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Curso Teologico

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

ESTILOS DE APRENDIZADOS

Amélia Lemos Oliveira
Fomos criados por Deus de forma singular, cada um de nós tem uma forma singular de apreender os elementos do mundo e de tudo o que nos rodeia. Sendo assim, durante a nossa vida intra-uterina e em todo nosso viver, somos e agimos de acordo com o que nos é apresentado, temos sensações e percepções que são próprias a cada um de nós, desenvolvemos formas de aprender específicas, o que nos caracteriza e nos diferencia dos demais. Sendo assim, o papel do professor é atentar para estas diferenças e verificar, juntamente a seus alunos, quais são as melhores formas de cada um deles assimilarem as informações transmitidas em sala de aula.
Table of contents

Quando estamos ministrando aulas, nosso papel é alcançar pessoas, corações, mentes, vontades, bem como  provocar mudanças, sensações, novas atitudes perante a vida e nova visão de mundo. Dessa forma, deve o professor conhecer os seus alunos e atentar para suas diferenças para que os mesmos sejam alcançados e assumam novas posições no cotidiano, a partir do ensino que lhes foi ministrado. Se estivermos ensinando e tudo prosseguir da forma que está, é porque o nosso ensino não está fazendo diferença nas suas vidas.Pensando em tudo isso, fica-nos as indagações:
► De que forma estamos contribuindo para que a vida espiritual de nossos alunos tenha progresso?
► Estamos, durante as nossas aulas, reservando momentos para nossos alunos  refletirem acerca de suas vidas?
►  Procuramos investir nosso tempo na procura de melhores recursos didáticos para alcançá-los?
►  Ou nos acomodamos em nossa posição de professores que apenas transmitem conteúdos e não se comprometem com os resultados do que ensinam?
Nossa função, enquanto educadores cristãos,  é alcançar a cada um que o Senhor nos confiou para ensinar. Fomos criados por Deus com características únicas, identidades pessoais, estilos diferentes. Em suma, cada um de nós é único. Não se pode admitir que uma pessoa tenha menos condições de aprender que a outra. A diferença está na forma que a sua necessidade de aprender foi atendida. Daí a necessidade do professor conhecer melhor os seus alunos e utilizar diversos métodos para atendê-los em suas diferenças. Assim terá melhores possibilidades de comunicação ( a ação de tornar comum) e procurar encontrar nas diferenças, na diversidade, os elementos que podem unir alunos e professores, através da adaptação às experiências de cada um, enriquecimento dos recursos didáticos a serem utilizados em nosso ensino:
“Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé.”
(Rm 12. 4-6 – ARC)
Conforme pudemos verificar, no texto bíblico,  a Igreja do Senhor Jesus é um corpo que têm diferentes órgãos, com diferentes funções e características, que trabalham em conjunto para o perfeito funcionamento desta máquina que Deus criou. Dessa forma, as diferenças individuais são imprescindíveis para o enriquecimento da sala de aula e do progresso do trabalho na igreja. As diferenças presentes em nossos alunos contribuem para aprimorar a nossa prática pedagógica, capacitando-nos para compreender o outro e valorizá-lo em sua singularidade.
A nossa função é conceder oportunidades aos nossos alunos se  valorizarem e deixarem de supor que têm menos condições de aprender, salvar a auto-imagem daqueles que sentiam-se incompetentes para compreender a Palavra de Deus, tornar o ensino acessível às mentes e corações, permitir que os alunos desenvolvam seus próprios talentos e dons para exercerem na casa do Senhor:
“Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários. E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra. Porque os que em nós são mais honestos não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela: para que não haja divisão no corpo,  mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros.”
 (I Co 12. 22-25 – ARC)

Há muitas pessoas na igreja para as quais não atentamos, nem damos o devido valor. É por isto que o texto bíblico acima nos exorta acerca desta necessidade: de conceder honra uns aos outros. Muitos alunos não são  o alvo de nossas aulas, atendemos apenas a uma porção deles, deixando alguns à margem do que estamos tratando, simplesmente por desconhecer o estilo de aprendizagem, as vias de acesso ao conhecimento, os canais de assimilação individuais. Precisamos valorizar esta diversidade e nos aprimorar na explanação do conteúdo. Era assim que Jesus fazia. Utilizava as ilustrações, as parábolas para esclarecer temas de complexa assimilação. Assim, o menos douto tinha plenas condições de compreender o ensino, haja vista que estava centrado nas experiências, no cotidiano.
É preciso estar alerta para uma questão: nossas aulas não podem estar centradas em testemunhos pessoais, mas na Bíblia. Os testemunhos, experiências, casos são apenas ilustrações periódicas do que estamos a ensinar. O centro de nosso ensino é a Bíblia. As ilustrações são apenas um complemento. Ajustemos o nosso estilo de ensinar para que os alunos aprendam. Há professores que se preocupam tanto com as ilustrações de suas aulas que se esquecem de utilizar o texto bíblico. Cuidado! Precisamos evitar os extremos!
Temos diversas expectativas quando alguém nos concede uma classe, esperamos que estes alunos aprendam da mesma forma que nós assimilamos as informações. Ledo engano. Precisamos de sensibilidade e direcionamento do Espírito Santo para alcançar as mentes de nossos alunos. Nosso autoconceito, modo de viver, empreendimentos  e contribuição à sociedade estão relacionados à nossa forma de aprender, nossas habilidades específicas. Por isto, devemos trabalhar com  quem o Senhor colocou em nossas mãos e não ter expectativas frustradas por basear nosso trabalho em ilusões. Devemos atender o nosso aluno da forma como realmente é, não como esperavámos que fosse. Nossa função é falar com nossos alunos e não falar a eles. Daí  a frustração de muitos professores que demonstram insatisfação nos resultados de seu ensino, pois os corações de seus alunos estão muito longe deles. Quando alcançamos pessoas, conquistamos seus corações e sua disposição, despertamos o desejo de aprender e o compromisso com a Palavra de Deus.
De que forma se dá o processo natural de um aprendizado eficaz?
1.    Deve-se iniciar com o que os aprendizes já conhecem, apresentam interesse e sentem necessidade. Cada um traz consigo suas experiências e expectativas. Para elas, devemos estar atentos. Não se inicia uma aula com base no vazio, mas no que já existe, no que é significativo.
2.    Fazer uma conexão com a vida real para que ocorram novas aprendizagens relacionadas ao tema tratado. Somente assim, haverá assimilação.
3.    É o momento da aplicação do conteúdo, verificação de sua verdadeira ocorrência na vida real.
4.    Havendo apreensão das informações, os temas tratados podem ser utilizados de forma criativa no dia-a-dia dos alunos,  contribuindo para mudar as suas vidas fora do espaço da igreja.
Marlene  LeFever define os estilos de aprendizagem como o ”meio pelo qual a pessoa vê ou percebe melhor as idéias e, então, transforma-as e leva a efeito o que observou. Cada estilo de aprendizagem é tão singular quanto a assinatura da pessoa. Quando alguém precisa assimilar algo difícil, aprende mais rápido e fica mais contente em fazê-lo se vê seu estilo reforçado pelo modo como o professor ensina.” (Estilos de aprendizagem, p. 14)
O estilo de aprendizagem não está relacionado a QI (quociente de inteligência), condições sócio-econômicas ou  formação intelectual. Sua importância está nas habilidades naturais que cada um possui para assimilar novas informações. Se uma pessoa for ensinada fora de seu estilo, poderá ser considerada “incompetente”, “incapaz” ou “desinteressada”. Portanto, o problema não está exatamente na pessoa, mas na forma como é  trabalhada. Durante muito tempo, se acreditou que os alunos teriam que assimilar tudo o que o professor falasse. Falsa suposição. Precisamos considerar a criatividade peculiar de cada um.
Há quatro padrões mentais para assimilação de informações, nos quais todos nos encaixamos. Mas há um desses estilos nos quais cada um de nós nos enquadramos melhor. Uma aula bem planejada pode ser organizada em torno dos quatro tipos de aprendizes. Podemos iniciar de forma interativa, seguir de modo analítico, encaminhar-nos para o pragmático e encerrar com o dinâmico. Nessa ordem lógica, os alunos corresponderão melhor ao nosso ensino porque os seus pontos fortes são valorizados.

