Plano
de Aula Classe Jovens e Adultos
LIÇÃO Nº 8 – NAUM, O LIMITE DA TOLERÂNCIA DIVINA
INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo dos profetas menores, estudaremos o livro de Naum, o sétimo
livro dos mencionados profetas no cânon do Antigo Testamento.
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O livro de Naum mostra-nos que a ira de Deus tarda, mas não deixa de Se
manifestar.
O LIVRO DE NAUM - "Nahum"(נחום) -
"consolação".
-
Naum era de Elcose (Na.1:1), cuja localização é desconhecida, entendendo alguns
que se trata de um lugar na Galileia.
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A mensagem do livro de Naum é um complemento e uma contrapartida do livro de
Jonas.
-
Se, em Jonas, o povo de Nínive se arrependeu de seus pecados e foi preservado,
no livro de Naum, vê-se que o povo ninivita voltou à vida pecaminosa e que, por
sua impenitência, seria destruído.
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Naum deve ter escrito após 663 a.C., quando Nô-Amom, cidade egípcia, foi
destruída pelos assírios e antes de 612 a.C., quando Nínive foi destruída pelos
babilônios.
-
Edward Reese e Frank Klassen situam o livro de Naum durante o início do reinado
de Josias, rei de Judá, por volta de 635 a.C. antes do nascimento de Jeoaquim,
ou seja, nos três primeiros anos do reinado de Josias.
O livro de Naum, que tem três capítulos, pode
ser dividido em três partes, a saber:
a)
1ª parte - introdução, onde se fala da majestade divina - Na.1;
b)
2ª parte - o cerco e a tomada de Nínive - Na.2;
c)
3ª parte - os pecados e a ruína de Nínive - Na.3.
A
MAJESTADE DIVINA
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O livro de Naum começa dizendo qual o assunto que o Senhor veio tratar. “Peso
de Nínive” - o Senhor traz uma mensagem de juízo, de prestação de contas para
com aquela impiedosa nação, que era a potência mundial da época.
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Cerca de 132 anos depois da mensagem que Deus dera aos ninivitas por intermédio
de Jonas, o Senhor anuncia a execução do juízo, tendo em vista que Nínive, após
ter se arrependido com a pregação de Jonas, tornara à vida pecaminosa.
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As primeiras palavras da mensagem de Naum trazem-nos, já, uma importantíssima
lição: a de que não haverá misericórdia para aqueles que desprezarem a mensagem
divina de chamada ao arrependimento e à conversão (II Pe.2:20-22).
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O Senhor Se apresenta como “um Deu zeloso e que toma vingança” - Deus que zela
pela Sua Palavra para a cumprir (Jr.1:12).
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Deus é santo e abomina o pecado, de sorte que não pode tolerá-lo, devendo, pelo
próprio caráter da Sua natureza, fazer com que o pecado seja punido e
devidamente castigado.
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Mas Deus não é amor? Sem dúvida, mas o amor não folga com a injustiça (I
Co.13:6).
-
Deus manifesta o Seu amor e a Sua boa vontade para com o homem, retardando a
Sua ira, mas jamais a suprimindo, pois é um ser justo, é a própria justiça
(Jr.23:6). Por isso, a vingança só a Ele pertence (Dt.32:35; Sl.94:1; Rm.12:19;
Hb.10:30).
-
Mas para quem é a vingança do Senhor? O profeta responde: “O Senhor toma
vingança contra os Seus adversários e guarda a ira contra os Seus inimigos”
(Na.1:2 “in fine”).
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Quem é o inimigo de Deus? O Senhor Jesus responde: aquele que não guarda a Sua
Palavra, aquele que não guarda os Seus mandamentos, aquele que não faz o que
Ele manda (Jo.15:14).
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O que ocorreu com Nínive é uma figura, um tipo do que está a ocorrer com todas
as nações desde a vinda de Cristo Jesus a este mundo. Depois do “ano aceitável
do Senhor”, virá “o dia da vingança do nosso Deus” (Is.61:2).
