de nós usamos o nosso pensamento como munições contra nós mesmos, muitas vezes por dia, mesmo sem estarmos cientes.
Construímos cenários catastróficos e ensaiamos mentalmente problemas, preocupações e os resultados que podem ou não virem a manifestar-se. Dedicamo-nos a especulações negativas e imaginamos os mais diversos motivos para o comportamento dos outros. Todo este processo em si mesmo não representa problema nenhum, pode até ser frutífero. Perde o seu valor e prejudica-nos o nosso bem estar e estabilidade emocional, porque na grande maioria das vezes repetimo-lo incessantemente e continuamos a acrescentar mais negatividade ao cenário catastrófico. Entramos numa espiral ascendente negativa que nos conduz ao sofrimento emocional.
O QUE SÃO PENSAMENTOS INTRUSIVOS?
Pensamentos intrusivos são pensamentos que entram constantemente na sua mente contra a sua vontade. Eles são considerados intrusivos, porque você simplesmente não consegue afastá-los para fora da sua mente, e muitas vezes aparecem em momentos impróprios. Os pensamentos intrusivos também podem ocorrer em flashes,    causando ansiedade significativa quando entram na sua mente.
Muitos dos pensamentos intrusivos estão relacionados com a ansiedade, pelo que pode senti-los como assustadores sobre o que pode acontecer consigo ou alguém que você gosta, ou o que você pode fazer para si mesmo ou para outra pessoa. Eles parecem estar fora do seu controle, e o seu conteúdo pode ser estranho e ameaçador. Nestes tipos de pensamentos intrusivos, parece que os pensamentos surgem como resultado da ansiedade, e incrementando mais medo sobre os sintomas da ansiedade que já está experimentando. Os pensamentos intrusivos aumentam a ansiedade, e alimentam a espiral de produção de medo. Assim, por exemplo, no meio de um disparo de ansiedade você pode pensar: “Se eu tiver um ataque cardíaco?” Você fica num estado recorrente de pensamento ansioso, sentindo que é provável que aconteça o que está a pensar.

Os pensamentos intrusivos acontecem a todos nós e podem assumir muitas formas. Talvez você tenha de repente a imagem de empurrar alguém para fora de uma plataforma de trem, chutar um cachorro, gritar na igreja, saltar de um carro em movimento, ou esfaquear alguém que você ama. Ao fazer ou querer fazer qualquer uma dessas coisas não é normal, mas ter pensamentos intrusivos como esses é normal em algum momento na nossa vida. Às vezes, pensamentos como estes vêm até nós precisamente porque não queremos agir desta forma, pois eles são simplesmente a coisa mais inadequada que a nossa mente pode imaginar. O que dificulta todo o processo de superar ou eliminar este tipo de pensamentos é fazer esforços para não ter tais pensamentos, ao tentar empurrá-los para fora da sua mente, pode realmente fazê-los ficar.
Muitos dos pensamentos intrusivos podem estar associados a algum tipo de transtorno de ansiedade, como:
Transtorno de stress pós-traumático

No entanto, existem muitos pensamentos intrusivos comuns que podem estar associados a uma preocupação particular ou relacionados com uma situação específica que a pessoa esteja a viver. Apesar de estarem  contextualizados, aparecem em momentos inoportunos, causando algum tipo de problema. Usualmente esses pensamentos intrusivos comuns aparecem  na forma de pensamentos negativos ou até mesmo como pensamentos autodepreciativos. Por exemplo, quando você está prestes a desempenhar uma determinada tarefa importante e surge o pensamento: “Tu não és bom o suficiente para conseguires.” ou “Achas que uma pessoa como tu vai ser capaz de conseguir?”
Apresento algumas estratégias que facilitam a superação dos pensamentos intrusivos:
PERCEBER QUE É APENAS UM PENSAMENTO
Em primeiro lugar, é importante perceber que é apenas um pensamento. Nem tudo o que pensamos é real, aconteceu ou tem de vir a acontecer. Ainda que muitas vezes possamos sentir que um determinado pensamento é real, esse pensamento não é a realidade, especialmente aqueles pensamentos sobre o que vai acontecer no futuro. Podemos ter um forte sentimento sobre o que poderá acontecer, mas não sabemos com toda a certeza. Não há nenhuma maneira de saber o que o futuro nos reserva. Isto significa que o que estamos pensando não é com base em conhecimento, mas sim em ideias ou projeções, não podemos prever o futuro. E essas ideias são influenciadas principalmente pelos nossos sentimentos, que muitas vezes estão alienados (especialmente diante de uma situação stressante). Como resultado, o primeiro e mais importante passo a ser dado para não ser prejudicado por um pensamento intrusivo é reconhecer esses pensamentos pelo que eles são: apenas pensamentos, não a realidade.
ACEITAR OS SEUS PENSAMENTOS INTRUSIVOS
Nós não conseguimos evitar que um determinado pensamento nos chegue à mente. Por isso lamentarmo-nos ou começarmos a tecer comentários autodepreciativos sobre as razões pelas quais estamos a ter determinado pensamento, faz com que nos coloque num estado incapacitante, promovendo mais pensamentos intrusivos ou reforçando os existentes. Importa perceber este princípio, nós não podemos não pensar. Pelo que devemos aceitar esse fato, devemos aceitar que em alguns momentos da nossa vida irão aparecer na nossa mente alguns pensamentos indesejados que nos atrapalham. O que devemos é aceitar esse fato. Mas aceitar não é ficarmos à mercê desses pensamentos, e muito menos não fazer nada. Devemos aceitar sim, mas sempre percebendo que temos a capacidade para retomar controle da nossa mente. E, para que isso seja feito de forma eficaz, importa não nos debatermos com os pensamentos intrusivos, mas sim deixar que se manifestem sem que possamos ficar demasiado desesperados ou perturbados. Em seguida temos de ficar cientes que podemos focar a nossa atenção noutros pensamentos criados por nós e encaminharmos a nossa mente para onde pretendemos que ela se foque.