Responsabilidades Básicas do Professorado Cristão (II) Escrito por Pb Francikley Vito









O professor cristão é, em sentido lato, um profeta, um propagador ou lembrador das verdades de Deus; e, por assim ser, ele tem uma tripla responsabilidade: Uma responsabilidade em relação a Deus, a quem devemos de prestar contas (Hb 4.13; IPe 4.5); responsabilidade em relação a si mesmo e, por fim, mas não menos importante, uma responsabilidade em relação aos seus alunos, que é o objeto último do seu ensino.
Aquilo que chamamos em outra oportunidade de “sua responsabilidade em relação ao seu semelhante” que é, como diz as Escrituras, imagem de Deus (Gn 1.26). O ambiente da sala de aula é um lugar de relações humanas e, no caso cristão, um lugar de maturação, de crescimento. Esse é o ambiente de “trabalho” do professor. Trabalho esse que é exercido com oração, amor e dedicação ao chamado que Deus, em sua graça, entregou a cada um que exerce o magistério cristão. Uma vez que “a relação entre professor e aluno ganha contornos de relevância como parte integrante” no processo de ensino e aprendizagem, cabe então pensar quais são as responsabilidades do professor cristão em relação ao seu aluno em sentido global.
Deve conhecer o conteúdo base do seu ensino
A Bíblia é a Palavra revelada de Deus e, por isso, a base de todo o ensino cristão. De outro modo poderíamos dizer que todo o ensino cristão que não tem a Bíblia como sua bússola a indicar a direção a ser seguida, não é digno de ser chamado por esse nome; nada mais é do que fábulas e retóricas persuasivas para conduzir ao engano, como bem disse o apóstolo (Tt 1.14). Quando o professor cristão se volta para as Escrituras, faz com que o seu aluno seja santificado pela verdade e tenha uma “firme consolação” (Hb 6.18, Jo 17.17). A não centralidade da Palavra no ensino cristão certamente acarretará, entre outras coisas, em nanismo espiritual, ou seja, “pequenez anormal do tamanho com relação à média dos indivíduos da mesma idade”, em nosso caso, espiritual; isso acontece “porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). Assim cabe ao professor encharcar o seu aluno da “boa Palavra de Deus”(Hb 6.5). Isso, porém, só será possível se o professor for conhecedor e estudante das Escrituras. Como disse Paulo a Timóteo, seu filho na fé, o professor deve ter cuidado de si “mesmo e da doutrina [...] porque, fazendo isto” ele salvara tanto a ele mesmo como aqueles que o ouve (ITm 4.16). No antigo Testamento temos a exortação que o próprio Deus faz ao líder Josué:
Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares. Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido. (Josué 1.7-8)
Tais palavras devem servir ao educador que professa e ensina a fé baseada na revelação de Deus como uma espécie de exortação confortante. O pastor e teólogo cristão John Stott entendeu bem a importância da Palavra para o povo de Deus. Disse ele:
A Igreja depende da Bíblia em muitos aspectos [...] o Criador sempre sustenta aquilo que ele cria; e, desde que deu vida a Igreja, ele mantém sua existência. E mais, tendo-a criado através da sua Palavra, ele a sustenta e nutre pela sua Palavra. Sem ela as Igrejas não podem florescer. As igrejas precisam ouvir a Palavra de Deus constantemente [...] A comunidade cristã cresce rumo à maturidade em Jesus Cristo apenas quando ouve e recebe a Palavra de Deus, crê nela, a absorve e lhe obedece. (Stott, 1993, pp. 70, 72-73)
Compreender a centralidade da Bíblia para o ensino cristão é de suma importância para aqueles que querem exercer o seu ministério para com a Igreja de Deus. Isso não significa, contudo, que o professor deve desprezar qualquer outra ferramenta na prática educativa; pelo contrário, o educador cristão deve ser sensível àqueles instrumentos metodológico que proporcione aos alunos “uma situação que os induza a um esforço intencional, a uma atividade visando a certos resultados queridos e compreendidos” (Nérici, 1992, p. 168); no contexto cristão, esse resultado pretendido e que o educando (o aluno) cresça “em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Ef 4.15). O conteúdo base do ensino cristão é a Bíblia, voz de Deus aos homens de todos os lugares e em todo o tempo.
Deve conhecer métodos de ensino
Compreender e conhecer as Escrituras são exigências sem a qual não há um verdadeiro ensino cristão; contudo, tão importante quanto conhecer a Palavra de Deus é conhecer métodos que sirvam de ferramentas para o claro e objetivo ensino dos oráculos de Deus. O resultado desse conhecimento é que, quando dominamos os métodos de ensino, esses métodos trazem uma boa impressão à mente e ao coração do aluno, para levá-lo a expressar-se educativamente, e, consequentemente, ao amadurecimento cristão. Para o teólogo cristão Antônio Gilberto, “método é um caminho na ministração do ensino pelo professor, para este atingir um determinado alvo na aprendizagem do aluno. Portanto, o método não é um fim em si mesmo. O professor deve conhecer a fundo não só aquilo que vai ensinar, mas também como ensiná-lo. É aqui que os métodos e os acessórios de ensino são de grande utilidade” (Gilberto, 2011). De modo simples, poderíamos dizer que: ensinar requer domínio do assunto ao qual se ensina e de técnicas para expor aquele conteúdo. Para isso é preciso que o professor cristão tenha um conhecimento, ainda que mínimo, de Didática, que é a área teórica que “investiga os fundamentos, condições e modos de realização da instrução e do ensino.” (Lebâneo, 1992). No nosso caso, de ensino religioso. Temos, então, que o professor precisa conhecer os instrumentos didáticos para corroborar o seu ensino da Palavra revelada de Deus; tal conhecimento nos é fornecido pela pesquisa e leitura de materiais de apoio para o aperfeiçoamento do ato docente. Há aqui uma questão fundamental:
Como motivar professores que, durante anos e anos vêm avalizando um modelo retrógrado e decadente de ensino na Escola Dominical, onde impera o famoso "faz-de-conta": Ele faz-de-conta que ensina e o aluno que aprende; a igreja faz-de-conta que tudo está bem, quando, de fato, nada, está bem. Se um professor está há anos envolvido neste "faz-de-conta" terrível, vai precisar de muita paciência e atenção por parte dos líderes e do pastor para ter resgatado seu potencial de educador [...] Washington Roberto Nascimento identificou o profeta com o jequitibá, árvore forte e milenar; quanto ao sacerdote, comparou-o ao eucalipto, planta frágil e fugaz. Disse que um eucalipto nunca se transformará em jequitibá, a menos que dentro dele haja um jequitibá adormecido. O mesmo podemos dizer do professor acomodado a um sistema retrógrado: se houver nele um educador adormecido, poderá se transformar num professor dinâmico e criativo. (Dornas, 2002, p. 41)
A transformação do professor de um eucalipto em um jequitibá, portanto, se dará quando dois requisitos fundamentais forem alcançados, a saber: 1) quando houver uma pré-disposição docente para o aperfeiçoamento no ministério do ensino da Palavra, para o crescimento e aperfeiçoamento dos santos e 2) quando houver condições intrínsecas, uma chamada especial de Deus, para que aquele indivíduo desempenhe o ministério de mestre, de ensinador (Ef 4.11; ICo 12.29). Aqueles que foram dados à Igreja como mestres, devem desenvolver em si um “senso de dever” que os levem “a orientar a aprendizagem de outrem para que alcance objetivos que sejam úteis à sua pessoa [à Igreja] ou à sociedade ou mesmo ambos” (Nérici, 1992).
Deve conhecer o seu tempo
Umas das ilustrações mais usadas para representar o educador, e principalmente o educador cristão, é um guia (Rm 2.19). Como guia, o professor é alguém que oriente, que conduz outros mostrando a eles o caminho a ser seguido, um modelo; mas para ser um condutor o professor precisa, como a própria ilustração deixa transparecer, conhecer a realidade do caminho, o que os teóricos tem chamado de “contextualização do ensino”, ou seja, levar o aluno a refletir e encontrar a sua realidade para nela agir de maneira consciente, eficiente e responsável. A necessidade de conhecer a realidade em que está inserido é fundamental no homem, principalmente naquele que tem como chamado ensinar a outros. Não havendo essa consciência de realidade o homem andará como que em um quarto escuro sem saber para onde ir; isso para o professor cristão seria uma verdadeira catástrofe, pois ele “precisa ter percepção clara e bem definida do propósito do seu ensino. Só assim poderá ter êxito em seu trabalho.” (Pearlman, 1995). Cada época traz consigo suas peculiaridades, por isso é tão importante uma leitura consciente da realidade cultural da qual fazemos parte. Como bem disse Veith, Jr.:
Para aproveitar as oportunidades e evitar armadilhas, os cristãos devem empreender um processo contínuo de ‘conhecer o tempo’ (Rm 13.11). A Igreja sempre teve de confrontar sua cultura e existir em tensão com o mundo. Ignorar a cultura é arriscar-se à irrelevância; aceitar a cultura sem críticas é arriscar-se ao sincretismo e à infidelidade. (1999, p. 6)
Quando se propõe a olhar cuidadosamente o seu tempo, o professor tem a oportunidade de fazer do seu aluno um cristão consciente das dificuldades que sua fé enfrenta e enfrentarão diante das idéias, crenças e filosofias contemporâneas (do nosso tempo); fugindo, assim, da tentação de praticar um ensino “para as nuvens” que não atenda às necessidades do educando. A educação cristã “deve levar o indivíduo a atuar na realidade porque é dela e nela que ele vive” (Nérici, 1992). Esse encontro com a realidade deve instar o educador cristão a cumprir o seu ministério, isto é, pregar a Palavra, repreender, exortar e falar das verdades eternas em todo o tempo; “porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas”(II Tm 4.3-4). O esforço do professor para examinar a sua realidade será, sem dúvida, de grande ajuda para o seu aluno e para ele próprio como um agente de Deus para transformação e amadurecimento cristão.
 O educador cristão precisa ter como exemplo maior em sua prática educativa o Senhor Jesus que é o mestre por excelência; Ele não apenas ensinava com palavras, mas com ações e exemplos (IPe 2.21). O professor cristão tem que fazer do seu trabalho docente uma necessidade e uma missão (Jo 4.34); pois só assim conseguirá dar “frutos bons”. John Dewey (1859-1952), filósofo, psicólogo e educador, em seu livro “Como Pensamos” (1910 traduzido para o português em 1959), faz uma comparação entre ensinar e vender. Diz ele: “Ridicularizaríamos um negociante que dissesse ter vendido grande quantidade de mercadorias, embora ninguém houvesse comprado coisa alguma. Entretanto, há professores que pensam ter realizado um bom dia de trabalho educacional sem levar em conta o que seus alunos aprenderam”. O professor, principalmente o cristão, não deve se conformar em passar conteúdos aos seus alunos; antes, assim como seu mestre Jesus, deve ele esforçar-se em oração e aconselhamento para que seus alunos coloquem em prática aquilo que aprenderam, melhorando assim a suas vidas em relação a Deus, à família, à Igreja e à sociedade.
Referencias Bibliográficas
A BÍBLIA ONLINE <http://www.bibliaonline.com.br> Acesso em novembro de 2011.
DORNAS, Lécio. Socorro! Sou Professor da Escola Dominical. São Paulo: Hagnos, 2002.
GILBERTO, Antônio. Métodos e Acessórios de Ensino. Disponível em < http://www.cpad.com.br/escoladominical/posts.php?s=50&i=655> Acesso em agosto de 2011.
LIBÂNEO, José C. Didática. São Paulo: Cortez, 1992.
NÉRICI, Imídio G. Didática Geral Dinâmica. São Paulo: Atlas, 1992.
PEARLMAN, Myer. Ensinando com Êxito na Escola Dominical. São Paulo: Vida, 1995.
VEITH, Jr. Gene Edward. Tempos Pós-Modernos. São Paulo: Cultura Cristã, 1999.
STOTT, John R. W. A Bíblia: O Livro para Hoje. São Paulo: ABU, 1993.