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Em todos os juízos divinos mencionados nas Escrituras Sagradas, vemos como Deus
Se porta como um Deus “tardio em irar-Se” (Na.1:3 “in initio”).
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Deus é longânimo, ou seja, tem um “longo ânimo”, não tem pressa em castigar os
impenitentes, dando-lhes sempre oportunidade de arrependimento e conversão.
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Deus é longânimo, mas também é justo, não tem o culpado por inocente (Na.1:3).
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Deus “suporta” a desobediência humana, dá-lhe oportunidade para que ele, de
livre e espontânea vontade, aceite servir ao Senhor, fazer-Lhe a vontade. A
“tolerância divina” não é indefinida e eterna.
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Deus é o Senhor, tudo está submetido ao Seu poder (Na.1:4,5).
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Somente terá salvação aquele que confia no Senhor (Na.1:7).
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Naum, ao mesmo tempo que era anunciador do juízo sobre Nínive, era, para Judá,
anunciador de boas novas (Na.1:15).
-
A pregação do Evangelho é anúncio de boas novas para os que salvam, mas de
juízo eterno para os que se perdem. Não existe pregação “politicamente
correta”, nem “Evangelho light” (Jo.3:36).
O
CERCO E A TOMADA DE NÍNIVE
-
O profeta descreve uma situação de iminência de destruição (Na.2:1).
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O Senhor traria de volta a excelência de Jacó, o Seu povo escolhido, não mais
permitindo que os seus opressores triunfassem (Na.2:2).
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Naum descreve pormenorizadamente o cerco e a tomada de Nínive (Na.2:3-8).
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De nada adiantaria o poderio bélico da Assíria, tudo seria destruído, tudo
ficaria em completa desolação
-
Nínive foi comparada pelo profeta a “um tanque de águas que agora fogem”
(Na.2:8).
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A glória humana é como Nínive, de repente desaparece por completo. Devemos, por
isso, em vez de buscar este “tanque de águas”, procurarmos o “manancial de
água viva” (Jr.2:13).
-
O Senhor estava contra Nínive (Na.2:13; 3:5) e, por isso, todo o seu poder e
esplendor cairiam por terra.
-
Num determinado instante, o Senhor fará cessar o aparente êxito da prática do
pecado e do mal.
OS
PECADOS E A RUÍNA DE NÍNIVE As causas da
destruição de Nínive (Na.3:1,4):
a)
violência b) mentira c) roubo d) idolatria e) feitiçaria - Por causa desta
conduta, o profeta anuncia o juízo divino (Na.3:2-4).
-
O Senhor lançaria sobre Nínive “coisas abomináveis” e Nínive seria envergonhada
diante de todas as nações da Terra. Seria um espetáculo de vergonha
para todo o mundo (Na.3:5,6).
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O Senhor informa que Nínive seria destruída (Na.3:7), da mesma forma que
Nô-Amom, que é conhecida como Tebas, a grande cidade egípcia, havia sido
destruída pelos assírios.
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A destruição de Nínive seria total (Na.3:14-17) e isto ocorreu em 612 a.C.,
ou seja, cerca de 20 anos depois da profecia de Naum.
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As ruínas de Nínive estão a nos mostrar que a Palavra de Deus é a verdade
(Jo.17:17), que nenhum poder humano pode resistir ou desafiar aos desígnios de
Deus.
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Devemos, enquanto é tempo, fugir da ira divina, crendo em Jesus Cristo como
Senhor e Salvador e fazendo o que Ele manda, sob pena de termos o mesmo fim dos
ninivitas.
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O juízo de Deus havia chegado e, quando se está diante deste estágio, não há
mais lugar para arrependimento (Na.3:19a).- Da mesma maneira, quem recusar o
convite do Senhor e Salvador Jesus Cristo, também sofrerá a ira divina
(Mt.3:12).