DESENVOLVER UM GATILHO NEUTRALIZADOR
Agora que você já não fica desesperado por estarem a passar na sua mente alguns pensamentos intrusivos, importa neutralizá-los na hora que disparam. Uma ótima maneira de impedir que um pensamento intrusivo tome o controle da sua mente é acionando um gatilho neutralizador. A forma mais simples de fazê-lo é através de uma ordem de comando, utilizando as palavras, “Para” ou Não”. Estas palavras podem ser verbalizadas silenciosamente. Ou você pode usar algo como: “Eu não vou permitir que os meus pensamentos me botem abaixo.” ou “Os meus pensamentos não são a minha realidade.” Quando você tem um gatilho neutralizador previamente escolhido, pode usá-lo para impedir que os pensamentos indesejados se propaguem, evitando entrar numa espiral de negatividade.
DESAFIAR OS SEUS PENSAMENTOS INTRUSIVOS
Agora que você já não tem problema em aceitar os seus pensamentos intrusivos, que também já interiorizou que os seus pensamentos não são fatos, que você não é os seus pensamentos, que nem tudo que passa na sua mente é verdade ou tem de ser realizado, é hora de desafiar os seus pensamentos intrusivos. No momento que perceber que está a ser invadido por pensamentos intrusivos, utilize o seu gatilho neutralizador para evitar que se propaguem, em seguida olhe para eles a partir de uma perspetiva objetiva (difícil, eu sei, mas tente) e questione-os. Pergunte a si mesmo: “Isto definitivamente vai acontecer? Como é que eu sei com toda a certeza?” e “Mesmo se isso acontecer, eu estou 100% certo que as repercussões são exatamente como estou imaginando?” Uma vez que você faça a si mesmo estas perguntas, provavelmente vai perceber que alguns dos pensamentos que passam na sua cabeça não fazem sentido. Se não fazem sentido, você pode decidir não os seguir. Você pode descartá-los. Pode contestar esse pensamento intrusivo e vetá-lo. O veredito final pode ser contra o pensamento intrusivo, pelo que você pode condená-lo ao abandono.
“De: Psicologia e Motivação» < geral@escolapsicologia.com >
Enviada: Terça-feira, 1 de Outubro de 2013 00:03
Para: Pinheironet1000@bol.com.br
Assunto: Pensamentos intrusivos: O que são e como superá-los? - Escola Psicologia
Abraço,
Miguel

terça-feira, 1 de outubro de 2013

A FESTA DE ANIVERSÁRIO DO TEMPLO DA ASSEMBLEIA DE DEUS DE JUAZEIRO NO BAIRRO DO TABULEIRO. FOI MARCADA PELO MOVER DO ESPIRITO SANTO.



                                                             Grupo de Senhoras
                                                              Pr. Carlos Pinheiro
                       Pr. Carlos Pinheiro e Neuma Pinheiro ladeados do Carlos Ney e Família

                                                         Pr. Carlos Pinheiro
 Grupo de Senhoras
                                                               Tema da Festa
                                                           Grupo de Senhoras
                                                        Adolescentes do Tabuleiro
                                                          Adolescentes do Tabuleiro
                                                      Adolescentes do Tabuleiro