Nova Lição. Primeiro Trimestre de 2013


                                              SUPERINTENDÊNCIA DAS EBD'S DA ASSEMBLEIA DE DEUS EM CASA NOVA /BA












Superdicas para Educadores e Educandos da Ebd: O plano de aula


Desde o início do ano de 2012 tenho cooperado numa de nossas congregações, especificamente na aplicação das lições do discipulado e também no plano de aula da lição dos adultos. Mais diretamente sobre este último tema é que resolvi escrever agora.

Observei ao longo dos anos de experiência de ensinador que a maioria das nossas EBD locais não tem planos de aula,  o qual eu denomino de 'fórum dos professores', que antecede a aula propriamente dita. E nesta congregação que tenho trabalhado, notei a necessidade, contudo, com uma pequena resistência de alguns professores...

A sorte é que o meu pastor entendeu o projeto, a necessidade e também até uma carência dos professores em receberem um aprimoramento e comprou a ideia. Estamos no princípio, contudo, as sementes estão sendo semeadas e o plano de aula ou 'fórum dos professores' tem dado os seus frutos, a saber:

1. Os professores recebem um nivelamento de conteúdo daquela lição;
2. Discutem entre si os pontos mais importantes e que não podem ser negligenciados;
3. Cogitam as possíveis perguntas e possíveis respostas;
4. Perdem o medo das perguntas;
5. Aprendem a valorizar a participação dos educandos;
6. Aprendem a embasar, biblicamente, todos os sub-tópicos;
7. O professor suplente também participa e fica assim preparado...
8. O professor aprende a enxugar a lição, isto é, trabalha os argumentos mais fortes;
9. O Educador fica mais seguro...

Com isto já observamos  a qualidade e aos poucos o acréscimo de alunos na EBD. Tínhamos Educadores que não gostavam de serem interpelados pelos educandos durante a sua exposição. Hoje, eles sugerem participações, interrogações e aproveitam ao máximo a ideia do educando. Penso que na escuridão da falta de conhecimento, passou um vagalume e piscou...

As sementes estão sendo semeadas. Creio que precisamos urgentemente valorizar o ensino teológico nas nossas EBD, potencializar os recursos humanos, valorizar os vocacionados e capacitá-los, o melhor que pudermos. Somente assim, a EBD será atrativa, vigorosa e terá forte cunho doutrinário\bíblico.

SUPERINTENDÊNCIA DAS EBD'S DA ASSEMBLEIA DE DEUS EM CASA NOVA /BA PLANO DE AULA LIÇÃO Nº 5 – OBADIAS, O PRINCÍPIO DA RETRIBUIÇÃO.




                       PLANO DE AULA LIÇÃO Nº 5 – OBADIAS, O PRINCÍPIO DA RETRIBUIÇÃO.
TEXTO ÁUREO  “Porque o dia do SENHOR está perto, sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua maldade cairá sobre a tua cabeça” (Ob 1.15).

VERDADE PRÁTICA  
Obadias mostra que a lei da semeadura e o princípio da retribuição constituem uma realidade da qual ninguém escapará.
INTRODUÇÃO - Na sequência dos livros dos profetas menores, estudaremos hoje o menor livro do Antigo Testamento, o livro de Obadias.
- Obadias foi levantado por Deus para anunciar a Edom que pela sua atitude maligna contra Israel, desejando a destruição do seu próprio irmão, seria ele próprio destruído.
O LIVRO DE OBADIAS - "Obadiah" (עובךיה) - "servo de Jeová".
- O livro de Obadias não traz em que reinado o profeta escreveu, mas, ante as referências que se fazem à destruição do povo de Israel, dá-se a entender que os fatos mencionados dizem respeito à invasão babilônica a Judá.
- O livro de Obadias é uma profecia contra Edom, que se regozijara com a derrota de Judá.
- Edom, realmente, sofreu uma terrível derrota e praticamente deixou de existir como nação em 312 a.C., quando um exército de árabes e nebateus arrasou Edom, embora ainda existissem alguns edomitas durante alguns séculos depois, como é o caso de Herodes e sua família.
- Hoje, porém, a terra onde habitava Edom é uma região desértica, uma das mais inóspitas do planeta, onde não vive pessoa alguma, prova de que a Palavra de Deus é fiel e se cumpre na vida de todos os homens.
- Só este fato já seria suficiente para nos mostrar a atualidade da mensagem do profeta Obadias.
- O livro de Obadias tem apenas um capítulo, mas pode ser dividido em três partes, como sugere Russell Norman Champlin, a saber:
a) 1ª parte – A temível sorte de Edom – Ob.1-9
b) 2ª parte – A desprezível conduta de Edom – Ob.10-14
c) 3ª parte – O julgamento das nações – Ob.15-21
A TEMÍVEL SORTE DE EDOM
- O livro de Obadias inicia-se com uma visão do profeta em que ele vê um embaixador de Deus enviando uma mensagem de Deus a Edom, uma “pregação do Senhor”: “Levantai-vos e levantemo-nos contra ela para a guerra”.
- O profeta anuncia que Deus está decidido a contender contra Edom, a fazer-lhe guerra. Por quê? Porque Edom havia provocado a Deus com a sua maldade, especialmente voltada contra o povo de Israel.
- Edom é Esaú, o filho de Isaque e irmão gêmeo de Jacó (Gn.25:30), que sempre lutou contra seu irmão, desde antes do nascimento - Gn.25:22.
- Esaú sempre foi um homem natural, que nunca deu valor às coisas espirituais – Hb.12:16; Gn.25:29-34; 26:34,35.
- Esaú quis matar Jacó (Gn.27:41) e, mesmo após a reconciliação, nunca quis viver com e como seu irmão (Gn.33:16,17).
- A divisão ocorrida entre Jacó e Esaú mostra que não há comunhão entre luz e trevas (II Co.6:14), entre aqueles que esperam apenas nas coisas desta vida e os que almejam a pátria celestial (Hb.11:9,10,16).
- Edom não quis somente se separar de Israel, mas foi muito além disto: resolveu ser inimigo de Israel - Ex.17:8-16 e Gn.36:12; Nm.20:14-21.
- Quem não é por nós, é contra nós (Mc.9:40; Lc.9:50), quem não ajunta com o Senhor Jesus, é contra Ele (Mt.12:30; Lc.11:23). Na vida espiritual, não existe neutralidade (I Jo.3:7-10).
- Edom, como toda pessoa que se levanta contra Deus, era soberbo de coração (Ob.3).
- A soberba é uma característica de todos aqueles que rejeitam a Deus e O desconsideram em suas vidas. Fazem-se “deuses”, acham-se autossuficientes e, em sua mente espiritual entenebrecida, dizem: “Não há Deus”. (Sl.14:1; 53:1).
- Deus é soberano, tem o domínio sobre todas as coisas, é o Senhor e não deixará impune qualquer um que queira afrontá-l’O.
- O livro do profeta Obadias mostra-nos o princípio da retribuição (Ob.15 “in fine”) ou, como se costuma chamar, a “lei da ceifa” (Gl.6:7,8; Os.8:7; 10:12,13; Pv.11:18,25; 12:14; 22:8), uma lei existente."
- Por causa desta atitude de Edom, que havia se aliado aos que haviam saqueado e destruído Israel, este mal também viria aos edomitas  (Ob.5-7).
- Assim como Edom havia se alegrado com a matança dos israelitas na invasão que sofreram, da mesma maneira haveria matança nos termos de Edom (Ob.9). Era a nítida execução da “lei da ceifa” pelo Senhor.
O JULGAMENTO DAS NAÇÕES
- A retribuição não era exclusividade de Edom. O Senhor faz questão de dizer: “O dia do Senhor está perto, sobre todas as nações” (Ob.15a).
- Edom é apenas um exemplo do que está para ocorrer com todos os homens que quiserem viver sem levar Deus em conta.
- Edom havia “bebido do monte da santidade de Deus” e, por isso, beberia continuamente dele juntamente com todas as outras nações (Ob.16).
- Este “beber do monte da santidade de Deus” significa “beber da taça da ira de Deus”, do “cálice do Seu furor” (cf. Is.51:17).
- O “dia do Senhor” trará juízo sobre os impenitentes, sobre os que desprezaram a Deus, que viveram de modo fornicário e profano.
- Mas, para aqueles que estiverem “no monte de Sião”, ou seja, aqueles que viveram suas vidas para adorar e servir a Deus, para obedecer-lhe, para estes, diz o profeta Obadias, “haverá livramento” (Ob.17).
- Enquanto a casa de Jacó é de fogo e de chama; a casa de Esaú é de palha e, por isso, o fogo se acenderia e não restaria nada de Edom “para contar história” (Ob.18).
- Edom perderia todo o seu território, enquanto que Israel, uma vez mais, teria restaurada a sua terra (Ob.19,20) e não apenas a terra, mas nesta terra se instituiria “o reino do Senhor” (Ob.21).
- Este reino do Senhor foi o objeto da pregação de Cristo Jesus em Seu ministério terreno (Mc.1:15).
- É o que o Senhor nos ensina a desejar quando nos ensinou a orar (Mt.6:10 “in initio”). Um reino que não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm.14:17).
CONCLUSÃO Assim como ninguém pode desafiar as leis naturais sem as devidas consequências, não é possível ignorar as leis espirituais e sair ileso. A retribuição é inevitável, pois “tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). Só o arrependimento e a fé em Jesus podem levar o homem a experimentar o amor e a misericórdia de Deus (2 Co 5.17).

O Protestantismo no Brasil Alderi Souza de Matos



I. Período Colonial
  • Os primeiros protestantes chegaram ao Brasil ainda no período colonial. Dois grupos são particularmente relevantes:
  1. Os franceses na Guanabara (1555-1567): no final de 1555, chegou à Baía da Guanabara uma expedição francesa comandada pelo vice-almirante Nicolas Durand de Villegaignon, para fundar a "França Antártica." Esse empreendimento teve o apoio do almirante huguenote Gaspard de Coligny, que seria morto no massacre do dia de São Bartolomeu (24-08-1572).
  • Em resposta a uma carta de Villegaignon, Calvino e a igreja de Genebra enviaram um grupo de crentes reformados, sob a liderança dos pastores Pierre Richier e Guillaume Chartier (1557). Fazia parte do grupo o sapateiro Jean de Léry, que mais tarde estudou na Academia de Genebra e tornou-se pastor (†1611). Ele escreveria um relato da expedição, História de uma Viagem à Terra do Brasil, publicado em Paris em 1578.
  • Em 10 de março de 1557, esses reformados celebraram o primeiro culto evangélico do Brasil e talvez das Américas. Todavia, pouco tempo depois Villegaignon entrou em conflito com as calvinistas acerca dos sacramentos e os expulsou da pequena ilha em que se encontravam.
  • Alguns meses depois, os colonos reformados embarcaram para a França. Quando o navio ameaçou naufragar, cinco deles voltaram e foram presos: Jean du Bordel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon, André Lafon e Jacques le Balleur. Pressionados por Villegaignon, escreveram uma bela declaração de suas convicções, a "Confissão de Fé da Guanabara" (1558). Em seguida, os três primeiros foram mortos e Lafon, o único alfaiate da colônia, teve a vida poupada. Balleur fugiu para São Vicente, foi preso e levado para Salvador (1559-67), sendo mais tarde enforcado no Rio de Janeiro, quando os últimos franceses foram expulsos.
  • A França Antártica é considerada como a primeira tentativa de estabelecer tanto uma igreja quanto um trabalho missionário protestante na América Latina.
  1. Os holandeses no Nordeste (1630-54): depois de uma árdua guerra contra a Espanha, a Holanda calvinista conquistou a sua independência em 1568 e começou a tornar-se uma das nações mais prósperas da Europa. Pouco tempo depois, Portugal caiu sob o controle da Espanha por sessenta anos – a chamada "União Ibérica" (1580-1640).
  • Em 1621, os holandeses criaram a Companhia das Índias Ocidentais com o objetivo de conquistar e colonizar territórios da Espanha nas Américas, especialmente uma rica região açucareira: o nordeste do Brasil. Em 1624, os holandeses tomaram Salvador, a capital do Brasil, mas foram expulsos no ano seguinte. Finalmente, em 1630 eles tomaram Recife e Olinda e depois boa parte do Nordeste.
  • O maior líder do Brasil holandês foi o príncipe João Maurício de Nassau-Siegen, que governou o nordeste de 1637 a 1644. Nassau foi um notável administrador, promoveu a cultura, as artes e as ciências, e concedeu uma boa medida de liberdade religiosa aos residentes católicos e judeus.
  • Sob os holandeses, a Igreja Reformada era oficial. Foram criadas vinte e duas igrejas locais e congregações, dois presbitérios (Pernambuco e Paraíba) e até mesmo um sínodo, oSínodo do Brasil (1642-1646). Mais de cinquenta pastores ou "predicantes" serviram essas comunidades.
  • A Igreja Reformada realizou uma admirável obra missionária junto aos indígenas. Além de pregação, ensino e beneficência, foi preparado um catecismo na língua nativa. Outros projetos incluíam a tradução da Bíblia e a futura ordenação de pastores indígenas.
  • Em 1654, após quase dez anos de luta, os holandeses foram expulsos, transferindo-se para o Caribe. Os judeus que os acompanhavam foram para Nova Amsterdã, a futura Nova York.
II. Brasil Império
  • O século XIX testemunhou a implantação definitiva do protestantismo no Brasil.
  1. Primeiras manifestações:
  • Após a expulsão dos holandeses, o Brasil fechou as suas portas aos protestantes por mais de 150 anos. Foi só no início dos século XIX, com a vinda da família real portuguesa, que essa situação começou a se alterar. Em 1810, Portugal e Inglaterra firmaram um Tratado de Comércio e Navegação, cujo artigo XII concedeu tolerância religiosa aos imigrantes protestantes. Logo, muitos começaram a chegar, entre eles um bom número de reformados.
  • Depois da independência, a Constituição Imperial (1824) reafirmou esses direitos, com algumas restrições. Em 1827 foi fundada no Rio de Janeiro a Comunidade Protestante Alemã-Francesa, que veio a congregar, ao lado de luteranos, reformados alemães, franceses e suíços.
  • Um dos primeiros pastores presbiterianos a visitar o Brasil foi o Rev. James Cooley Fletcher (1823-1901), que aqui chegou em 1851. Fletcher foi capelão dos marinheiros que aportavam no Rio de Janeiro e deu assistência religiosa a imigrantes europeus. Ele manteve contatos com D. Pedro II e outros membros destacados da sociedade; lutou em favor da liberdade religiosa, da emancipação dos escravos e da imigração protestante. Ele escreveu o livro O Brasil e os Brasileiros (1857), que foi muito apreciado nos Estados Unidos.
  • Fletcher não fez nenhum trabalho missionário junto aos brasileiros, mas contribuiu para que isso acontecesse. Foi ele quem influenciou o Rev. Robert Reid Kalley e sua esposa Sarah P. Kalley a virem para o Brasil, o que ocorreu em 1855. Kalley fundou a Igreja Evangélica Fluminense em 1858. No ano seguinte, chegou ao Rio de Janeiro o fundador da Igreja Presbiteriana do Brasil, o Rev. Ashbel G. Simonton.
2. Protestantismo de Imigração:
  • "Ao iniciar-se o século XIX, não havia no Brasil vestígio de protestantismo" (B. Ribeiro, Protestantismo no Brasil Monárquico, 15).
  • Em janeiro de 1808, com a chegada da família real, o príncipe-regente João decretou a abertura dos portos do Brasil às nações amigas. Em novembro, novo decreto concedeu amplos privilégios a imigrantes de qualquer nacionalidade ou religião.
  • Em fevereiro de 1810, Portugal assinou com a Inglaterra tratados de Aliança e Amizade e de Comércio e Navegação. Este, em seu artigo XII, concedeu aos estrangeiros "perfeita liberdade de consciência" para praticarem sua fé. Tolerância limitada: proibição de fazer prosélitos e falar contra a religião oficial; capelas sem forma exterior de templo e sem uso de sinos.
  • O primeiro capelão anglicano, Robert C. Crane, chegou em 1816. A primeira capela foi inaugurada no Rio de Janeiro em 26-05-1822; seguiram-se outras nas principais cidades costeiras. Outros estrangeiros protestantes: americanos, suecos, dinamarqueses, escoceses, franceses e especialmente alemães e suíços de tradição luterana e reformada.
  • "Quando se proclamou a Independência, contudo, ainda não havia igreja protestante no país. Não havia culto protestante em língua portuguesa. E não há notícia de existir, então, sequer um brasileiro protestante" (B. Ribeiro, ibid., 18).
  • Com a independência, houve grande interesse na vida de imigrantes, inclusive protestantes. Constituição Imperial de 1824, art. 5º: "A religião católica apostólica romana continuará a ser a religião do Império. Todas as outras religiões serão permitidas com seu culto doméstico ou particular, em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior de templo."
  • 1820 – suíços católicos iniciaram a colônia de Nova Friburgo; logo a área foi abandonada e oferecida a alemães luteranos que chegaram em maio de 1824: um grupo de 324 imigrantes acompanhados do seu pastor, Friedrich Oswald Sauerbronn (1784-1864).
  • A maior parte dos imigrantes alemães foram para o sul: cerca de 4.800 entre 1824 e 1830 (60% protestantes). Primeiros pastores: Johann Georg Ehlers, Karl Leopold Voges e Friedrich Christian Klingelhöffer.