Missão e Visão: Conceitos Norteadores para as Organizações





1. Considerações Iniciais
A visão e a missão têm sido utilizadas pelas empresas para transmitir sua ideologia e seus valores. Eles são conceitos imprescindíveis, pois são a base para a definição das estratégias que guiarão as ações da organização como um todo, bem como de cada membro em particular, fazendo com que haja uma convergência de metas e um direcionamento mais eficaz da força de trabalho e dos investimentos.
Uma empresa para se direcionar ao sucesso necessita primordialmente saber aonde quer chegar e por que quer alcançar tais objetivos. Possuir essa definição bem clara possibilita que todos os envolvidos nesse processo possuam o mesmo olhar perante a empresa.
Assim, a missão e a visão constituem a base referencial sobre a qual devem ser assentadas todas as diretrizes de condução estratégica da organização. Através desses conceitos a empresa é capaz de projetar sua imagem.
2. Missão
A missão corresponde à razão de existência de uma organização e a delimitação das atividades dentro do espaço que deseja ocupar em relação às oportunidades de negócios. É ela quem define o propósito fundamental e único que a organização tenta seguir para identificar seus produtos e/ou serviços, assim como seus clientes (TAVARES, 2001). Ela define de uma forma geral onde a organização vai atuar e qual será o seu foco principal.
As empresas devem possuir uma missão bem clara, pois do contrário poderá acontecer problemas de ordem interna, como confusão por parte da equipe por não saber se a organização está realmente fazendo o que objetiva, e também de ordem externa, onde os clientes não sabem ao certo qual o propósito da empresa.
Para a elaboração de uma missão a empresa deverá se guiar através do esclarecimento de algumas questões centrais, tais como: quem é e onde está o seu cliente; quem poderá vir a ser o seu cliente; o que pode fazer para manter os primeiros clientes e conquistar os demais; o que o seu cliente compra e quais são suas competências distintivas (TAVARES, 2001).
É importante que ao estabelecer uma missão a empresa se atente ao motivo principal que deu origem a sua criação, de modo que com o passar do tempo ela continue fiel ao que a gerou. Isso remete até a uma questão de identidade da empresa, visto que a missão tem esse poder. Embora várias empresas possam atuar no mesmo negócio, os que as distinguem é justamente a missão que possuem. Ela corresponde exatamente à explicação por escrito das intenções e aspirações da organização.
As empresas possuem suas missões e as empoem como forma de mostrar a razão de suas existências. A missão da Fiat é, por exemplo, produzir automóveis que as pessoas desejam comprar e tenham orgulho de possuir. Dessa forma ela existe em função desse propósito. A missão da ique é vender artigos esportivos, buscando inovação e tecnológica proporcionando conforto para seus clientes. E a missão da coca-cola, mundialmente conhecida, é refrescar todos os consumidores em corpo, alma e mente, inspirar momentos de otimismo através de suas marcas e ações, e criar valor e fazer a diferença onde quer atuem.
3. Visão
A visão diferente da missão, que se caracteriza pelo propósito da empresa, diz respeito aonde ela quer chegar. Ela é a situação futura desejada, deve ser uma meta ambiciosa, e servi como um guia para a definição dos objetivos e a realização da missão.
As visões se baseiam na realidade da empresa, mas visualizam uma realidade futura. Através dela é possível explorar as possibilidades e as realidades desejadas. Assim elas se tornam a estrutura para o que a empresa quer criar e o que as orientam para fazerem escolhas e compromissos de ação. E apesar de seu conceito ser bem claro, não há uma formula pronta para encontrar a visão de uma organização, visto que seu processo de construção é muito particular de cada empresa (SENGE, 1990).
A visão deve ser algo a longo prazo, pois em um período de tempo mais longo a empresa se compromete com metas mais desafiadoras. A visão também precisa ter um conceito bem claro. Assim é importante se criar uma imagem, que seja compartilhada por todos, de onde se pretende chegar.
O estabelecimento de uma visão exige pensar além das capacidades atuais da organização e de seu ambiente competitivo (COLLINS & PORRAS, 1996). Ou seja, estabelecer um ponto aonde se deseja chegar levando em consideração a situação atual que se tem da empresa. Deve-se objetivar algo para o futuro, mas que tenha reais condições de acontecer.
As grandes empresas possuem suas visões bastante conhecidas. A visão da Fiat é estar entre os principais players do mercado e ser referência de excelência em produtos e serviços automobilísticos. A visão do Boticário, empresa de cosméticos, é conectar as pessoas aos ideais de beleza, sendo a marca preferida, com rentabilidade e crescimento acima do mercado. E a visão da Avon, outra empresa de cosméticos, é ser a companhia que melhor entende e satisfaz as necessidades de produtos, serviços e auto-realização das mulheres no mundo todo.
4. Considerações Finais
As empresas, independente do tamanho, precisam guiar seus negócios em torno de determinados objetivos. Isso as ajudam na construção de suas identidades e no estabelecimento de metas a serem alcançadas.
O objetivo de se ter uma missão é deixar claro a razão da existência da empresa. O da visão é explanar o que ela almeja, ou seja, o que pretende alcançar. Portanto, a partir do conhecimento da missão e da visão de uma empresa, é possível traçar um retrato geral de sua imagem.
Tanto a missão quanto a visão precisam ser descritas com bastante objetividade, de forma a indicar a direção em que organização deve atuar. As decisões estratégicas, as atividades, os pensamentos e as ações da empresa e de seus colaboradores deverão estar subordinados e norteados pela sua missão e visão.



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