  • Junho 1827: fundação da Comunidade Protestante Alemã-Francesa do Rio de Janeiro, por iniciativa do cônsul da Prússia Wilhelm von Theremin. Luteranos e calvinistas. Primeiro pastor: Ludwig Neumann. Primeiro santuário em 1837 (alugado); o edifício próprio foi inaugurado em 1845.
  • Por falta de ministros ordenados, os primeiros luteranos organizaram sua própria vida religiosa. Elegeram leigos para serem pastores e professores, os "pregadores-colonos." Na década de 1850, a Prússia e a Suíça "descobriram" os alemães do sul do Brasil e começaram a enviar-lhes missionários e ministros. Isso criou uma igreja mais institucional e européia.
  • Em 1868, o Rev. Hermann Borchard (chegou em 1864) e outros colegas fundaram o Sínodo Evangélico Alemão da Província do Rio Grande do Sul, que foi extinto em 1875. Em 1886, o Rev. Wilhelm Rotermund (chegou em 1874), organizou o Sínodo Rio-Grandense, que tornou-se modelo para outras organizações similares. Até o final da Segunda Guerra Mundial as igrejas luteranas permaneceram culturalmente isoladas da sociedade brasileira.
  • Uma conseqüência importante da imigração protestante é o fato de que ela ajudou a criar as condições que facilitaram a introdução do protestantismo missionário no Brasil. Erasmo Braga observou que, à medida que os imigrantes alemães exigiam garantias legais de liberdade religiosa, estadistas liberais criaram "a legislação avançada que, durante o longo reinado de D. Pedro II, protegeu as missões evangélicas da perseguição aberta e até mesmo colocou as comunidades não-católicas sob a proteção das autoridades imperiais" (The Republic of Brazil, 49).
  • Em 1930, de uma comunidade protestante de 700 mil pessoas no país, as igrejas imigrantes tinham aproximadamente 300 mil filiados. A maior parte estava ligada à Igreja Evangélica Alemã do Brasil (215 mil) e vivia no Rio Grande do Sul.
3. Protestantismo Missionário:
  • As primeiras organizações protestantes que atuaram junto aos brasileiros foram as sociedades bíblicas: Britânica e Estrangeira (1804) e Americana (1816). Traduções da Bíblia: protestante – Rev. João Ferreira de Almeida (1628-1691); católica – Pe. Antonio Pereira de Figueiredo (1725-1797). Primeiros agentes oficiais: SBA – James C. Fletcher (1855); SBBE – Richard Corfield (1856). O trabalho dos colportores.
  • Igreja Metodista Episcopal foi a primeira denominação a iniciar atividades missionárias junto aos brasileiros (1835-41). Obreiros: Fountain E. Pitts, Justin Spaulding e Daniel Parish Kidder. Fundaram no Rio de Janeiro a primeira escola dominical do Brasil. Também atuaram como capelães da Sociedade Americana dos Amigos dos Marinheiros, fundada em 1828.
  • Daniel P. Kidder: figura importante dos primórdios do protestantismo brasileiro. Viajou por todo o país, vendeu Bíblias, contactou intelectuais e políticos destacados, como o Pe. Feijó, regente do império (1835-37). Escreveu Anotações de Residência e Viagens no Brasil, publicado em 1845, clássico que despertou grande interesse pelo nosso país.
  • James Cooley Fletcher (1823-1901): pastor presbiteriano, estudou em Princeton e na Europa, casou-se com uma filha de César Malan, teólogo calvinista de Genebra. Chegou ao Brasil em 1851 como novo capelão da Sociedade dos Amigos dos Marinheiros e como missionário da União Cristã Americana e Estrangeira. Atuou como secretário interino da legação americana no Rio e foi o primeiro agente oficial da Sociedade Bíblica Americana. Promotor entusiasta do protestantismo e do "progresso." Escreveu O Brasil e os Brasileiros, publicado em 1857.
  • Robert Reid Kalley (1809-1888): nascido na Escócia, estudou medicina e em 1838 foi trabalhar como missionário na Ilha da Madeira. Oito anos depois, escapou de violenta perseguição e foi com seus paroquianos para os Estados Unidos. Fletcher sugeriu que fosse para o Brasil, onde Kalley e sua esposa Sarah Poulton Kalley (1825-1907) chegaram em maio de 1855. No mesmo ano, fundaram em Petrópolis a primeira escola dominical permanente do país (19-08-1855). Em 11 de julho de 1858, Kalley fundou a Igreja Evangélica, depois Igreja Evangélica Fluminense (1863), cujo primeiro membro brasileiro foi Pedro Nolasco de Andrade. Kalley teve importante atuação na defesa da liberdade religiosa. Sua esposa foi autora do famoso hinário Salmos e Hinos (1861).
  • Igreja Presbiteriana: missionários pioneiros – Ashbel Green Simonton (1859), Alexander L. Blackford (1860), Francis J.C. Schneider (1861). Primeiras igrejas: Rio de Janeiro (12-01-1862), São Paulo e Brotas (1865). Imprensa Evangélica (1864), seminário (1867). Primeiro pastor brasileiro: José Manoel da Conceição (17-12-1865). A Escola Americana foi criada em 1870 e o Sínodo do Brasil surgiu em 1888.
  • Imigrantes americanos: estabeleceram-se no interior de São Paulo após a Guerra Civil americana (1861-65). Foram seguidos por missionários presbiterianos, metodistas e batistas. Pioneiros presbiterianos da Igreja do sul dos Estados Unidos (PCUS): George N. Morton e Edward Lane (1869). Fundaram o Colégio Internacional (1873).
  • Igreja Metodista Episcopal (sul dos EUA): enviou Junius E. Newman para trabalhar junto aos imigrantes (1876). O primeiro missionário aos brasileiros foi John James Ransom, que chegou em 1876 e dois anos depois organizou a primeira igreja no Rio de Janeiro. Martha Hite Watts iniciou uma escola para moças em Piracicaba (1881). A partir de 1880, a I.M.E. do norte dos EUA enviou obreiros ao norte do Brasil (William Taylor, Justus H. Nelson) e ao Rio Grande do Sul. A Conferência Anual Metodista foi organizada em 1886 pelo bispo John C. Granbery, com a presença de apenas três missionários.
  • Igreja Batista: os primeiros missionários, Thomas Jefferson Bowen e sua esposa (1859-61) não foram bem sucedidos. Em 1871, os imigrantes de Santa Bárbara organizaram duas igrejas. Os primeiros missionários junto aos brasileiros foram William B. Bagby, Zachary C. Taylor e suas esposas (chegados em 1881-82). O primeiro membro e pastor batista brasileiro foi o ex-padre Antonio Teixeira de Albuquerque, que já estivera ligado aos metodistas. Em 1882 o grupo fundou a primeira igreja em Salvador, Bahia. A Convenção Batista Brasileira foi criada em 1907.
  • Igreja Protestante Episcopal: última das denominações históricas a iniciar trabalho missionário no Brasil. Um importante e controvertido precursor havia sido Richard Holden (1828-1886), que durante três anos (1861-64) atuou com poucos resultados no Pará e na Bahia. O trabalho permanente teve início em 1890 com James Watson Morris e Lucien Lee Kinsolving. Inspirados pela obra de Simonton e por um folheto sobre o Brasil, fixaram-se em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, estado até então pouco ocupado por outras missões. Em 1899, Kinsolving tornou-se o primeiro bispo residente da Igreja Episcopal do Brasil.
4. Igrejas Pentecostais e Neo-Pentecostais:
  • As três ondas do pentecostalismo brasileiro: (a) Décadas 1910-1940: chegada simultânea da Congregação Cristã no Brasil e da Assembléia de Deus, que dominam o campo por 40 anos; (b) Décadas 1950-1960: campo pentecostal se fragmenta, surgem novos grupos – Evangelho Quadrangular, Brasil Para Cristo, Deus é Amor e muitos outros (contexto paulista); (c) Anos 70 e 80: neopentecostalismo – Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Internacional da Graça de Deus e outras (contexto carioca).
  1. Congregação Cristã no Brasil: fundada pelo italiano Luigi Francescon (1866-1964). Radicado em Chicago, foi membro da Igreja Presbiteriana Italiana e aderiu ao pentecostalismo em 1907. Em 1910 (março-setembro) visitou o Brasil e iniciou as primeiras igrejas em Santo Antonio da Platina (PR) e São Paulo, entre imigrantes italianos. Veio 11 vezes ao Brasil até 1948. Em 1940, o movimento tinha 305 "casas de oração" e dez anos mais tarde 815.

  1. Assembléia de Deus: fundadores: suecos Daniel Berg (1885-1963) e Gunnar Vingren (1879-1933). Batistas de origem, abraçaram o pentecostalismo em 1909. Conheceram-se numa conferência pentecostal em Chicago. Assim como Luigi Francescon, Berg foi influenciado pelo pastor batista W.H. Durham, que participou do avivamento de Los Angeles (1906). Sentindo-se chamados para trabalhar no Brasil, chegaram a Belém em novembro de 1910. Seus primeiros adeptos foram membros de uma igreja batista com a qual colaboraram.
 
  1. Igreja do Evangelho Quadrangular: fundada nos Estados Unidos pela evangelista Aimee Semple McPherson (1890-1944). O missionário Harold Williams fundou a primeira IEQ do Brasil em novembro de 1951 (São João da Boa Vista). Em 1953 teve início a Cruzada Nacional de Evangelização, sendo Raymond Boatright o principal evangelista. A igreja enfatiza quatro aspectos do ministério de Cristo: aquele que salva, batiza com o Espírito Santo, cura e virá outra vez. As mulheres podem exercer o ministério pastoral.
 
  1. Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil Para Cristo: fundada por Manoel de Mello, um evangelista da Assembléia de Deus que depois tornou-se pastor da IEQ. Separou-se da Cruzada Nacional de Evangelização em 1956, organizando a campanha "O Brasil para Cristo," da qual surgiu a igreja. Filiou-se ao CMI em 1969 (desligou-se em 1986). Em 1979 inaugurou seu grande templo em São Paulo, sendo orador oficial Philip Potter, secretário-geral do CMI. Esteve presente o cardeal arcebispo de São Paulo, Paulo Evaristo Arns. Manoel de Mello morreu em 1990.
 
  1. Igreja Deus é Amor: fundada por David Miranda (nascido em 1936), filho de um agricultor do Paraná. Vindo para São Paulo, converteu-se numa pequena igreja pentecostal e em 1962 fundou sua igreja em Vila Maria. Logo transferiu-se para o centro da cidade (Praça João Mendes). Em 1979, foi adquirida a "sede mundial" na Baixada do Glicério, o maior templo evangélico do Brasil (dez mil pessoas). Em 1991 a igreja afirmava ter 5.458 templos, 15.755 obreiros e 581 horas diárias em rádios, bem como estar presente em 17 países (principalmente Paraguai, Uruguai e Argentina).

  1. Igreja Universal do Reino de Deus: fundada por Edir Macedo (nascido em 1944), filho de um comerciante fluminense. Trabalhou por 16 anos na Loteria do Estado (subiu de contínuo para um posto administrativo). De origem católica, ingressou na Igreja de Nova Vida na adolescência. Deixou essa igreja para fundar a sua própria, inicialmente denominada Igreja da Bênção. Em 1977 deixou o emprego público para dedicar-se ao trabalho religioso. Nesse mesmo ano surgiu o nome IURD e o primeiro programa de rádio. Macedo viveu nos EUA de 1986 a 1989, quando voltou ao Brasil, transferiu a sede da igreja para São Paulo e adquiriu a Rede Record. Em 1990 a IURD elegeu três deputados federais. Macedo esteve preso por doze dias em 1992, sob a acusação de estelionato, charlatanismo e curandeirismo.
III. História da Igreja Presbiteriana do Brasil
Atualmente, existem no Brasil várias denominações de origem reformada ou calvinista. Entre elas incluem-se a Igreja Presbiteriana Independente, a Igreja Presbiteriana Conservadora e algumas igrejas criadas por imigrantes vindos da Europa continental, como suíços, holandeses e húngaros. Todavia, a maior e mais antiga denominação reformada do país é a Igreja Presbiteriana do Brasil. Sua história divide-se em alguns períodos bem definidos.
1. Implantação (1859-1869):
O surgimento do presbiterianismo no Brasil resultou do pioneirismo e desprendimento do Rev. Ashbel Green Simonton (1833-1867). Nascido em West Hanover, na Pensilvânia, Simonton estudou no Colégio de Nova Jersey e inicialmente pensou em ser professor ou advogado. Alcançado por um reavivamento em 1855, fez sua profissão de fé e pouco depois ingressou no Seminário de Princeton. Um sermão pregado por seu professor, o famoso teólogo Charles Hodge, levou-o a considerar o trabalho missionário no estrangeiro. Três anos depois, candidatou-se perante a Junta de Missões da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, citando o Brasil como campo de sua preferência. Dois meses após a sua ordenação, embarcou para o Brasil, chegando ao Rio de Janeiro em 12 de agosto de 1859, aos 26 anos de idade.
Em abril de 1860, Simonton dirigiu o seu primeiro culto em português; em janeiro de 1862, recebeu os primeiros membros, sendo fundada a Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro. No breve período em que viveu no Brasil, Simonton, auxiliado por alguns colegas, fundou o primeiro jornal evangélico do país (Imprensa Evangélica, 1864), criou o primeiro presbitério (1865) e organizou um seminário (1867). O Rev. Simonton morreu vitimado pela febre amarela aos 34 anos, em 1867 (sua esposa, Helen Murdoch, havia falecido três anos antes). 
Os principais colaboradores de Simonton nesse período foram: seu cunhado Alexander L. Blackford, que em 1865 organizou as igrejas de São Paulo e Brotas; Francis J. C. Schneider, que trabalhou entre os imigrantes alemães em Rio Claro, lecionou no seminário do Rio e foi missionário na Bahia; George W. Chamberlain, grande evangelista e operoso pastor da Igreja de São Paulo. Os quatro únicos estudantes do "seminário primitivo" foram também grandes obreiros: Antonio B. Trajano, Miguel G. Torres, Modesto P. B. Carvalhosa e Antonio Pedro de Cerqueira Leite. 
Outras poucas igrejas organizadas no primeiro decênio foram as de LorenaBorda da Mata (Pouso Alegre) e Sorocaba. O homem que mais contribuiu para a criação dessas e outras igrejas foi o notável Rev. José Manoel da Conceição (1822-1873), um ex-sacerdote que tornou-se o primeiro brasileiro a ser ordenado ministro do evangelho (1865). Visitou incansavelmente dezenas de vilas e cidades no interior de São Paulo, Vale do Paraíba e sul de Minas, pregando o evangelho da graça.
2. Consolidação (1869-1888):
Simonton e seus companheiros eram todos da igreja presbiteriana do norte dos Estados Unidos (PCUSA). Em 1869 chegaram os primeiros missionários da igreja do sul (PCUS):George N. Morton e Edward Lane. Eles fixaram-se em Campinas, região onde havia muitas famílias norte-americanas que vieram para o Brasil após a Guerra Civil no seu país (1861-65). Em 1870, Morton e Lane fundaram a igreja de Campinas e em 1873 o famoso, porém efêmero, Colégio Internacional. Os missionários da PCUS evangelizaram a região da Mogiana, o oeste de Minas, o Triângulo Mineiro e o sul de Goiás. O pioneiro em várias dessas regiões foi o incansável Rev. John Boyle.
Os obreiros da PCUS também foram os pioneiros presbiterianos no nordeste e norte do Brasil (de Alagoas até a Amazônia). Os principais foram John Rockwell Smith, fundador da igreja do Recife (1878); DeLacey Wardlaw, pioneiro em Fortaleza; e o Dr. George W. Butler, o "médico amado" de Pernambuco. O mais conhecido dentre os primeiros pastores brasileiros do nordeste foi o Rev. Belmiro de Araújo César, patriarca de uma grande família presbiteriana.
Enquanto isso, os missionários da igreja do norte dos Estados Unidos também continuavam o seu trabalho, auxiliados por novos colegas. Seus principais campos eram Bahia e Sergipe, onde atuou, além de Schneider e Blackford, o Rev. John Benjamin Kolb; Rio de Janeiro, que inaugurou seu templo em 1874, e Nova Friburgo, onde trabalhou o Rev. John M. Kyle; Paraná, cujos pioneiros foram Robert Lenington e George A. Landes; e especialmente São Paulo. Na capital paulista, o casal Chamberlain fundou em 1870 a Escola Americana, que mais tarde veio a ser o Mackenzie College, dirigido pelo educador Horace Manley Lane. No interior da província destacou-se o Rev. João Fernandes Dagama, português da Ilha da Madeira. No Rio Grande do Sul, trabalhou por algum tempo o Rev. Emanuel Vanorden, um judeu holandês.
Entre os novos pastores "nacionais" desse período estavam Eduardo Carlos Pereira, José Zacarias de Miranda, Manuel Antônio de Menezes, Delfino dos Anjos Teixeira, João Ribeiro de Carvalho Braga e Caetano Nogueira Júnior. As duas igrejas norte-americanas também enviaram notáveis missionárias educadoras: Mary P. Dascomb, Elmira Kuhl, Nannie Henderson e Charlotte Kemper. 
3. Dissensão (1888-1903):
Em setembro de 1888 foi organizado o Sínodo da Igreja Presbiteriana do Brasil, que assim tornou-se autônoma, desligando-se das igrejas-mães norte-americanas. O Sínodo compunha-se de três presbitérios (Rio de Janeiro, Campinas-Oeste de Minas e Pernambuco) e tinha vinte missionários, doze pastores nacionais e 59 igrejas. O primeiro moderador foi o veterano Rev. Blackford. O Sínodo criou o Seminário Presbiteriano, elegeu seus dois primeiros professores e dividiu o Presbitério de Campinas e Oeste de Minas em dois: São Paulo e Minas.
Nesse período a denominação expandiu-se grandemente, com muitos novos missionários, pastores brasileiros e igrejas locais. O Seminário começou a funcionar em Nova Friburgo no final de 1892 e no início de 1895 transferiu-se para São Paulo, tendo à frente o Rev. John Rockwell Smith. O Mackenzie College ou Colégio Protestante foi criado em 1891, sendo seu primeiro presidente o Dr. Horace M. Lane. Por causa da febre amarela, o Colégio Internacional foi transferido de Campinas para Lavras, e mais tarde veio a chamar-se Instituto Gammon, numa homenagem ao seu grande líder, o Rev. Samuel R. Gammon (1865-1928). 
A primeira escola evangélica do nordeste foi o Colégio Americano de Natal (1895), fundado por Katherine H. Porter, esposa do Rev. William C. Porter. Na mesma época, a cidade deGaranhuns começou a tornar-se um grande centro da obra presbiteriana. Além do trabalho evangelístico, foram lançadas as bases de duas importantes instituições educacionais: o Colégio Quinze de Novembro e o Seminário do Norte, hoje sediado em Recife. No final desse período, além de estar presente em todos os estados do nordeste, a Igreja Presbiteriana chegou ao Pará e ao Amazonas.
No sul, foi iniciada a obra presbiteriana em Santa Catarina (São Francisco do Sul e Florianópolis). A igreja também iniciou a sua marcha vitoriosa no leste de Minas. O primeiro obreiro a residir em Alto Jequitibá foi o Rev. Matatias Gomes dos Santos (1901). As igrejas de São Paulo e do Rio de Janeiro passaram a ser pastoreadas por dois grandes líderes, respectivamente Eduardo Carlos Pereira (1888) e Álvaro Emídio G. dos Reis (1897).
Infelizmente, os progressos desse período foram em parte ofuscados por uma grave crise que se abateu sobre a vida da igreja. Inicialmente, surgiu uma diferença de prioridades entre o Sínodo e a Junta de Missões de Nova York. O Sínodo queria apoio para a obra evangelística e para instalar o Seminário, ao passo que a Junta preferiu dar ênfase à obra educacional, principalmente através do Mackenzie. Paralelamente, surgiram desentendimentos entre o pastor da Igreja Presbiteriana de São Paulo, Rev. Eduardo Carlos Pereira, e os líderes do Mackenzie, Horace M. Lane e William A. Waddell.
Com o passar do tempo, o Rev. Eduardo C. Pereira passou a tornar-se mais radical em suas posições, perdendo o apoio até mesmo de muitos dos seus colegas brasileiros. Como uma alternativa ao jornal de Eduardo, O Estandarte, o Rev. Álvaro Reis criou O Puritano em 1899. Em 1900 foi criada a Igreja Presbiteriana Unida, que resultou da fusão de duas igrejas formadas por pessoas que haviam saído da igreja do Rev. Eduardo. Na mesma época, um novo problema veio complicar ainda mais a situação: o debate acerca da maçonaria.
Em março de 1902, Eduardo C. Pereira e seus partidários começaram a divulgar a sua Plataforma, com cinco tópicos sobre as questões missionária, educativa e maçônica. Após pouco mais de um ano de debates acalorados, a crise chegou ao seu triste desfecho em 31 de julho de 1903, durante a reunião do Sínodo. Após serem derrotados em suas propostas, Eduardo e seus colegas desligaram-se do Sínodo e formaram a Igreja Presbiteriana Independente.
4. Reconstituição (1903-1917):
No início de agosto de 1903, os independentes organizaram o seu presbitério, com quinze presbíteros e sete pastores (Eduardo C. Pereira, Caetano Nogueira Jr., Bento Ferraz, Ernesto Luiz de Oliveira, Otoniel Mota, Alfredo Borges Teixeira e Vicente Temudo Lessa). Seguiu-se um triste período de divisões de comunidades, luta pela posse de propriedades, litígios judiciais. Uma pastoral do Presbitério Independente chegou a vedar aos sinodais a Ceia do Senhor. O período mais conflitivo estendeu-se até 1906. Nessa época, o Sínodo contava com 77 igrejas e cerca de 6500 membros; em 1907, os independentes tinham 56 igrejas e 4200 comungantes.
O prédio do seminário, no Higienópolis, foi ocupado sem solenidade em setembro de 1899. Os principais professores eram os Revs. John R. Smith e Erasmo Braga (este a partir de 1901); o principal membro da diretoria era o Rev. Álvaro Reis. Em fevereiro de 1907, o seminário foi transferido para Campinas, ocupando a antiga propriedade do Colégio Internacional. A primeira turma de Campinas só se formou em 1912. Entre os formandos estavam Tancredo Costa, Herculano de Gouvêa Jr., Miguel Rizzo Jr. e Paschoal Luiz Pitta. Mais tarde viriam Guilherme Kerr, Jorge T. Goulart, Galdino Moreira e José Carlos Nogueira. 
obra presbiteriana crescia em muitos lugares. A primeira cidade atingida no Leste de Minas foi Alto Jequitibá (Manhuaçu) e no Espírito Santo, São José do Calçado. Os primeiros pastores daqueles campos foram Matatias Gomes dos Santos, Aníbal Nora, Constâncio Omero Omegna e Samuel Barbosa. No Vale do Ribeira, o evangelista Willes R. Banks continuava em atividade; a família Vassão daria grandes contribuições à igreja. 
Em 1907, o Sínodo dividiu-se em dois (Norte e Sul) e em 1910 foi organizada a Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana do Brasil. O moderador do último sínodo e instalador da Assembléia Geral foi o veterano Modesto Carvalhosa, ordenado 40 anos antes. A Assembléia Geral foi instalada na Igreja do Rio e o Rev. Álvaro Reis foi eleito seu primeiro moderador. Os conciliares visitaram a Ilha de Villegaignon para lembrar os mártires calvinistas e comemorar o 4º centenário do nascimento de Calvino. Na época, a Igreja Presbiteriana do Brasil tinha 10 mil membros comungantes, outro tanto de menores e cerca de 150 igrejas em sete presbitérios. As demais denominações tinham os seguintes números: metodistas – 6 mil membros; independentes – 5 mil; batistas – 5 mil; episcopais – cerca de mil. Em 1911, a IPB enviou o seu primeiro missionário a Portugal, Rev. João da Mota Sobrinho, que lá ficou até 1922. 
Os missionários americanos continuam em plena atividade. A Missão Sul da PCUS dividiu-se em Missão Leste (Lavras) e Missão Oeste (Campinas) devido a divergências quanto ao lugar da educação na obra missionária. O Rev. William Waddell fundou uma influente escola em Ponte Nova, Bahia. Pierce Chamberlain trabalhou na Bahia de 1899 a 1909. A obra presbiteriana no Mato Grosso começou nesse período: os pioneiros foram os missionários Franklin Graham (1913) e Philippe Landes (1915).
Em 1917, foi aprovado o Modus Operandi, um acordo entre a igreja e as missões norte-americanas pelo qual os missionários desligaram-se dos concílios da IPB, separando-se os campos nacionais (presbitérios) dos campos das missões. Em 1924, pela primeira reuniu-se a Assembléia Geral sem nenhum missionário como delegado de presbitério. 
5. Cooperação (1917-1932):
O maior líder presbiteriano desse período foi o Rev. Erasmo Braga (1877-1932), professor do seminário e secretário da Assembléia Geral. Em 1916, participou com dois colegas do Congresso de Ação Cristã na América Latina, no Panamá. Poucos anos depois, tornou-se o dinâmico secretário da Comissão Brasileira de Cooperação, entidade que liderou um grande esforço cooperativo entre as igrejas evangélicas do Brasil na década de 1920. As principais áreas de cooperação foram literatura, educação cristã e educação teológica. Foi fundado o Seminário Unido no Rio de Janeiro, que existiu até 1932. 
Outros esforços cooperativos desse período foram: (1) Instituto José Manoel da Conceição, fundado pelo Rev. William A. Waddell na cidade de Jandira, perto de São Paulo (1928); visava preparar os jovens que depois seguiriam para o seminário. (2) Associação Evangélica de Catequese dos Índios (1928), depois Missão Evangélica Caiuá: idealizada pelo Rev. Albert S. Maxwell e instalada em Dourados, Mato Grosso; esforço cooperativo das igrejas presbiteriana, independente, metodista e episcopal.
Seminário de Campinas correu o risco de ser extinto por causa do Seminário Unido, mas finalmente superou a crise. Em 1921, o Seminário do Norte foi transferido para o Recife. As principais instituições educacionais das missões eram o Colégio Agnes Erskine, em Recife; Colégio 15 de Novembro (Garanhuns); Escola de Ponte Nova (Bahia); Colégio 2 de Julho (Salvador); Instituto Gammon (Lavras); Instituto Cristão (Castro) e principalmente o Mackenzie. Os principais periódicos presbiterianos eram O Puritano e o Norte Evangélico.
Em 1924, a Assembléia Geral encerrou o trabalho missionário em Lisboa. No mesmo ano, Erasmo Braga e alguns amigos fundaram a Sociedade Missionária Brasileira de Evangelização em Portugal, que enviou para aquele país o Rev. Paschoal L. Pitta e sua esposa Odete. O casal ali esteve por quinze anos (1925-1940), regressando ao Brasil devido à constante falta de recursos.
Em 1921, morreu o Rev. Antonio Bandeira Trajano. Com ele desapareceu a primeira geração de obreiros presbiterianos no Brasil, os da década de 1860. Outros obreiros falecidosnesse período foram: Eduardo Carlos Pereira (1923), Álvaro Reis (1925), Carlota Kemper (1927), Samuel Gammon (1928) e Erasmo Braga (1932).
6. Organização (1932-1959):
Neste período a IPB continuou a crescer e a aperfeiçoar a sua estrutura, criando entidades voltadas para o trabalho feminino, mocidade, missões nacionais e estrangeiras, literatura e ação social. O período terminou com a comemoração do centenário do presbiterianismo no Brasil.
A igreja era constituída dos seguintes sínodos: (1) Setentrional: estendia-se de Alagoas até a Amazônia, estando o maior número de igrejas no Estado de Pernambuco; (2) Bahia-Sergipe: criado em 1950, quando o Presbitério Bahia-Sergipe, antigo campo da Missão Central, dividiu-se nos presbitérios de Salvador, Campo Formoso e Itabuna; (3) Minas-Espírito Santo: surgiu em 1946, abrangendo o leste de Minas e o Espírito Santo, a região de maior crescimento da igreja; (4) Central: formado em 1928, incluía o Estado do Rio de Janeiro, bem como o sul e o oeste de Minas Gerais; (5) Meridional: sínodo histórico (1910-47), abrangia São Paulo, Paraná e Santa Catarina; (6) Oeste do Brasil: foi formado em 1947, abrangendo todo o norte e oeste de São Paulo. No final da década de 50, foram entregues pelas missões os Presbitérios do Triângulo Mineiro, Goiás e Cuiabá.
Nesse período, as missões norte-americanas continuaram o seu trabalho: (1) PCUS: (a) Missão Norte: atuou no nordeste, onde o principal obreiro foi o Rev. William Calvin Porter (†1939); o campo mais importante era o de Garanhuns, onde estavam o Colégio 15 de Novembro e o jornal Norte Evangélico; (b) Missão Leste: atuou no oeste de Minas e depois em Dourados, Mato Grosso, cuja igreja foi organizada em 1951. (c) Missão Oeste: concentrou-se mais no Triângulo Mineiro, onde o casal Edward e Mary Lane fundou em 1933 o Instituto Bíblico de Patrocínio. (2) PCUSA: (a) Missão Central: seus principais campos eram Ponte Nova/Itacira, a bacia do Rio São Francisco, o sul da Bahia e o norte de Minas.; (b) Missão Sul: atuou no Paraná e Santa Catariana, fundindo-se com a Missão Central por volta de 1937. O Rev. Filipe Landes foi grande evangelista no Mato Grosso (norte e sul). Em Rio Verde, Goiás, atuou o Rev. Dr. Donald Gordon.
Trabalho feminino: as primeiras sociedades de senhoras surgiram em 1884-85 e as primeiras federações, na década de 1920. Os primeiros secretários gerais do trabalho feminino foram o Rev. Jorge T. Goulart e as sras. Genoveva Marchant, Blanche Lício, Cecília Siqueira e Nady Werner. O primeiro congresso nacional reuniu-se na I. P. Riachuelo, no Rio, em 1941; o segundo congresso realizou-se também no Rio em 1954. A SAF em Revista foi criada em 1954.
Mocidade: algumas entidades precursoras foram a Associação Cristã de Moços (Myron Clark), o Esforço Cristão (Clara Hough) e a União Cristã de Estudantes de Brasil (Eduardo P. Magalhães). Benjamim Moraes Filho foi o primeiro secretário do trabalho da mocidade (1938). O primeiro congresso nacional reuniu-se em Jacarepaguá em 1946, quando foi criada a confederação. Entre os líderes da época estavam Francisco Alves, Jorge César Mota, Paulo César, Waldo César, Tércio Emerique, Gutemberg de Campos, Paulo Rizzo e Billy Gammon.
Missões Nacionais: em 1940 foi organizada na I. P. Unida a Junta Mista de Missões Nacionais, com representantes da IPB e das missões norte-americanas. Entre os primeiros líderes estavam Coriolano de Assunção, Guilherme Kerr, Filipe Landes, Eduardo Lane, José Carlos Nogueira e Wilson N. Lício. Até 1958, a Junta ocupou quinze regiões em todo o Brasil, com cerca de 150 locais de pregação. Em 1950 foi criada a Missão Presbiteriana da Amazônia.
Missão em Portugal: os primeiros obreiros foram João da Mota Sobrinho (1911-1922) e Paschoal Luiz Pitta (1925-1940). Em 1944 a IPB assumiu o trabalho e foi criada a Junta de Missões Estrangeiras, com o apoio das igrejas norte-americanas. Os primeiros missionários foram Natanael Emerique, Aureliano Lino Pires, Natanael Beuttenmuller e Teófilo Carnier. 
Outras organizações: (a) Casa Editora: começou a ser organizada em 1945, no início da Campanha do Centenário, sob a liderança do Rev. Boanerges Ribeiro. A primeira sede foi instalada em dependências cedidas pela I. P. Unida, na Rua Helvetia. (b) Orfanatos: em 1910, a Assembléia Geral planejou um orfanato para Lavras; em 1919, passou a funcionar em Valença, e em 1929 veio a ocupar uma propriedade da I. P. de Copacabana em Jacarepaguá. O orfanato foi denominado Instituto Álvaro Reis. (c) Conselho Interpresbiteriano (CIP): foi criado em 1955 para superintender as relações da IPB com as missões e as juntas missionárias dos Estados Unidos. Tinha mais autoridade que o "modus operandi" de 1917.
Outras igrejas: (a) Igreja Presbiteriana Independente: em 1957, foi criado o Supremo Concílio, com três sínodos, dez presbitérios, 189 igrejas, 105 pastores e cerca de 30 mil membros comungantes; O Estandarte continuava a ser o jornal oficial. No final dos anos 30 houve um conflito teológico. Em 1942, um grupo de intelectuais liberais (entre os quais o Rev. Eduardo P. Magalhães) retirou-se da IPI e formou a Igreja Cristã de São Paulo. (b) Igreja Presbiteriana Conservadora: foi fundada em 1940 pelos membros da Liga Conservadora da IPI. Em 1957, contava com mais de vinte igrejas em quatro estados e tinha um seminário. Seu órgão oficial é O Presbiteriano Conservador. (c) Igreja Presbiteriana Fundamentalista: foi fundada em 1956 pelo Rev. Israel Gueiros, pastor da 1ª I. P. de Recife e ligado ao Concílio Internacional de Igrejas Cristãs (do fundamentalista americano Carl McIntire).
Neste período, a IPB participou de vários movimentos cooperativos: Associação Evangélica Beneficente (fundada por Otoniel Mota em 1928), Associação Cristã de Beneficência Ebenézer (dirigida pelo Dr. Benjamin Hunnicutt), Missão Evangélica Caiuá, Instituto José Manoel da Conceição, Confederação Evangélica do Brasil (fundada em 1934), Sociedade Bíblica do Brasil, Centro Áudio-Visual Evangélico (CAVE, fundado em 1951) e Universidade Mackenzie, transferida à IPB no início dos anos 60.
Constituição da IPB: em 1924, foram aprovadas pequenas modificações no antigo Livro de Ordem adotado quando da criação do Sínodo, em 1888. Em 1937, entrou em vigor a nova Constituição da Igreja (os independentes haviam aprovado a sua três anos antes), sendo criado o Supremo Concílio. Houve protestos do norte contra alguns pontos: diaconato para ambos os sexos, "confirmação" em vez de "profissão de fé" e o nome "Igreja Cristã Presbiteriana." Em 1950, foi promulgada um nova Constituição e no ano seguinte o Código de Disciplina e os Princípios de Liturgia.
Estatística: em 1957, a IPB contava com seis sínodos, 41 presbitérios, 489 igrejas, 883 congregações, 369 ministros, 127 candidatos ao ministério, 89.741 membros comungantes e 71.650 não-comungantes. Os primeiros presidentes do Supremo Concílio foram os Revs. Guilherme Kerr, José Carlos Nogueira, Natanael Cortez, Benjamim Moraes Filho e José Borges dos Santos Júnior.
A Campanha do Centenário: foi lançada em 1946, tendo como objetivos: avivamento espiritual, expansão numérica, consolidação das instituições da igreja, afirmação da fé reformada e homenagem aos pioneiros. A Comissão Central do Centenário, organizada em 1948, enfrentou muitas dificuldades. Após 1950, a campanha ganhou ímpeto. A Comissão Unida do Centenário (IPB, IPI e I. Reformada Húngara) planejou uma grande campanha evangelística (Edwyn Orr e William Dunlap) que se estendeu por todo o país em 1952. Outras medidas: criação do Museu Presbiteriano, Seminário do Centenário e jornal Brasil Presbiteriano, resultante da fusão de O Puritano Norte Evangélico (1958). A 18ª Assembléia da Aliança Presbiteriana Mundial reuniu-se em São Paulo de 27-07 a 06-08 de 1959. O lema do centenário foi: "Um ano de gratidão por um século de bênçãos.

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